Livro 1
Capítulo 9: A Prosta
Após a batalha, Bash e os outros passaram pela caverna, recolhendo tudo o que parecia ter sido roubado pelos bandidos.
Tudo combinava com o itinerário de itens roubados que Judith havia compilado. Não tinha erro, eram os que controlavam os bugbears para atacar os mercadores na estrada. Até encontraram registros de vendas em um quarto, provando que estavam lucrando com os bens roubados. Com essa prova em mãos, poderiam até prender a empresa de comércio que estava em conluio com os bandidos.
O caso estava completamente resolvido.
Levando as evidências com eles, deixaram a caverna para trás.
— É tão brilhante…
Quando emergiram da cobertura escura da floresta, a luz do sol era deslumbrante. Amanheceu em algum momento.
Bash estreitou os olhos e examinou a área ao redor.
Os soldados de infantaria estavam em um estado terrível. Graças ao pó de fada, sua saúde foi estabilizada. Ainda assim, precisavam se apoiar um no outro apenas para andar.
O coração de Judith pesou ao olhar para os soldados. Sua bela pele translúcida e cabelos dourados estavam sujos, os olhos inchados de tanto chorar, com marcas de lágrimas visíveis através da sujeira em suas bochechas. E, no entanto, parecia ter descoberto uma nova resolução dentro de si mesma. Para Bash, era uma beleza inigualável.
Se virou para olhar o orc, talvez sentindo seu olhar sobre ela, e não disse nada. Em vez disso, apertou os lábios e desviou o olhar. Se fosse como antes, teria zombado dele ou dado um de seus olhares malignos patenteados. Agora, parecia quase envergonhada.
— Chefe! Chefe!
Enquanto ele olhava para a cavaleira, Zell apareceu em seu ouvido, sussurrando feliz para ele.
— Eu tenho um palpite de que você pode ser capaz de dormir com a bela donzela se você avançar agora!
— ... Sério?
— Você a salvou de uma situação complicada e ela viu sua força. Eu não estou cem por cento certo, mas esta é a melhor chance que você vai ter, eu acho! E olhe! Verifique o dedo dela!
Bash olhou para a mão dela com curiosidade; seu dedo anelar estava nu.
— É a sua chance, chefe! Você tem que pegar!
A palavra "chance" fez a mente dele correr a mil por hora. De repente, se viu de volta à caverna. onde a cavaleira também estava, seminua em toda sua glória. A pele translúcida e seios expostos, os olhos brilhantes o observando.
Ele começou a bufar e ofegar. Passou as últimas vinte e quatro horas negando a si mesmo. Depois de aprender sobre como as mulheres humanas eram difíceis de conquistar, se jogou em colônia, segurou a língua enquanto estava sendo repreendido e se conteve quando confrontado com a visão de uma mulher nua... Porém, agora, depois de tanto autocontrole, a adorável cavaleira que ele ansiava estava realmente ao seu alcance.
Cerrou os punhos de excitação.
Então, ainda olhando para a mão dela...
— Judith... —Ainda bufando e ofegante, falou.
— ... O-o quê?
Ela se virou, um olhar irritado em seu rosto.
Ao vê-lo dessa maneira, engoliu em seco, seu rosto ficando tenso. Ignorando isso, ele segurou o ombro dela com uma de suas mãos carnudas.
— Mulher, você quer ter meus bebês?
A proposta orc padrão.
Os olhos dela arregalaram, a raiva surgindo em seu rosto — durou apenas um momento, até ele clarear. Ela olhou para Bash por alguns segundos e depois riu.
"Ah! Isso é um bom sinal!" pensou, seu ânimo subindo. Logo ela respondeu.
— Você não pode me assustar, orc. Você disse: "O rei orc proibiu estritamente o coito não consensual com membros de outras raças", certo?
A resposta dela não foi nem sim nem não. O nariz dele agora assobiava enquanto continuava a ofegar. Confuso, decidiu consultar seu cérebro.
— Ei, cérebro. O que ela quer dizer? Isso foi um sim ou um não?
