Volume 3
Capítulo 161: A Universidade de Acrópolis
Um homem idoso, com longos cabelos brancos, e vestindo uma túnica branca, encontrava-se no laboratório de robótica, onde experimentava um código novo em um autômato.
Diante de si estava um robô humanoide bem simples, um protótipo, cujas costas estavam abertas, o local onde a pedra de Selagem — ou seja, o núcleo que controlava toda a máquina — estava localizada.
Sua especialidade era justamente sobre seu elemento principal, a Selagem, e seu conhecimento estava no topo quando se tratava deste elemento, perdendo apenas para Koeus e Zaphkiela.
— Hmm... Um comando sobre atacar qualquer ser vivo com elemento Conjuração, é muito aberto... Talvez se, ao invés disso, for algo como atacar seres vivos com elemento Conjuração cujo poder mágico é vinte vezes maior que um animal comum funcione melhor... — Pensava com cuidado, pois, por se tratar sobre uma programação para combate, qualquer erro poderia ser fatal.
Estendeu sua mão na direção da pedra de Selagem e começou a escrever novos códigos.
Toc! Toc!
Uma batida apressada soou contra a porta.
— Estou ocupado — respondeu com um pouco de irritação. Era de conhecimento geral que não deveriam interrompê-lo enquanto trabalhava.
Toc! Toc!
A batida continuou ainda mais ansiosa.
— Tsc! — Caminhou de maneira irritada até a porta e a abriu, deparando-se com um pesquisador de túnica castanho-claro. O reconheceu como um ex-Vigilante. — O que queres? Espero que seja importante, estou ocupado.
— Doutor Octavius Amulius, veja isso! — Entregou uma prova de ingresso para a Universidade de Acrópolis.
— Me interrompeste por isso? — perguntou irritado enquanto verificava as respostas, que estavam todas corretas. — O que há de tão impressionante?
— Doutor, as respostas sobre Selagem...
— Não compreendo como... — começou a dizer, contudo logo se calou ao ler as respostas dissertativas. — Oh? Isso é... — Seus olhos se arregalaram um pouco.
Já era surpreendente que aquele aluno havia respondido com tanta precisão sobre os outros elementos, porém seu conhecimento sobre Selagem era extremamente profundo, tão profundo que nem era possível medir o quanto, pois não havia espaço o suficiente na prova para explicar seu pensamento.
— Dante Leonhardt... Nunca ouvi o nome desta família antes, e nem é oriundo de Acrópolis... A quanto tempo este aluno estuda na Escola Preparatória?
— Esta pessoa chegou hoje em Acrópolis! Nem mesmo era um aluno, e decidiu fazer a prova para a universidade direto!
— Como...?! — Pela primeira vez em muito tempo, Octavius surpreendeu-se tanto que duvidara do que ouvira. — Tens certeza?
— Absolutamente, não há nenhum registro dele na universidade.
— Esta pessoa... Encontrá-lo-ei imediatamente. — Deixou sua sala rapidamente, caminhando tão rápido quanto podia.
***
Octavius observava cuidadosamente aquela pessoa diante de si.
“É muito mais jovem do que esperava... Um prodígio...”
Continuou encarando-o para ver qual seria sua reação, surpreendendo-se, de maneira boa, ao notar que ele não demonstrava nervosismo.
— Hm, interessante. — Esboçou um pequeno sorriso. — Será um prazer trabalhar contigo, Doutor Dante Leonhardt.
— Igualmente, Doutor Octavius Amulius — respondeu o jovem respeitosamente.
— Ora, então me conheces.
— Claro, li vossos artigos incontavelmente, és uma referência no campo da tecnologia.
“E não é arrogante... Bom.”
Era muito comum que alunos, assim que ingressavam na Universidade de Acrópolis, se tornavam extremamente arrogantes e orgulhosos, e quanto maior seu rank, pior ficavam.
