O Mestre da Masmorra Brasileira

Autor(a): Eduardo Goétia


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 19: Dia de Folga

Na manhã seguinte, acordei bem cedo e revitalizado. Cristal estava ainda melhor, pois já até havia caçado alguma coisa para comermos.

Apesar das coisas, a batalha lhe fez bem. Ela recebeu um aumento significativo das estatísticas e algumas habilidades ativas.

— Aparentemente é mais fácil obter habilidades ativas em combate... 

Aproveitei para ver se estava tudo certo comigo também. 

[Informações]

Nome: Kayn 

Raça: Nephelim Supeior | Nível 7

Raridade: Único | Grau:1

Classe: Mestre da Masmorra | Emblema: Vampiro | Desconhecido

[Estatísticas]

Força: 22 | Velocidade: 22 | Vigor: 22

Destreza: 22 | Inteligência: 32 | Mana: 52

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Além de eu ter recebido os pontos por subir de nível, também ganhei 5 em cada uma das estatísticas. Era um ótima evolução, mas não se comparava ao poder que senti durante a batalha.

Estipulava que em meu estado normal, sem usar nenhuma habilidade ativa, eu era cerca de 5 vezes mais poderoso que um homem adulto.

Quebrei completamente os limites de um corpo humano do meu mundo anterior.

Para testar meu corpo, dei um salto e, quando notei, estava no topo das árvores. Quando cai no chão, não tive ferimentos.

Dei um soco no tronco de uma árvore e ela rachou. Mais dois socos e quebraria e eu nem estava usando todo o meu poder.

— Incrível. Então por isso que os jogadores com classes de combate gostavam tanto do jogo. Ser um mago em Vangloria também deveria ser incrível.

Olhei também para as habilidades, mas isso eu só testaria na masmorra. Por ora, só observei a magia de sombras.

Ele estava sendo classificada em uma aba separada das demais e era a única das novas habilidades que eu não reconhecia de Vanglória. 

Quando chegasse em casa, precisaria arrumar um jeito de usar magia.

Concluí minha análise do meu corpo e guardei minhas coisas. Voltei ao lugar onde tinha deixado minha bolsa e aproveitei para observar de longe a vila.

Não havia sinal do Orc Nobre, mas eu não arriscaria. Ainda não me sentia capaz de vencê-lo. 

Com tudo aparentemente certo, voltei para o acampamento provisório. Hoje era um dia importante; não para mim, mas para as semi-humanas. Nos encontramos na beira daquele rio.

A irmã com quem conversei puxou um pequeno colar que pertencia a sua mãe e colocou sobre a terra na frente de uma árvore isolada perto da margem.

As cincos pararam por um momento enquanto encaravam a árvore. Elas nem ao menos tinham um corpo para enterrar. Eu e Cristal ficamos afastados apenas observando.

O silêncio parou apenas quando uma das irmãs pôs-se a chorar. O som alto ressoou a tristeza e se perdeu na mata densa.

Elas tinham só uma a outra. Perderam irmãos e sua mãe. Sobrou apenas a memória e a imagem do inimigo: o orc nobre, o pai de uma delas.

— Eu prometo que um dia, não vai ser hoje, não vai ser amanhã, mas um dia... eu mato ele — murmurei, inconformado.

O enterro simbólico durou apenas alguns minutos e logo as jovens voltaram aos seus afazeres. Não poderiam continuar por ali. O nobre possivelmente estava as procurando. Permanecer era suicídio.

— Vocês irão para onde? — perguntei para a mais nova.

— Não sei, mas vai ser para longe. Muito longe daquele monstro.

— Aquele monstro é seu pai. — Terminado de dizer, ela me olhou com raiva e descrença, então rapidamente me corrigi. — Não é isso que quero dizer. Ele as encontrou de alguma forma antes. Encontrar vocês outra vez não deve ser tão difícil.

— Você tem razão — acalmou-se —, mas para aonde iríamos? 

Abri-lhes um sorriso e disse:

— Eu sei de um lugar...

