Volume 5

Capítulo 125: A Noiva do Campo de Vermes e a Vila Coberta de Branco (2)

Os observadores enxeridos.

Os olhares daqueles aldeões irritantes que haviam se reunido, e o olhar temeroso da Lucia.

“Prazer em ver vocês todos de novo, pessoal. Como vocês todos estão? Hee hee hee, eu estou me sentindo realmente, realmente bem. Hee hee hee, ah, nesta manhã…”
“Oh! O que uma fera desleixada está fazendo na nossa vila, gyaaaoooh!”
“Ei, alguém tentou dizer algo para mim agora mesmo? Por quê vocês estão entrando no meio? Aguardem até eu ter terminado de falar primeiro, ou vocês não conseguem fazer algo simples assim? Hm? Qual o problema?”

Eu ataquei ele com um feitiço mágico de gelo sem entonação, e uma lança de gelo passou pelo pé do homem, deixando o chão vermelho com o sangue dele.

“Vo, você tem algum NERVO! GYAAAHHH!”
“O que você está fazAAHHHG!”
“Ora, por quê vocês não tomam um pouco de cuidado as vezes? Ou vocês acham que vocês podem me aguentar depois que eu fiz isso com vocês? Vocês tem algumas cabeças bobas nos seus ombros, sabiam?”

Havia também dois cachorros que estavam latindo e pareciam que estavam prestes a morder, mas eu acertei aqueles cachorrinhos selvagens com lanças de gelo também. (NT: Olha só, agora eu odeio a Minnalis / eram os caras que ela matou e não cachorros, esquece… tudo certo)

O povo da vila tentou ajudar os homens que eu havia acertado com olhares de raiva e medo.

“Sim, esses olhos. Esses eram os olhos que eu estava esperando.”

Eu ri baixo deles com desdém, no que eu me afundei num prazer profundo com dos meus impulsos vermelhos empretecidos que brotaram de tão fundo do meu coração.

“Primeiro, eu farei uma declaração. Eu não pretendo me segurar NEM UM POUCO. Eu não hesitarem em fazer o que tem que ser feito. Qualquer razão que eu tenha para hesitação é porque meus cúmplices serão aqueles que destruirão algo. Veja, por exemplo, isto aqui.”
“Gah! Guffihh, guwaaahah!”

Tinha um homem se aproximando escondido de mim com um machado em mãos que eu espetei através do coração.

“Karif? N, nãããoooooo!”

Eu puxei a espada para fora de Karif e chutei ele para baixo, e de todo mundo de pé lá encarando a ferida fatal dele, Yuria veio correndo até mim.

Ele tinha uma ferida que havia o levado para próximo da porte, mas ainda Karif continuou gritando.

“Gyaaaahhh! Oww, oww, owwwWWW! Eu vou MORRER MORRER MORRER MOOOORREEEEER!”
“K… Karif?”

A vazão de sangue e a ferida profunda faria qualquer um pensar que ele morreria rápido ali, mas ainda Karif continuou vivo, se esquecendo e gritando.

“Não se preocupe, você não vai morrer. É assim que esta gaiola em que você está funciona. Sua alma não pode ser separada de seu corpo aqui, e como os morto-vivos, ela não consegue transcender de seu corpo. Então deixe a dor passar por você, okay? Heh heh heh, hee hee hee hee!”
“Mah, ah… huh?”

Talvez a razão pela qual Yuria estava tão surpresa era que Karif não estava morrendo. Ou, ela estava tentando negar que Karif estava ali com uma ferida fatal dessas, na frente dela.

É por isso que, por gentileza, eu agora virei meu olhar para Lucia.

“Bem Lucia, você poderia ajudar com uma pequena magia de cura?”
“Sua… puta…”
“Ora, que cruel. Hee hee hee, apesar da puta aqui ser você.”

Eu havia ajudado ela a saber o que fazer em seguida, e ela ainda estava me chamando com nomes.

“Ainda assim, Lucia, eu SOU sua amiga de infância, então deixe-me lhe dar a razão para isto. Que tal isto como um exemplo, crianças desaparecendo desta vila e se tornando reféns sem chance de serem ajudadas, não é algo que você prefira como uma heroína, eh, Lucia?”
“Que? Com crianças!?”
“Bem, o que você acha? Hee hee.”

Eu ri para que ela pensasse e tentasse imaginar o que eu tinha feito.

