O Primeiro Serafim Brasileira

Autor(a): Anosk


Volume 3

Capítulo 182: Onde Todo o Conhecimento Está Guardado

Sariel olhou brevemente toda a sala, tentando encontrar algo que chamasse sua atenção.

Além das estantes repletas com pedras de Alteração, apenas uma mesa larga no outro lado parecia ter algo que potencialmente lhe seria útil.

Caminhou rapidamente pela sala, passando por uma enorme réplica funcional do sistema solar, com cada planeta, lua e cometas se movendo lentamente.

Olhando mais perto da mesa, percebeu algumas pedras de Alteração sobre ela que não estavam marcadas.

“Não imagino que ele deixaria a prova de sua suposta traição em cima da mesa, a menos que ele tenha certeza absoluta de que ninguém seria capaz de invadir esse lugar...”

Pegou uma pedra aleatória e a absorveu.

Tratava-se de uma pesquisa relacionada ao elemento Reanimação.

Enquanto Koeus esteve realizando uma outra pesquisa, acabou descobrindo acidentalmente que era possível nascer com 100% de um elemento, porém isso estava limitado apenas ao elemento Reanimação.

Isso acontece, pois também descobriu que todas as pessoas têm uma quantidade quase nula do elemento Reanimação, pois este elemento está associado à vida, era a energia vital que todos os seres vivos — pelo menos daquele mundo — possuía.

— “Esta descoberta só foi possível quando analisei o poder mágico de uma residente de Krajna chamada Klara...” — Sariel precisou de alguns segundos para se lembrar daquele nome. “Então aquela garota que encontrei... Bem que achei que havia algo de suspeito com ela, mas jamais imaginava que ela possuía 100% de Reanimação...”

Colocou a pedra de volta no mesmo lugar e pegou outra.

Aquela relatava sobre a pesquisa original que levou à descoberta anterior.

— “Sabe-se que a habilidade de se comunicar com os animais está diretamente relacionada a uma descendência angelical, porém ter tal descendência, por algum motivo, não garante tal fato, e essa pesquisa busca solucionar esse mistério...

“Esse mistério também está diretamente relacionado com humanos capazes de usar o elemento Natureza e Reanimação. Reunimos cerca de duzentos e quarenta e quatro pessoas com tais elementos, e muitos tinham certeza de que possuíam descendência angelical, enquanto alguns tinham a convicção do contrário.

“Apesar disso, ao realizar exames, descobrimos que todos os candidatos, sem exceção, tinham descendência angelical, e todos eram capazes de se comunicar com os animais.

“Tendo isso em mente, testamos pessoas que não possuíam os elementos Natureza e Reanimação, mas que se comunicavam com os animais, obtendo, novamente, um resultado de 100% de correlação.

“Então testamos pessoas que não podiam falar com animais, mas sabiam que tinham alguma descendência angelical.

“Para nossa surpresa, todos eles têm os genes dos anjos, o que levantou uma grande dúvida: por que alguns descendentes de Anjos não possuem tal habilidade? E por que todos os usuários de Natureza e Reanimação, ao menos aqueles que não receberam esses elementos das Seitas, possuem essa habilidade?

“Os exames de sangue foram desenvolvidos com base nos estudos sob o sangue de Ardos, um filho de pai e mãe anjos, então, baseado nisso, há algumas possibilidades: precisamos de mais material para estudar o sangue angelical, pois pode haver um gene que Ardos não possuí. O problema, é claro, é que o único outro anjo em Vilon está desaparecido.

“Também é possível que nosso equipamento ainda não é avançado o suficiente para encontrarmos tudo.

“Porém, há uma possibilidade mais... absurda. É possível que exista algum fator que não está relacionado diretamente aos Anjos para que humanos possam falar com animais, porém qual seria esse fator? Genético? Mágico? Ou até mesmo um fator Divino, relacionado a Kura?

“Ou quem sabe... a alma, a moeda de troca dos Deuses da Escuridão, e aquilo que mais almejam? Porém ainda sabemos pouquíssimo sobre a alma, apenas que ela existe.

