O Retorno da Gula Coreana

Tradução: Teverrr

Revisão: Melo


Volume 2

Capítulo 60: Princesa Guerreira

Após discutirem, Dylan decidiu acompanhar Ian até o ponto de encontro, já que o Mago não possuía nenhuma habilidade em combates a curta distância. A Floresta da Negação fica localizada no ponto mais ao Sul do território humano, sendo um ponto no qual as terras da humanidade, da Federação e dos Parasitas se encontravam. Portanto, o local que se dirigiam ficava no caminho de volta para Haramark.

Precisaram pegar um pequeno desvio, mas não reclamaram muito, pois uma missão de escolta ainda era uma missão. A recompensa ofertada ainda era bastante generosa, o que os deixou um pouco mais motivados a cumpri-la. Por essas razões, Seol Jihu decidiu acompanhá-los nessa viagem.

Enquanto o Arqueiro de Precisão negociava com os outros dois carregadores, o Marca de Ouro foi tentar falar com Chohong. Ela estava mais calma, mas o olhar da Guerreira Divina entregava um pouco, essa tranquilidade não era tanta. Ao se aproximar, pôde ouvi-la xingando palavras como “merda”, “essa porra”, etc.

— Estava planejando me perguntar algo de novo, não estava? — indagou ela, ao perceber a aproximação do jovem.

— Bem…

— Como alguém como você é tão curioso assim?

— Está bem, está bem. Eu nunca mais te pergunto algo. — Com um sentimento de rejeição, virou-se para ir. Porém… 

— Não, espeeera! — A mulher logo correu atrás dele e agarrou o seu pulso. — Não é isso que eu quero dizer!

— Eu entendo. É minha culpa ter sido tão inconveniente.

— Ei, dá pra escutar até o final?! Toda vez que você quer saber de alguma coisa, você vem falar comigo. Sempre comigo! Mas, comparado a mim, o Dylan… — Ela estava prestes a apontar para o líder, contudo parou no meio da ação. Parecia que ele ainda estava ocupado negociando o novo contrato com os carregadores. — Bem, tem o mestre Ian também… — Por sua vez, o velho estava com os olhos fechados, parecendo pensar em algo. — Bem… — Após apontar para os dois líderes, Chohong viu que Hugo estava rolando no chão.

— Pode falar.

— Tudo bem. Nem era tão importante.

— Espera, você está de pirraça? Um homem está de pirraça como se fosse uma garotinha?!

— O que é essa Fortaleza de Arden?

Como se pressentisse que aquela pergunta viria, a Guerreira Divina deu um tapa no próprio rosto.

— É uma fortaleza localizada próximo a um cânion na fronteira com os Parasitas. E eu acho que ela ainda está em construção.

— Então por que você estava tão nervosa?

— Bem, isso… — Ela pareceu ainda não ter se acalmado totalmente. — É meio complicado.

— É relacionado com a rebelião?

Hm? Como você ouviu falar disso?

Apenas havia mencionado tal fato sem a menor pretensão de conseguir alguma coisa, mas parece que a expressão facial de Chohong se animou com aquela menção.

— Certo, senta aqui.

Queria ter feito apenas uma simples pergunta, porém acabou ficando preso. Antes mesmo de perceber, ela parecia não estar mais incomodada com todas as perguntas que fazia. Então, a Guerreira Divina começou a contar a história.

— Lembra do que você disse mais cedo? Aquele negócio da guerra entre a Federação e os Parasitas estar se intensificando?

— Sim.

— Beleza. Pensa aqui comigo. Os dois estão preocupados em acabar um com o outro, então será que tem alguma razão para nos intrometermos? Quero dizer, nós somos os mais fracos no bolo.

— A-acho que sim?

— Lógico que tem, porra! Nós não nos contentamos em apenas abaixar a cabeça. Estamos construindo uma fortaleza bem na fronteira. Como você acha que os Parasitas interpretam isso?

— Como uma provocação.

Chohong deu um tapa na própria coxa.

