Volume 1
Capítulo 6: Novos Companheiros de Mineração
— Eu sinto muito!!!
O Goblin que chamavam de General bateu com a cabeça no chão.
— Mesmo depois que nos salvou, eu apontei uma arma para você! Argh! Por que sou sempre tão idiota!? — Ele disse enquanto batia várias vezes a cabeça no chão.
— B-bem, calma. Eu também sinto muito por rir daquele jeito…
— Não se desculpe! Foi você quem quebrou a maldição lançada sobre a Princesa! Nós que devemos pedir perdão e ser gratos a você... senhor…
Como o General não sabia meu nome, ele fez uma pausa.
— Eu... me chamo Hiel. Ei, por que não fazemos as apresentações enquanto comemos? Tô com mo fome.
— C-certo! Eu sou o General "El" da tribo Beldan!
Como se fosse segui-lo, a Goblin que eles chamavam de Princesa continuou.
— E eu sou "Ri", filha do rei Rodan da tribo Beldan.
— Eu sou o xamã da tribo Beldan. Chamo-me "Vari".
"Por que aqueles dois tem nomes muito tão curtos...?"
Talvez em sua tribo, seu cargo fosse mais importante do que seus nomes; a Princesa era filha do chefe, o General, provavelmente, liderava seus guerreiros e o Enrugado... não, o Xamã, devia supervisionar as suas cerimônias.
Em uma boa sociedade todos teriam um papel, certo?
— Como disse antes, me chamo Hiel. Sou o príncipe do reino de Sanfaris… Ou pelo menos, era o que eu costumava ser.
Mesmo agora, eu provavelmente ainda era um "príncipe". Porém, eu não estava mais confiante nesse fato. Além disso, poderiam ter me considerado como morto.
O General El abriu a boca como se fosse me responder.
— Príncipe? Entendo... então é por isso que você pode usar tanta magia.
— Não é nada demais. Além disso, não foi minha magia quem quebrou a maldição. Mas sim, uma pedra que achei nas minas.
— U-uma pedra?
— Bem, acho que é difícil acreditar… porém, se quiser, eu posso mostrar a você mais tarde. Mas o mais importante, o que traz todos vocês aqui para essa ilha de rochas?
El tinha uma expressão amarga ao responder — Porque... a terra natal da nossa tribo foi destruída por Orcs. E com exceção a "Ri", o rei e seus outros filhos foram todos mortos. Desde então, vagamos pelo continente Barleon em busca de um lar. No entanto, nenhuma tribo nos aceitou, e os humanos nos expulsaram… Assim, com os 800 Goblins sobreviventes, construímos um navio e decidimos tentar alcançar um novo continente.
“Bem, suponho que o navio deles tenha naufragado…”
Vari, o Goblin Xamã continuou a história. — Atualmente, nem sabemos se os outros estão vivos. E sim, eu sabia que aquele navio miserável estava fadado a afundar. E tentei até impedir…
Provavelmente foi o General El quem levou adiante o plano — pois tinha abaixado a cabeça e ficado em silêncio.
Então a princesa Ri abriu a boca — Vari, por favor, não culpe mais o El por isso... Acredito que nosso destino teria sido o mesmo se tivéssemos ficado em terra.
— De fato… Princesa. Perdoe-me.
E então Ri olhou para mim.
— Senhor Hiel. Muito obrigada por nos salvar… Não sei o que dizer para expressar minha gratidão.
— N-não, não foi nada…
Se Ri deveria morrer hoje, isso significava que as Pedras de Tartaruga só lhe haviam dado 79 dias extras de vida.
“Como a maldição quebrada... a vida dela não deve se encurtar denovo... né?”
Ri acenou com a cabeça — Mesmo assim... Não tenho muito tempo de vida, porém, nunca tinha ficado tão feliz... Sempre houve uma dor no meu peito desde que nasci. Mas, agora, não dói mais — ela colocou a mão no peito como se estivesse sentindo seu coração bater. Sua expressão era pacífica.
El e Vari deveriam estar aliviados, e assim apenas sorriam levemente.
— Entendo... Sei que você não tem muito tempo de vida. No entanto, é muito cedo para desistir.
— Hã?
— As Pedras de Tartaruga que usei… deve haver muito mais delas no subsolo. E com isso, devemos ser capazes de estender sua vida muito mais.
