Volume 1

Capítulo 7: Encontrei algo Enquanto Escavava

Haaa~ Beber água é sempre incrível depois que você trabalha tanto!

Este era o terceiro dia desde a chegada dos Goblins — atualmente estávamos sentados juntos na entrada da caverna nos preparando para jantar.

Elvan, o grande Goblin, acenou com a cabeça, de acordo.

— Sim! A água fica tão boa quanto o vinho! Nunca pensei que me divertiria tanto numa caverna.

Não pude deixar de me sentir feliz por Elvan também ter conhecido as alegrias da mineração. Não só isso, até mesmo o Goblin Xamã, Varis, que estava sentado conosco em volta de uma pilha de Pedras Brilhantes, parecia de bom humor.

— Não esperava que um velho como eu fosse capaz de cavar tanto. Mas a vida da Princesa está se estendendo gradualmente, e por isso estou bastante motivado.

“Entendo... Seu senso de realização é diferente quando o objetivo é estender a vida de Riena."

— A propósito, as Pedras de Tartaruga de hoje são…

Eu abri o inventário.


◇ Inventário:

    [21] Rubi

    [19] Safira

    [8987] Cristal

    [1190] Carvão

    [14988] Pedra

    [68] Mármore

    [00] Pedra Brilhante

    [1911] Pedra Calcária

    [256] Minério de Ferro 

    [18] Minério de Ouro

    [180] Minério de Cobre

    [43] Minério de Prata

    [328×] Pedra de Tartaruga

    [03] Pedra de Purificação


O motivo pelo qual eu tinha [00] Pedras Brilhantes era porque estávamos as usando como tochas — caso contrário, teria [49] delas.

Quanto às Pedras de Tartaruga, tudo o que recebemos ontem e anteontem foi usado imediatamente em Riena. E assim, se acrescentássemos as que recebemos hoje, sua vida seria prolongada por mais de dois anos.

— Desculpem por fazê-los esperar, fiz uma torta de maçã hoje! — a Princesa disse ao voltar de um pequeno espaço para cozinhar que tinha sido montado do lado de fora.

Durante esses últimos dias, construí várias instalações.

Uma delas era o espaço para cozinhar: uma cozinha simples feita de pedras empilhadas — tunha uma pequena fornalha onde você poderia usar também.

O segundo lugar era o banheiro: cavei num canto da caverna, criando uma pequena sala separada com um fosso no chão — eu regularmente usava magia de fogo para queimar tudo.

O corpo de um Goblin não era feito para armazenar mana mágica. E por isso, não podia utilizar magia. Significando que, eu mesmo tinha que fazer a queima.

E a última coisa que eu fiz, foi um reservatório: se fosse só eu, poderia ter usado magia de água para beber e lavar meu corpo. No entanto, novamente, os Goblins não podiam usar magia. E assim decidi ter um reservatório para que fosse fácil para eles consguir água potável.

Bem, embora eu possa ter dito "instalações", elas não eram realmente nada especiais. Aqui, havia uma falta esmagadora de recursos derivados de plantas.

A única maneira de conseguir lenha ou qualquer outra coisa para materiais de construção era coletando destroços que vinham pelo mar ou usar os poucos suprimentos que já tínhamos. E isso não era a única coisa que nos faltava.

Oh, a torta de maçã da Princesa! Mal posso esperar! — Elvan levantou as mãos como se isso fosse algo pelo qual estava ansioso.

Eu murmurei de acordo — Hoje também tem um cheiro ótimo!

— Espero que você goste, Senhor Hiel… — Riena disse enquanto me entregava um prato de torta de maçã.

Ela era muito boa na cozinha; anteontem, até tinha feito sopa de peixe e vegetais — já ontem, tinha feito um gratinado de camarão e amêijoas, que por sinal estava delicioso.

Quanto a mim, eu só podia grelhar ou ferver a comida, então eu estava realmente grato.

— Claro que vou gostar. A comida dos últimos dias estavam incríveis! — Eu disse enquanto enfiava imediatamente um pedaço da torta na minha boca. E sim, estava gostoso.

Na verdade, era muito superior a qualquer coisa que eu já havia comido no palácio real.

Como ela conseguiu fazer as maçãs ficaram tão doces? Riena era algum tipo de gênio da cozinha? 

No entanto, todos os pratos foram feitos apatir dos ingredientes que eu havia trazido; manteiga, açúcar, farinha… Meu pai se certificou de que eu tivesse algumas reservas. Claro, elas teriam sido desperdiçadas comigo, já que não sou um cozinheiro. Mas, graças à chegada da Princesa, estes ingredientes não foram estragados.

— Riena, não sobrou muita farinha, não é?

— Sim… Se eu fosse novamente fazer o mesmo tipo de torta… talvez eu pudesse fazer duas.

— Entendo…

Logo quando pensei que uma comida tão deliciosa poderia se tornar a norma, estávamos ficando sem ingredientes… Sim, a comida era outra coisa que nos faltava muito.

Bem, para ser preciso, era mais uma questão de variedade. Afinal de contas, não faltava peixe. Entretanto, era impossível não nos enjoarmos de peixe quando o tínhamos todos os dias. E também havia preocupações nutricionais.

Claro, estávamos em uma pequena ilha que na maioria das vezes parecia apenas rocha aleatória — não podíamos obter madeira ou farinha, e não havia solo que permitisse o crescimento de nada.