“Além disso, notei algo extremamente estranho enquanto analisava a árvore genealógica dos descendentes de anjos com relação à habilidade de se comunicar com os animais.

“Para facilitar a explicação desse fato, chamarei os descendentes com tal habilidade de descendentes ativos, e aqueles sem essa habilidade de inativos. A tabela a seguir demonstra o quebra-cabeça genético por trás disso.

“Parte dos dados sobre mistura de anjos com humanos foram baseados na extensa pesquisa sobre a árvore genealógica dos candidatos.

  Humano Inativo Ativo Anjo
Humano 100% Humano

75% Inativo

25% Ativo

25% Inativo

75% Ativo 

50% Inativo

25% Ativo

25% Anjo

Inativo

75% Inativo

25% Ativo

100% Inativo

50% Inativo

50% Ativo
100% Inativo
Ativo

25% Inativo

75% Ativo 

50% Inativo

50% Ativo
100% Ativo

50% Ativo

50% Anjo
Anjo

50% Inativo

25% Ativo

25% Anjo

100% Inativo

50% Ativo

50% Anjo
100% Anjo

“A princípio parece não haver um problema, porém, olhando com atenção, podemos notar algumas coisas interessantes.

“Primeiro: dois membros iguais, como dois inativos, sempre terão um filho da mesma categoria, então, seguindo o exemplo anterior, dois inativos terão, sempre, um filho inativo.

“Segundo: a mistura entre dois indivíduos diferentes que são inativos, ativos ou anjos segue um padrão lógico. Não importa a mistura, o filho tem 50% de chance de ser uma coisa ou outra. Por exemplo, inativo com ativo leva a duas possibilidades, assim como anjo e ativo: 50%.

“Terceiro: ao adicionar humanos comuns na equação, entretanto, tudo se torna extremamente bagunçado e ilógico. Por exemplo: um humano comum, ao se casar com um anjo, pode ter um filho anjo, mas um inativo com anjo não, por quê? Assim como um humano comum pode gerar um humano ativo com ao se casar com um inativo.

“Aquilo que está marcado em verde representa combinações esperadas que fazem sentido, e em vermelho aquilo que foi contra nossas previsões.

“Seguindo essa lógica, humano com ativo deveria resultar em 100% de algo, fosse ele ativo ou inativo, mas não é o caso. Na verdade, qualquer porcentagem que não é 50% para 50% é um resultado inesperado, mas quando combinamos com qualquer coisa, obtemos porcentagens de 25% + 75%, e até mesmo uma de 50% + 25% + 25%.

“Além disso, de acordo com essas porcentagens, deveria ter muito mais pessoas capazes de falar com os animais, mas eles não são a maioria.

“Outra coisa a se notar, é que, seguindo esse gráfico, a maioria da humanidade deveria ter genes dos anjos, tornando-os inativos. Para comprovar essa teoria, faremos testes em larga escalas assim que produzirmos mais e melhores equipamentos.

“Para finalizar tudo, está claro que há algo que não sabemos. Mais especificamente, há alguma coisa entre humanos sem descendência angelical que influencia pesadamente na genética.

“Ou seja, entre humanos comuns, existem humanos especiais, com algum gene desconhecido que interfere na genética. Além disso, ainda não compreendemos totalmente os humanos inativos e ativos.

“Algo muito estranho acontece quando anjos e humanos procriam, e, após uma longa investigação nos restos de nossa história antes da vinda dos anjos, descobrimos que humanos capazes de falar com os animais e elementos Reanimação/Natureza só surgiram após o portal ter sido aberto.

“Há até mesmo relatos que indicam que na primeira geração de humanos descendentes de anjos já havia pessoas com as habilidades dos anjos, portanto é seguro dizer que os humanos especiais existiam antes mesmo da vinda da raça alada.

“Ou seja... os humanos especiais são como um baú trancado, e os anjos a chave. Ao abrir essa caixa, os filhos recebem a capacidade de se comunicar com os animais.

“Portanto, como não temos certeza do que causa isso, focaremos nossos esforços em melhorar nosso equipamento e testar mais candidatos...”

“Não imaginava que Koeus estivesse investigando isso tão a fundo.” Sariel soltou a pedra e pensou por um momento.