“Isso não é razão suficiente para você? Bem, então me deixe dizer isto, 『você não pode curar com feridas demais』, que tal?”
“P… pare!”

Eu ri pela Lucia irritada e joguei facas de arremesso ao redor dos outros.

“Gyaahh!” “Ow, owww!” “Agaaaahh! Minha… minha peeernaaaa!”
“Pelo que você está fazendo isto!? Você sabe que eu não tenho o poder mágico para curar, você não tem sentimentos!?”
“AHAH HAH HAH HAH HAH! Esses foram quebrados a muuuuuito tempo atrás. Tomados, atormentados, e esmagados como pó por tipos como você, a muito tempo atrás.”

Sim, prazer. Prazer total.

Os grito ecoantes, eles sacudiam meu coração.

Agora a semente que eu plantei brotará.

“Chega disso, agora, vamos começar?”
“Maah?”

Uma mudança veio sobre todos os aldeões em dor por suas feridas.

“Oooolhem, um pouco mais. O broto está florindo.”
“Eeek, ggg. O que é isto!? NOJENTO!” “Pare, o que é ISTO?”
“O que está acontecendo.”
“Meus insetinhos estão florindo!”

Minha risada se aprofundou pelo inferno que estava prestes a começar.

“Eeeegh! Gaaahh!”

De suas feridas profundas, dezenas de vermes começaram a emergir.

“K, Kalif!? Q, que, o que é isso?!”
“Agh! Isso dóóóiiii, Yuria… Gaaahhh!”
“Heh, hee hee hee, parece doloroso. Doloroso, duro… mas eu estou muito feliz.”

Os olhares de raiva e medo nos rostos de todos era tão agradável.

A razão porquê disso era que isto era prova de que esses tolos eram porcos, bem abaixo de mim. Como eu havia caído para um inferno bem mais baixo do que o resto deles, eu estava imaginando em expectativas latejantes para ver que caras eles fariam para mim.

“Lucia, por favor… se você não ajudar Karif… Mah?”

Yuria chamou inutilmente.

Lucia olhou para tudo isto com olhos arregalados em surpresa.

“Por favor, ele é meu marido, você tem que ajudá-lo a ficar comigo, certo?”

Eu sorri no que eu assisti a boca infestada de vermes do Karif ir para frente e morder Yuria na base de seu pescoço.

“Eeek! P, pare, Karif! Owwowwowwwowww!”

Ele continuou empurrando sua boca em direção dela, avidamente tentando devorá-la, se movendo quase como que para cuspir os vermes dentro do pescoço dela.

“Ahh, ahh, não, não, masmasmasmas, não, nãããooooo!”
“Giyaaaahhh!?”
“Oh!”

Foi a primeira nota numa melodia ecoante de gritos.

Então, daquele primeiro momento de melodia, muitas outras melodias saltaram.

“… argh?! Que, o que é isto!? Geeehhghhh!?”

O próximo som que eu ouvi era daquela velha má e mesquinha da loja de poções.

Sua pele enrugada começou a expandir como um balão em bolhas no que os vermes se rastejaram de seus órgãos para fora e começaram a devorar a pele dela por dentro.

Chompchomp, chumchumchum, ripriprip, os sons continuaram, no que os vermes devoraram os hospedeiros e sangue voou.

Dos olhos, ouvidos, nariz e boca, os vermes emergiram, e os gritos continuaram.

Depois a esposa do caçador, depois o filho do prefeito, depois o armador de armadilhas.

Depois, depois, depois.

No que a infeção se espalhou, um quinto dos aldeões estavam agora brotando vermes.

“E… eekk! Que, por quê! Não, pare! Pare! Paaare! Aggh!”

Um homem tentou correr depois de espumar na boca e correndo com medo da cena, mas um aldeão que estava cuspindo vermes da boca segurou ele e o mordeu pela pantorrilha.

A boca do aldeão continuou se movendo, como que para cuspir os vermes na nova ferida do homem.

“Nããooo!” “Corram, cooorraaaaam!” “Mas que, não, nãããoooo!”

Dentre toda a gritaria, os aldeões se espalharam como aranhas bebês ao vento, enquanto aqueles que não conseguiam acabaram sendo vítimas dos outros.

Os aldeões gritando e sendo comidos vivos pelos vermes começaram a perseguir os outros aldeões fugindo.

“Hee hee, agora, vamos ver Lucia.”

