Os Prelúdios de Ícaro Brasileira

Autor(a): Rafael de O. Rodrigues


Volume I – Arco I

Capítulo 11: A Declamação

Mares de cortinas me arrastaram até o centro do Anfiteatro. Fui lançado à entrada do Coliseu, dando com a cara no chão. Havia maneiras mais práticas de se chegar ali. Na pressa, apenas cortei caminho.

Levantei-me, espanando a poeira, e segui até o púlpito do regente da Corte.

— Senhor Imperador das Rosas, peço pela palavra!

Os holofotes me iluminaram, e os olhos de topázio imperial se acenderam na escuridão.

O que eu estava prestes a fazer não era algo de que eu me orgulhava. No entanto, naquela noite aconteceria o duelo entre Achilles e Hector. Se eu não jogasse minha última carta, seria tarde demais.

— Filho de Trismegistus, o que desejas?
— O que acontece se eu negar o duelo de hoje?
— Isso significaria violar a autoridade da Correnteza Eterna. Tua negligência resultaria na invalidez da Corte e na condenação da humanidade em Arcadia ao Declínio.

Como pensei.

Isso queria dizer que ainda me restava uma pequena oportunidade de escolha, apesar da pressão. Se eu usasse isso ao meu favor...

— Senhor Achilles! Pode me ouvir, não é? — Virei-me para o herói dos heróis, assentado entre as estátuas da plateia. — Cancele o pedido do duelo. Caso contrário, não haverá um Messias!
Oh?
— Tenho alguém aqui que me é querido — continuei —, e jamais aceitarei um jardim em que ele não esteja presente. Se fizer como digo...
— Se eu fizer como diz...?
— Vou persuadir Hector a trazer o senhor Patroclus de volta. Não, eu o obrigarei a violar as leis do pacto e tornar isso realidade. Nós desobedeceremos à autoridade da Correnteza Eterna, e o senhor estará ao lado da pessoa que ama outra vez.
— Hahaha... Hahahaha! Hahaha!

Um pingo de suor desceu pelas minhas bochechas.

— Quando te vi usar o Amaranto pelo bem dele, compadeci-me com sua tolice — disse ele. — Era como se um certo dia do passado se repetisse, e eu visse Patroclus vivo em você. Mas, assim como todos os outros, você não passa de um homem sujo e patético.
— Sim, eu sou sujo e patético. Sou o pior de todos. Está lançada minha condição! Pare, ou eu darei fim à Corte. Não me importo com o que acontecer com o seu mundo, até porque, em Agartha, não há Declínio. Praga? Fome? Sede? Para mim, isso não significa nada!

Como o senhor Castor disse, o verdadeiro desejo de Achilles era ter Patroclus ao seu lado. Seu incômodo era evidente. Meu blefe parecia estar surtindo efeito. Qual deveria ser meu próximo passo? Eu deveria continuar pressionando?

Ainda com o coração acelerado, estava perplexo com minha própria encenação.

— Já que é assim, permita-me elaborar minha contraproposta — replicou ele. — Não pretendo me limitar a arrancar a máscara de Hector de Vertumnus. Vou matá-lo, para que não haja ouro do qual ele possa ser trazido de volta. E depois, se você abandonar seu papel como Filho de Trismegistus, eu matarei você também. O que acha disso?
— ...!
— Vai me responder ou não vai?
— N-Não percebe que isso arruinaria sua única oportunidade de reencontrar o senhor Patroclus? Abriria mão disso?!
— Pfft. Seu drama foi magnífico, mas, para seu azar, sou familiarizado com máscaras. — Ele se levantou e desencravou sua espada do peito de uma estátua. — Minha alma é a de um assassino, e eu não tenho o que é preciso para que Patroclus me ame por quem realmente sou. Nós nunca estaremos juntos. Então, apanharei Messias e farei tudo desaparecer, para que restem apenas minhas memórias e sentimentos por ele.

Em seguida, saltou para a arena, aterrissando com um forte impacto.