Porém aquele jovem, mesmo passando de primeira na prova e já recebendo a túnica branca, ainda era respeitoso, apesar de manter sua confiança.
— Tio Octavius, isso é impossível! Este plebeu deve ter trapaceado! — gritou Lucius com uma voz patética e desesperada.
— Cale-se, criança incivilizada! — ralhou furiosamente Octavius. — Não envergonhe nossa família!
Aquilo fez Lucius se encolher como um cachorrinho após receber uma bronca.
— Perdoe-me pela grosseria de meu sobrinho, farei questão de puni-lo apropriadamente seguidamente.
— Não te preocupes com isso, já estou mais que agradecido por teres vindo conhecer-me pessoalmente.
Octavius esboçou outro sorriso novamente. Aquele jovem definitivamente era uma joia rara, e estava ansioso para trabalhar ao seu lado.
Apesar de, mesmo que Dante disse que não se importava com a atitude de Lucius, Octavius definitivamente o puniria mais tarde.
— Muito bem, a todos que passaram e agora são alunos da Universidade de Acrópolis, peço que me sigam, há ainda algumas formalidades a serem concluídas antes que possam ascender para sua próxima etapa da vida. — Quando se deu por satisfeito com suas interações com Dante, voltou à programação normal.
Octavius se virou e se afastou devagar, sendo seguido pelos estudantes aprovados.
Originalmente, era para outra pessoa estar fazendo aquilo. Normalmente, apenas um pesquisador de túnica castanho-claro, no máximo, fazia este trabalho, contudo, devido as condições extraordinárias causadas por Dante, assumiu essa tarefa para si.
Octavius não olhou para trás nem por um segundo, contudo, ao escutar os murmúrios, sabia muito bem o que estava acontecendo.
Todos, sem exceção, cochicham entre si sobre Dante, o mais novo pesquisador de maior rank da Universidade de Acrópolis.
Por causa disso, Octavius já esperava que os outros alunos se afastassem de Dante, temiam ofendê-lo.
***
Após algum tempo caminhando pelos corredores, Sariel, guiado por Octavius, chegou no exato centro da Escola Preparatória, onde havia uma grande sala de espera conectada por outras salas médicas, contendo vários equipamentos médicos e mágicos.
— Agora faremos exames de sangue, mediremos vossos poderes mágicos e a porcentagem de seus elementos — explicou Octavius. — Formem fila de acordo com as túnicas que receberam.
Sariel obviamente estava em primeiro na fila, e logo foi chamado por alguns pesquisadores para iniciar os exames.
Passou por uma porta, deixando Octavius para trás que tinha que organizar os outros alunos.
— Então tu és o recém-chegado que já recebeu a túnica branca, devo admitir que tenho um pouco de inveja, além de admiração. — Uma mulher, vestindo uma túnica bege e sentada diante de uma tela, disse.
— De fato, já faz meses desde que uma túnica branca surgiu, e pensar que seria com alguém tão jovem... — comentou outro homem de meia idade, vestindo a mesma túnica, que fechou a porta.
— Sinto-me lisonjeado, será um prazer trabalhar convosco — respondeu educadamente Sariel.
— Certo, por favor, sente-se aqui. — A mulher indicou para uma cadeira acolchoada com suporte para os braços.
Sariel se sentou e observou os arredores por um momento.
“Entendo, são medidas extras de segurança para se certificar que ninguém perigoso se infiltre na universidade... Os exames mágicos seriam um problema, caso eu já não tivesse selado parcialmente meu poder, mas o exame de sangue... me intriga.”
Em seguida, o pesquisador trouxe um equipamento, uma espécie de cotoveleira com alguns tubos anexados e uma tela, que estava desligada no momento.
— Erga o braço que preferir, por favor. — Sariel ergueu o braço direito, e o pesquisador colocou o equipamento. — Não se preocupe, se doer, será pouco.
Ao apertar um botão, a tela acendeu, mostrando informações como a temperatura, batimentos cardíacos e pressão.