Agora que eu vi que meu plano havia se instalado, eu fui até Lucia, que estava encarando incrédula a cena.

Ela tinha o olhar chocado pela cena desgraçada que eu havia esperado dela.

“Droga! O que é isto? Esta PAREDE!?”

Tudo que eu podia fazer era rir dos aldeões arranhando a barreira mágica que havia sido colocada ao redor da cidade.

“É inútil fazer isso, sabiam? Como meu Goshujin-sama diz, até um dragão não consegue escapar desta gaiola que ele fez, então não tem como alguém como vocês conseguirem.”
“… Minnalis…”

Ela se virou de volta para mim, me encarando com raiva, enquanto eu simplesmente sorri.

Então eu vi um aldeão um pouquinho afastado de mim batendo na barreira com seu punho.

Ele estava tentando escapar como Lucia, e acabou encontrando com um grupo de infectados por acaso.

“Droga! Mas que droga, o que é isto!? Não, não se aproximem! Não se aproximem! Eek, agh, não, aggh!?”
“Eeek…”

O aldeão foi cercado pelos aldeões infectados no que eles foram consumi-lo com mordidas e mastigadas altas.

Depois de um tempo, ele se tornaria um hospedeiro para os vermes também.

Lucia se afastou da cena e olhou para mim.

“Hee hee hee, ah, Lucia. Você não tem que se preocupar, eles não te atacarão. Você é minha amiga de infância, então você ganha tratamento especial. Que tal isso? Você está feliz?”
“… você acha que você vai se safar depois de fazer tudo isto? Esta é uma clara oposição àqueles em Carbonheim! Assim que o exército ouvir falar disso, eles virão! E então você será morta por eles.”
“Hmph… isso é ir um pouco longe demais, eu acho.”
“Ei, desista disto. Se você fizer isso, eu posso falar em seu favor, e eles podem escolher te punir menos.”

Lucia disse no que ela olhava para minha reação e parecia estar genuinamente preocupada.

Hee hee. Claro, vamos começar outra coisa.

A razão pela qual nós passamos aqueles dias juntas, era por causa disso.

E sem isso, meu mundo sendo quebrado naquele dia, eu não seria capaz de acabar nada disso.

“Ei, Lucia-chan, talvez você não veja o que está acontecendo. Você vê o que está acontecendo ao seu redor? Eu te falei, 『você é minha amiga de infância, então você recebe tratamento especial』. Certo?”
“Que?”

Ela me mostrou seu lado de aparência frágil, muito como a Lucia infantil que estava congelada em minha mente.

Eu usei a 『Espada Rotante Celestial』 que me Goshujin-sama recebeu da Luxúria, e chamei ele como eu havia planejado. (NT: Não parece ser uma das espadas padrões do Kaito, até por ele emprestar, então nome traduzido)

“Hee hee, ei, Lucia, eu tenho que tratar amigos de infância gentilmente, certo?”
“O que… é isso? O que você está…”

Um círculo mágico de 90 centímetros apareceu no chão próximo de mim.

A habilidade de transporte deteriorante trouxe ele para cá muito lentamente.

“Eu achei que vocês dois deviam ficar juntos, mesmo quando eu não conseguiria cuidar de vocês de uma vez.”
“O que… o que você quer dizer com isso?”

O poder mágico coalesceu ao redor dos meus pés, e sua figura apareceu.

“Bem, eu tinha que lidar com cada um de vocês separadamente, ou seria injusto, né?”

Sua pele infeccionando, da cor de veneno, as manchas negras de sangue, os braços quebrados de maneira não natural e torcidos, as pernas estranhamente inchadas e o olhar dele de pé, mas ainda assim derrotado.

“Então olhe, para o que aconteceu com o Keril, eu terei certeza de matar vocês dois igualmente.”
“K… KERILLLLL!”

O mais amado dentre todos os queridos da Lucia, o corpo do Keril.

Talvez ela gostaria de ver mais do horrífico corpo dele?

“AHAH HAH HAH HAH HAH HAH HAH! Você achou que o Keril estava vindo para você? Nem ouse ACHAR que ele estava perto! Keril acabou desse jeito alguns momentos atrás! AHAH HAH HAH HAH HAH HAH!”
“Mas que… o que você FEZ COM ELE!?”
“Hee hee, Keril… vamos apenas dizer que ele foi espancado até a morte.”

Talvez eu deva mostrar para ela mais um pouco?

