Volume 1
Capítulo 12: Ele era Incrível!
— Ufa~ Terminei tudo...
Voltei para a entrada da caverna e me sentei — meu trabalho de hoje envolveu a preparação de quartos para os Goblins. Ontem, nós havíamos salvo mais de 200 deles.
Em outras palavras, agora havia muito mais moradores na ilha. E isso significava que, ninguém podia dormir na entrada da caverna, portanto, se tornou necessário preparar novos alojamentos.
Usei minha picareta para esvaziar espaços em forma de cubo e depois fiz mesas e camas simples com blocos de pedra — esse era o meu papel — bem, como ainda estava relacionado à mineração, era basicamente o mesmo que o meu trabalho habitual.
Por outro lado, os Goblins se concentravam em fazer tecidos, roupas e redes de pesca. Ao mesmo tempo, estavam desmontando o navio também.
Eu pretendia reconstruí-lo novamente, mas como Varis disse, não tinhamos muitas ferramentas, assim, as coisas não estavam indo muito bem.
Enquanto eu ponderava sobre os problemas, esfregava meus próprios ombros.
— Senhor Hiel! Você deve estar cansado.
Riena caminhava rapidamente na minha direção enquanto carregava uma tigela de madeira.
— Você também, Riena. Como as coisas estão indo na fazenda?
— Está indo bem! Na verdade, eu estava pensando se você gostaria de provar isto — Riena me ofereceu a tigela de madeira preenchida com um líquido roxo.
— Isso é… uva!
— Sim! Seremos capazes de colher no próximo ano também.
— Oh, ótimo.
“Próximo ano…”
Até agora, eu nem tinha acreditado que haveria um próximo. Entretanto, consegui bons companheiros e pelo visto poderíamos sobreviver facilmente por um bom tempo.
Parecia também que Riena tinha a intenção de ficar aqui — nesse caso, era o meu dever tornar esta ilha o mais confortável possível.
Bebi o suco de uva; sim, era fresco e saboroso. Eu nunca teria imaginado que estaria bebendo algo assim aqui.
— É delicioso… Você e os outros estão dando o seu melhor.
Logo depois, me lembrei de algo.
“O que eu fiz com o Orbe do Dragão...?”
Vir a esta ilha havia me feito se apegar menos às coisas materiais, assim eu esquecia tudo facilmente.
Olhei ao redor da área onde a havia deixado, mas ele não estava em lugar algum; me recordei de colocá-lo perto de um crânio, que era grande demais para ser humano, assim, seria mais fácil encontrá-lo… Porém, nenhum dos dois estavam lá agora — na verdade, o crânio e os ossos da área havia desaparecido como se tivessem evaporados.
E mesmo que os Goblins tivessem pensado que aquilo era valioso e pegado, levariam os ossos também? Ou as Aranhas e os Slimes poderiam…
Nesse momento, eu ouvi uma voz furiosa rugindo.
— Ei! Qual é a sua!? Você não tem nada para fazer!?
Quem gritava era um dos novos Goblins; aparentemente, ele estava fazendo picaretas e machados na ferraria que Varis havia criado, e ficado furioso por um pequeno homem ter aparecido de repente na sua frente.
Quanto a este pequeno homem — desde que apareceu ontem, não tinha feito nada além de comer muito peixe e vagar sozinho pelas minas — e sempre que via eu minerar parecia muito surpreso.
— Ei! Seu… velhote exibicionista! Como se atreve a me olhar assim!? Você acha que é melhor do que eu?
Sim, ele ainda estava completamente nu. E não era de se admirar que o Goblin estivesse com raiva.
O velho apenas dobrou os braços e ficou vendo-o trabalhar — sendo a pessoa que estava suando e dando duro, você acharia este espectador muito irritante.
O ferreiro se aproximou do velho e lhe entregou um martelo.
— Me ajude se você não tem nada melhor para fazer! Não temos o suficiente destas picaretas e machados.
Logo o velho corajosamente dirigiu-se à fornalha, uma vez lá, começou a mover umas pedras.
— Ei! O que você está fazendo!
Mas ele não deu ouvidos para o ferreiro. E uma vez terminado, acendeu o fogo da fornalha com um sorriso de satisfação.
E então, com uma velocidade sobre-humana, ele começou a martelar um minério de ferro que tinha sido colocado ao lado — sua velocidade era tão incrível, que não só eu, mas todos os Goblins ao redor ficaram boquiabertos com a cena.
Quanto mais trabalhava, mais largo se tornava o seu sorriso. Parecia que agora ele estava fazendo uma cabeça duma picareta; o mais surpreendente, era que tinha feito-a em cerca de meio minuto.
Antes que eu percebesse, ele tinha caminhado diretamente até o ferreiro. o Goblin logo pegou a cabeça da picareta.
O que o barbudo tinha forjado possuía um arco fino e gracioso, era lindo, como uma obra de arte.
No entanto, o ferreiro balançou a cabeça e disse — Tsk. Algo tão fino não será capaz de quebrar pedras! Ela se entortará imediatamente! Faça de novo!
No entanto, eu adverti — Espere! Eu vou testá-la. Então a termine.
— Hã? Certo...
O ferreiro rapidamente prendeu a cabeça da picareta na vareta e me entregou. Bem, eu iria testá-la então.
O velho era apenas muito rápido, ou… Voltei para as cavernas.
O ferreiro furioso, Varis, Elvan e Riena vieram comigo. E então…
— O quê!?
Eu não conseguia acreditar em meus próprios olhos — a quantidade de pedras que caiu foi várias vezes maior do que o normal — só para a comparação, eu tentar usar a minha velha picareta novamente. Entretanto, com certeza, só consegui minerar metade do que pude com a picareta feita pelo o velho.
“São ambas picaretas de ferro… Quem diabos é aquele cara…?”
Voltei para a ferraria.
E então vi que, uma grande pilha de picaretas e machados tinha sido completada — seu criador estava nu olhando para mim com uma expressão presunçosa. Como se dissesse, “Como foi?”
No fim… nu ou não, eu não tinha dúvida alguma de que tal indivíduo era claramente um mestre ferreiro. E assim, fui até ele e comecei a retirar diferentes materiais do meu inventário, como: cobre, ferro, prata, ouro, estanho e carvão.
— Você pode usá-los para fazer qualquer outra coisa?
Ao ouvir isso, o velho olhou fixamente para os minérios e depois riu maliciosamente — seus olhos… eram os de um maníaco.
Bem, ele parecia bastante inofensivo. Na verdade, algo em seu cheiro, me parecia familiar — eu não gostava dessa ideia — no entanto, o velho atendeu às minhas expectativas… não, ele as superou de longe com o que fez.
Porém, não podíamos deixá-lo continuar nu. Assim, no dia seguinte, uma saia criada a partir das teias foi feita, e obrigamos ela a usá-la.
Até a este ponto, todos nós tínhamos acostumado a chamá-lo de Mappa.