Ao ouvir essas palavras, El se inclinou para frente.
— I-isso é verdade, Senhor Hiel!? Tal coisa existe neste mundo!?
— Sim. E eu posso minerar muito mais rápido agora. Consegui tudo isso em apenas três dias. Se eu continuar cavando por uma semana, talvez eu possa dá-la mais um ano?
El e Vari se entreolharam.
— S-senhor Hiel… Parece muito conveniente. Mas você nos permitiria ajudá-lo a minerar essas Pedras de Tartaruga?
— Hã? Ok.
Como eu respondi tão rapidamente, El e Vari pareciam não acreditar. Entretanto, logo me entenderam, e ambos curvaram suas cabeças.
— Obrigado!
— Obrigado!
E então Ri olhou para mim em surpresa.
— P-por que… você compartilharia conosco algo tão valioso?
— Não se preocupe com isso. E duvido que eu vá ter muitas oportunidades de usá-las como agora. E também me preocupo mais com a escavação e não com o que recebo ao fazê-la. Ah…
Percebi que Ri estava chorando. Bem, não era surpreendente, ninguém queria morrer — ela deve ter ficado muito feliz agora que viu esperança.
Ri curvou a cabeça e disse — Obrigada.
Mas eu realmente não tinha feito muito, foram os minérios. Embora, eu seja o dono de tudo que há nesta ilha.
— De nada, mas... como devemos fazer isso?
Consegui escavar tão bem por causa dos efeitos do『Rei da Caverna』— eu até tinha algumas outras picaretas, mas duvidava que elas pudessem fazer muito.
Além disso, os goblins não poderiam escavar em lugares errados? Assim, causando algum de desmoronamento na caverna?
“Conselheiro… você tem alguma boa sugestão?”
〘Atualmente, o『Rei da Caverna』Permite que você conceda alguns de seus Efeitos a Monstros Domesticados.〙
Sendo mais específico, os efeitos seriam — aumento da habilidade de mineração, aumento de experiência e suporte a mineração — tudo isso por meio do recurso chamado: otimização de mineração.
No entanto, os boosts não eram tão altos quanto o da pessoa que possuía a crista『Rei da Caverna』. Além disso, não era possível compartilhar os recursos: inventário, coleta automática e visão noturna.
“Interessante… mas, em qualquer caso, é preciso domesticar.”
Obviamente, Goblins e Slimes eram diferentes.
“Mas... suponho, que não haverá mal nenhum em perguntar.”
— E-er... há uma condição. Vocês tem que me deixar domesticar-los.
— Em outras palavras, nos tornaremos seus subordinados, senhor Hiel?
— Não tenho intenção de dar ordens, e podem dizer 'não' a qualquer pedido que eu faça… Na verdade, não me importo em ser o único a minerar as Pedras de Tartaruga, sabe? Vocês não precisam se preocupar. Eu vou dar tudo a vocês.
— Não, não! Você já fez muito por nós! eu e Vari teremos prazer em atendê-lo! Mas a Princesa...
Antes de dizer isso, Ri também abriu a boca — Senhor Hiel! Se não for um fardo, permita-me servi-lo também!
— P-Princesa! Você é da realeza…
— Todos estão trabalhando em meu nome. Eu devo fazer algo também. Além disso, tenho uma dívida com o senhor Hiel. Eu tenho que retribuir de alguma forma...
— Princesa…
— Senhor Hiel. Por favor, permita-nos servi-lo. E nos dê novos nomes.
Ri tinha a altura de uma criança humana, mas olhou para mim com seriedade. Como ela mencionou "nomes", isso significava que eles sabiam o que significava domar.
"Droga… eu não gosto de fazer esse tipo de coisa. Bem, mas acho que eles podem desistir mais tarde.”
— Tudo bem... domarei vocês então.
〘Existem Monstros Domesticáveis por perto. Você vai Domesticá-los?〙
Bem, eu tive seus consentimentos. E então eu os nomeei um por um.
El se tornou Elvan. E Vari se tornou Varis. Esses eram apenas nomes comuns no Reino.
— Deste dia em diante, eu, Elvan, devo chamá-lo de chefe.
— Varis… Estou honrado por ter este novo nome. Enquanto eu viver, farei o meu melhor para atendê-lo.
— C-certo, obrigado...
