O Mundo de Sombras e Ratos Brasileira

Autor(a): E. H. Antunes


Volume 1 – Arco 4

Capítulo 36.4: Gurok*

LEIA COM ATENÇÃO:

Caro leitor,

Este é um capítulo especial e opcional. Não é necessário lê-lo para seguir a história principal. Esses capítulos extras têm como objetivo aprofundar determinados temas, como personagens, grupos ou eventos, e em alguns casos, exploram histórias que não são cruciais para a trama central.

Gostaria de destacar que os capítulos extras podem ser mais extensos do que o usual. Em vez de dividir o conteúdo em vários capítulos, optei por reunir tudo em um único.

Neste capítulo, (Capítulo 36*), você verá os últimos acontecimentos em Eldoria e a história de Gurok.

  • A Cidade Livre Eldoria
  • Justiça do Mais Forte
  • O Governador
  • Gurok
  • Infelix
  • Correntes

4 - Gurok

Gurok e Infelix cresceram e foram criados como igual sobre a tutela de Justis. Apesar de Gurok ser um orc e adotado, seu pai ainda o via como seu filho, não o descriminando de seu primogênito.

Apesar de exigir que ambos se respeitassem, Infelix não conseguia aceitar ter Gurok como irmão, sentindo nojo da cor da sua pele e seus dentes pontiagudos. Por isso, na frente de Justis, ele fazia um pequeno teatro, respeitando seu irmão, mas quando ele não estava vendo, Infelix fazia questão de fazer as piores brincadeiras e pegadinhas apenas por diversão.

Um dia, Justis viu o que Infelix fazia e ao invés de discipliná-lo, ele puniu Gurok por não se defender. Desde cedo, seus filhos eram ensinados sobre sua filosofia, onde o mais forte tinha o direito de exigir e mandar no mais fraco; no caso de Infelix, ele estava utilizando de sua autoridade contra Gurok.

E Justis explicou para seu filho adotivo, que se quisesse que as agressões parassem, ele deveria se tornar mais forte e conseguir seu respeito por conta próprio. Pois em todo lugar do mundo, todos estaremos sozinhos.

Quando os dois atingiram um bom desenvolvimento corporal, Justis começou a treiná-los na arte da forja. Ambos recebiam lições e tarefas para fazer, criando os mais diferentes e variados equipamentos e armamentos.

Infelix era perfeito nesse trabalho, desde muito cedo já atingira uma maestria que seu pai demorou décadas pra alcançar. Isso apenas deixava mais discrepante a inferioridade de Gurok.

Gurok não era um ferreiro ruim, mas estava longe de ser bom.  A maioria dos seus trabalhos eram medíocres, demorando mais do triplo do tempo para finalizar suas tarefas.

Como punição por seu trabalho, Gurok recebia tapas de seu pai, e em casos extremos, ele queimava seus punhos. Todo seu corpo vivia marcado pelos seus hematomas, apenas uma lembrança de sua falha.

Mesmo assim, Gurok amava seu pai, vendo-o como um homem bom.

Quando os materiais acabaram, Justis decidiu levar seus filhos para ir com ele à cidade.

Durante o pequeno passeio, Justis voltava a explicar parte de sua filosofia.

— Todas essas pessoas, fracas e indefesas, são minha responsabilidade. Eu preciso protegê-las caso algum conflito aconteça.

Gurok, conseguindo ver o estado de miséria, questionou essa visão.

— Mas... Elas estão morrendo de fome. Você não fará sobre isso?

— Gurok, Gurok... — dizia Infelix, com desaprovação. — É claro que o estado delas é lamentável, mas nosso pai não tem a obrigação de fazer tudo por elas!

— O que quer dizer? — perguntou Gurok.

— Aqui vai um exemplo — Infelix chutou as pernas de seu irmão, fazendo-o cair. — Agora que você está no chão, acha que é minha obrigação levantá-lo quando você consegue se levantar sozinho?