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O retorno demorou três longos dias. Precisava me certificar de que não me não me reencontraria com o nobre e também precisávamos esconder nossos rastros.

As meninas semi-humanas realmente me surpreenderam. Sabiam esconder seus rastros, se mover pela mata e não tinham problemas para se defenderem por conta própria.

Na tarde do terceiro dia, passamos pela caverna onde os invasores viviam. Dei uma rápida espiada, mas nenhuma criatura pareceu começar a viver por ali.

Talvez eu possa usar isso no futuro como base.

— Estamos chegando. É logo depois daqui — comentei.

As expressões nos rostos das meninas se animaram. Sorrisos e olhares aliviados da longa jornada. Eu também estava feliz com o retorno.

A gente conversava enquanto andava até que a irmã mais nova me agarrou e jogou contra a moita. Como ela não tinha intenção de me ferir, nem notei até ser tarde demais.

— O que foi? — murmurei enquanto perguntava.

— Goblins. Vários deles e bem armados. — Ela respondeu com um olhar atento na ameaça.

Soltei uma pequena risada e me levantei da moita com rapidez.

— O que está fazendo? Está louco?! — exclamou ela.

Sai da moita e acenei para os goblins. Ela ficou com o rosto paralisado, provavelmente me achava maluco. Os goblins vieram correndo em marcha na minha direção.

O rosto da irmã mais nova ficou branco, mas eu nem me preocupei. Conhecia a pessoa na liderança daquele grupo.

— Kaio se apresentando ao mestre Kayn! Bem-vindo de volta, mestre! — Ele se ajoelhou aos meus pés.

Adorei ver o rosto das semi-humanas. Suas reações eram interessantes. Me virei para elas e disse:

— Não falei que tinha um lugar seguro para viverem. 

❂❂❂

Finalmente chegamos na torre. As meninas ficaram paralisadas; apenas o som de algumas delas engolindo em seco era escutado.

— Venham. Vamos conhecer o lugar — disse. 

Me despedi de Kaio e seu grupo de caça. Eles estava fazendo bom uso de suas novas capacidades.

Entramos pelo grande portal e saímos na floresta do primeiro andar. Depois de tanto tempo, o sistema finalmente nomeou o primeiro andar.

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1° Andar: Floresta dos Goblins

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As garotas pareciam apreensivas e uma soltou um grito alto quando entrou e apontou o dedo para o ar.

— O-o que... é-é... isso?!

Não havia nada na frente dos olhos dela. As outras irmãs também não pareciam tão medrosas. A mais nova foi rapidamente ajudar.

Após algum tempo de apaziguação, ela se acalmou. As irmãs dela pareciam não estar surpresas com a reação nervosa delam

— Isso acontece com frequência? — perguntei.

— Um pouco. Aconteceu quando o nobre nos atacou e sempre que estou perto de uma ameaça. 

— O que acontece?

— Uma tela estranha aparece na frente dos meus olhos. Ela me diz que tem uma ameaça ou que pisei em um lugar perigoso. — A jovem estava claramente alarmada.

— Oh! — Fiquei realmente surpreso. — Você não precisa se preocupar. Você não está louca ou coisa do tipo. Na verdade, você tem um talento maravilhoso.

Os olhos dela brilharam.

— Talento maravilhoso... 

Soltei um sorriso com a sua ação inocente e continuamos em frente. Mais tarde gostaria de investigar um pouco sobre essa tal habilidade.

Achava que, assim como eu, os outros também possuíam a capacidade de ver as telas de status, mesmo que fosse apenas as próprias telas.

Isso também criava dúvidas em minha mente sobre a escala de poder. Em Vangloria, lembrava-me do monstro mais poderoso a qual enfrentei.

— Monstro nomeado: Morbidus, o Dragão da Calamidade. — Por causa dele nomeei Cristal de Morbidus anteriormente. Tinha a esperança de que, um dia, ela se tornasse tão poderosa quanto ele.