E então Ri…
— Que tal a Riena?
— Riena… então esse é meu novo nome. Farei tudo que puder para servi-lo, senhor Hiel.
E assim, eu fui capaz de domesticar a todos — eles se ajoelharam diante de mim.
— Bem... vamos comer e depois começar a cavar.
— Sim!
— Sim!
— Sim!
Na verdade, eu só queria voltar para minha mineração o mais rápido possível... Começo a ficar ansioso, quando não estou brandindo uma picareta.
E assim fizemos uma refeição simples. Mas como todos os três estavam com muita fome, comeram muito. Depois disso, eu lhes entreguei as picaretas e descemos para o subsolo.
No entanto, disse Varis — S-senhor Hiel. Não é perigoso sem nenhuma luz?
— V-verdade.
"Eu sou a única pessoa com visão noturna…”
Seria difícil, para eles, minerar sem nenhuma luz.
“Talvez eu devesse fazer uma tocha… ah, pensando bem…”
— Esperem um minuto.
Voltei para a entrada e tirei três tochas de madeira dos meus suprimentos. E então tirei três Pedras Brilhantes do meu inventário.
“Uma pedra que não perde seu brilho…”
Com elas, não precisaríamos usar fogo ou trocá-las depois de queimadas. E então amarrei as pedras nas pontas das varas com barbante… e pronto, a tocha infinita estava completa.
Elas eram mais brilhantes do que as tochas normais. Isso me fez querer juntar mais pedras do tipo.
— De onde vieram essas pedras...?— Varis me perguntou hesitante.
— Uhh… é uma longa história. Eu vou contar enquanto cavamos. Aqui, Agora deve ser mais fácil de ver — passei-lhes as tochas e começamos a descer.
No caminho, expliquei a eles sobre o inventário e a auto-coleta. No entanto, ficou claro que não entenderam o que eu estava dizendo.
Todos inclinavam suas cabeças para o lado. Não era de se admirar, ninguém acreditaria que "minérios" eram automaticamente armazenados em algum lugar que fosse invisível aos olhos.
— Bem, será mais rápido se eu mostrar… Acho que este é um bom lugar. Agora, vejam isso — fiquei em frente a uma parede de pedra e levantei minha Picareta.
— Vocês conseguem ver a luz branca? É seguro se você bater ali. Então é lá que eu vou… Oomph!
E assim comecei a cavar. Ao mesmo tempo, caíram pedras suficientes para que de repente houvesse um espaço do tamanho de um pequeno quarto.
Além disso, as pedras que caídas foram imediatamente envoltas em uma luz e desapareceram para algum lugar.
Os outros assistiram surpresos. Ainda era difícil de acreditar… Então Riena perguntou.
— O que acabou de acontecer!?
— Bem, a princípio não será assim para vocês… Mas eu acho que vocês chegarão lá quando se acostumarem.
No entanto, eles apenas olharam para mim com as mandíbulas bem abertas.
— Ah, mas vocês não poderam usar o recurso de auto-coleta… mas deve ficar bem desde que eu esteja por perto.
Além disso, não havia a necessidade de reunir tudo de imediato.
“Mas, talvez fosse perigoso ficar passando por cima, hmm...”
E então eu notei que havia alguns Slimes na área. Shell também estava entre eles.
— Shell... Você tem um minuto?
Assim ele se aproximou — tentei explicar o que queria através de gestos — logo se afastou e foi em direção aos outros Slimes.
— Tudo bem. Vamos começar. Se acostumem, assim ficarão mais rápidos.
— Ok!
E então os Goblins começaram a balançar suas picaretas. Quanto a mim, eu os observei de uma curta distância. E então, os Slimes começaram a carregar as pedras que caíam.
Sim, Shell me entendeu bem. Eu pedi para que eles trouxessem todos os materias que os Goblins extraíam para onde eu estava.
E enquanto os Goblins brandiam suas picaretas, pareciam impressionados com o trabalho dos Slimes. E agora, não teriam que se preocupar a onde pisavam…
— Tudo bem! Vamos continuar cavando! Se ficarem cansados, não hesitem em descansar ou dormir!
Todos os Goblins disseram — Certo!
Depois disso, passamos muito tempo cavando. Foi a partir deste dia que a caverna, de repente, se tornou um lugar muito animado.