O Pior Herói Brasileira

Autor(a): Nunu


Volume 1

Capítulo 7: Álbum de Memórias

O ar estava seco, tornando difícil de respirar. Então, engoli minha própria saliva em resposta ao que ele tinha me dito. Não havia resposta. Apenas o barulho da lenha se destacava naquele cemitério de ruídos. Nenhum som se fazia presente ali.

O senhor com uma maestria sem igual, amassava o que parecia ser algumas ervas num prato feito de barro. Ele fazia isso de maneira tão perfeita que nada podia ser escutado — talvez devido ao som da lenha queimando — tornando aqueles segundos momentos de puro horror.

Era óbvio que eu estava na casa daquele velho, mas como? Sim, eu havia desmaiado em frente a sua casa, mas não tinha como ele me carregar para dentro. Ele era apenas um velhote. E mesmo que, por algum motivo, ele conseguisse... não entendia os motivos dele me ajudar. Claro, ele não deve ter percebido minha intenção em matá-lo; contudo, eu era apenas um desconhecido que porventura acabou desmaiando em frente de sua porta.

Tentando desviar minha atenção do velhote, olhei para o meu lado esquerdo e percebi que meu braço havia sido enfaixado. Não sabia quem era esse cara, mas ele era bom — parecia um trabalho de um profissional.

Satisfeito com o seu trabalho, até mesmo tentei movimentá-lo, porém foi uma decisão errônea de minha parte.

Ai...Ai...Ai...

— Não seja idiota, moleque! — Exclamou, parecia irritado com meu gesto infantil. — Se você não quer que isso piore, deixa essa merda de braço parado!

Ele não falou tão alto assim. Mas, sua resposta parece ter me deixado um pouco amedrontado, visto que minha respiração parou por meio segundo. Devido aquela resposta seca, eu apenas continuei o observando manejar com cuidado seu prato fundo de barro.

Quando o último respingo de temor se esvaiu de meu corpo, a raiva tomou o seu lugar: — Por que estou tão assustado com um velhote desses? — me perguntava. Mas, eu estava no território inimigo. E além disso, não é como se meu corpo estivesse nas melhores condições... Então, apenas decidi jogar o jogo dele.

— O que você está fazendo, velhote? — Indaguei, curioso.

— [...]

Sem resposta. Mas ainda sim, não ia desistir!

—......Eiiii! Velhote! Oiiiiiiii!

—...Grhh... Tsc...

Ele ainda não me respondia. Naquele segundo me lembrei que ele devia ser surdo. Não tinha opção! Tinha que falar ainda mais alto!

— EIIIIII! VELHOTEEEEEE! OIIIIIIIIII!

CALA A BOCA, PIRRALHO! — Gritou, irritado.

Hahahaha! Então você não é tão surdo afinal... — Provoquei, em resposta. — Mas, e então? O que você está fazendo?

Parecendo irritado com minha insistência. O velho homem colocou sua mão na testa, respirou fundo como que para aliviar seus sentimentos e disse:

— Você é cego, garoto? — Perguntou, com ironia em sua voz. — Estou macerando¹.

Hahaha! Não, o único cego aqui é você velhote! — Respondi, com tom de provocação.

Oh? Você tem coragem, garoto...

Por mais que suas palavras parecessem ter certo grau de irritação, isso com certeza, não transparecia em seu rosto. Ao contrário, penso que até mesmo consegui ver um pequeno sorriso formado no canto de sua boca.

O velhote falou sobre estar macerando. Eu tinha uma ideia do que ele estava fazendo, é basicamente o mesmo processo de fazer um chá, como o que Paul Golmar estava fazendo. No entanto, mesmo girando meu pescoço, não estava vendo bule algum naquela cabana. E eu duvido e muito que esse velhote, apenas me convidou para uma pacífica festa do chá.