Gurok encarou seu pai que não fizera nada para evitar aquilo.

— Não — respondeu Gurok —, mas você é o culpado por ter me derrubado mesmo assim...

Justis se virou, ignorando o comentário.

Quando estava retornado para torre, após comprarem os materiais necessários, uma jovem atirou uma pedra contra Gurok, causando-lhe uma ferida acima da sua sobrancelha esquerda.

Ao ver seu filho sangrar, Justis se enfureceu. Largando todos os matérias, ele pegou a garota pelo pescoço, pronto para executá-la na frente de todos.

— PAI, PARA! — pediu Gurok.

Justis parou seu punho um pouco antes de acertar o abdômen da menina.

— O que foi, filho? — perguntou Justis, confuso.

— Ela feriu a mim, é meu direito fazer o que eu quiser com ela...

Justis se impressionou que Gurok já estava entendendo como sua visão de mundo funcionava. Ele deixou a garota de joelhos, esperando que seu filho a executasse com as próprias mãos.

— Não, pai. Eu não quero que ela morra. Quero que ela sirva a mim, como compensação.

Justis encarou seu filho com desaprovação, mas consentiu.

— Está bem, embora eu não concorde, é direito seu fazer o que quiser. Contudo, você será responsável por alimentá-la e cuidar dela — disse Justis, se preparando para partir. — E caso ela nos cause problemas, permitirei que Infelix mate-a.

***

Voltando para a torre, Justis pediu a ajuda de Gurok para preparar o próximo treinamento, enquanto Infelix mostrava o restante da torre.

Assustada, a garota permaneceu em silêncio.

— Vai ficar quieta? — perguntou Infelix. — Boa escolha. Meu pai disse que posso matá-la se você “causar problema”, e acredito que sua voz seja muito problemática... Então faremos assim: se eu ao menos sentir que você está existindo nesta torre, eu te mato. Eu não quero ouvir sua voz, seus passos, ou sequer sua respiração. Estamos entendidos?

A garota arregalou seus olhos em espanto, deixando que Infelix soltasse um sorriso de satisfação. A menino ficou o tempo inteiro trancada no quarto de Gurok, enquanto os garotos terminavam seus treinamentos.

Ao chegar da noite, Gurok pôde finalmente conversar com a garota.

— Desculpe pela situação que eu te meti, mas foi a única maneira de salvar você — disse Gurok, fechando a porta. — Mas acho que você não precisava ter atirado uma pedra em mim! Ainda sinto a ferida arder...

A garota permaneceu em silêncio, sentada ao chão.

— Ah, sim. Eu esqueci de preparar a sua cama! Nesse caso, pode dormir na minha... Eu me acostumei a dormir no chão mesmo...

A garota continuou em silêncio.

— Olha, eu já entendi que você não gosta da gente, mas não custa nada você falar comigo. Eu vou dividir minhas porções com você e posso até ir na cidade comprar mais se necessário.

A garota se levantou e deitou na cama, sem dizer nenhuma palavra.

— Boa noite, eu acho...

Espiando de um pequeno buraco, estava Infelix, satisfeito com a situação.

***

Depois de alguns dias, incomodo pelo silêncio de sua companheira de quarto, Gurok tentou conversar com seu pai após seu treinamento diário.

— Pai, tem um minuto? 

— O que foi, filho? A punição foi muito dura hoje? — perguntou Justis, colocando um pano na queimadura dos punhos de Gurok.

— Não, já não sinto tanta dor como antes — respondeu Gurok, mostrando que seus punhos começaram a se acinzentar e enrijecer igual aos de seu pai. — É sobre a garota...

— Filho, se você não tinha condições de cuidar dela, não deveria ter trazido ela.

— Você sabe Signês? Ela não conversa desde que chegou, deve ter imaginado que nós faríamos algum mal a ela ou coisa parecida...

— Que absurdo! Não somos animais a esse ponto!