— 45 batidas por segundo... Temperatura normal... E sua pressão... Impressionante, tens um físico impecável. — A mulher observava os dados do viajante em uma tela.
— Agora, extrairemos vosso sangue, aguarde um pouco. — O pesquisador apertou outro botão, e uma agulha perfurou gentilmente a pele de Dante.
Logo em seguida, os tubos começaram a se encher com seu líquido vermelho.
Sariel pôde sentir a agulha o perfurando, mas aquele equipamento possuía uma pedra de Ilusão para enganar seus sentidos e não perceber a dor, e uma de Proteção, que serviria para recarregar suas energias, porém que foi desnecessário devido seu físico perfeito.
— Muito bem, vamos agora para os exames mágicos. — O pesquisador trouxe uma esfera transparente do tamanho de uma maçã em cima de um dispositivo tecnológico. — Toque nisso, por favor.
“Uma gema de Especulum Iris... Algo desse tamanho é raro, visto que essa pedra só é encontrada no mundo dos Anjos.” Sariel estendeu a mão e tocou na gema, que adquiriu um brilho prateado, com algumas nuances marrons e rosa.
— 48% de Selagem, 31% de Ilusão, 19% de Alteração e 2% e uma mistura de restos de outros elementos — informou a pesquisadora.
“Esses computadores realmente são impressionantes, tem um sistema conectado nesta Speculum Iris, que envia as medições ao dispositivo e depois calcula... Apesar de ainda ter uma margem de erro de 2%.”
— Perfeito, agora vamos para o último exame e medir sua quantidade exata de poder mágico.
***
Cerca de meia hora se passou e todos os mais novos pesquisadores da Universidade de Acrópolis já foram examinados, restando apenas esperar os resultados saírem.
Octavius se encontrava na sala onde Dante fora examinado, observando seus resultados na tela do computador.
— Pela análise mágica, ele definitivamente é muito acima da média, mas nada extraordinário — disse a pesquisadora. — O que me surpreendeu, contudo, foi seu dna.
— Ele é um descendente de Anjos, e a julgar pelo seu dna, com certeza é um descendente de primeira geração — completou o outro pesquisador. — Considerando sua idade, é algo bem raro. Deve ter nascido nos meses finais da guerra, e nessa época quase nenhum humano interagia com Anjos.
— Ele é um órfão, deve ter sido abandonado pelo parente humano, que provavelmente temia pelo próprio bem, ou de Dante — supôs Octavius. — Isso era extremamente comum, muitos pais abandonavam os filhos e cortavam qualquer relação com medo que outras pessoas descobrissem.
— Bem, isso foi o que ele disse, contudo pode ser tudo uma mentira — comentou a pesquisadora. — A Vigília já tentou entrar em contato com os supostos pais dele?
— Afirmativo. Confirmamos que, de fato, seu nome é verdadeiro, e sua residência é realmente um orfanato — explicou Octavius. — As pessoas responsáveis pelo orfanato são duas irmãs com o sobrenome Leonhardt, e pareceram surpresas, embora felizes, ao descobrirem que ele havia se tornado um pesquisador.
— Conseguimos coletar algum documento, como certidão de nascimento?
— Negativo, o orfanato, anos atrás, era apenas uma pequena casa onde as irmãs abrigavam crianças, porém isso não é mais um problema, confirmamos sua identidade através das irmãs Leonhardt, portanto podemos entregar sua túnica branca.
— Ainda assim... Alguém de origem humilde, conter tanto conhecimento.
— De fato, é algo extremamente raro, porém não seria a primeira vez que isso ocorreu. — Octavius lembrou-se de a mulher responsável por sua família ser tão influente agora. — Minha família era humilde também, porém minha avó, enquanto era apenas uma jovem, estudou como ninguém. Ela também recebeu a túnica branca após fazer a prova pela primeira vez.
