O Mago de Água Japonesa

Tradução: Soll

Revisão: Mon


Volume 1

Capítulo 5: O Rei Dragão

Ryo voltou ao campo de batalha no dia seguinte após emergir vitorioso contra o falcão assassino de um olho em sua luta até a morte. Ele não tinha um motivo real para sua visita. Ele só queria ir. Sua vitória finalmente pareceu real ao ver os vestígios de sua batalha, mas ele não sentiu alegria...

Enquanto ele estava lá, algo de repente mergulhou na sua frente. No momento em que viu o ser, sua mente quase ficou em branco. Apenas uma palavra lhe veio:

Dragão...

Brilhante e vermelho, o dragão media aproximadamente cinquenta metros de altura. Após se recuperar, o cérebro de Ryo começou a disparar pensamentos na velocidade da luz.

Por que há um dragão aqui, de todos os lugares? Na verdade, quer saber? Isso não importa agora. Minha prioridade número um é cair fora daqui, mas será que consigo escapar? Parece impossível, não importa por onde eu olhe. Devo lutar? Não, de jeito nenhum tenho chance de vencer, nem mesmo se o mundo virar de cabeça para baixo. Há simplesmente uma disparidade muito grande entre nós. Todas as brincadeiras à parte, ele pode me matar apenas com a ponta do seu mindinho.

Ryo, em seu desespero, não registrou que o dragão estava falando com ele.

"Você aí. Humano."

A voz chamou por ele diretamente em sua mente.

"Hmmm? É assim que a comunicação telepática funciona com humanos? Faz tanto tempo que não me lembro bem. Humano, você pode me ouvir?"

"Hã? O quê? Eu ouço alguma coisa?"

Ele finalmente voltou a si.

"Ahá. Então você pode de fato me ouvir. Eu sou o dragão em quem seus olhos repousam."

"Uau. Isso é telepatia...? Oh, me desculpe. Eu estava tão chocado. Sim, posso ouvi-lo."

"Bom, bom. Minhas desculpas por assustá-lo. Desejo perguntar-lhe algo. Você saberia me informar sobre um pássaro nestas partes que evoluiu de um falcão assassino?"

"Uhhh..."

Ryo sabia muito bem sobre quem o dragão estava perguntando, considerando que ele havia matado o falcão assassino de um olho apenas ontem. Ele também percebeu que não seria capaz de conversar para sair dessa. Sem mencionar que ele podia facilmente imaginar o quão mal as coisas poderiam acabar se ele mentisse.

"Sim, eu sei."

Com isso, ele contou ao dragão a verdade completa, incluindo tudo, desde o destino que o uniu ao falcão assassino até o que aconteceu aqui ontem.

"Era um de seus seguidores? Se sim, peço profundas desculpas por minhas ações. Por favor, me perdoe", ele disse, inclinando a cabeça em penitência.

"Hum, entendo. Então foi você quem o matou?"

O dragão refletiu em silêncio por um momento antes de falar novamente — telepaticamente, de qualquer maneira.

"Fique à vontade. Não era meu acólito. Eu estava meramente curioso sobre o que aconteceu com o pássaro, já que sua aura forte desapareceu subitamente ontem. Faria sentido se um de minha kin dragão fosse responsável, mas parece que não é o caso. Eu simplesmente desci da montanha em busca de respostas."

Ele olhou para as montanhas a leste com essas palavras. Ryo havia se perguntado em seus primeiros dias em Phi se essas montanhas abrigavam dragões. Acontece que abrigavam.

"Ah, entendo. Então, sim, fui eu quem matou o falcão assassino de um olho."

"Ora, ora... Que surpresa, de fato... Estou satisfeito agora que sei a razão de seu desaparecimento. Sua evolução foi a primeira em séculos nesta floresta, sabe, ainda assim você o derrotou decisivamente. Ele anulou sua magia, talvez?"

"Sim, anulou! Eu não conseguia acreditar! Parecia uma violação dos meus direitos não poder usar magia como mago."

O dragão concordou vigorosamente com a cabeça, então seu olhar de repente se prendeu à cintura de Ryo.

"Ah... vejo que você carrega algo incomum também."

"Quer dizer isto?"

Ryo puxou Murasame para mostrar ao dragão. Seu terror inicial do dragão havia desaparecido há muito tempo. Seus nervos eram um pouco mais resistentes do que ele mesmo percebia.

"De fato. E eu estava certo sobre ser a espada do Rei das Fadas."

"Rei das Fadas? Mas eu recebi isso do Dullahan que aparece toda noite perto do lago no pântano do norte..."

O Dullahan é uma fada no folclore irlandês.

"Não sei o que é um Dullahan, mas aquele que lhe deu isso é certamente o Rei das Fadas. Se me lembro, o Rei das Fadas da Água atualmente reside nesta floresta."

"Oh, bem, eu sou um mago da água, então talvez seja por isso que ele presenteou-me com a espada. Esta espada salvou minha vida ontem."

"Oh ho. Um mago da água, você diz? Não é de se admirar, então, que o Rei das Fadas tenha gostado de você. Isso significa que você deve estar estudando magia da água sob a tutela do Rei das Fadas, sim?"

"Hã? Hum, não... Ele está me ensinando esgrima. Na verdade, nunca o vi usar magia nenhuma..."