Justis, apesar de sua filosofia singular, não era nenhum tirano. Acreditava fielmente que era um protetor justo. Ele não queria a graça, amor ou simpatia de seu povo, apenas seu respeito e servidão em troca de proteção.

— Então, você sabe Signês? Pode me ensinar?

— Olha, eu sei e até posso te ensinar, mas não irei interromper seus treinos para isso! Terá que tirar algumas horas de seu sono se quiser aprender!

Mesmo pensativo, Gurok aceitou.

Infelix recusava-se a conversar com Gurok, por não querer nutrir nenhum laço com o mesmo. O pequeno orc conversava apenas com seu pai, mas suas conversas eram apenas sobre disciplina, treinamento e sua própria filosofia. Gurok queria conversar com a garota, só para que fosse mais uma companhia.

A garota não fazia muita coisa, apenas comia e dormia. Passava a maior parte do seu tempo tomando cuidado para não incomodar Infelix; nas poucas vezes que levantava, o próprio Infelix tentava a derrubar para que causasse algum barulho incômodo.

Gurok começou a dedicar duas horas da sua noite para aprender Signês, e então finalmente tentou conversar com a garota.

Quando amanheceu, a garota despertou com o orc de pé ao seu lado.

Gurok fez uma apresentação formal e pediu para que a garota se apresentasse, caso quisesse.

Espantada, a garota perguntou como ele aprendeu Signês.

Gurok respondeu que aprendera com seu pai nas últimas noites.

Curiosa e interessada, a garota perguntou o motivo.

Gurok, um pouco sem jeito, explicou que queria conversa com ela.

Envergonhada, a garota finalmente percebeu que Gurok não era como Infelix. Talvez o orc realmente quisesse apenas o seu bem, e até ser seu amigo. Porém, o fato de ser filho de Justis atrapalhava tal percepção, fazendo com que ela cogitasse parar de conversar mesmo em Signês.

Percebendo que algo incomodava a garota, Gurok perguntou o que ele poderia fazer para ele ter sua confiança.

A garota pediu para que ele apenas ouvisse sua história e que acreditasse nela.

Ela, detalhadamente, contou sobre tudo que Justis fez com Quasimir, e como os dois mudaram as leis de Eldoria. Antes deles, não existiam apenas nobres e pobres, a maior parte da população vivia entre eles, os Medianos.

Os Medianos sempre existiam, e ainda existem, mas nunca foram necessários serem denominados ou citados pois eram vistos como normais. Mesmo que sempre fossem a maioria da população, nunca tiveram nenhuma vantagem como os nobres, como o direito de votar ou exigir mudanças do governo, e nem tinham os problemas dos pobres.

No geral, era a população mais esquecida de todas,

No entanto, caso a situação fosse muito desagradável, eles tinham a força das massas para forçar uma mudança. Afinal, também eram os trabalhadores e responsáveis por deixar qualquer cidade funcionando.

Antes mesmo do governo de Quasimir existir, os governos anteriores já estavam fazendo o processo de extinguir os medianos, tornando todos eles pobres. Mas foi com Quasimir que esse plano foi concluído.

Mesmo que tentassem, agora, eles não tinham mais a força nem a determinação para isso.

Quando Gurok ouvi tal história, tentou contra-argumentar, dizendo que as pessoas que não tinham o interesse de lutar por suas vidas. A garota rebateu o argumento, lembrando de quando jogou a pedra em Gurok e quase fora morta por Justis, explicando que qualquer forma de rebeldia era rapidamente punida com a morte.

Gurok ainda não estava convencido, por isso a garota resolveu contar uma história um pouco mais recente.

Ela contou sobre o sequestro e violentação da mãe de Infelix, dizendo que a cidade toda conseguia escutar os gritos da mulher quando era de noite, e incluindo até mesmo seu suicídio.

Gurok ficou horrorizado, querendo desistir da conversa, até a garota contar um fato crucial. Aquela mulher era sua mãe.