Morbidus era uma criatura assustadoramente poderosa. Tinha quatro dígitos em todas as estatísticas, um poder destrutivo capaz de dizimar um país, além das capacidades inatas dos dragões.

Um dos poucos fracassos que tive em minha vida como jogador foi ter perdido para ele. Nunca consegui descobrir nem qual era a sua raridade

Ancestral? Mitológico? Talvez até Único. 

Entre os monstros que eu possuía, o mais forte também era um dragão. Sentia muita falta dela. 

— Afrodite, o Dragão Celestial do Vento. — Ela era doce como um cachorrinho, mas o poder era surreal. Classificada como um monstro Histórico, em poucos anos de vida conseguiu lutar alguns minutos com Morbidus em pé de igualdade.

Até que o desgraçado arrancou sua cabeça com uma mordida.

Lembrando-me do acontecimento, estalei a língua e prossegui na caminhada.

Vangloria era interessante por possuir ocorrências como essa. De longe, Morbidus era a inteligência artificial mais bem desenvolvida.

Ninguém que falasse com a fera imaginaria que era apenas um robô. O medo, a arrogância do seu poder, o orgulho de afirmar ser uma das criaturas mais fortes da existência e a psicopatia elucidante pareciam consumir até a alma dele 

Uma verdadeira força destrutiva.

Concluímos a travessia pelo primeiro andar e andamos adiante, chegando ao segundo.

Por todo o caminho, as semi-humanas fizeram perguntas. Muitas delas nem eu sabia responder direito.

Perguntavam sobre o lugar onde estavam. Sobre quem era eu. Sobre o cascalho, as árvores, o ar e a luz conseguir entrar. 

Como comentei, eu não sabia responder metade delas. Continuamos até chegar ao vilarejo.

Hoje em dia, estava bem diferente de antes. Com o aumento substancial de goblins dia após dia, eles estavam em constante progresso.

O grupo de caça era treinando diretamente por Gleen e pelo Goblin de Elite, Ian. Aparentemente, estavam criando estratégias e treinando luta corpo-a-corpo.

— O que está acontecendo? — perguntou a irmã mais nova.

— Treinamento de combate. Querem ver? 

Elas todas acenaram com a cabeça e a gente se sentou para observar. Gleen ensinava estratégias de combate em grupo.

Arqueiros atrás dando apoio, lanceiros na frente, cercando e ferindo os animais, e os ladinos acabando com suas vidas.

Para o ato da caça, era uma estratégia ideal. Provavelmente seria uma boa começar a introduzir outras armas para eles.

Facas quebradiças e lanças de madeira vagabunda não eram os melhores tipos de arma. 

O combate corpo-a-corpo foi divertido de se ver. Ele atraia muitos olhares da multidão, como um público de verdade, e o vencedor era exaltado.

— Talvez eu crie um andar inteiro para treinamento... preciso criar um monstro poderoso antes disso.

Com a luta terminada, o goblin recebeu um coelho. Alegremente partiu para cozinhar e comê-lo. 

Assim me lembrei disso.

— Querem comer alguma coisa?

Elas sorriram e agradeceram. Vou considerar isso como um sim.

Entramos no vilarejo que após um mês parecia com uma pequena cidadezinha comum. Havia mais de duzentas casas e mais estavam sendo construídas.

Cada casa comportava de 3 a 4 goblins. Algumas tinham até mais. Alguns bebês goblins corriam de um lado para o outro, mas paravam para me cumprimentar e também para ver as beldades.

Eles eram muito mais inteligentes que os goblins comuns, então conseguiam ter conversas curtas e simples.

— Mestre trouxe mulheres bonitas.

— Várias mulheres bonitas!

— São as mulheres do mestre? 

— Sim. Mamãe disse para sempre obedecer o mestre, cumprimentar o mestre e obedecer o mestre!

Diziam os menininhos e menininhas feinhos. Até que eles eram fofos, mas na natureza eram monstrinhos demoníacos que estupravam mulheres e assassinavam crianças a sangue frio. 

