O Nefilim Primordial Brasileira

Autor(a): Ghoustter


Volume 2 – Arco 6

Capítulo 142: Meu Desejo Pecaminoso

 

❂CONTEÚDO ERÓTICO NO CAPÍTULO❂


"O que rolou enquanto ela esteve fora, afinal?" Caminhando devagar, Raizel se aproximou da entrada de seu quarto e ali parou. "Ela não sai daí desde que chegou".

Meia dúzia de palavras foi tudo o que Petra falou antes de se enfurnar no quarto, como se fosse um urso hibernando em sua caverna; a questão era que aquela caverna também pertencia a outro dono.

"Vejamos o que tanto te perturba, senhorita." Quando moveu a maçaneta, pôde perceber um abrupto suspiro de susto proveniente de sua parceira. Nem precisava terminar de abrir a porta, já dava pra sentir o nervosismo de longe.

Entrou, e o que ele viu o deixou sem reação por um breve instante: o ambiente se encontrava parcialmente escuro; uma das poucas fontes de iluminação era o brilho da lua que passava pela janela, onde Petra estava de pé.

As mãos unidas em frente ao corpo alcançavam a altura do fim do seu par de meias ⅞ pretas, as quais cobriam boa parte de suas coxas e contrastavam com a camisa social branca.

"É minha…" Dado o tamanho demasiado grande para o pequeno corpo da garota, era notável que a camisa que cobria a pele dela pertencia a Raizel; e, ao saber disso, uma sensação estranha brotou dentro dele. "Meu caralho".

— Oi, Rai — disse, ainda meio tímida e insegura; o olhar baixo e virado para o lado, junto à inquietação em seus dedos, denunciava suas intenções. — Er, bem…

Suas palavras foram roubadas quando, em uma aproximação repentina, a mão de Raizel segurou seu queixo e virou seu rosto em direção ao dele.

A forma com que seu parceiro a encarava — olhos cobiçosos em luxúria, lábios entreabertos, sempre cheios de desejo — deixaram-na hipnotizada.

— Me provocar assim é golpe baixo. — Aproximou sua boca, ficando a um ínfimo espaço de tocar na dela. — Meu desejo pecaminoso, Petra Lavour.

Pela aproximação incompleta de seus lábios, ela sabia que a resposta que seu parceiro esperava ia além de um simples "sim"; um beijo ali significava assumir o risco de encarar um incontrolável Fruto da Luxúria.

E ela o beijou.

Seus lábios em união completavam um ao outro e ligavam seus corações. Porém, foi quando Raizel apertou sua cintura e a puxou para mais perto que Petra recepcionou a língua dele em sua boca.

Em uma valsa ao ritmo de batimentos cardíacos acelerados, línguas dançavam, salivas se misturavam de modo que seria impossível diferenciá-las: eram uma só.

Mesmo quando começaram a se afastar, um insistente fio de saliva continuou a ligar seus lábios por um instante, como se encerrar aquele momento — mesmo que por um breve segundo — fosse uma transgressão grave.

— Tá determinada. — O nervosismo e a insegurança ainda se encontravam presentes, mas, daquela vez, acompanhados por uma certa força de vontade. — Mas até onde você consegue ir?

Guiando-a pela cintura, deixou-a de costas para ele, onde — enquanto acariciava o pescoço da garota com alguns beijinhos malandros — sua mão direita desabotoava os botões superiores da camisa social.

Enaltecidos pelo brilho lunar e o estigma da Chave de Goétia entre eles, os seios vistosos de Petra — agora expostos — se tornaram um alvo fácil para os estímulos cheios de lascívia dos dedos de Raizel.

— Sem sutiã, é? — provocou-a com uma mordidinha no lóbulo da orelha. — Esperava tirá-lo com meus dentes.

Huh?

Imaginava como seu parceiro a deitaria de bruços sobre a cama e, por cima dela, a beijaria e morderia suas costas, antes de finalmente despi-la por completo. Agora, arrependia-se por ter tirado o sutiã antes.

— Eu vou usar na próxima — arfou quando a outra mão de Raizel alcançou seu queixou e inclinou sua cabeça para trás; então o chupão no pescoço veio, inevitável, acompanhado de uma onda de estímulos em seu mamilo esquerdo. — Uh…

— Temo que não conseguirei parar se formos além disso. — Foi então que Petra vislumbrou as pupilas do nefilim assumirem o formato de fendas, os olhos predatórios do Fruto da Luxúria. — Mesmo que você me peça e implore até ficar sem voz, pode ser que eu não pare de te foder, então…

Se havia uma hora para recuar, era aquela.

Mas, como ela poderia parar por ali, justo quando os dedos sacanas circundavam sua boca e deformavam seus lábios como se quisessem entrar para que ela os chupasse como se fossem o pau dele?

— E seu eu… não pedir pra parar?

— Garota, você não faz ideia de como é grande… — Corpos colados, Petra sentiu o volume e a rigidez de algo crescendo e apertando ela por trás. — O meu tesão por você.