Aquela pesquisa havia o interessado profundamente, pois não imaginava que havia humanos “especiais”, muito menos que tinham um papel importante no surgimento de pessoas capazes de falar com os animais.

“Quem são esses humanos especiais? Pessoas com alto poder mágico? Não... se fosse tão fácil assim, Koeus já teria encontrado a resposta...”

Observou a mesa por um momento, ainda havia algumas pedras que não absorvera.

“Bem, não faz sentido pensar nisso agora. Me pergunto se faz sentido checar essas pedras, até agora se trata apenas de relatórios...”

Começou a vasculhar completamente a mesa, abrindo as várias gavetas e procurando qualquer informação ou pista que parecesse remotamente suspeita.

Como não tinha muito tempo, não se importou em ser sutil, aproximava-se das estantes e bagunçava, até jogava no chão o conteúdo delas, evitando, é claro, quebrar qualquer coisa que parecesse importante.

Todas as pesquisas que estavam ali eram extremamente interessantes, visto que eram assuntos secretos do Conselho, porém não foi por este motivo que se deu tanto trabalho nesses últimos dias.

Começou a desesperar-se quando os segundos se tornaram minutos, tempo que não podia perder, visto que isso reduziria ainda mais suas chances de fugir sem ser perseguido.

Entretanto, por mais que procurasse da maneira mais eficiente possível, foi incapaz de encontrar qualquer coisa suspeita sobre Koeus.

“Bem, este é um estabelecimento do Conselho, se eu fosse um traidor, por mais que essa área seja algo que pouquíssimas pessoas têm acesso, não deixaria nenhuma informação comprometedora... não tão facilmente, pelo menos...”

Julgando que estava ficando sem tempo, deu uma última olhada ao redor antes de recuar.

Foi quando algo chamou sua atenção: tratava-se de uma espada larga, ainda maior do que o normal, toda coberta em escamas prateadas, duras e brilhantes, desde a empunhadura até a ponta da lâmina. No pomo havia uma Speculum Iris, a pedra mágica que muda de cor de acordo com o elemento daquele que a toca.

Aquela arma não se assemelhava a nada que Sariel já tinha visto antes, e tinha uma sensação especial indescritível similar com a de sua glaive.

“O que é isso?” Ergueu a espada, percebendo que era dezenas de vezes mais pesadas do que esperava. “Isso é... nunca segurei uma arma tão pesada quanto essa antes...”

Tentou fazer seu poder mágico fluir por ela, porém notou que ela não reagia.

“Consigo sentir claramente que possuí um poder mágico intenso, similar, mas em menor escala, à minha glaive... por que não posso usá-la?”

Observou aquela arma atentamente por um momento, quando reparou algo.

“Esse material... parece o metal que é usado nos broches, e a pedra é a mesma... Portanto, se a fonte dessas duas coisas forem a mesma, então essa espada é indestrutível, como os broches...”

Aquilo obviamente chamou sua atenção, porém não havia muito que pudesse fazer com aquilo.

Até que percebeu tentou fazer um experimento.

Se concentrou brevemente, convertendo uma pequena parte de seu poder para Reanimação.

Então tentou ativar a espada que, para sua surpresa, ardeu em chamas extremamente quentes.

“Esse poder! Está sugando minha magia!” Imediatamente interrompeu sua magia, e a espada voltou ao seu estado original.

Aquilo o fez lembrar imediatamente do gigante de gelo que Ubel usou para lutar contra ele com Reanimação.

Naquele momento, o devoto, por estar usando o cadáver de um Semideus estava esgotando seu poder em um ritmo acelerado.

“Essa arma... pertencia a um Semideus?” Sariel logo se lembrou de seu encontro com Feykron. “Eu não sinto a mesma aura sinistra de Ymir, na verdade, me sinto confortável segurando isso... Então isso é uma parte do corpo do dragão Semideus em Maon? Mas como veio parar aqui?”

Aquilo logo o levou a outro questionamento.

“Então os broches... também são pedaços do corpo dele?”

Como não estava com seu broche, contudo, não podia confirmar aquilo.