— Exato! Por isso que eu fico tentando entender o motivo deles terem atacado. Quando os nobres anunciaram esse plano, a maioria dos Ranking Altos ativos em Haramark se opuseram, mas não adiantou. O plano avançou sobre o argumento de que aquilo era algo que precisava ser feito!

Parecia que a raiva daquela mulher estava só crescendo.

— Eles fizeram o que quiseram, mas agora pedem a nossa ajuda? Eles realmente pensaram que ninguém iria atacá-los? Eles pensaram que a Rainha Parasita, um ser virado no Jiraiya, ficaria quieta esperando a fortaleza ficar pronta?! Porra! Parece que eles são burros. — Após respirar um pouco, ela acrescentou: — É por isso que eu estou puta. Você também não ficaria?

Começou a pensar em silêncio. Conseguia entender muito bem o motivo daquelas reclamações. Quando lembrava da analogia feita por Kim Hannah de que o Paraíso era uma espécie de jogo, comparava essa situação como os terráqueos sendo forçados a realizarem uma missão que não queriam ter aceitado. No entanto, sem dúvidas, o Paraíso era a “realidade”. É preciso que se escute os dois lados da história antes. Devia haver algum motivo para a Família Real de Haramark prosseguir com a construção da fortaleza.

Também ficou curioso sobre o que pensar da princesa Teresa Hussey.

Chohong falou tudo que pensava, então acabou ficando um pouco sem graça quando Seol Jihu não a deu razão.

— Bem, e-eu sei. Enquanto estivermos no Paraíso, nós temos deveres a serem cumpridos. Mas a lealdade tem um limite, sabe? Eles sempre estão querendo guerrear. Eles sempre criam problemas pra gente, nos ordenando alguma coisa todo dia. Não acha que isso é muito?

Quando o jovem balançou a cabeça em concordância, a companheira pareceu ficar satisfeita.

 

***

 

O ponto de encontro era no local em que as estradas se juntavam em apenas uma que ia até o cânion, assim como os ramos de uma árvore. Estava a cerca de dois dias de viagem da Floresta da Negação, mas o grupo decidiu aumentar o ritmo no momento em que lhes foi pedido para chegarem lá o mais rápido possível. Caminharam durante o dia todo, parando apenas quando o Sol se pôs no horizonte. Dylan parecia estar bastante satisfeito com o progresso, dizendo que deveriam conseguir chegar ao local marcado na manhã seguinte.

Após o jantar, Ian perguntou ao Marca de Ouro se ele poderia analisar os brincos. Como o jovem também estava curioso sobre os efeitos que aquele item poderia ter, aceitou a oferta sem muito esforço. Porém, quando o Mago disse que o processo poderia levar um pouco de tempo, achou melhor descansar um pouco e foi fumar em um dos cantos do acampamento que tinham montado.

Enquanto estava sentado no chão dando uma tragada no cigarro, sentiu um leve ar quente atingindo as suas bochechas. Era Dylan o oferecendo uma xícara de chá.

— Obrigado.

— Atitudes revelam melhor as intenções que tem.

Ao ouvir aquilo, Seol Jihu deu um sorriso e puxou mais um cigarro do maço. O líder o acendeu e deu uma longa tragada. Em seguida, sentou-se. 

— No que estava pensando?

— Samuel e Alex — respondeu com sinceridade.

— Pelo jeito eu estava errado de novo. 

— Como assim?

— Imaginei que você estava pensando sobre a guerra.

— Bem, isso é algo que eu vou acabar participando mais cedo ou mais tarde — disse com uma voz desesperançosa enquanto dava um leve sorriso. — É que eu ainda não consegui entender muito bem o que aconteceu.

— Primeira vez que vê alguém morrendo?

Esse não era o caso. Da perspectiva que tinha, Samuel e Alex não eram apenas alguns desconhecidos.

— A vida no Paraíso é assim. O cara que você conversou em uma manhã se transforma em um cadáver à noite.

— Você parece bem, Dylan. O mestre Ian também. Chohong e Hugo também…

Hmm

Por alguma razão, o Arqueiro de Precisão parecia não conseguir abrir a boca para falar. Com medo, decidiu mudar o assunto.