Enquanto raciocinava sobre isso, o velhote parecia ter acabado. Com uma certa dificuldade, ele se levantou e colocou o prato em cima de uma escravinha do lado da cama em que eu estava. Ele abriu a primeira gaveta da escrivaninha e começou a tatear por algo. Aproveitando essa pequena brecha, com cuidado para não chamar a sua atenção, ( o que era estranho, visto que ele era cego ) olhei para o que havia no prato de barro. Tinha o Pilão, junto de uma pasta verde de aparência esquisita...

Ah! Encontrei!

Depois de finalmente encontrar o que precisava, o velho homem esticou seus braços enrugados pra cima. Assim, consegui notar em sua mão uma grande quantidade de faixas enroladas. Imediatamente, me lembrei do meu braço esquerdo... ele estava enfaixado. Não demorou para que eu compreendesse tudo.

Com uma colher de madeira, ele passou o — produto — nas faixas. Em seguida, ele se aproximou de mim e pediu para que eu levantasse os meus braços. Feito isso, ele com muito cuidado, começou a enrolar a faixa em meu ferimento na minha costela ferida. Era uma sensação esquisita, não diria ruim... mas diferente.

— Eu já sequei suas feridas... então acho que não vai ter nenhum problema...

Quando terminou de me enfaixar, com um pequeno adesivo ele completou o tratamento. Quando ele terminou, ele deu 2 dois tapinhas nas minhas costas. De primeira tive a impressão que ele fez isso pra se certificar que o adesivo não afrouxaria, mas, agora vejo que ele estava apenas tentando me fazer relaxar.

— Pronto, acabou. — disse, suspirando. — Os curativos devem ser trocados regularmente, então, se eu me esquecer... certifique de me lembrar amanhã...

— Você... é médico? — Indaguei, curioso.

Tive essa impressão pela sua calma ao cuidar de mim. Ele parecia ter certa experiência nisso, ou pelo menos, ele já tinha feito isso alguma vez em sua vida.

......Hehehe! É óbvio que não, Garoto. — Respondeu, dando um pequeno sorriso. — Se fosse um bom médico, você provavelmente não estaria sentindo dor alguma agora.

Depois de me responder, ele com muita calma se sentou na cama, perto dos meus pés. Ele parecia exausto, o que não era uma surpresa, já que ele era tão velho.

— Por que você me salvou?

— Por que está me fazendo essa pergunta? — Interrogou, com uma voz séria. — Por acaso, não devia salvá-lo?

— Eu sou um total desconhecido. Você não sabe quem eu sou, de onde eu vim, nem minha intenção — completei, tentando entender seus motivos — eu posso muito bem ser um assassino, ou um bandido.

— Você é um assassino? Ou um bandido?

— Não.

— Mesmo se fosse, eu ainda te salvaria.

Por alguma razão, a forma como ele falava me irritava. Ele agia como se fosse a personificação da bondade, o que era engraçado já que sua personalidade não se batia com seu modo de agir. Além disso, como um homem já na velhice, esperava uma resposta mais madura, ou pelo menos, uma atitude diferente de sua parte. É ÓBVIO que ninguém abrigaria um assassino ou bandido, quem dissesse o contrário, estaria sendo um grande hipócrita!

Ah, velhote! Pelo amor de Deus! — Esbravejei, com um pouco de raiva na voz. — Ninguém em plena consciência abriria a porta de sua casa para um assassino.

— Você está certo — disse, o velhote. — Mas, eu já estou senil! Hehehe!

Não vou mentir, aquela resposta me tirou um sorrisinho. Mas, o que realmente me surpreendeu foi o que ele disse em seguida.

—.....Além disso, eu sou um ex-herói! Posso ter ficado velho, mas não perdi minhas convicções! — Exclamou, com confiança.

Sabendo que ele era um antigo herói, algumas coisas começaram a fazer sentido. Não apenas as roupas que ele vestia, e as que estavam penduradas em seu armário ( que por algum motivo estava sem as portas ) mas sua habilidades em cuidar de alguém machucado, por exemplo. Talvez isso seja ensinado, ou algo do tipo.