— Vamos apostar e ver o que quebra primeiro: você ou meu diamante.

Ele investiu contra mim. Desnorteado, dei um passo atrás.

Num piscar de olhos, o ataque foi bloqueado pelo meu comprometido.

— Encoste um dedo nele, e você está acabado.
— Eu precisei chegar a esse ponto para fazer o passarinho assustado sair da toca. Ei, Filho de Trismegistus — exclamou —, vou te contar um segredo! Neste lugar, após desafiar alguém a um combate e cumprir o juramento, não há como voltar atrás! Seu teatrinho foi em vão!

Suas lâminas deslizaram uma sobre a outra e se afastaram. Se ele me matasse ali, quebraria uma das regras da Corte — a de não causar dano ao portador do Amaranto — e seria transformado em ouro.

Eu fui muito burro. Talvez estivesse esperando que todos, assim como eu, prezassem pelo que era mais benéfico. Mas não era esse o caso. O senhor Achilles já havia desistido de tudo, inclusive de Patroclus.

— No que estava pensando ao provocá-lo desse jeito? Está maluco?! — indagou Hector.
— Não é óbvio no que eu estava pensando?!
— Eu não preciso da sua compaixão! Eu não vou perder! Quantas vezes preciso repetir?! Você pertence a mim! Eu não vou entregá-lo a ninguém!!
— Pare com essa bobagem! — Levantei a voz, sem paciência. — Abra os olhos, Hector! Olhe para a situação em que estamos! Não posso simplesmente ficar parado!!
— Abram-se as cortinas para o segundo combate da Corte dos Heróis. — O anúncio do Imperador das Rosas interrompeu nossa discussão. — A condição para a vitória é derrubar a máscara do adversário. Vença aquele que prevalecer em glória e dignidade!

O teto da arena se fechou, e as luzes periféricas foram ligadas. Com um olhar amedrontado, Hector tomou minha mão, abandonando sua fachada por um breve instante.

— Não temos outra escolha.
— Eu sei. Eu sei disso, mas... Hector, e suas asas?
— Esqueça aquelas asas. Desta vez, só quero o seu consentimento.

O quê? Não me diga que... ele pretendia lutar sem elas.

Boquiaberto, entendi por que não as havia aberto enquanto praticava. Ele tomou essa decisão pensando em mim.

Pressionei os lábios, segurando-o pelo braço, até que lhe dei as palavras mágicas:

— Vá em frente.

De um único beijo irrompeu a luz de um Sol, e o meu medalhão tomou a forma de um caduceu.

Em sintonia com minha pulsação, um líquido cintilava no interior de um ovo. Ele se partiu, e ouro fervente despejou sobre o meu anjo, dando forma às peças da armadura consagrada.

Tendo a máscara materializada em seu rosto, brandiu a espada elegantemente.

— Está na hora do acerto de contas, herói dos heróis.
— Mal posso esperar!!

Com um bramido feroz, Achilles golpeou o chão com a espada. Ao seu sinal, a cenografia se ergueu: um grande circo romano, com uma pista usada para corridas de bigas.

A orquestra épica retumbou. Vindas dos portões, dezenas de carruagens movidas a cavalos mecânicos invadiram o campo de batalha. A corrida seguia em sentido horário.

Hector desviava das investidas, mas foi pego de surpresa pelo relincho robótico de dois cavalos — um preto e um branco. Seu oponente, comandando-os com a magnificência de um rei, o atingiu.

O impacto foi tão forte que o fez derrapar até o canto da pista, sob as vaias da plateia.

— Hector!!
— O que foi, comprometido? Onde está sua bravata?!
— Urgh--! — Ele limpou o rosto, reposicionando-se.

Havia algo errado no desempenho de Hector. Seus movimentos já não eram tão ofensivos quanto na batalha anterior. Pelo contrário, ele não acompanhava o ritmo do outro.

Talvez o problema não fosse que suas asas o colocassem em vantagem. Se apenas ele tinha o direito de abri-las em Vertumnus, isso devia ter sido parte de sua formação como herói.