“Ahhh! AHHH! NÃÃOO! NÃO NÃO NÃO NÃÃÃOOOO!”
“Eu quebrei cada braço cuidadosamente, e então eu reanimei ele assim. Eu então queimei suas pernas de novo e de novo com ferros quentes.”

Eu te mostrarei ainda mais.

“Então eu banhei o corpo inteiro dele em água fervente misturada com pó de slime. Então eu coloquei ele numa cama de sal.”

“P… pare… não tem… como…”

O cabelo dela estava bagunçado e sua voz tremeu.

“Eu dei para ele uma poção misturada com magia congelante onde sua língua conseguia alcançar. Ele se esticou longe para lambê-la e então parou quando ele sentiu a dor, mas o veneno já havia alcançado ele. Veja, mesmo que fosse uma dor afiada, ele sentiu que ele teria desistido. Então o veneno que eu dei para ele era um que apodreceu seus órgãos.”
“Ahh… ahh… ah…”

O rosto dela se contorceu com dor, e ela chorou em descrença.

“Então, assim como todo mundo aqui na vila, eu fiz os vermes comerem seus interiores, mas se eu deixasse eles comerem tudo, você não saberia que é o Keril, certo? É por isso que eu passei uma poção que manteria a pele dele firme. A cor mudou um pouco, mas olha, agora que eu trouxe ele para cá, você consegue reconhecer totalmente quem é, né?!”
“MINNALLISSSSSSSSSSAAAAAAGH!”
“HAH HAH HAH HAH! Sim, sim, esse é o rosto que eu quero LuciaAAAAGH!”

O rosto dela estava coberto em fúria, e como uma criança irritável, ela jogou uma bola de fogo em mim.

Sua mira e poder eram tolamente ruins, então eu estourei ela com a menor reação possível.

“Você SEMPRE, SEMPRE, SEMPRE se meteu entre eu e o KERIL! EU IA CASAR COM ELE! POR QUÊ VOCÊ APARECEU AGORA!? EU SÓ TINHA QUE ESPERAR UM POUCO MAIS!”
“Sim, eu sei, eu sei… é por isso que eu estou AQUI. Para poder destruir seu sonho, é por isso que eu voltei, AHAH HAH HAH HAH HAH!”

Que cara linda que ela tem.

Mas, ela não consegue aguentar muito mais, sua magia está quase acabada.

“… agh… eu… não consigo… mais.”

Assim como uma marionete com seus fios cortados, Lucia caiu no chão.

Ela se rastejou pelo chão frio, assim como minha mãe e eu fomos forçadas a fazer…

“Não… mais… me mate… você quer, certo? Sua monstra…”
“Sim, isso mesmo. Eu sempre, sempre quis te matar, Lucia…”

Mas, ainda não. Ainda não, certo? Você ainda não alcançou o fundo do inferno ainda.

Você não caiu tão longe quanto eu caí.

É por isso que, agora, eu farei o que eu quero.

Para poder esmagar seus sonhos.

“Heh heh heh, então, você está esperando a Lucia-chan? Vá pegá-la…”
“Gwaaghhh… guughhhwwahh…”

Um homem com vermes pingando de sua boca andou vagarosamente até Lucia.

Contudo, ele caiu e logo estava rastejando lentamente até Lucia de quatro.

“Quando esses vermes despertam, eles consomem toda a carne no corpo menos o cérebro, e usam isso para perseguir outras carnes para se tornarem seus hospedeiros. Esses hospedeiros rapidamente se adaptam aos vermes. É bem doloroso no que os vermes mastigam dentro de você. A razão é que eles se reproduzem no que eles mastigam pelo seu interior.”
“Dor… doloooo…”
“Keril, me desculpe… desculpe que eu não consegui te ajudar… me desculpe…”

Lucia colocou seu braço para o homem infestado sem qualquer hesitação.

“Hee hee, hoje era sua cerimônia de casamento, certo? Eu acho que você receberá seu beijo, de certo modo.”
“… Deus punirá você. Você verdadeiramente é uma monstra. Uma diaba em pele humana.” (NT: Concordo, pelo que fez com o cachorro. Está marcada agora por isso.)
“Entendo, bem, que pena. Como você decidiu ir contra uma monstra, não há surpresa do porquê você ser destinada a ter seus planos destruídos por uma, né?”

Resignação, mas ainda com um olhar de hostilidade.