A garota era meia irmã de Gurok e Infelix, ela ainda era uma recém-nascida quando sua mãe fora levada. Seu pai que contara toda a história, mas apenas depois dela tanto insistir. 

Por essa razão que ela os atacou.

Gurok ajoelhou-se para a garota, e prometeu que não era igual seu pai, não importasse o quanto o amasse. A garota olhou nos fundos dos olhos do orc, percebendo que ele dizia a verdade, e só então disse seu verdadeiro nome: Lois.

***

Nos dias seguintes, Gurok ficou mais determinado em seu treinamento. Ele sabia que seu pai queria que um de seus filhos herdasse seu título, mas seria aquele que se saísse melhor em seu teste final, quando completassem 18 anos.

Gurok entendia que Infelix era uma pessoa tão ruim quanto seu pai, e que vencer tal teste era a única maneira de conseguir restaurar Eldoria.

Mesmo com muito esforço, Infelix parecia ser inalcançável, por isso, começou a treinar durante a noite, retirando boas horas de sono para isso. Sentindo a falta de Gurok para dormir, Lois começou a apoiá-lo em seu treinamento noturno, fazendo com que sua simples companhia fosse seu incentivo.

Justis, vigia seu filho todas as noites, orgulhoso pelo seu progresso, mesmo que fosse pelos motivos que ele não julgasse como correto.

Certa noite, quando Gurok e Lois iriam dormir, Justis apareceu e pediu para conversar a sós com Lois. Gurok sabia que seu pai não faria nada, por isso não se importou.

Na forja, Justis resolveu se revelar.

— Eu sei de tudo. Todas as histórias que contou ao meu filho.

Lois tentou se explicar, mas Justis a cortou.

— Fale comigo com sua própria voz, Infelix não fará nada contigo.

— Certo... — a voz de Lois ainda estava um pouco fraca, mas algo chamou a atenção de Justis.

— Ah, sim... Realmente você é filha dela. Não só seus olhos são parecidos, mas sua voz também.

— Não fale dela! 

— Por que você se importa tanto? — perguntou Justis. — Ela não criou você, nunca esteve presente durante o tempo em que você foi consciente...

— Você a tirou de mim!

— Seu pai que não fora forte o suficiente para me impedir. Deveria começar a culpá-lo.

— Meu pai era um homem bom e honesto! Ele dava duro para conseguir trazer alimento para nossa família! Acha mesmo que ele teria tempo para enfrentar um monstro como você?

— Todos deveriam se preparar para infortúnios. Mesmo que não veja isso agora, um dia perceberá que minhas leis são perfeitas...

— Você está matando essa cidade!

— E ELES ESTÃO DEIXANDO! Não consegue ver? São gado! Todos eles! — disse Justis, derrubando suas ferramentas. — Ficarão tão acomodados com a “cidade dourada” que acreditam que qualquer situação em que estejam é agradável... Incontáveis Governadores e Juízes estiveram sugando e maltratando eles, a diferença é que eu fui o único que não escondi minhas intenções...

Justis sentou-se à beirada de sua torre.

Lois poderia chutá-lo, talvez conseguisse fazê-lo cair e vingar sua mãe e sua família, mas precisava de respostas mais do que sua própria vingança.

— Então, se você se importa... Se realmente se importa... Por que fez tudo isso? — perguntou Lois.

— Eu pensava que... se forçasse as coisas um pouquinho mais, se acelerasse as coisas para eles verem que vim teriam, talvez, eles pudessem ter forças para lutar contra. Mas... se nem isso adiantou, não sei mais o que fazer...

— Por que está me contando isso?

— Amanhã será o aniversário de 15 anos dos meus filhos, e também o teste final.

— O que?! Não era para ser quando fizessem 18 anos?

— Sim, mas eu estou cansado... Se Infelix assumir, ele fará coisas bem piores do que eu. Se Gurok vencer, tentará restaurar Eldoria ao seu auge, mesmo que ele nunca tenha visto de fato... Seja como for, eu cansei de esperar.