“Pensando bem, vou levar isso comigo.” Colocou a espada em suas costas. “Hora de voltar.”

Então, pela última vez naquele dia, trocou de lugar com uma pedra que havia preparado e desapareceu da sala de Koeus.

 

***

 

Septima encontrava-se em uma sala quadrada com tudo necessário para sobreviver: cama, banheiro, suprimento de comida, água, computador...

Assim, mesmo se não tivesse seu tablet consigo, poderia usar o computador daquele local para ver, em tempo real, o desenvolver da situação.

Através dele poderia acessar as câmeras de segurança e ver cada local do centro de pesquisas.

Estava ali meramente por alguns minutos e, pelo computador, viu que os devotos que escaparam foram mortos, porém o alarme e o protocolo de confinamento continuavam ativos por questões de segurança, e apenas pararia caso houvesse certeza absoluta de que qualquer ameaça fora eliminada.

Septima olhou para as paredes da sala, perguntando-se quando aquilo iria acabar.

Aquele lugar era extremamente protegido, talvez até no mesmo nível do servidor e a sala de Koeus, o que mostrava o quanto o Conselho dava importância aos pesquisadores de túnica branca.

Foi então que uma notificação apareceu em seu computador, chamando sua atenção.

Tratava-se de uma chamada em tempo real de Balbina.

— Doutora Balbina, algum problema? — Aceitou a ligação e se sentou diante do computador.

— Doutora Septima, sabes do paradeiro de Doutor Dante?

— Hm? Ele não está em alguma das salas?

— Não! Olhei a lista dos pesquisadores que estão em uma sala segura, e ele é o único que não está presente! Até mesmo Fabius está em segurança! — A voz dela demonstrava claro nervosismo e preocupação.

Septima, ao ouvir aquilo, rapidamente checou o mapa com a localização de cada uma das salas seguras, percebendo que Balbina dizia a verdade.

— Ele realmente não está... mas também não há nenhuma notícia que ele tenha se ferido, muito menos morto... É como se ele tivesse desaparecido...

— Algo terrível deve ter acontecido com ele... Precisamos informar os Vigilantes!

— Doutora Balbina, primeiro acalme-se. — Septima usou um tom mais forte com ela. — Se algo tivesse realmente acontecido, já estaria nos sistemas de Acrópolis.

— Mas então...

— Lembro-me que ele me disse, pouco antes de tudo acontecer, que iria te procurar. Não o viu nesse tempo?

— Pouco antes dos alarmes? Não... apenas foi mais cedo...

Septima assumiu uma expressão pensativa.

— Vamos procurar pelos arquivos das câmeras de segurança, talvez encontremos alguma dica.

— Certo...

As duas juntas começaram a vasculhar os vídeos de todas as câmeras desde o momento que ele deixou a biblioteca.

Conseguiram ver ele descendo até a área invertida, porém ele, ao invés de procurar por Balbina onde ela geralmente ficava, se dirigiu até a ala de Selagem.

Ambas se surpreenderam ao vê-lo equipando o capacete e o operando por alguns segundos, para então o alarme começar a soar.

— Espera, o quê?! Foi ele quem causou o primeiro alarme?! — Balbina não podia acreditar no que seus olhos viam.

— Acalme-se, não vamos tirar conclusões precipitadas, talvez tenha sido um acidente.

Contudo Dante, demonstrando estar completamente inalterado, simplesmente sumiu em pleno ar, deixando para trás uma pedra de Alteração.

— Isso é... Ilusão? — perguntou Balbina.

— Não... é Alteração...? — Septima também não tinha certeza o que havia acontecido. — Ele trocou de lugar com uma pedra? Isso era possível?!

— Não importa, precisamos encontrá-lo!

As duas voltaram a tentar procurá-lo, porém, após ver todas as câmeras, não o acharam em lugar nenhum.

Ou seja, havia alguns poucos locais onde não havia nenhuma câmera que não podiam acessar, sendo dois deles o servidor e a sala de Koeus.

— Momentos depois dele sumir, o servidor foi atacado e os devotos se libertaram...

— Não! Isso não pode ser ele!

