Volume 1
Capítulo 59: Desespero Crescente
A situação no vilarejo ia de mal a pior.
Ragnar fazia o melhor que podia: gerenciava a defesa, concentrava os ataques aliados em alvos estratégicos e, a todo momento, atualizava-se da situação no portão leste e oeste através de seus dois enviados: Niki e Skiff.
Foi custoso, mas os dois monstros gigantes atacando o portão foram derrotados após muitas flechas e magias ofensivas. Por outro lado, eles caíram desempenhando sua função: causar uma rachadura no canto superior do portão.
Na muralha, a situação não era diferente, os arqueiros precisaram recuar para que os guerreiros pudessem eliminar os esqueletos e zumbis que conseguiram escalar a muralha.
— Ragnar, a torre — Artic falou erguendo o escudo e bloqueando uma flecha direcionada ao druida.
A torre mencionada era a segunda à esquerda do portão, os soldados no topo estavam cercados por esqueletos e zumbis. Tentou procurar algum grupo de soldados ou jogadores que pudessem ajudar, mas todos lutavam por suas vidas.
— Use o Juramento em mim — disse Ragnar.
Artic assentiu e ativou a habilidade. Uma mensagem apareceu para Ragnar.
Você está sob o Juramento de Artic.
Enquanto esta habilidade estiver ativada, 20% do dano recebido por você será redirecionado ao cavaleiro.
Virou-se em seguida para a espadachim lutando às suas costas.
— Venha.
Ela chutou a face do zumbi terminando a escalada do muro e cortou outro ao meio antes de seguir às ordens de Ragnar.
Artic liderou o grupo com seu escudo erguido, golpeando e derrubando os esqueletos em seu caminho. Ragnar, aproveitou o momento e invocou pela primeira vez sua nova habilidade: a Linhagem Animal.
Linhagem Animal ativada
Em seguida, mentalizou a única linhagem disponível na lista.
Você ativou a Linhagem do Urso
Uma sensação calorosa irradiou por seu corpo. Agora, munido da força de um urso, lançou-se contra o primeiro zumbi em sua frente e desferiu uma Palmada Atordoante no peito dele. A habilidade exclusiva dessa linhagem lançou o morto-vivo contra o parapeito da muralha, produzindo o baque característico da quebra de ossos.
O zumbi perdeu quase metade dos pontos de vida com esse golpe. Ragnar o finalizou com ataques de lanças e retornou aos seus amigos. Faltava pouco para alcançarem a torre, mas um grupo de mortos-vivos conseguiu eliminar toda a resistência até lá.
Precisavam ser rápidos para que a situação não piorasse. Ragnar ativou a Ira da Tempestade, evocando faíscas elétricas por todo seu corpo. O efeito da habilidade continuava o mesmo sob a linhagem animal do urso, porém, o consumo de mana adicional de 20% fez sua mana cair pela metade.
Preciso lembrar de ativar a linhagem animal DEPOIS de invocar a Ira da Tempestade.
Deixando isso para trás, avançou contra a formação inimiga desferindo golpes de lança, chutes e mirando uma Palmada Atordoante contra um zumbi-sargento, diferente dos demais por trajar uma cota de malha completa e não estar tão putrefato quanto seus semelhantes.
Após derrotar o primeiro grupo de inimigos, os demais se aglomeraram e entraram em formação, erguendo suas armas, dificultando a passagem. Lá atrás, no alto da segunda torre, os soldados ilhados no mar de mortos-vivos imploravam por socorro.
A linhagem animal não havia acabado, portanto, conjurar feitiços ofensivos a um custo adicional de mana estava fora de cogitação.
A batalha atingiu um impasse. Jogadores e mortos-vivos se encaravam sem que nenhum dos lados ousasse se arriscar a agir primeiro. Em meio a tal ponderação, Havoc deu passo à frente e anunciou:
— Deixa comigo. — A lâmina de sua espada emitia um brilho azul.
Ragnar conhecia esse azul brilhando nessa intensidade, Havoc conseguiu 10 acúmulos da Maestria da Espada.
— Espere, eles estão em formação. Seria uma pena ver você perdendo tantos acúmulos. Deixe que eu abro o caminho. — Ragnar finalizou dando uma piscadinha.
Ele cancelou a linhagem animal, assumiu a forma de urso de ferro e correu em direção à formação inimiga. Seus olhos miravam as armas erguidas para perfurá-lo.
Ragnar freou seu avanço, mas não por completo, então e aproveitando o momento e mudou a direção do avanço para a lateral direita, em direção oposta ao vilarejo.
O redirecionamento do ataque pegou os mortos-vivos de surpresa, apenas dois deles conseguiram redirecionar sua lança e espada, mas tarde demais. Ragnar abocanhou as costelas de um esqueleto e o jogou para fora da muralha.
Sem precisar dizer, Artic aproveitou e atacou o outro flanco. Logo em seguida, Havoc usou da distração para saltar no meio da formação adversária e acertar todos com um só Corte Redemoinho.
A luta não demorou a terminar.
A torre foi libertada das mãos inimigas. E, com a ajuda de Ragnar e amigos, aquele setor inteiro foi reorganizado. O druida tirou um momento para observar a situação do alto daquela torre.
Para sua sorte, não encontrou outros lugares tão inundados de inimigos, entretanto, uma dúzia de gigantes zumbis e cavaleiros-post-mortem se aproximavam da muralha, cinco deles marchavam em direção ao portão
— Eles vão arriscar tudo nesse ataque — falou para o cavaleiro e a espadachim ao seu lado.