— E o que você vai fazer quando chegar lá?

— Estamos pensando em entrar na guerra contanto que os nobres não peçam algo ridículo. E, mesmo não tendo dito nada, me parece que o mestre Ian também pensa assim.

— Chohong não vai enlouquecer com isso?

— Não. Pode não parecer, mas ela sabe separar os deveres dos sentimentos. Claro, terei que convencê-la antes, mas ter um Mago lhe devendo um favor não é algo fácil de se conseguir. Vai valer a pena.

Não tinha certeza, mas pelo jeito Dylan havia feito a sua escolha baseado na consideração de Ian. Ele estava tentando conseguir um favor dele? Mesmo que o líder parecesse ponderar bastante sobre os benefícios e prejuízos dessa atitude, Seol Jihu ainda não conseguia entender muito bem a situação.

No momento em que essa discussão acabou, o silêncio atingiu os dois. Os únicos sons que podiam ser ouvidos era o de chá sendo engolido e o do cigarro sendo tragado. Pouco tempo depois, Dylan abriu a boca.

— Seol.

— Sim?

— Eu não sei se é muito cedo pra você, mas…

Porém, antes que a frase pudesse ser concluída, uma voz de fundo pôde ser ouvida chamando o jovem. Parecia que Ian tinha terminado a análise.

— Vamos lá dar uma olhada? — Mesmo sendo interrompido, o líder pareceu não se importar e apenas levantou.

“O que será que ele queria me dizer?”

Não parecia que aquela era uma tentativa para recrutá-lo, parecia que o Arqueiro de Precisão tinha uma outra coisa em mente. Carregou essa curiosidade consigo e caminhou de volta às barracas.

Dentro de uma delas, Ian estava sorrindo enquanto esperava a chegada do Marca de Ouro. Chohong e Hugo encaravam o par de brincos com brilho no olhar.

— Parabéns. — Logo depois de ver o jovem, o Mago decidiu parabenizá-lo. — Como esperado do Império. Ainda não consigo entender como uma nação capaz de produzir itens assim possa ter sido destruída com tanta facilidade — disse, rindo e entregando-os de volta. — Eles são chamados de “Brincos de Festina”. Aquela santa te presenteou com algo incrível.

— É um item bom?

— Mas é claro! Agora, vejamos. Primeiro, os Brincos de Festina ficarão ligados à primeira pessoa que os usar.

— Então é melhor pensar bem. No momento em que você colocá-los e eles se ativarem, eles vão perder toda a utilidade — alertou Chohong, fazendo com que Hugo desse uma risada.

— Do que você está falando? É óbvio que o Seol deve usá-los. Esse item foi feito para Arqueiros e Guerreiros, afinal.

— Ponhamos de lado as conversas paralelas por enquanto — disse o Mago, limpando a garganta e continuando a explicação. — Quando você circula a sua mana pelos “Brincos de Festina”, o “Boost” intrínseco a eles começará a ser ativado. Então, a velocidade da pessoa que os utiliza será aumentada. De acordo com a minha análise, a velocidade deve aumentar cerca de 1,5 vezes e o efeito deve durar algo em torno de um minuto.

— Caralho!

— Para completar, você consegue usar esse Boost por três vezes. Quando você ativar o efeito, o brinco irá recarregar automaticamente. Porém, o tempo necessário para uma recarga completa é de, mais ou menos, seis horas.

— Caralho!

Permaneceu em silêncio. Era Hugo quem estava expressando todas as emoções. Em seguida, Ian começou a falar com uma cara que dizia “Você vai ficar surpreso com o que eu tenho a dizer.”

— Porém, o mais importante, é que o número de usos e o tempo de ativação podem ser sobrepostos.

Ah. — Soltou um suspiro. — Então se eu usar o Boost três vezes seguidas…

— A sua velocidade vai aumentar 3,3375 vezes por três minutos. O que significa que você vai conseguir manter uma velocidade capaz de percorrer 100 metros em três ou quatro segundos por três minutos direto! — falou o Mago, muito entusiasmado. — Contanto que o portador consiga utilizá-lo de uma maneira efetiva, o seu poder de combate aumentará muito.