Ele aprendeu a lutar usando-as, adaptando-se ao peso delas e desconsiderando as limitações.

Isso fazia todo sentido, droga. Por isso elas faziam tanta falta.

Por minha causa, ele se colocou em risco. Meu corpo inteiro se incendiou por dentro. Sem saber se era por raiva ou desespero, corri até o guarda-corpo e gritei:

— Abra as asas, Hector!! Suas asas, agora!!!

Achilles saltou da carruagem para a espina do circo, onde as espadas voltaram a se chocar. No entanto, a sua era tão excepcionalmente grande e pesada que rasgava o chão e os pilares como se fossem de papel.

A cada golpe, Hector parecia estar sendo esmagado. E, quando tentou revidar, levou um empurrão na nuca.

— É uma lástima. Você não tem nada além das asas e dessa boca grande. E onde elas estão? Vamos, atenda ao pedido do garoto. Mostre-me o que guarda aí dentro, já que isso te ajudou a vencer o combate de abertura.
— Patroclus de Angerona perdeu porque era fraco!!
— Alguém como você nunca entenderia a verdadeira força de Patroclus.

Contínuos ruídos metálicos, e faíscas.

— A bruxa tinha razão. Eu e você somos o mesmo: aberrações. Mas Patroclus conhecia minha verdadeira face e, ainda assim, decidiu carregar o peso de Angerona e do mundo. De todos nós, só ele possuía a dignidade de Messias. … Só tem uma coisa. Ele não existia para este mundo! Ele existia para mim!!

Numa investida brusca e inesperada, Achilles agarrou Hector pelo pescoço e o lançou contra os cavalos.

— E você, Hector de Vertumnus, foi quem o tirou de mim!!! — Gritou, avançando logo em seguida, desferindo uma estocada vinda do alto.

Houve um estrondo. Muitas bigas foram destruídas e arremessadas umas contra as outras, mas não pelo que esperávamos. Meu comprometido contra-atacou, por um milagre.

Eu e os desafiantes que assistiam do pulvinar estávamos incrédulos.

— Deixou a máscara cair tão cedo, herói dos heróis? — interpelou, sem fôlego.

Sua respiração dificultada não se devia apenas ao cansaço do duelo, mas à dor intensa em suas costas. Uma massa estranha irrompia por sua pele, fazendo-a sangrar.

Com rosnados que vinham do fundo do peito, ele revelou as plumas de bronze, esticando-as. Com as forças que ainda tinha, ergueu-se e lançou um sorriso arrogante.

— Se não consegue sustentá-la até o fim e perde o que te pertence... então você já falhou como um herói!!
— Eu falhei? Eu?! Eu sou o herói mais poderoso de Arcadia. E quem é você? Eu nunca ouvi falar de você até chegar aqui. Quem falhou foi você. ... Sim, você! É tudo culpa sua...!!

No ressoar das sirenes, a estátua de um gigantesco cavalo de ouro obstruiu o Anfiteatro, atropelando tudo à frente. Hector bateu as asas, esquivando-se por um triz.

Recobrando o equilíbrio no ar que dominava, fez uma curva perfeita ao redor da arena, voltando com tudo em direção ao adversário. Com a capa esvoaçando, Achilles preparou-se para interceptá-lo — e deu-se o golpe decisivo.

Uma miríade de luzes se apagou de uma vez. Cacos de uma máscara caíram junto a gotas de sangue. O líquido respingava do corte na bochecha exposta do derrotado.

— Foi divertido imitar o seu servo — disse Hector. — Farei bom uso do seu título. Agora, o “herói dos heróis” pertence a mim.
— Nós somos... receptáculos vazios. Sem nomes, sem significado. Fique com esse título, e essa máscara. Eles serão o seu flagelo.
— Eu aceito esse flagelo.
— O comprometido é o vencedor do segundo combate! Achilles de Angerona está oficialmente desclassificado da Corte dos Heróis!