— Então, você era um herói, velhote?

— Era não, SOU um Herói! — Berrou, babando tudo. — E velhote é sua vó, moleque! Eu ainda estou na flor da juventude! Hehehe!

— Mas foi VOCÊ que disse que era um ex-herói! — gritei, a plenos pulmões. — E por que você só ficou incomodado de eu te chamar de velho agora?!

Hã?! Eu disse isso?! — perguntou, com uma cara de sonso.

Aquele velho maluco já estava me dando nos nervos... ele era completamente insano. Ás vezes, não dava pra saber se ele estava realmente senil, ou não.

—...Haaa... — Soltei o ar dos meus pulmões tentando me acalmar um pouco. — Falando nisso... qual é o seu nome, velhote?

— Quê?????! Eu não vou dizer meu nome pra um pirralho!

Eu já estava quase pulando em cima dele, para esganá-lo. Mas, então, o velhote abriu a boca.

— Meu nome é Erich. Erich Lume.

Oh! É um nome bonito velhote. — Exclamei, ainda me recusando de usar seu nome.

— Óbvio que é! Foi minha querida mãe que me deu esse nome! — disse, Erich. — É uma das poucas coisas que luto pra não esquecer.

Quando ele disse isso, meu estômago revirou do avesso. Minha mente ficou vazia, e institivamente, meus olhos seguiram através do quarto.

Ele ainda não havia fechado a porta da frente — a porta de seu armário estava quebrado — em sua mão direita, o resto das faixas. Eu não teria notado, essas coisas se ele não tivesse dito aquilo. Eu sou bem observador, mas ainda sim, não teria notado.

— Velhote...

— Sim?

— A porta... da frente ainda está fechada...

Ah! É mesmo! — Exclamou, Erich. — Eu tinha me esquecido...

Ele, então, se levantou com alguma dificuldade e foi fechar a porta da frente.

— Velhote...

— Sim?

— As faixas em sua mão... você ainda não guardou...

Ah! Sim, é verdade.

Ele mais uma vez, se dirigiu em direção a escrivaninha. E então, guardou as faixas.

— Velhote.

— Diga.

— Por que o armário está quebrado?

Com um pouco de dificuldade, Erich virou seu pescoço em direção ao armário quebrado e disse:

Ah... hehehe! É mesmo... sempre me esqueço de consertá-lo... — Completou, com uma voz deprimida.

Não havia dúvidas. Erich estava perdendo a memória, ele estava realmente debilitado. Sua personalidade forte, não transparecia isso, mas ele estava sim doente.

Talvez naquele momento, eu devo ter externado tristeza em meu rosto. Erich, parecia ter notado.

—......Hehehe... não pense que eu sou um velhote acabado, garoto — disse, com um tom de voz ainda meio deprimido — já vivo assim há algum tempo, e estou aqui até hoje. Além disso, como eu já disse, existem coisas que eu não me permito esquecer.

Quando ele disse isso, o mesmo se pôs em direção a escrivaninha. Ele abriu a segunda e última gaveta da mesma, e de lá de dentro, tirou um grande livro de cor vermelha.

Erich, mais uma vez, se sentou na cama. Mas, diferente da última vez, ele se colocou mais perto de meu mim. Seu sorriso ao segurar aquele livro era genuíno...

Ele começou a folhear com muito cuidado. Foi então, que percebi que não era um livro, mas sim, um álbum. Nesse álbum, ás vezes algumas fotos em preto e branco. Havia principalmente, fotos de uma jovem muito bonita.

— Está vendo aqui? — Apontou pra uma das fotos. — Essa é Holly, minha querida esposa.

— Ela é muito bonita.

Hehehe! Não é?!

O cabelo de Holly era longo, com uma grande trança na ponta. Seu rosto esbanjava felicidade. Ela era a alegria em pessoa.