Ah, não, isso não vai dar.

Esse olhar teria me enganado antes, mas eu não permitirei ele agora, Lucia.

“Eu amo, amo, amo, amo você Keril. Eu te amo mais do que qualquer outra pessoa neste mundo.”
“Sooccorrrooo… Ow… Dorr… Ddooorrr…”
“Vamos ser felizes juntos. Quero dizer, não importa em que forma, eu salvarei nós dois…”

Quase como um sonho, o herói empesteado e sua amante ao seu lado.

“Owaahhg… gaaahhh…”
“Minnalis, eu não sei se isto é alguma vingança perversa, mas eu não deixarei você se meter entre nós. Keril ainda é meu herói… eu não deixarei você mudar isso. Deixe a chuva cair sobre ele. 『Canção da Chuva Viva』, ugh…”

Então um beijo, e a história acabou.

Definitivamente o final que Lucia queria.

“GUWAAAAHHHH!”

Paaaaaaaah, a luz cintilante que era prova da vitalidade vindo do espírito dela partindo.

A magia secreta usada apenas por aqueles que estão entre os magos de espíritos.

Pelo preço de uma vida curta, até aqueles que estão à beira da morte poderiam ser trazidos de volta tanto mental como fisicamente à sua condição ideal. Então, os status dessa pessoa seriam erguidos temporariamente.

“Hmph… então esse é o trunfo de um mago de espíritos.”

Quem quer que aceite a luz tem todas as impurezas removidas de si.

As… que são as inconsistências na história, assim como espadas enferrujadas e bengalas, e os vermes que foram usados desapareceram assim como se eles tivessem sido removidos da história.

“Woooohoo”

Isso mesmo, Lucia. Você disse que acabaria deste jeito, certo?

Eu não sei como era oferecer sua vida, mas deve ter sido desagradável.

Se você vai trazer de volta aqueles próximos da morte, isso leva metade da sua força vital, parece.

Parece que você escolheu tenacidade acima de todo resto.

Mas logo você será aquela a ver quão tenaz eu sou.

Lucia.

Daquele dia, muitos dias se passaram, e nesse tempo, eu estive pensando neste dia de novo e de novo.

“Huff… huff… agora o jogo virou. Você sempre agiu como se você fosse forte demais para mim, mas agora que Keril está vivo… minhas proteções divinas…”
“Ei, Lucia.”

Seu pequeno conto de fadas está totalmente errado…

“Se lembra disso? Eu alguma vez disse que ESTE é o Keril? Eu nunca disse algo assim.”
“… que?”

Ela bebeu as lágrimas deste mundo quebrado e jogou tudo em sua mente para o lado.

… eu estive esperando por isto.

“Este… não é o Keril?”

Depois que ele cuspiu todos aqueles corpos forasteiros para fora, a camada de veneno que estava cobrindo a pele sobre o corpo foi expurgada e desapareceu.

Rachando e caindo, os braços, pernas, estômago, e o rosto todos desintegraram e derreteram no ar.

“Ei, Lucia, tem algo que eu quero que você me conte.”

Eu lenta e calmamente cochichei para a espantada Lucia.

“Keril morreu três dias atrás deixando apenas esta cobertura para trás. Como você vai reviver ele?”
“NâããÃÃÃãooOOOooOO!”
“Ei Lucia, como você se ente agora?”
“Aahhh, ahhhh, não, não tem como…”
“Uh, hah hah hah hah, eu voltei! Mesmo quando eu achei que eu estava morto! Ahhh, aaahhhhh!”

Sob a cobertura da pele do Keril não estava o Keril, mas algum homem, balançando para frente e para trás por vertigem.

“Qual a sensação de ter ressuscitado um velho coberto para parecer com o Keril com a vida que você desistiu?! Me diga. Heh heh hahah HAH HAH HAH HAH!”
“Minnalisssss!”

Ela mordeu seus lábios tão forte que eu esperava ver sangue saindo deles, e me deu um olhar tremendo com aquela cara!

Sim, sim, sim, isto parece perfeito!

“Você é tão estúpida assim? Não tem como eu lhe dar aquele um desejo que você possa ter. Você achou que eu iria? Você realmente achou que eu iria? Você achou que você sopraria vida no Keril, e então Keril iria subitamente voltar para você e te segurar?! Queeeee pena, você não tem futuro, eu já esmaguei ele! Hee hee hee!”
“Ahhhhhghhhh! Eu te matarei te matarei te matarei te matarei te matarei te matarei te matarei te matarei Minnallliiisssss!”