Talvez fosse pelas semelhanças entre Dante e seu antepassado, porém, mesmo tendo conhecido aquele jovem a apenas alguns minutos atrás, já se sentia conectado a ele.
Octavius se dirigiu até a porta.
— Bom trabalho a ambos — disse pouco antes de sair.
***
Sariel aguardava na sala de espera junto dos outros novos pesquisadores.
Como de se esperar, ainda o observavam com cuidado. Provavelmente já teriam falado com ele, caso soubessem de sua origem, mas, como não sabiam, preferiam evitar falar nada além de “saudações” para não o ofender.
Apenas Frederic e Felix, que já interagiram com ele antes, se aproximaram com cautela.
— Bem, que surpresa, certo? Haha... — Felix disse de uma maneira desajeitada. — Não esperava que tu eras tão inteligente.
— Não há necessidade desse desconforto, podes falar normalmente como quando me conheceste — disse Sariel com um pequeno sorriso. — Me sentirei desconfortável se me tratares diferente agora.
— Mesmo que diga isso, é inegável que nossa percepção mudou um pouco — disse Frederic.
— Suponho que sim, haha!
Devido ao comportamento descontraído de Sariel, Frederic e Felix começaram a se soltar novamente, e até mesmo outros alunos se aproximaram e se apresentaram, dando início a uma conversa confortável.
— Atenção todos. — A voz de Octavius interrompeu a conversa imediatamente, atraindo a atenção para si. — Com grande prazer venho informar que todos, a partir de agora, são pesquisadores oficiais da Universidade de Acrópolis. Bem-vindos!
Aquelas palavras fizeram todos comemorarem, embora de maneira contida para não faltarem com respeito.
— Agora, os guiarei para o elevador, que simbolizará esse momento de subida ao sucesso em suas vidas.
Dito isso, Octavius guiou os alunos por outro corredor.
Chegaram em uma sala de vestuário, e lá cada um recebeu sua túnica.
Assim que se reuniram novamente, outros pesquisadores entregaram aos alunos uma espécie de dispositivo tecnológico portátil, cujas dimensões eram similares a um livro.
— Estes dispositivos são chamados “tablet”. Neles, poderá se comunicar com outros pesquisadores, ler centenas de livros e artigos publicados por outros cientistas, entre muitas outras coisas. Com o tempo, aprenderão a utilizar, mas, por hora, está na hora de ascender para a Universidade de Acrópolis.
Depois foram levados até uma grande área aberta semelhante a um parque, com várias plantas, árvores e flores cheirosas, fontes e lugares para se sentar.
No centro desse parque havia uma outra sala menor no formato de um domo, feito quase inteiramente de vidro.
Octavius os guiou para dentro da esfera, e Sariel se deparou com uma espécie de sala de espera. Havia cadeiras, alguns livros, plantas, comida e bebida.
Assim que o viajante pisou naquele domo, sentiu, abaixo do chão, várias pedras de Alteração.
Octavius se aproximou de uma tela que estava próximo da entrada, apertou alguns botões e se afastou.
Então, para a surpresa de todos, o domo se soltou do chão e começou a ascender lentamente.
— Uau! A visão daqui de cima é incrível! — suspirou Felix.
Sariel se aproximou do vidro e encarou o chão abaixo ficar cada vez mais distante, e os prédios cada vez menores.
O sol acabara de se pôr. Era possível ver, no horizonte, seus últimos raios banhando o céu de laranja, mas a Escola Preparatória de Acrópolis já estava com ainda mais luzes acesas para iluminar a escuridão.
Sariel, então, olhou para cima.
A parte invertida de Acrópolis, com suas torres levantando-se em direção ao chão, também tinha luzes acesas e se aproximava cada vez mais.
Mesmo durante a noite, a Universidade de Acrópolis tinha tantas luzes, que parecia ainda dia.
“Enquanto isso, a única área bem iluminada assim lá embaixo é a Escola Preparatória...” Sariel permaneceu boa parte do seu tempo observando a paisagem, o que era um longo tempo, já que o elevador subia devagar.