— Hmm…
O cérebro cruzou os braços imaginários pensando, pesando o significado das palavras de Judith.
Sim ou não? A pequena mente de Bash se iluminou com uma imagem mental. Aqui estava uma fada carregando um cartaz que dizia: SIM. E aqui estava outra fada segurando uma que dizia: NÃO. As fadas do SIM e do NÃO de repente começaram a lutar entre si. Pó de fada voou enquanto socavam e chutavam. No final, o cérebro balançou a cabeça enquanto julgava o vencedor.
— Hmm, foi perto, mas temo que você tenha sido rejeitado. — Ergueu o punho da fada do NÃO em vitória, e ela mandou beijos para a multidão que assistia. Foi por pouco, de fato.
— Fui rejeitado... É um não...
— É um não, chefe.
— O que eu faço agora?
— Quando você é rejeitado, a resposta padrão é desistir e passar para a próxima mulher. Isso é considerado etiqueta apropriada. Se você continuar pressionando, é aí que as coisas se movem para um território não consensual.
— Hum, entendo…
Não parecia que conseguiria o que queria desta vez.
— Ah, bem. É o que é.
Ainda assim, não se sentiu muito desanimado.
Durante a guerra, o seu lado às vezes perdia, não importa o quanto ele próprio tivesse lutado. Nem todas as oportunidades levaram à vitória, e você precisava lidar com a derrota, pois não duraria muito no campo de batalha se permitisse que isso o abalasse. Era necessário se recompor e passar para a próxima luta. Isso era o que significava ser um guerreiro.
Mas...
Ele estava cheio de arrependimento. Afinal, esta tinha sido a primeira batalha no campo do romance. Desejou poder ter aguentado um pouco mais, mesmo sabendo que a inexperiência teimosa era a ruína de muitos guerreiros.
— Entendo. Isso é uma vergonha. Eu gostava muito de você.
— Uau, você está lidando muito bem com a rejeição para um orc. Por curiosidade, o que é que você vê em mim? Não só desrespeitei você várias vezes, mas também me desonrei ao ser capturada pelo inimigo. Então você teve que me resgatar enquanto eu estava lá, uma bagunça chorando. Então, por quê?
— Bem... você é bonita.
— Heh. —Riu. Pensou que ele estava fazendo uma piada. — Heh, obrigada pelo elogio. — Alisou o cabelo emaranhado enquanto falava.
Bash não queria ser educado. Seu estômago fez um movimento engraçado enquanto a observava puxar para trás seu cabelo dourado.
Alheia ao desejo contínuo dele por ela, deu de ombros.
— De qualquer forma, obrigado por me salvar. Mesmo. Se você não tivesse vindo, eu teria acabado como minha irmã mais velha…
— Você tem uma irmã?
— Sim. Ela foi capturada e detida como criminosa de guerra por vocês orcs, antes de ser usada como reprodutora e abusada até não sobrar nada dela
— Oh…
Ele apertou os lábios.
A sua irmã... Imaginou uma bela cavaleira, tão adorável quanto sua irmã mais nova. Podia imaginar como uma linda dama cavaleira teria sido tratada pelos orcs durante a guerra... Na época, porém, ninguém pensaria em nada disso.
Os orcs viam todas as mulheres como alvos para captura. Durante as negociações de paz, quando as sanções estavam sendo decididas, uma cavaleira humana falou, derrubando um único guerreiro orc. Era conhecida como Lily, a Sangrenta, e foi isso que disse: “Sexo não consensual com mulheres de outras raças… Esta prática é imensamente prejudicial ao orgulho de cavaleiras como eu! Se vocês orcs tivessem algum orgulho de si mesmos como raça, vocês permitiriam que os derrotados escolhessem uma morte honrosa! Pare de nos humilhar e rebaixar na derrota! Permita-nos morrer no campo de batalha com nossa dignidade intacta!”
Seu discurso foi um longo caminho para esclarecer os orcs. Claro, ainda havia muitos orcs que eram guiados por seus desejos carnais, e muitos outros que não viam sentido em mudar seus caminhos agora, depois de séculos e séculos de tais práticas. Outros estavam preocupados em perder o acesso a oportunidades de reprodução e se opuseram obstinadamente.