As beldades se sentiam estranhas sendo observadas pelas dúzias e dúzias de crianças goblins. 

Aparentemente já se construiu uma cultura entre eles. 

Estavam ensinado os bebês desde jovens a me obedecer. Era algo perfeito para mim. Porém, com o crescimento exponencial, logo problemas iriam surgir.

Goblins ainda eram goblins.

Preciso criar leis e regras reais.

Além disso, precisava introduzir uma forma de comércio entre eles, além de deixar bem claro quem eram os superiores e quem mandava em quem.

Gleen os controlava por meio da força, mas em breve não daria mais. Gleen era forte e inteligente, mas ainda era um ser vivo e frágil.

Ser pego de surpresa por um goblin um pouco mais forte não era impossível. Os fortes mandariam, mas havia vários tipos de força.

Comandar significava descobrir e catalogar esses tipos de força. Utilizar-se delas da melhor forma possível.

Finalmente chegamos ao lugar que eu desejava. Ficava no exato oposto da área de treinamento, a cantina.

Naquele lugar os coelhos capturados e mortos eram servidos como refeição. Ficava bem longe da área de treinamento para que nenhum espertalhão pudesse tentar roubar a comida.

Assim que chegamos, fui tratado como convidado de honra. Eu não tinha uma paixão profunda por comer e, como conseguia sobreviver com base no núcleo da masmorra, dentro dela, é claro, raramente comia.

Um grande tronco de madeira polido e bem limpo foi colocado na minha frente junto de algumas cadeiras; uma para cada garota.

A gente se sentou e logo chegaram os pratos. Os tipos eram limitados e todos tinham coelhos como principal, mas já era bom.

Os olhos das garotas brilhavam. Provavelmente não tinham dito uma refeição decente há dias.

Havia coelho assado, coelho cozido, coelho frito na própria gordura, algo que me surpreendeu, e também tinha alguns legumes e raízes como acompanhamento.

Goblins eram ótimos para procurar comida. Claro, eles eram quase como ratos gigantes. Olhei para o rosto de um deles e vi um rato gigante.

Acabei soltando um pequena risada e o verdinho ficou com um olhar confuso. 

— Bem. Vamos comer. 

Me arrependi logo depois de falar. A única coisa que consegui comer foi uma coxa, pois as Semi-humanas devoraram tudo em segundos.

Elas eram perfeitos exemplares da raça Orc.

A mais nova ainda me olhou e pediu desculpas enquanto descaradamente soltava um arroto.

Eu não me incomodei muito de não comer. Depois daquela sede de sangue absurda, a comida agora tinha gosto de vazio.

Elas comeram bastante e se sentiram mais confortáveis. Voltamos a caminhar e eu as olhava de canto.

Cinco damas, vestidos cor bege, corpos volumosos, altas, belos pares de coxas, uma inocência e gentileza sem igual.

Encantadoras.

Continuei o tour. Visitamos todos os andares, conversamos com todos os monstros nomeados e finalmente chegamos ao portal que levava à sala do núcleo.

Fui o primeiro a entrar; elas seguiram atrás. Dentro do enorme salão, ficaram paralisadas. Era um lugar diferente do restante da masmorra, mas eu não achava tão impactante assim.

Até que reparei no que elas ficaram olhando; o núcleo da masmorra. Elas não piscavam e os olhos delas chegavam a brilhar.

Isso era outra novidade. Nenhum dos monstros havia reagido dessa forma ao presenciarem o núcleo.

— Garotas? — chamei em tom de dúvida.

Elas mexeram as cabeças de um lado para o outro e piscaram parecendo um pouco confusas. 

Andei na direção do trono e me sentei ao lado do núcleo colocando a mão nele e sentido o seu, confortável, calor.

As garotas me olharam no trono, observaram o meu toque suave e também perceberam que aquele era o ponto mais alto.

Elas sabiam pouco sobre mim. Eu tinha um pouco de poder, tinha Cristal como minha companheira e possuía certo poder sobre aquele lugar, mas elas não achavam que eu era o chefe até chegaram ao vilarejo.