Olhou para o item que agora repousava em sua mão. Feito a partir de um material prateado e com o formato de uma Estrela de Davi,ainda havia uma jóia cor de marfim bem no meio, emitindo uma pequena luz.

— Quanto isso vale?

— Ei! — gritou Hugo.

— O quanto você quiser. Porém, vai mesmo vendê-los? — perguntou o Mago com um sorriso no rosto.

— Não. Mas eu os consegui durante a expedição, então…

— Nem começa.

Ian balançou uma das mãos.

— Tanto a Prova de Castitas, quanto os Brincos de Festina são recompensas que você conseguiu a partir de ações independentes. Nós não seremos uns filhos da puta que pensariam em querer dividir os produtos das conquistas que você obteve.

— Na minha opinião, é melhor você usar. Este item é muito valioso pra ser vendido — disse Hugo.

Com cuidado, equipou os brincos. Pensou que precisaria furar a orelha, mas no momento em que o artefato se aproximou de seu lobo esquerdo, ele se colou.

— Boa. Agora circule um pouco de mana por ali.

Seria o dono dos brincos no momento em que os utilizasse. Mesmo ficando indeciso por alguns segundos, parou de hesitar e prosseguiu com o que lhe foi dito.

“Não é como se eu precisasse de dinheiro mesmo.”

Então, fechou os olhos e concentrou a mana no local designado.

Pow!

Hã?!

Em instantes, sentia o corpo envolvido por uma espécie de aura.

— Quer correr e testar?

Correr era uma das especialidades do Marca de Ouro, então ele nem precisou pensar muito sobre aquele convite.

Antes que pudesse perceber, já tinha corrido para fora do acampamento e estava se aproximando de uma vegetação um pouco mais alta. Não conseguiu esconder a surpresa que sentia.

“Caralho.”

Era fácil sentir a diferença de velocidade daquela forma. Olhou para trás e pôde perceber o ponto de partida se afastando cada vez mais. Não achava possível estar tão rápido.

“Eu posso acumular o efeito, né?”

POW!

De repente, começou a ter uma sensação estranha de que o próprio corpo estava entrando em um estado diferente. Tudo que estava ao redor não passava de um grande borrão, enquanto o vento que sentia no rosto parecia ser afiado o suficiente para lhe cortar. Porém, todos esses pensamentos, antes desorganizados pelo choque de estar em um velocidade sobre-humana, logo tornaram-se mais claros. Ian estava certo. Dependendo de como fossem usados, os brincos poderiam ser muito efetivos, seja no meio de batalhas, seja tentando fugir. Se conseguisse controlá-los bem, eles seriam a mesma coisa que uma arma letal.

Aos poucos, foi se aproximando de novo do acampamento. Assim, pensou que seria uma boa hora para diminuir a velocidade, mas não conseguiu.

Hã? Hã, hã, hãããããã?!

Não conseguia controlar as próprias pernas. Parecia não conseguia vencer a inércia e os seus membros inferiores agora moviam-se sozinhos.

— O que está aconteceeennndooooo?! 

Tropeça!! Cai! Bate!!

Por fim, acabou tropeçando e caindo no chão. Rolou por alguns metros antes de parar.

— Ai, ai, ai, ai… 

Chohong e Hugo assistiam a tudo com uma expressão de muita surpresa, mas logo que viram a cena do jovem espatifado no chão começaram a rir. Até mesmo Dylan e Ian não conseguiram se controlar.

 

***

 

Na manhã seguinte.

A expedição chegou ao ponto de encontro antes do Sol alcançar metade da altura máxima possível no céu. Ian entrou em contato com a família real e disse ao resto do time que o exército não deveria demorar a chegar. Enquanto isso, Seol Jihu tentava se acalmar ao olhar os arredores.

A princípio, o ambiente não tinha nada demais. A estrada para o cânion era bastante acidentada, possuindo rochas por boa parte do caminho. Mais no horizonte, era possível ver uma enorme montanha.