Nem todos eram assim, no entanto.
— Sabe, eu sempre desprezei orcs por causa do que aconteceu com minha irmã... Ela era tão brilhante, tão inspiradora... — Conforme falava, a velha sombra escura passava por suas feições mais uma vez.
Seu ódio fervente era óbvio. Seu desejo ardente de matar cada último membro da raça... Contudo, sua expressão clareou mais uma vez.
— Mas agora comecei a mudar um pouco meu pensamento. Agora eu sei que existem grandes homens como você entre os orcs.
Não tinha deixado de lado seu rancor, mas parecia um pouco mais leve de suportar agora: foi o que sua expressão disse a ele.
Ele não entendia a situação. Felizmente, Zell explicou. A fada vibrou ao redor da sua orelha, sussurrando.
— Chefe... eu odeio ser aquela a te dizer, mas não vai rolar.
— Ah, mas... ela disse que eu sou um grande homem. Isso não é uma coisa boa?
— Parece que esta mulher tem os orcs em sua lista de não parceiros. Chefe, há certas raças com as quais você não gostaria de acasalar também, certo?
De fato, havia certas raças com as quais não gostaria de ter um relacionamento. Primeiro, os homens-lagarto. Ele com certeza não gostaria de dormir com um. Suas feições reptilianas não faziam nada por ele. Além disso, você mal podia dizer quais eram os machos e quais eram as fêmeas. Outra raça na lista de não parceiros seriam as abelhas assassinas. Mesmo que acasalasse com uma, apenas abelhas assassinas nasceriam. Fora isso, as fêmeas tinham uma política de comer os machos depois de engravidarem.
Ele esperava que seu primeiro encontro sexual não fosse o último, e estavam definitivamente fora.
Havia outras com as quais preferiria não se deitar, fora essas. Parecia que os orcs eram uma dessas raças para Judith. Se sim, então não tinha chances mesmo.
— Bem, ela pode não ser sua esposa, mas disse que você era um grande homem, e isso pode levar a outras oportunidades! Mulheres humanas gostam de conversar e fofocar entre si, sabe. Mesmo que não goste de orcs, pode dar uma boa palavra para você com algumas outras mulheres!
— Verdade!
Ele imaginou uma fila de mulheres, todas tão atraentes quanto a cavaleira.
Ah, sim, eram todas do tipo dele. Era uma pena sobre Judith, com certeza, mas tinha certeza de que poderia encontrar consolo com outra...
— Oh, mas não diga a ela que você quer que ela o apresente a uma amiga. As mulheres não gostam disso. Ficam bravas quando um cara muda suas atenções muito rápido, por algum motivo.
— Entendo... então o que devo dizer?
— Hmm... Apenas diga que você está querendo conhecer alguém novo. Se você dizer dessa forma, pode dar certo.
Assentiu pensativo. Zell era muito útil quando se tratava de coisas como essa. Se estivesse sozinho, nunca pensaria em perguntar.
— Eu tenho um favor para pedir.
— Um, qual?
— Estou procurando conhecer alguém novo. Uma mulher. Você tem alguma ideia de onde devo procurar?
Ela franziu a testa pensativamente por um segundo. Então, as suas sobrancelhas se ergueram e ela olhou para Houston. Ele estava ouvindo a conversa deles e assentiu.
— Acho que tenho uma ideia.
— Hmm, quem?
— Haha, eu sou o general do exército de Krassel, você sabe. Eu tenho acesso a esse tipo de informação.
Um general do exército era equivalente a um grande senhor da guerra orc, e um grande senhor da guerra sempre cuidava de seus guerreiros subordinados. Homens que não mostravam o devido cuidado com seus juniores nunca se tornariam grandes senhores da guerra, em primeiro lugar. Orcs eram uma raça simples, mas não estúpida. Sabiam o que era preciso para ser um grande comandante. Porém, um grande guerreiro como Bash não era automaticamente um. Ainda assim, podia apreciar como um general poderia saber muito sobre as cavaleiras sob seu comando. O suficiente para recomendar uma ou duas…
— Você deveria viajar para a Floresta Shiwanashi, no país dos elfos. Se você fizer isso, tenho certeza de que terá o encontro que procura.