"O quê? Você está aprendendo o caminho da espada e não magia da água com o Rei das Fadas da Água? Mesmo sendo um mago da água? Que estranho. E-Embora, suponho que ele deva achar que a esgrima é relevante para seu aprendizado. Não posso comentar de qualquer forma... Como eu, aquele Rei das Fadas viveu por centenas de milhares de anos, saiba. Tenho certeza de que ele tem suas próprias razões para fazer as coisas do jeito que faz. De qualquer forma, é evidente para mim que ele gostou bastante de você. Tenha certeza de que isso é uma coisa muito boa."

O dragão riu baixinho como se tivesse aprendido alguma informação interessante.

"Hum, seria okay se eu lhe fizesse algumas perguntas...?"

"Hm? Pergunte, pergunte. Fico feliz em obrigar", respondeu o dragão magnanimamente.

"Eu gostaria de saber mais sobre esta Floresta de Rondo. Quão grande ela é? Que tipo de lugar é?"

"Uma pergunta ampla, mas que responderei mesmo assim. Hum, então esta é a Floresta de Rondo, eh... Certo, lembro-me de ela ser chamada assim no passado. Bem, não posso descrever seu tamanho precisamente para você porque não conheço o sistema de medida que vocês humanos usam."

"Oh, sim, isso faz sentido. Por que não pensei nisso? Minhas desculpas."

"Não, não, não passa de um trifle. Suponho que a aproximação mais próxima seria o tamanho de um pequeno continente. Afinal, costumava ser conhecida como o subcontinente de Rondo."

"Um subcontinente..."

Ryo achou essa informação um pouco inesperada. Embora ele tivesse perguntado ao Falso Miguel se poderia viver em algum lugar isolado, ele nunca poderia ter imaginado que era isso que o anjo escolheu.

"O subcontinente é cercado pelo mar a leste, sul e oeste. Ao norte, uma cordilheira se estende do noroeste ao sudeste. Essas montanhas se cruzam com outra que se estende de leste a oeste. Você poderia dizer que essas montanhas fecham o norte do subcontinente como uma tampa cobrindo uma panela. Isso também explica por que os humanos que vivem em seus assentamentos muito mais ao norte nunca se aventuram aqui. Até onde eu sei, você é o único humano no subcontinente de Rondo."

O dragão então irrompeu em gargalhadas calorosas.

"Eu não fazia ideia de que este lugar era tão isolado..."

"Você quer me dizer que você tem vivido sua vida inconsciente de tudo isso? Isso levanta a questão: de onde exatamente você veio?"

Moon: Nem te conto kk

Como sua história não era algo que ele sentia necessidade de esconder, Ryo contou ao dragão sobre como ele reencarnou aqui de outro mundo.

"E os mistérios se aprofundam... Embora eu saiba que indivíduos de outros mundos vêm aqui ocasionalmente..."

Então um rugido trovejante veio do leste.

"Minhas desculpas. Estou sendo convocado. Teria gostado de conversar mais com você, mas tenho certeza de que nos encontraremos novamente."

Dizendo isso, o dragão decolou.

"E-Espere! Pelo menos me diga seu nome! O meu é Ryo."

"Ryo, eh? Eu sou Lewin. Eu verei você novamente, Ryo. Ah, antes que eu esqueça. Não se aproxime das montanhas orientais, pois você pode ser atacado à primeira vista por dragões."

Com isso, Lewin voou em direção aos céus orientais.

"Uau... Dragões realmente têm um impacto, hein? Não é à toa que aquele pode reivindicar uma posição como uma espécie de guardião da região, alguém que fica de olho em tudo nas proximidades... Que aura incrível... Não consigo nem imaginar quem governa aquela montanha. É, vou definitivamente ficar longe de lá."

Ele reafirmou seu voto original a si mesmo com muito mais convicção desta vez.

Enquanto isso, o Rei Dragão, Lewin, ruminava enquanto se dirigia para a montanha oriental.

"Aquele era um humano bastante peculiar, não? Mas era mesmo humano? Será que os como ele realmente existem? Foi minha primeira vez vendo um espécime como ele nas centenas de milênios que vivi. Ele é uma espécie mutante de humano? Uma evolução? Nunca ouvi falar de tal coisa... Heh heh heh. Uma situação fascinante, independentemente. Pensar que ainda há coisas que eu não sei, apesar de minha longa vida... Posso muito bem entender por que o Rei das Fadas da Água gostaria dele, considerando seus milênios neste subcontinente também. Afinal, é natural sentir excitação ao encontrar um espécime tão intrigante pela primeira vez em tanto tempo. Mas isso não significa que eu deva interferir. Se algo, minha intervenção seria um desperdício, pois apenas turvaria a água. Apreciarei bastante observá-lo como um espectador. Ga ha ha ha!"

Passaria um tempo muito longo antes de Ryo encontrar Lewin novamente.

Quanto ao Dullahan que era evidentemente o Rei das Fadas da Água, ele o treinaria como de costume nesta noite na arte da esgrima. Exatamente como Ryo esperava, seu mestre não lhe ensinou nenhuma magia da água.

 

Sol: Então é na base do se vira com magia…? Ah clássico kkkkkkkk.

Moon: Apanhar até aprender a bater… Classic

 

Traduzido por Moonlight Valley

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