Passados alguns minutos, o elevador finalmente estava próximo de chegar.
— Não importa o quanto eu olhe, não posso deixar de sentir um pouco de vertigem. — Felix se aproximou com Frederic o ajudando. — Quão estranho deve ser olhar para cima e ver o chão?
— Não me diga que tens problemas com alturas? — perguntou Sariel.
— É... patético, não?
— Não sejas tão duro consigo mesmo, não és o único aqui, olhe ao redor. — Frederic tentou encorajar o amigo, apontando para alguns dos alunos que também tinham o rosto pálido. — Até mesmo eu me sinto estranho ao olhar para cima e ver construções invertidas. Não se sentes assim também, Doutor Dante?
— Bem, de fato não é uma visão que estou acostumado, contudo não me sinto diferente.
— Bem, algumas pessoas apenas são diferentes mesmo.
— Estamos chegando, preparem-se — avisou Octavius.
O domo continuou subindo lentamente, e já estava tão alto que passava ao lado de várias torres.
O local onde o elevador pararia era bem em uma praça agradável. Havia árvores, lâmpadas, plantas bioluminescentes que ofereciam iluminação natural, e até mesmo uma fonte, cuja água caia para cima.
Já podiam avistar as pessoas, que transitavam naturalmente pelas ruas brancas e bem cuidadas.
Agora que estavam tão perto, perceberam o quão absurdo era a engenharia daquele lugar. Mesmo que soubessem que aquilo só acontecia devido às pedras de Alteração abaixo do solo — ou melhor, acima — não havia como não se perguntar como foram capazes não só de construir, mas plantar árvores, erguer torres, “subir” escadas invertidas... Era um cenário que apenas poderia ser visto em Acrópolis.
— Por que há tantos pesquisadores nos esperando? — perguntou-se Felix.
— Com certeza por causa do Doutor Dante — respondeu Frederic. — Os rumores devem ter se espalhado rapidamente.
E de fato, assim que o elevador estava quase tocando o chão, podiam notar como os olhos de seus futuros colegas observavam Sariel com atenção.
Finalmente, o domo alcançou o “chão” e se encaixou em um buraco de mesmo tamanho e formato.
— Espera, ainda estamos normais... Ou melhor, invertidos? — Felix disse confuso. Cima e baixo haviam trocado de lugar, e isso exigia que ele pensasse duas vezes qual era a maneira “correta” de falar.
Octavius se aproximou do painel ao lado da porta e pressionou um botão na tela.
Em seguida, para a surpresa de todos, a esfera começou a girar lentamente, até que o que era o chão se tornou o teto, e o teto, chão.
Como as pedras de Alteração que estava no piso puxava tudo constantemente para a direção do próprio piso, nem mesmo sentiram a mudança da aceleração da gravidade, visto que, assim como todo o resto da área invertida de Acrópolis, haviam sido calibrados exatamente para recriar a gravidade do planeta.
— Ah... Não gostei muito disso... — Felix tapou a boca com a mão, sentindo-se ainda mais enjoado.
A porta se abriu, e Octavius foi o primeiro a sair, seguido de Sariel.
O viajante lançou um olhar para cima, avistando apenas a Escola Preparatória, já que não era possível ver o horizonte devido às torres e prédios ao redor.
“Estou aqui em uma missão, mas definitivamente preciso subir em uma dessas torres e ver como é a paisagem...” Perdido em pensamentos, esqueceu-se dos olhares dos outros pesquisadores, seus colegas temporários.
— Muito bem, antes que sejam dispensados, há um lugar que preciso levá-los, acompanhem-me. — Octavius, após dar um tempo aos novos pesquisadores apreciarem a vista, disse enquanto se virava e se afastava lentamente.
Sariel o seguiu, com alguns olhares o encarando com admiração e curiosidade conforme passava.
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