A mente dela, enevoada pelo desejo, também ansiava por ser preenchida pelo prazer, por ser preenchida por Raizel.

Só a calcinha que começava a umedecer de excitação realmente a impedia de ficar completamente acessível ao parceiro.

— Eu quero. — Se jogar naquele oceano de perversão, mesmo que significasse ser puxada até o fundo com o peso da luxúria amarrado aos seus pés. — Eu quero você pra mim. Eu quero você em mim.

Foi então que, quase que de imediato, a mão que estimulava seus mamilos avançou para baixo e estourou todos os botões da camisa que Petra havia pegado de seu parceiro.

De uma forma tão abrupta quanto a que devastou a camisa, Raizel virou sua parceira de volta para ele e — com uma pegada firme — puxou-a para cima enquanto os botões quicavam no chão.

As pernas de Petra se fecharam ao redor da cintura dele, assim como os braços que envolveram o pescoço do nefilim; ali, ele literalmente deixou-a sem chão.

Em meio a um beijo intenso e quente, Raizel caminhou até o pé da cama que ambos dividiam todas as noites e — logo depois de separar sua boca da dela — jogou a moça sobre o colchão macio.

Mordeu os lábios molhados pela saliva de dela enquanto a via se afastar para o fundo da cama, liberando espaço para que ele a perseguisse, e continuassem o beijo e as mordidas nos lábios.

"Eu não vou fugir… não dessa vez." Abraçou as costas largas do namorado com intensidade e tirou uma casquinha daquela estrutura muscular perfeitamente trabalhada; soltou-o apenas na hora de ofegar pela falta de ar em seus pulmões. — Diferente de você… eu preciso… respirar… Rai.

Isso o levou deslizar as carícias labiais pelo corpo dela, depositando um beijo no pescoço, um no estigma entre os seios e o último no umbigo; tudo para que subisse de novo, enquanto traçava um rastro de saliva com a língua, o que a deixou arrepiada.

Um sorriso sádico e perverso surgiu no rosto nefilim luxurioso, e quando Petra compreendeu a intenção por trás daquelas expressões, já era tarde.

Amarras surgiram em seus pulsos e — ao puxarem seus braços para cima — prenderam-na na cama, sem qualquer rota de fuga à disposição.

— Espe… — Tentou argumentar enquanto uma venda preta se formava em seu rosto e tapava sua visão, emergindo-a em um mar de escuridão e ansiedade. — Rai… — mussitou, manhosa.

Teve a ousadia de colocá-la naquela posição, e sem aviso prévio ainda por cima; porém, o que mais a tinha deixado encabulada foi uma bala branca que Raizel criou e colocou na própria boca, antes de vendar os olhos dela.

— Você já tá grandinha pra ter medo do escuro… senhorita. — Ao contrário do habitual tom carinhoso e respeitoso, aquele "senhorita" soou muito mais safado e provocante. — Garota medrosa.

"Me-Medrosa?" Nervosa, ansiosa e temerosa.

Sentiu a movimentação de Raizel, que saiu de cima dela para ficar ao seu lado, foi então que Petra quase fechou as pernas ao receber o toque de uma das mãos dele sobre sua calcinha levemente úmida.

Sua respiração irregular ficou pesada, e a frequência cardíaca foi elevada até às alturas. A dita venda poderia diminuir o senso de vergonha, mas aumentava muito a ansiedade e a incerteza do que estava por vir.

O nefilim brincou um pouco provocando-a sobre a calcinha, deixando-a nervosa e cada vez mais inquieta. Petra podia não enxergar, mas dava para imaginar as expressões faciais daquele safado enquanto ele se divertia ao deixá-la assim.

Porém, toda brincadeira em algum momento acaba; e quando a mão de Raizel foi por baixo da calcinha, aquela chegou ao fim.

Ao ter seus dedos besuntados pelo tesão da moça, não pôde deixar de soprar algumas palavras rente ao ouvido dela:

— Tão molhadinha. — De bochechas coradas, Petra soltou um gemido manhoso seguido do espasmo mais erótico e seduzente que Raizel já viu. — Que reação mais indecente.

E de que outra forma ela poderia ter reagido à provocação dele? No instante em que Petra abriu a boca para falar, a intimidade dela foi penetrada e apertada por dois dedos.

Raizel foi rápido em deixá-la sem palavras, ou melhor, em substituir seu argumento por um gemido falho e involuntário.

Os dedos indicador e mínimo causavam estímulos íntimos por fora; e os do meio rondavam e apertavam em busca de um orgasmo delirante, por dentro.

"Era verdade, era verdade." Ofegou e, assim que abriu a boca, a língua de Raizel entrou nela. Naquele ritmo, ele a deixaria sem fôlego mais uma vez. "São habilidosos mesmo".

Como Luminas tinha dito mais cedo, os dedos daquele nefilim não deveriam ser bons apenas no dedilhar de um piano; e Petra estava provando isso em primeira mão.