— Holly me deu algumas de suas fotos na juventude. Ela queria muito completar esse álbum com 100 fotos inesquecíveis.

No inicio das fotos, Holly ela estava em grande maioria das vezes sozinha. Contudo, com o passar das folhas do álbum, uma pessoa começou a aparecer nessas fotos.

— Esse é...

— Sim, sou eu.

Era um homem de semblante sério. Parecia rigoroso, mas justo. Ele usava uma roupa que aparentava ser de alguém importante.

Eh... digamos que você mudou bastante hein?!

Hehehe! Verdade, tô cada vez mais bonitão!

Normalmente, o ambiente era sempre o mesmo — nevado — então era provável que os dois fossem nativos de algum lugar frio. Tinha muitas fotos, parecidas: seja da Holly construindo um boneco de neve, seja da Holly pulando em cima de Erich, que não parecia muito contente com a situação. Erich parecia sempre ler, o que eu estava pensando.

— Eu havia a conhecido numa reunião entre nossas famílias. E depois de conhecer sua maneira louca e apaixonada de ser, decidi que seria melhor alguém cuidar dela.

— No inicio, eu enxergava as ações de Holly como erradas. — disse, Erich. — Ela era uma nobre como eu, mas vivia dizendo que queria fugir para longe, e viver uma vida plena, ter filhos e ser feliz com a pessoa que ela amava. Obviamente sempre a repreendia!

Hahaha! Ela com certeza, estava falando em fugir com você, como você não percebeu? — Provoquei, um pouco.

— O-Ora... Como eu iria perceber... — Erich, corou um pouco em resposta.

Eu ri um pouco da expressão de Erich. Ele parecia realmente envergonhado.

— Mas, com o tempo, eu fui percebendo... — disse, enquanto folheava o álbum. — Holly não desistiu de mim! Então até um lerdo como eu, começou a perceber...

Com o passar das páginas, mais fotos de Erich e Holly eram reveladas:  Fotos dos dois em frente em uma grande casa. Uma foto de uma guerra de bolinha de neve. Uma foto, onde os dois pescavam em meio a um lago gelado.

Aos poucos, o gélido e pálido rosto de Erich, deu lugar a um sorriso quente e acolhedor. Eles eram um lindo casal apaixonado. Logo, fotos que pareciam ser de um pequeno e recatado casamento embeleciam as páginas daquele álbum. Holly estava linda, e Erich parecia um tanto nervoso.

—...Você realmente é tímido, hein? — Indaguei, com um tom provocativo.

— Ca-Cale a boca! Aquele seria meu primeiro beijo, sabia?! — Disse Erich, com vermelhidão em seu rosto.

— Oque?! Você nunca havia a beijado, antes de seu casamento?!!

— Cla-Claro que não! Eu... tinha vergonha...

—.....Ah... eu realmente tenho pena da Holly...

Logo após o casamento, as fotos mudaram totalmente o ambiente. Eu conhecia esse lugar...

— Logo após o casamento tivemos uma briga feia com nossos parentes... não era nossa ideia inicial, mas acabamos nos mudando pra cá...

— Por que aqui? Não seria melhor uma vila ou uma cidade maior?

— Eu disse isso. Mas sempre foi o sonho de Holly morar em um lugar mais remoto como esse.

O álbum já estava chegando ao fim, havia algumas bonitas fotos de Holly e Erich, cuidando do jardim e construindo essa cabana.

— Aqui sempre teve bastante relva e árvores, mas por algum motivo, assim que Holly pisou os pés aqui, ela sabia que esse era o lugar perfeito.

Com o tempo, as fotos foram — diminuindo — Holly e Erich foram envelhecendo e em algum momento, Holly deixou de aparecer nas fotos.

Nesse momento, eu olhei para o rosto de Erich. Uma pequena lágrima saia de seus olho direito, mas seu sorriso não desaparecia. Por fim, as fotos do álbum, acabaram. Erich, então, o fechou com vontade.

— Ao todo são... 98 fotos...