— Você não pode fazer isso! Passou anos esperando que seu povo tomasse uma atitude, e agora vai desistir?

— Passei anos vendo meu povo cavar sua própria cova. Agora eu quero ser um pouco egoísta e deixar que outra pessoa fique em meu lugar...

Justis começou a preparar o teste final.

Lois, depois de ouvir a versão de Justis, começou a entender que o mundo não era tão branco e preto. Justis não era nenhum santo, mas não era um demônio como acreditava.

***

Na manhã seguinte, tanto Gurok quanto Infelix foram pegos de surpresa com o desafio final.

Eles precisariam fazer 1000 espadas, com uma quantidade específica de materiais. Eles estavam livres para fazer as espadas da maneira que quisessem, mas elas precisavam ser idênticas e não poderia faltar material, apenas sobrar.

Possuíam uma semana para cumprir o teste e estavam livres para fazer quantas pausas quisessem.

Infelix seguiu seu dia como de costume, acordando e dormindo tarde, e fazendo pausas longas. Em 3 dias ele completara o desafio com todas as espadas lindas e brilhosas. Além de ter utilizado apenas metade de seus materiais.

Gurok dormia apenas 3 horas por noite e pausava apenas para se alimentar. Utilizava seus próprios punhos para deformar e refinar seus matérias até que estivesse da maneira que ele achasse apropriado.

E no final do sétimo dia, faltando apenas poucos minutos para encerrar seu tempo, Gurok finalizou seu trabalho, com quase todas as espadas comuns, para sua última espada havia faltada um pouco de material e ela ficara incompleta.

Já sabendo que havia sido vitorioso, Infelix esperou pela parabenização de seu pai.

— Começarei a avaliação — disse Justis, pegando ambas as espadas.

Justis esticou seus dedos, fazendo com que sua mão fingisse ser uma lâmina, então golpeou as espadas ao mesmo tempo.

— CINQUENTA QUILOS! 

A espada de Gurok se quebrou.

Uma espada comum daquele tipo deveria aguentar em torno de 200 a 300 quilos, o suficiente para suportar o golpe de outra espada semelhante.

Infelix sorriu, satisfeito em ver que seu irmão seria humilhado mil vezes.

— Um a zero — disse Justis, jogando a espada vencedora aos pés de Infeliz.

Justis pegou a penúltima espada e golpeou novamente, ambas espadas haviam suportado, então ele aumentou para uma força de 100 quilos.

A espada de Infelix se quebrou.

— Um a um.

Infelix sentiu um forte arrepio em sua espinha, pois acreditava que sua espada estava perfeita.

E então, uma a uma, as espadas de Infelix começaram se quebrar.

E enfim:

— 1 a 999. Gurok é o vencedor!

Gurok e Lois comemoraram, enquanto Infelix foi tentar tirar satisfação com seu pai.

— Isso está errado! Eu fiz o trabalho com o melhor custo benefício! Seu método de avaliação está errado! — disse Infelix.

— Está? Por acaso, você conhece alguém que gostaria de levar uma espada fraca assim para o campo de batalha?! Ela pode ser afiada o suficiente para cortar a carne de alguém, mas um simples golpe contra uma armadura ou escudo e ela se quebra!

— Mas... EU SOU SEU FILHO! SEU PRÓPRIO SANGUE

Justis deu um tapa em Infelix, deixando sua bochecha marcada.

— Sim, e só por isso, não irei aplicar as mesmas punições que dei ao Gurok. Do contrário, seria obrigado a queimá-lo 998 vezes!

Após ver o olhar de descontentamento de seu pai, Infelix voltou para seu quarto, vendo Gurok e Lois comemorarem no caminho.

— Você conseguiu! Eu sabia que conseguiria!

Após ouvir a voz de Lois, Infelix já sabia o que faria naquela noite.



Comentários