“Então nós vamos para aquela montanha, né?”

Não, aquilo ainda não tinha sido decidido. Apesar de querer voltar para casa, achou melhor não tomar nenhuma decisão até que ativasse o “Nove Olhos”.

— Esta deve ser a sua primeira vez se encontrando com um nobre. — Talvez por ter percebido que toda aquela situação era bastante entediante, o Mago decidiu começar a conversar.

Em resposta, o jovem balançou a cabeça concordando e continuou a passar as mãos nos Brincos de Festina.

— Não sei o que você está pensando sobre aqui, mas é melhor baixar as expectativas.

— Como assim?

— Mesmo que a pessoa seja nobre, ela ainda é um ser humano, não acha? Não precisa ficar tão tenso.

— Você está me dizendo que os nobres perderam os poderes?

Ian deu um sorriso. Se perguntasse a mesma coisa para Chohong ou Hugo, os dois formariam uma expressão que diria “Do que você está falando?”. Porém, aquele jovem à sua frente sempre fazia questão de responder algo apenas depois de pensar.

— O que vem a sua mente quando você lembra de Haramark?

Hmm, um castelo? Uma cidade?

— De fato. A maioria dos terráqueos responderia a essa pergunta assim. — O Mago suspirou e logo prosseguiu. — Além de ser um reino, todo mundo enxerga Haramark agora como uma outra cidade. A influência da família real de Haramark alcança apenas os territórios que eles possuem.

— Os efeitos colaterais da rebelião devem ter sido ótimos.

— Claro, seríamos um bando de idiotas se negássemos isso. Porém, após a rebelião, o rei de Haramark passou a não reconhecer mais a autoridade do governador.

— O rei fez o quê?

— Ele não teve muita escolha. Ele percebeu que tanto a autoridade real, quanto a abordagem violenta, não funcionava com os terráqueos. Acabou não tendo outra escolha a não ser mudar a própria postura para que conseguisse sobreviver.

A menção de sobrevivência pareceu algo um pouco desesperado. Ficou um bom tempo pensando no que acabara de escutar antes que fizesse outra pergunta.

— Que tipo de pessoa é a princesa que está vindo para cá?

— Teresa Hussey. Ela é uma puta mulher — disse Ian, rindo. Em seguida, ele pareceu ficar com um olhar de um avô que falava da própria neta. — Ela cresceu assistindo a invasão de outras raças. Bem, podemos dizer que ela é um casos especial dentre os habitantes do Paraíso.

— Especial? Como?

— O Sistema de Paraíso que conhecemos se aplica apenas nos terráqueos. Porém, ela é uma das únicas residentes originais que foi abençoada com algo semelhante.

Era a primeira vez que ouvia aquilo.

— Então, é assim. Os habitantes do Paraíso também podem…

— Até onde eu sei, eles invocaram algo chamado de “Promessa da Família Real” e foram abençoados em troca. Mas eu até entendo o ponto de vista dela. Uma mulher nesse mundo precisaria de um incrível poder se quisesse proteger o restante da sua família, principalmente quando apenas dois sobraram.

— Qual o nível da princesa Teresa Hussey?

Hã? Pelo jeito você está muito interessada nela! — Então, o Mago formou uma expressão maliciosa e cutucou o ombro de Seol Jihu. — Muito bem! Claro, eu irei te contar! Primeiro, ela tem um busto PP e a cintura mede…

— Mestre Ian.

Haha, estou brincando! É só uma brincadeira! Ela também é um Ranking alto. Princesa Guerreira Nível 5.

Princesa Guerreira? Ficou um pouco confuso com aquele termo que nunca havia escutado antes.

— Sim, o nome da classe dela é um pouco divertido. Porém, não se engane. É preciso esquecer qualquer noção pré-estabelecida sobre princesas guerreiras serem usadas como reféns pelos orcs.

— Parece que eles chegaram.

Antes que pudesse pedir mais explicações para o Mago, Dylan falou.

Por reflexo, teve de olhar direto para quem estava correndo em direção ao grupo.



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