Cristais de topázio imperial brilharam nos olhos do Imperador, emitindo clarões amarelos piscantes, incômodos à vista. Virei o rosto, mas ainda escutei o desabar do perdedor ao chão.

— Patroclus... M-Mãe... — sussurrava.

Quando vi, o cadáver dourado se deitava ao lado da pessoa que amava. Suas mãos se tocavam fragilmente.

Eu não estava triste a ponto de chorar. Na verdade, às aclamações e aplausos das caixas de som, comemorando a vitória do comprometido, eu me sentia oco.

Hector cambaleou, à beira de um desmaio, e rapidamente o sustive. Ele estava todo ralado, suando frio e se contraindo. Enfraquecido, ele não conseguiria recolher as asas. Precisávamos esperar.

Foi deixada uma delicada rosa dourada próxima aos derrotados.

— Pobres, pobres guerreiros de Angerona — disse Castor, carregando um vaso de cerâmica recheado delas. — Embora falassem a mesma língua, nunca puderam entender um ao outro. Em sua trágica obsessão, o príncipe Achilles perdeu de vista seu tesouro em meio às estrelas.
— O que faz aqui, dióscuro?
— Oh, por favor, não se incomode comigo. Este é apenas um réquiem.
— Réquiem?
— A pessoa a quem conhecíamos como Patroclus de Angerona chegou ao Anfiteatro um pouco antes de mim e minha irmã. Um jovem que nunca escutou o canto dos pássaros. Por ter vivido à sombra do companheiro destinado, percebeu tarde demais o papel que fora obrigado a interpretar.

Em pouco, as pétalas se deixaram levar pela brisa.

— Seu propósito ao nascer era servir como o motor para o coração flamejante de Achilles. No entanto, o herói dos heróis desistiu daquele Jardim! Então, se perguntou: o que eu deveria fazer para reacender aquele coração? O que eu deveria fazer para trazê-lo de volta à vida?
— Do que está falando...? O senhor Patroclus duelou para perder?
— Ele supôs que, desta forma, Achilles não teria outro ímpeto senão alcançar Messias. Mas, céus! Ao morrer, acertou o herói dos heróis em seu único ponto fraco, condenando-o a se tornar um mero mortal, como também era.

Como consolo, o dióscuro me ofereceu uma de suas rosas, estas dotadas de beleza artificial e eterna, dizendo:

— Não tomes para ti toda a angústia. O fim de todo herói é igual.

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EMBLEMA XXXV
Assim como Ceres e Tétis habituaram Triptólemo e Aquiles a resistir ao fogo, também o artista deve fazer com a Pedra.

“Aquiles e Triptólemo aprenderam,
através dos ensinamentos de suas mães,
a suportar queimaduras graves.
Tétis e Ceres os amamentaram;
com fogo durante a noite, com leite durante o dia.
Tal qual o leite materno para um bebê,
o fogo é necessário para o remédio filosofal.”

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Da boca de uma cornucópia, flores e frutas de todos os aspectos e cores extravasavam incessantemente. Era uma correnteza eterna por onde minhas memórias fluíam.

Havia acabado de tocar a campainha do intervalo, e eu subi até o terraço da escola com o lanche que trouxe de casa. Esperei por Tsubasa por quase dez minutos, e nada de ele aparecer.

Será que ele esqueceu?

Desci, procurando-o em todos os lugares possíveis: na nossa sala, nos banheiros e no pátio. Nada. Com a testa suando, subi as escadas e segui até o refeitório, onde uma roda de alunos fazia um tumulto.

— Beija! Beija! Beija! — Eles batiam palmas, aos risos e cochichos do público.
— Vai, Miyashita! Você não é gay? Então não faz mal!
— É, não precisa ser tímido! Se você vai beijar outro cara, a galera tem que ver!

Tsubasa e um primeiranista foram pegos se beijando às escondidas. Os garotos que os perseguiam os levaram à força para que o fizessem na frente de todos.