Talvez a única maneira de adquirir o que não tínhamos, era comercializando. Porém, os navios raramente se aproximavam daqui também…

Enquanto eu me desmotivava com os fatos, Riena tentou me animar — E-eu… vou me esforçar ao máximo para fazer algo satisfatório, mesmo só com peixe!

— Riena… obrigado. Mas, você realmente não deve se esforçar muito. Você nem deveria minerar conosco.

— Não, eu pretendo fazer o meu melhor tanto com a mineração quanto cozinhar!

Riena era uma Goblin com pele verde escura. Em comparação, Elvan e Varis tinham um verde mais vibrante e características cinzeladas. No entanto, ela era muito simpática e fazia o melhor que podia, isso a tornava muito fofa.

— Então eu também terei que trabalhar mais... Muito bem, vou voltar a cavar para acelerar minha digestão — me levantei e estiquei meus membros.

E Elvan disse — Chefe! Eu irei com você!

— Eu também!

— E-eu também irei!

Riena e Varis estavam prestes a se levantar.

— Ei, ei. Eu mal me canso, graças a minha crista, já vocês devem estar exaustos. Até mesmo os Slimes ali parecem cansados. Apenas descansem por hoje. Isso é uma ordem.

Os Goblins olharam em direção aos Slimes, que estavam esticados preguiçosamente ao redor da pilha de Pedras Brilhantes. 

Elvan parecia bastante decepcionado. Mesmo assim, disse — Muito bem… nesse caso, aceitaremos sua gentileza.

— Ótimo. então eu vou indo — segurei minha picareta com uma mão enquanto voltava para as minas.

No caminho, Shell se ofereceu para me dar uma carona, então eu embarquei. E quando estávamos no subsolo, fiquei completamente absorvido na mineração… ou tentei, mas... falhei.

Mesmo brandindo minha picareta, não consegui me concentrar como sempre. Como eu disse antes, se quiséssemos viver todos juntos aqui, precisávamos de mais recursos — os alimentos e os materiais de construção me preocupavam agora, e minhas roupas também não durariam para sempre.

“Hmm... Eu não esperava virar um senhorio cheio de responsabilidades tão rápido…”

Em todo caso, o que eu podia fazer agora era apenas tentar encontrar novos minérios e aumentar minha magia com os cristais. Fora isso, poderíamos nos revezar na observação da passagem de navios, talvez pudéssemos trocar pedras preciosas por alimentos e suprimentos.

Enquanto eu pensava sobre os problemas futuros e balançava minha Picareta – As pedras caíram, como sempre fizeram… entretanto, desta vez havia um vasto espaço aberto à minha frente.

“Que lugar é esse?”

Entrei na área oca e olhei ao meu redor. As paredes e o teto estavam cobertos de pedras que brilhavam como o sol. E então notei que o chão era macio.

“Isso é... terra?”

Chocantemente, o chão em que eu estava de pé era feito de terra.

“Os padres falavam que toda a terra era feita pela benção do sol, e por isso só existia na... Quê!?”

Uma massa escura apareceu sobre mim, rapidamente levantei a cabeça. O que vi foi... Uma grande aranha negra — seus múltiplos olhos vermelhos pareciam estar me encarando.

Eu estava morto. Não havia dúvidas sobre isso.

“Sempre detestei aranhas…”

Eu instintivamente levantei minha mão direita em direção ao teioso e estava prestes a usar alguma magia de ataque.

No entanto, para minha surpresa, o ariquinideo se afastou freneticamente e se foi em direção ao fundo da caverna — lá, vi que havia aranhas pequenas… bem, elas eram do mesmo tamanho que eu.

“Ela voltou para proteger seus filhos?"

No entanto, era estranho algo desse tamanho ter medo de um pequeno humano como eu, e nem mesmo mostrou sinais de querer atacar.

Er… desculpa? Acho que esta é a sua casa — tentei falar com ela. Mas o Conselheiro respondeu em seu lugar.

〘Há um Monstro Domesticável por perto. Você vai Domá-lo?

Hã? Um monstro? Por que eu sou capaz de domá-lo?”

O Monstro perdeu a vontade de Lutar. Portanto, a Domesticação é possível.

“Mas eu não fiz nada…”

Talvez a aranha fosse tímida ou não estivesse acostumado a ver humanos.

“O que eu devo fazer...? Ignorar? Ou então…”

— V-você quer se juntar a mim?

Eu pousei a picareta e dei um passo em direção a aranha — ela estendeu hesitantemente uma de suas pernas dianteiras na minha direção. A perna, coberta de um pelo preto e macio, tocou minha mão gentilmente.

— Acho que isso é um sim...? Muito bem, então… Que tal, "Taran"?

〘Nomeação Completa. Você domou Taran.

Era um pouco confuso e repetino, mas aparentemente o monstro aranha virou um amigo agora. E, segundo o Conselheiro, eu também poderia domar seus filhotes. E assim fiz, domestiquei todos os 13.

“Pensar em 13 nomes certamente levará um tempo…” Era o que eu estava pensando.

Como sua Proficiência Atingiu o Nível Necessário, a Crista:『Rei da Caverna』foi elevada ao Rank 2.

Eu não entendi muito bem as palavras que ressoaram na minha cabeça.



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