— Os elfos, hein...?
Essa não era muito a introdução que esperava. Tinha certeza que Houston iria apresentá-lo a outra cavaleira humana sexy, mas um elfo seria bom também. Não eram tão férteis quanto os humanos, contudo eram totalmente capazes de conceber a partir do sexo com orcs, e quaisquer filhos que tivessem de Bash seriam abençoados com poder mágico. E mais: viviam mais e tinham mais vitalidade, e algumas eram belezas extremas. Como resultado, eram muito procurados entre a raça orc. Alguns orcs não se importavam com eles, no entanto. Para muitos, o elfo típico era muito magro.
Ele não se era contra os elfos. Na verdade, os elfos eram considerados uma raridade na época, já que havia poucos no país dos orcs. Se voltasse para casa com uma noiva elfa, sua posição como Herói Orc só aumentaria.
— Uma elfa... Nada mal, nada mal, chefe!
— Certo! Bem, é melhor irmos para lá imediatamente.
Bash estava satisfeito e se virou para sair. Vendo isso, Houston franziu a testa em confusão.
— Aonde você está indo?
— À Floresta Shiwanashi.
De fato, não ficava longe, todavia ficava na direção oposta da cidade fortificada de Krassel. Não havia necessidade de retornar à cidade.
— Bem, você não quer passar a noite em Krassel? Você seria muito bem-vindo.
— Não tenho tempo.
Ele queria se livrar de sua virgindade o mais rápido possível. Se a floresta era onde poderia fazer isso acontecer, então não queria perder mais um segundo.
— Mas eu pensei que todos nós poderíamos tomar uma bebida juntos na taverna hoje à noite para comemorar nosso sucesso... — Queria manter o orc por perto um pouco mais, mas sabia que era melhor não insistir. Em vez disso, decidiu deixá-lo e riu. — Tudo bem. Eu entendo. Não vamos detê-lo.
Os soldados de infantaria não estavam acompanhando a conversa e se viraram para o orc em confusão ao perceber que ele estava saindo, e nem Houston nem Judith disseram nada. Simplesmente assistiram ele partir. Entretanto, ela deu um passo à frente.
— Sr. Bash…
Parou, e seu coração se encheu de uma esperança selvagem repentina.
— Que a sorte da guerra esteja a seu favor.
A esperança desvaneceu-se tão rapidamente quanto surgira, porém, olhou por cima do ombro para ela e assentiu com firmeza. Então, virou mais uma vez e começou a caminhar na direção da Floresta Shiwanashi.
— Nós não pegamos todos os detalhes, mas por que aquele orc veio para Krassel, de novo? — Quando estavam quase chegando aos portões da cidade, um dos soldados fez esta pergunta.
— Hmm? Não é óbvio?
— Senhor, se você não se importar em explicar...
Houston pensou por um segundo, seu olhar deslizando para a cavaleira.
"Você sabe, não sabe? Ilumine-os."; o que seu olhar disse.
Ela suspirou e lançou uma explicação.
— Depois da guerra, o rei orc proibiu a luta e optou pela paz. Você sabe muito disso, certo?
— Sim, claro. O general Houston estava na cerimônia de assinatura do tratado de paz, se bem me lembro.
— Certo. Bem, mesmo entre os orcs que estavam na assinatura, havia aqueles que se opunham aos novos termos.
— Você quer dizer que eles não queriam paz com os humanos?
— Exato. Para os orcs, lutar é tão natural quanto respirar. Desde o momento em que nascem, sonham em ir para a guerra. A paz era um conceito ridículo para eles. Queriam continuar lutando e criando estragos, e muitos ainda tinham essa visão.
O soldado engoliu em seco.
— Aqueles que se opuseram acabaram deixando o país dos orcs e se espalhando pelo mundo, indo causar o caos em outros países. Como o que aconteceu em nosso país, na floresta.