Ninguém movia um músculo para ir ajudá-los, nem mesmo eu. Naquele dia, tive tanto medo que fiquei paralisado. E quando os puxaram pelos cabelos, forçando-os ao beijo, o ar me fugiu.

Nossos colegas, até os mais próximos de mim, davam gargalhadas e assovios. Alunos de outras turmas faziam o mesmo. A cena entretinha quase toda a plateia, mas não a mim.

Por favor, parem de rir. Façam alguma coisa. Eu imploro.

Quando o espetáculo acabou, os bullies fizeram ameaças a Tsubasa, chutando-o para o canto da parede e atirando nele uma bandeja de metal. Foi quando seu semblante encontrou o meu.

Eu nunca soube que tipo de expressão ele viu em mim, mas esse evento ficou gravado em minha mente como um disco arranhado, sendo reproduzido repetidas vezes.

Todas as vezes em que ele sumia sem dizer para onde ia, eu me lembrava.

Em pavor, despertei. Busquei o copo d’água que eu deixava ao lado da cama e bebi apressado, mas a falta de ar demorou a passar. Por pouco, não me engasguei. Meu coração mais parecia o motor de um caminhão.

E pensar que eu sonharia com esse dia, depois de tanto tempo.

Ao meu lado, Hector respirava tranquilamente, babando no travesseiro. Ele se mexeu tanto enquanto dormia que bagunçou as cobertas, então o cobri para protegê-lo da friagem.

Quando suas feridas curaram, dei-lhe um banho e o coloquei para dormir em minha cama. De tão exausto, apaguei sem nem trocar de roupa. Nah, pelo menos eu não estava fedido.

Quanto àquele uniforme rasgado dele, era melhor pedir às máquinas para darem um jeito. Coloquei-o num cesto e, quando estava prestes a sair, as ditas cujas me atenderam prontamente.

Agora que havia me acostumado, suas capas pretas e máscaras eram até que... fofas?

Dei um largo e longo bocejo.

Eu não queria mais dormir, e também não sabia com o que passar o tempo ou aliviar a tensão. Após vestir minha toga, dei uma passada no observatório da biblioteca, sentando-me num banco para ver as “estrelas”.

Diziam que, quando eu crescesse, eu seria sociável e inteligente, um líder solucionador de problemas. A fim de cumprir com essa expectativa, eu fazia de tudo para estar em bons termos com as pessoas.

No entanto, sempre houve o que eu não tivesse o poder de mudar e consertar.

Quando vi Tsubasa naquela situação horrível, eu podia ter feito algo mais. Não, eu devia ter feito algo mais. Nem que eu só avisasse aos monitores de novo, mesmo sabendo que eles não tomariam providências.

Ao invés disso, eu fugi. Não pedi perdão, nem o confortei. Eu o abandonei por completo. Por semanas, tive vergonha de olhá-lo nos olhos. ... Foi isso que o senhor Achilles sentiu ao desistir do senhor Patroclus?

Aproximando-se com um prato e uma caneca de chá, Kosmo, o único que visitava o observatório além de mim, se sentou ao meu lado e dividiu comigo um pedaço de pão com geleia que comia.

Ao aceitar, deixei umas lágrimas caírem, soluçando. Eu tentei ao máximo, mas não conseguia mais controlar essas emoções. Um pouco nervoso em me ver assim, ele me envolveu em um meio abraço.

— Me desculpe — eu disse, gaguejando.
— Não se desculpe. Não era assim que você queria que terminasse. Eu sei.

Creio que, até o fim, ninguém chorou por eles além de mim. Tudo o que desejei era que, onde quer que estivessem, Achilles e Patroclus estivessem em paz. Que eles descansassem, em um mundo menos cruel do que esse.

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Hey, aqui é o Rafa! Este capítulo encerra o primeiro arco, “Calcinatio”. Na próxima semana, se iniciará “Coniunctio”. Por favor, acompanhem o desenrolar dessa história. Aguardo por vocês.

Espero que a leitura tenha sido proveitosa até então. Muito obrigado!

 

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