— Está tudo bem, Doutora Balbina, tenho certeza de que, quando o confinamento acabar, nos encontraremos com ele e ele nos explicará tudo.

— Si-Sim! Claro, ele não poderia ter feito nenhum mal, certo?

Septima, contudo, não acreditava em suas próprias palavras, estava apenas tentando acalmar sua companheira.

“Sempre achei incrível como ele, mesmo sendo mais novo que eu e um completo desconhecido, tinha um conhecimento maior que o meu... mas agora... Será que ele fazia parte de uma Seita esse tempo todo? Mas como ele passou pela segurança de Acrópolis? Além disso, ele é um descendente ativo de anjos, e não há nenhum registro de um ativo fazendo parte de uma Seita...”

Não importava o quanto pensasse, não conseguia decifrar Dante.

Enquanto olhava para a tela do computador, com o vídeo de Dante na sua sala pausado, sentiu algo familiar.

“Essa sensação... é como quando estou com Zaphkiela... Há um ar misterioso que não consigo compreender...”

Aquela situação toda, que muito provavelmente foi causada por ele, fez Septima começar a perceber que ele talvez fosse uma pessoa muito mais complicada do que imaginava.

 

***

 

Sariel se viu em sua casa, no condomínio de Acrópolis.

“Muito bem, hora de fugir.”

Se concentrou por um breve momento, transformando seus elementos, e logo se tornou invisível.

Por mais que estivesse usando uma combinação de Ilusão com Selagem, ainda agia com extremo cuidado, pois pessoas com alto poder de Ilusão ainda seriam capazes de percebê-lo.

Esgueirou-se para fora de casa, esperando por um momento para ver se encontrava alguém.

As únicas pessoas que estavam nas ruas, no momento, eram Vigilantes, visto que toda a Acrópolis agora estava em alerta de ataque.

Com Alteração, detectava quais guerreiros tinham o elemento Ilusão e os evitava, dirigindo-se até uma das extremidades da ilha.

Após cerca de meia hora avançando lenta e atentamente, chegou ao local onde viu o céu azul invertido.

Para sua sorte, não havia muitos Vigilantes ali, porém sabia que havia sistemas de defesa automáticos, que detectariam qualquer aura mágica desconhecida e a atacariam.

“Ele não tem muito poder mágico, se comparado a uma pessoa, mas ainda quero evitar que se machuque...” Se aproximou da borda da ilha, caminhando pelo chão de vidro com visão para o céu invertido.

Apoiou-se no parapeito, procurando por algo no ar.

A princípio ficou preocupado que ele não apareceria, mas logo notou algo se aproximando.

“Aí está...” Deu alguns passos para trás. “Vamos lá!” Correu como um raio até a borda e saltou, abrindo uma distância de algumas dezenas de metros de seu ponto mais próximo da ilha.

Ainda em pleno ar, sentiu a gravidade inverter, fazendo-o começar a cair em direção ao solo.

Foi então que, pela primeira vez em vários dias, viu o mundo da maneira normal, com o chão abaixo de seus pés e o céu acima de sua cabeça.

Graças ao seu impulso tremendo, distanciou-se bastante de Acrópolis, apesar de ainda estar longe do chão.

Então, aquela figura que estava distante no ar se aproximou dele em uma velocidade tremenda.

Sariel mirou da melhor maneira que pôde e ajustou seu corpo.

Assim, Sleipnir acelerou ainda mais em sua direção e, com uma precisão impressionante, conseguiu capturar o viajante em pleno ar, que caiu exatamente em suas costas.

O cavalo mágico relinchou, reclamando do impacto do pouso.

— Me desculpe, lhe darei quantas cenouras quiser mais tarde. — Afagou seu pelo logo em seguida. — Agora, vamos sair daqui rápido.

Sleipnir então deu meia volta no ar e se afastou de Acrópolis, bem no momento que Sariel notou alguns Vigilantes se acumulando do local onde saltou.

Depois de dias de estresse, o viajante finalmente se sentiu aliviado ao sentir o vento bater em seu rosto e ver o céu azul, com um sol brilhante iluminando aquele belo mundo.


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