Lá os meninos goblins, Gleen e os demais me entregaram. Porém elas ainda não haviam visto isso como algo tão grande.

No entanto agora testemunharam. Eu era o mestre absoluto daquele lugar.

Elas não conseguiam nem falar, então me dispus a isso.

— Antes de qualquer coisa, deixe-me realmente me apresentar. Chamo-me Kayn, o Mestre da Masmorra...

Prossegui em um rápido discurso; claro que menti em várias partes como o fato de estar vivo a apenas 1 mês e o fato de que vim de outro mundo.

Mas lhes contei grande parte da situação. Eu apareci nesse lugar desconhecido com o núcleo, criei essa masmorra, criei e comandei os monstros nela e após algum tempo me aventurei na floresta, onde as encontrei.

Somente essas informações. Não lhes disse meus objetivos, não lhes contei sobre as mortes que ocorreram, também não lhes disse minha raça ou minhas capacidades. Apenas lhes contei o essencial.

E elas pareciam satisfeitas com isso, então era melhor não entrar em mais detalhes.

— E como vai ficar nossa situação? — perguntou a irmã mais nova que já assumiu o papel de liderança.

— Bem, antes de mais nada, gostaria que cada uma se apresentasse. — Abri um sorriso cordial.

— Meu nome é Anna — começou a irmã mais nova e líder do grupo.

Logo elas prosseguiram uma a uma, Yve, Ouga e Vau, e, por último, a irmã que possuía habilidades especiais, Inês.

— Como devem saber — continuei —, sou o mestre e comando esse lugar. Quero que todos aqui vivam bem, mas também desejo lealdade acima de tudo...

Fiz o meu velho discurso sobre lealdade, trabalho e compaixão. Aquela baboseira de sempre, apesar de que funcionava muito bem.

— Então tudo que peço é lealdade e esforço — concluí.

As garotas se olharam por um tempo. Murmuravam entre si e pareciam discordar umas das outras. Um pouco depois, Anna, a mais nova, disse:

— Podemos pensar um pouco nessa proposta? 

— Podem — Eu era gentil, mas nem tanto —, porém tem apenas até o amanhecer para responderem.

Elas assentiram com a cabeça e pediram para sair. Iam espairecer a cabeça. Já cansado, com dores de cabeça e várias coisas novas para testar, descobrir e planejar, soltei meu corpo no trono.

Vou deixar isso para amanhã. Vou dormir.

Cristal se espreguiçou, mas hoje ela não ficou comigo. Achei estranho, mas ela tinha uma expressão calma no rosto e saiu da sala do trono.

Meus olhos se fecharam e horas se passaram em um instante. Sem pesadelos desta vez. 

Durante a madrugada fria, senti uma presença entrar na sala do trono e se aproximar.  Sabia quem era e deixei chegar perto.

Um cheiro de flores assaltou meu nariz. Senti um toque sedoso e um corpo voluptuoso sentou no meu colo.

Abri os olhos devagar e fui tomado pela visão do belo corpo de Anna. Ela estava nua e com um olhar sedutor.

Entendi imediatamente o que estava ocorrendo, mas fiz algumas perguntas. Não queria que ela se sentisse obrigada a nada.

— Você realmente quer isso?

— Sim.

— Você sabe que eu nunca pediria isso para você ou para a suas irmãs. Entende isso, não é?

— Entendo.

— Irei considerar isso como você aceitando a minha proposta.

— Faça como quiser. 

Ela tinha um olhar desprendido, como se tudo o que eu dissesse não importasse. Achei muito estranho, pois pensei que ela estivesse fazendo isso pela segurança das suas irmãs, mas aparentemente não era isso.

A razão também não me importava naquele momento.

Segurei sua cintura e ergui o seu corpo que era muito maior que o meu com facilidade. Ela era leve para mim. 

Coloquei-a para baixo, sentada no trono, e, a partir dali, continuamos. Eu não dormi aquela madrugada.

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