Na neve que derretia em barro por todo calor corporal ali, ela se rastejou até mim dizendo aquelas palavras safadas.

Ela tinha se livrado de sua força vital e perdido seu poder, e ela parecia ainda pior com todas aquelas lágrimas sujando seu rosto.

“Morra morra morra morra! VAI PRO INFERNOOOO! UWAAAAHHAAAHAAAHGH!”

A sensação aguda de prazer correu por mim inteira.

Doce, mas azedo, talvez um pouco de amargura e acidez misturados giraram ao meu redor num redemoinho de êxtase.

“Por quê você voltou!? Um pouco mais e eu seria feliz! Desapareça! Morra! Moooorrrraaaaa!”

Era um grito sem noção que rachou a garganta, ar e a alma dela.

Eu queria ver isto. Eu tinha que ver isto. Eu tinha esperado tanto para ver isto.

“Keril, minha aleeegriaaa! Sua ladra ladra ladra ladra, gafuh”
“Você, você fez um trabalho realmente bom me trazen’o de volta à vida, criança madeleta! Eu achei que eu ‘tava acabado, e que eu podia morrer! Por quê eu estou de volta à vida de novo!? Você me trouxe de volta à vida! Aaahhh, Nãonãonãonãonãonãonãonão, cheegaaaa!”
“Agh, ugh… cough.”
“Hee hee, ele é o sujeito que para quem você deu sua vida, tão triste, miserável, lamentável, ahhh, mas isso te serve bem!”

Ei, Lucia. Você olhou para mim naquele dia como eu estou olhando para você agora?

Ei ei ei ei ei ei ei ei ei ei ei ei ei ei ei ei ei.

Por favor, me mostre mais.

“Ahah hah hah hah hah! Dor! Dor! Dor! Dor! Dor! O inferno que eu criei! Mais fundo do que o inferno em que eu tive que me rastejar! Arfe, guinche, grite, pranteie!”

Então, morra na agonia do desespero completo.

O sol se pôs e nasce num ciclo.

E num piscar, foram três dias.

Entre o céu coberto, assim como antes de anoitecer e a neve caindo quietamente, todos os sons do mundo foram sugados embora.

No primeiro dia, com a dor dos vermes, eu cortei e o veneno entrou, eu estava repleta de ódio.

No segundo dia, o medo e ódio supuraram dentro de mim.

No terceiro dia, esta vila estava coberta em branco,

O branco da neve que começou ontem.

O branco dos vermes que se rastejaram para devorarem suas presas.

Os aldeões que tiveram toda sua carne comida por vermes, o branco de seus ossos e suas almas.

A única sobrando era Lucia, virando seus olhos vazios em direção do céu.

Depois de ser minuciosamente atormentada, seus braços e pernas cortados, ela permaneceu. Ambos olhos arrancados com buracos afundados agora em seus lugares, seu sangue foi drenado para que o limite entre a pele e a neve fosse difícil de determinar pela brancura. A carne rosa que havia sido comida e quebrada pelos vermes em si deixaram ela difícil de se olhar por causa da neve silente, cobrindo.

Não importa como ela parecesse, não tinha como ela estar viva, mas a razão pela qual ela ainda era capaz de mover sua boca e falar era por causa da barreira do meu Goshujin-sama.

Dentro da barreira tinha o efeito 『indolência』, que impedia qualquer status de mudar se ele não quiser que mude.

Nesta oficina, mesmo sob a foice da morte em si, nenhuma criatura viva poderia achar paz na morte.

“Eu… sin… to… muiii… too…”

Ela murmurou palavras de desculpa silenciosamente.

Eu fui pega por uma onda de alívio e lágrimas, apesar de um grito ter me escapado.

“… eu acho que acabou, foi longo, e curto… esta é uma sensação estranha.”

Para que minha mãe finalmente possa descansar, eu havia rezado que tudo isto acabasse assim.

As mesmas palavras, mas elas pareciam completamente diferente.

Aquelas palavras da Lucia fizeram minhas entranhas acenderem com um fogo que queimava e crescia em escuridão, um fogo queimante silente de chama azul e translúcida.

“D… dessscuuuul… paaa…”

Esses três dias, os aldeões sentiram a amargura e dor que eu queria que eles sentissem.