Os dedos de Raizel eram mais grossos e longos do que os dela; alcançavam uma profundidade que jamais tinha sido atingida pelos seus dedinhos. Aquilo estava muito melhor do que nas vezes em que tinha feito sozinha, pensando nele. 

"Eu vou… Eu vou…!" As pernas de Petra, que Raizel tinha deixado de prender com as amarras, queriam se fechar em puro êxtase, e o corpo dela começou a se contorcer, prestes a alcançar um clímax. — Ah…

Nops. — Enfático em sua afirmação, retirou os dedos molhados, deslizando-os por cima do clitóris sensível dela. — Você tem duas opções, então escute bem.

Falar era fácil. Só quando as batidas frenéticas do coração dela começaram a baixar que Petra conseguiu focar nas palavras dele; até mesmo demorou a perceber que o último beijo tinha deixado um frescor inédito para trás.

— Um orgasmo longo e prolongado ou gozar várias vezes até não aguentar mais, escolha. — Foi aí que o "crack" de uma bala sendo quebrada pelos dentes do nefilim ecoou pelo silêncio do quarto. — Vejo que a noite vai ser longa.

Hã? — Distraída por constatar que o frescor em sua boca tinha origem na bala que Raizel mastigou e engoliu, esqueceu de dar sua resposta. — Ma-Mas eu nem escolhi nada.

Podia jurar que escutou o parceiro soltar um riso baixo, o que logo se perdeu em sua mente ao passo que as mãos dele puxavam sua calcinha — pesada pelos fluídos vaginais — e jogavam-na para o lado.

— Como seu parceiro e namorado, eu escolhi por você — disse enquanto ficava entre as pernas dela, dessa vez sem nada que lhe impedisse o acesso. — Confie em mim, você não vai se arrepender.

Era difícil definir o que estava mais intenso naquele momento: o brilho escarlate dos olhos do Fruto da Luxúria de Raizel ou as batidas malucas do coração da garota.

Ficar toda exposta enquanto estava com os braços amarrados era mais do que embaraçoso. Pelo menos, daquela vez, a venda estava ajudando; ela jamais conseguiria encarar os olhos de Raizel naquela situação.

— Você também é linda aqui embaixo, Petra. — Ficou feliz, mas envergonhada.

Embaixo também soou a voz dele, e, diferente do que a moça esperava receber — uma penetração — o que ela ganhou foi o toque úmido de uma língua que a percorreu toda a sua boceta.

— O seu sabor. — Petra virou o rosto constrangido para o lado, esperando o veredito, embora já esperasse que o gosto estaria longe de ser bom. — Realmente uma delícia.

Suas palavras não eram brincadeira. Fosse lábios, língua ou o frescor da bala que havia mastigado, ele usou tudo enquanto a chupava deliciosamente, fazendo a garota morder o lábio inferior em êxtase; uma sensação nova — deliciosa e nova.

Pôde não ter recebido a penetração que tinha imaginado, mas a língua que se afundou de forma superficial nela se mostrava como um excelente aperitivo, bom o bastante para que ela se contorcesse mais e mais.

Aquilo era uma loucura pura; conforme o tempo avançava, a vontade de se livrar das amarras para agarrar a nuca de Raizel — envolver os fios de cabelo dele entre seus dedos — e segurá-lo ali para todo o sempre, só aumentava.

Uhh… Ahh… — Sons baixos e eróticos saíam de sua boca de forma involuntária. Mais daquilo, e tudo o que ela conseguiria fazer seria ofegar, arfar e gemer.

A forma com que ele brincava com seu clitóris deixava a pequena pérola sempre mais excitada e sensível ao toque: ora mordiscava com delicadeza, ora sugava com vontade e fome, como se apenas ela fosse capaz de saciá-lo.

E foi em uma dessas sugadas que os dedos do nefilim entraram nela de novo e se juntaram à festa de seu delírio sexual — delírio que se via em seus espasmos frequentes.

Segurar por muito mais tempo seria simplesmente impossível. Naquele ritmo enlouquecedor e frenético, era apenas questão de tempo até que…

— Rai… eu…

Sua intimidade logo se contraiu e espremeu os dedos de Raizel lá dentro. Todo o seu corpo se contorceu contra sua vontade; as pernas, fechando-se, apertaram os ombros do parceiro.

— Deixe vir.

E veio — acompanhado por gemidos fora de controle — o orgasmo mais intenso e devastador que ela já havia alcançado, um tsunami de prazer que inundou seu corpo desde sua boceta até às pontas dos dedos.

Não existiam palavras que pudessem descrever o momento — o seu momento. Seria divino? Mágico? Intenso? Especial? Arrebatador… Sim, aquilo foi um prazer de outro mundo.

— Boa menina. — Desfez a venda dos olhos da garota apenas para que, com suas expressões extasiadas, Petra o visse lamber os dedos besuntados pelo orgasmo dela. — Vamos. Faça de novo.

Mas, da próxima vez, não era os dedos que ele queria que fossem apertados e espremidos dentro da boceta dela.



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