— Faltam apenas mais 2... — disse, tentando motivá-lo.

— Sim. Mas não consigo pensar em como acabá-lo... — disse, com uma voz confusa e um tanto triste. — Pelo menos, eu tenho que terminar o jardim, e tirar uma foto dele.

— Acho que Holly ficaria feliz... — completei, com uma voz calma mas motivada.

— É... ficaria... — disse Erich, sorrindo em direção ao diário.

Depois de respirar um pouco, ele disse:

— O problema é a última foto... Holly queria que essa fosse a mais especial, a foto do amor consumado de nós dois. — Suspirou, se mantendo forte. — Ela queria que fosse a foto de nosso filho.

— É mesmo, ela sempre quis um filho não é?

— Sim. Ela queria muito um menino, em especifico. Ela dizia que rezava para que ele fosse igual a mim, para que ela o provocasse sempre... Hehehe!

Erich parecia feliz falando desse — filho — então surpreso e feliz com a mudança, decidi perguntá-lo.

— E onde ele está?

— [...]

— Ele... nunca veio...

— Como assim? — Disse, confuso.

— Holly... não podia dar a luz a filhos. Então, ele nunca veio... — Disse, com a voz trêmula.

Eu pisei na bola. Eu realmente não esperava por essa. Eu fiquei sem chão, nem conseguia expressar alguma desculpa, visto que minha voz não saía...

— Holly ficou muito abalada com essa notícia... Ela não acreditou no médico, quando o mesmo disse isso. E quando a ficha caiu... ela desabou...

— Eu... sinto muito...

—... Não sinta... Holly era uma mulher forte! Com o devido tempo, essa ferida foi cicatrizando — disse, com uma convicção inabalável. — Mesmo sem ter um filho, Holly foi verdadeiramente feliz. Sim, ela era muito mais forte que eu...

O que me impressionava era o quanto ele se lembrava dela. Mesmo tão debilitado, ele abriu aquele álbum e manuseava ele como se soubesse onde cada foto estava, mesmo sem enxergar. E mesmo com tantos anos, ele não se permitia esquecer de Holly.

—...Se me esquecesse de Holly... não sei se conseguiria viver...

— [...]

Quando ele disse isso, depois de um tempo ele deu um pequeno sorriso de satisfação. Então, ele se dirigiu até a porta da frente que agora estava fechada e ficou entre ela e a parede da casa. Logo, ele se virou pra mim, como se me quisesse contar uma última coisa.

— Garoto, qual é o seu nome? — Indagou, solene.

— Meu nome é Satoru. Satoru Iori.

— Hehehe! Que nome esquisito...

— Ei! Esse nome foi minha mãe que me deu!

— Hehehe! Bem, Iori...

Ele era um velhote estranho e engraçado. Com o tempo fui me simpatizando com ele.

—...Como eu já disse, existem coisas que eu não me permito esquecer: Minha mãe, Holly, nossas memórias...

— Sim...

—...Mas como um herói, eu não me permitiria esquecer disso também...

O velho homem estendeu suas mãos, com as palmas viradas para cima, como se quisesse que prestasse atenção nela. Assim que fiz isso, um arrepio correu pela minha espinha. Eu não entendia bem, mas... era como um formigamento intenso tivesse tomado conta de meu corpo, se estendendo dos ossos a carne.

Uma intensa luz branca brilhou na palma de Erich. Quanto mais ele se concentrava, mais o brilho se tornava forte. Era como se um grande acúmulo de energia estivesse tomado conta de suas mãos. Aquela sensação fazia meu corpo ressoar em resposta. Era tão intenso...

Iori, você gostaria de se tornar meu discípulo?

Hã?!

 

¹Amassar ou triturar algo, a fim de extrair-lhe o suco

 

 

 

 

 

Notas do Autor: Todas as Ilustrações dessa novel são feitas por IA. Comentem e façam teorias, leio e respondo todos os comentários

 

 



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