Assim como a dor e amargura que aqueles que eu conhecia haviam sentido.

Gritando em dor, guinchando pelo tormento amargo, chorando de angústia, sentindo desespero.

Eu esmaguei eles em fúria, destrocei eles nos seus choros, e deixei os vermes devorá-los em seu desespero.

Tanto, tanto, me banhando em prazer.

“Mas ainda não é o suficiente… não é o suficiente.”

Não é o suficiente, não é o suficiente, não é o suficiente! Ainda não é o suficiente!

Aaaahaaaaagh! É vexatório dizer isso, mas eu queria mais dor dor dor dor!

“Mas… não tinha tempo. Quero dizer, eu tinha completamente me esquecido dessa cara. Eu nunca esquecerei esse cara. Eu nunca te perdoarei, mesmo após a morte. Mesmo se você for para onde eu não consiga alcançar, eu devo continuar a dor. Sempre, sempre, seeempre.”

Riiip, riiip, eu podia ouvir um som bem longe.

A barreira que meu Goshujin-sama preparou havia começado a rasgar.

Eu não tinha tempo. Hora de acabar com isto de um jeito grande.

“Porque você está viva, este mundo é o inferno. Mesmo sem você, isso não mudará. Contudo, mesmo durante esses três dias, eu posso seguir vivendo.”
“Me perdoe… eu só… queria… ser feliz… eu estava… errada…”
“Eu sei que você queria. Todos querem ser felizes. Eu quero, minha mãe quis. Ei, Lucia, eu tenho alguém que eu amo também. Mais do que todo o resto, mais fundo do que qualquer outra pessoa. É por isso que, o que você fez lá trás. Você consegue entender como eu me senti, certo?”
“Oww… isso dói… eu nããooossseeei… por que, por queee…”
“Porque, você não está dizendo isso do coração! Que pena que você e Keril não podiam ser felizes! Ser a noiva deste campo de vermes e vila coberta de branco e campo de vermes fica bem em você! Ahah hah hah hah hah!”
「「「Rrriiiiiipppp!!」」」

Eu falei para os vermes que estavam prestes a surgir pela Lucia para aguardarem.

“Ow… ow… ajuda… owww… eu não quero… morrer… infeliz…”

Seu rosto estava distorcido em desespero e logo seria apenas osso, não levaria muito tempo.

E também, como se a barreira estivesse esperando por isso, ela começou a rasgar, e eu podia ver o sol começando a surgir por um buraco nas nuvens.

A neve dançou, e os vermes que foram alimentados estavam agora se preparando para brotar asas e voarem embora.

“ah, entendo, verdade, assim como Goshujin-sama e Shuria disseram. Não tem como parar isto.”

As lágrimas começaram a fluir e cair.

O sol estava prestes a atingir a neve e derreteria tudo embora.

“Bem, vamos lá.”

Contudo, ainda haviam aqueles que eu tinha que derrubar.

Hora de voltar ao Goshujin-sama e Shuria. Esse é o fim.

Eu limpei minhas lágrimas algumas vezes e comecei a andar.

Eu dei minhas costas para este campo de vermes e a vila coberta em branco.

No dia seguinte, um grupo que estava indo para a vila Kikitto para ver o casamento de um amigo chegou tarde demais pelo que eles esperavam.

Na estrada, um grupo de feras mágicas havia atacado selvagemente e fugido, e ao descobrirem isto, eles não conseguiram confirmar que este era o lugar que as feras haviam planejado atacar.

A razão para isso é que este lugar não tinha restos de vida deixados para trás.

Como um lembrete silencioso de um lugar abandonado por centenas de anos, tudo que sobrou era neve e os ossos brancos daqueles que podiam ter sido os aldeões.

E também, a vila estava coberta com borboletas brancas como a neve.

Porque a cena ilusória era tão linda, haviam aqueles que sentiram que eles estavam sendo avisados para se afastar.

Depois, Kikitto foi declarada uma vila abandonada, apesar da razão e o conteúdo do porquê ainda ser desconhecido.

Aqueles passando agora pegam a estrada longa para evitar esta cena medonha, e logo se tornará uma vila abandonada desconhecida.

Como não havia um nome real para chamar este novo e estranho fenômeno de lugar, aqueles primeiros que chegaram nele após o evento o chamaram de 『Vila Coberta de Branco』, apesar de somente alguns poucos souberem de sua existência.



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