Judith sabia muito sobre cultura e história orc, pois aprendeu com o superior ao lado. Fora isso, passou um ano acompanhando-o e aprendendo seu método para caçar os orcs desonestos. Sabia como eles eram. Metade desprezíveis, a escória da sociedade, e também não eram guerreiros tão habilidosos. Nem conseguiram obedecer às ordens do rei. No entanto, outro tipo estava por aí. Os melhores da classe guerreira, aqueles que sobreviveram a inúmeras batalhas e mataram centenas. Sabiam como sobreviver.
— O incidente desta vez foi definitivamente causado por um, mas o que isso tem a ver com a jornada que o Sr. Bash disse que estava fazendo?
— Você ainda não sabe, mesmo depois de tudo que acabou de ouvir? — Judith deu de ombros, revirando os olhos.
— Sr. Bash está no mundo, procurando esses orcs e exterminando-os um por um.
Pensou que tinha descoberto a missão dele. Era um verdadeiro soldado, capaz de deixar de lado seus próprios desejos e mostrar lealdade ao seu comandante. É por isso que continuou mencionando o rei tantas vezes. E o que estavam tentando proteger era…
— Então ele está lá fora tentando restaurar o orgulho da raça.
Eram selvagens e rudes. A maioria das outras raças tinha esse tipo de impressão negativa deles, e, claro, não estava tão errada. Ao mesmo tempo, porém, sentiam orgulho de si mesmos. Estavam preparados por completo para colher o que semearam na guerra.
"A fim de restaurar a reputação deles, despacharam seu melhor herói, Bash, em uma missão divina. Como poderia ser outra coisa?" pensou.
— Este incidente mudou minha impressão sobre eles; só um pouco.
Os desprezava. Foram eles que violaram sua irmã, que se mostraram incapazes de respeitar outras raças e suas mulheres. As viam como pouco mais do que um depósito de esperma. Era impossível para ela olhá-los com carinho. Mesmo entre aquela raça que tanto odiava, porém, havia pelo menos um que achava digno de seu respeito, e como uma cavaleira, a inspirou. Essa percepção parecia de alguma forma significativa demais para ela, abrindo a sua mente para novas possibilidades.
— Mas General Houston, você sabia o que estava acontecendo desde o início, não sabia? Você soube imediatamente por que o Sr. Bash veio para Krassel.
— Hum... Bem.
Houston riu, alegre. Na verdade, quando percebeu que Bash estava na cidade, quase se mijou. No fim das contas, ficou óbvio que ele estava lá em algum tipo de missão; depois de tantos anos estudando a cultura e os comportamentos dos orcs, notou isso de imediato. Sim, dedicar-se ao estudo deles foi sua maior ferramenta de autopreservação. Armado com esse conhecimento, pôde se comportar ao redor do orc sem causar nenhuma ofensa. Melhor ainda, conseguiu ajudá-lo em sua missão, e sentiu orgulho de si mesmo por isso.
— Todos nós devemos nos esforçar para ser como aquele orc se tivermos algum orgulho de nós mesmos como cavaleiros.
— Você está certo. Eu, pessoalmente, pretendo me dedicar ao meu trabalho na esperança de ser mais parecido com o sr. Bash. — Judith suspirou profundo, pensando nos eventos recentes, sua resolução firme e seu coração cheio.
Nunca esqueceria do seu encontro com o Herói Orc, nem de como ele agiu com honra e orgulho. Se tornaria uma grande guerreira, também, assim como ele...
— Mas primeiro, todos vocês terão sérios cortes salariais e um período de profunda autorreflexão como penitência por suas ações rebeldes naquela caverna. Só pelo Herói Orc Bash, seus títulos continuaram com vocês!
— S-sim, senhor!
— Sim, senhor! Sim, senhor!
Houston e Judith trocaram sorrisos. Ambos estavam gratos ao destino por permitir que cruzassem o caminho de alguém como Bash. Em alto astral, partiram para retornar à sua casa, a cidade fortificada de Krassel.