Cinco brutamontes daqueles com toda a certeza iriam derrubar um portão de madeira, mas e os outros, porque estão avançando em outros pontos da muralha? Seria apenas distração…, ponderou.
Ragnar aproveitou para se atualizar nos outros frontes de batalha.
Skiff: a situação aqui tá bem ruim, não sei por quanto tempo vamos conseguir defender.
Niki: Alguma hora esse portão vai cair. Nós seguimos as suas sugestões, só que mesmo concentrando nossos ataques, esses Post-Mortem continuam em pé arregaçando o portão.
Ele sabia que estavam no início do fim desse cerco, era questão de tempo até as forças defensivas serem inundadas pelo exército morto-vivo.
Logo chegou uma atualização de Julie:
Julie: Conseguimos reunir os moradores, a evacuação vai começar em breve.
Esse era o respiro de esperança que Ragnar precisava.
Os três saíram da torre e prosseguiram pela muralha em direção ao portão sul. Como estavam em uma situação crítica, Ragnar invocou sua amiga serpente para auxiliá-lo em batalha.
Ao longo do trajeto, eles ajudaram como podiam: chutavam, socavam e golpeavam qualquer inimigo tentando escalar os últimos centímetros dos quatro metros da muralha.
Um estouro pegou o grupo de surpresa. Estilhaços de madeira os atingiram nas costas, Ragnar virou-se para trás e encontrou um buraco no parapeito da muralha causado por um golpe de porrete. O estrago não era grande, havia apenas destruído as pontas afiadas das duas toras de madeira daquele pedaço do muro.
Apenas a metade de cima da arma do crime podia ser vista do alto da muralha. Ragnar correu até o parapeito e encontrou o responsável pelo estrago: lá embaixo, um Gigante Zumbi com três metros de altura se apoiava no muro com a mão esquerda e usava a outra para golpear o topo da muralha com o porrete.
— Ignorem — disse Ragnar. — Precisamos retornar ao portão.
Apesar de difícil, era uma escolha que precisava ser feita. Conforme avançavam, foram ouvindo mais e mais desses estouros vindos de lugares diferentes.
Alguns soldados estavam em choque, parados, outros oravam a seus deuses. Ragnar agradeceu por nenhum deles estar desertando, e sabia que muito disso se devia à sopa de rum e todo o trabalho desempenhados por seus colegas.
— Continuem lutando, só mais um pouco. A evacuação logo irá começar. — Ragnar foi tecendo este e outros comentários aos aliados em seu caminho.
Até enfim retornar ao portão sul. Foi uma sensação ruim precisar se ausentar da área mais sensível daquela batalha, mas sabia que precisava recuperar aquela torre antes que as forças inimigas pudessem se aproveitar daquele setor inteiro para inundar não apenas a muralha, mas também para usar ela como acesso livre ao interior do vilarejo.
As cinco enormes criaturas se aproximaram do portão ao mesmo tempo. liderando o grupo vinha dois cavaleiros post-mortem, o da esquerda com uma espada montante, o da direita com um martelo de guerra. Atrás vinham os três gigantes zumbis carregando seus porretes.
Os post-mortem, em armadura completa, começaram a golpear o portão já fragilizado, cheio de rachaduras e arranhões. E os gigantes usaram a mesma estratégia dos seus semelhantes atacando a muralha. Eles começaram a golpear o topo e os arredores da fortificação.
Ragnar acreditava que eles faziam isso para distrair e tentar ferir quem estivesse no caminho de seus porretes.
— Ignorem os gigantes, concentrem seus ataques e magias nos Post-Mortem — ordenou.
Um porrete atingiu a lateral da torre direita, quebrando tábuas e matando na hora um jogador tentando se esconder.
Ragnar voltou a manter distância e ficou conjurando raios contra os inimigos escalando a muralha. Artic e Havoc, por não possuírem armas e habilidades à distância, ajudavam como podiam atirando pedras nos inimigos. A má notícia era que os montes de pedras reunidos antes da batalha estavam chegando ao fim.
Durante uma conjuração, a visão de Ragnar escureceu ao ponto de conseguir enxergar apenas as silhuetas das coisas.
Quem foi o filho da puta que cegou o comandante da defesa.
— Estou cego, alguém me cure — berrou. — Alguém cura minha cegueira, agora!
Ouviu passos se aproximando, alguém veio lhe entregar em mãos um pequeno frasco.
— Aqui, isso deve ajudar. — A voz era familiar, mas Ragnar não sabia dizer quem era.
Ragnar consultou um item, era uma pomada ocular caseira, feita por um jogador.
— Obrigado.
Abriu o frasco e despejou o líquido em seus olhos. A escuridão se dissipou em instantes, revelando em sua frente a figura do feiticeiro Malorn, da Pata Negra, ele disse:
— Só fiz isso porque precisamos de você. — E voltou aos seus colegas de guilda combatendo próximo à outra torre do portão.
— Acabou as pedras e qualquer outra coisa que possamos jogar neles — informou-lhe Havoc.
Isso era ruim, depender apenas das classes de longo alcance não seria o suficiente para impedir a escalada da muralha. Somando-se a isso, outro problema entrou para a lista.
— Não vejo nada! — berrou um mago à esquerda de Ragnar.
— Merda, eu também não. — Foi a vez de um paladino.
Ragnar puxou o cavaleiro e a espadachim para perto.
— Abaixem-se, fiquem aqui e não deixem que eles lá embaixo vejam vocês.
Ragnar assumiu a forma de aranha, escalou a torre mais próxima do portão e se escondeu no alto do telhado para espionar os inimigos.
— Aha! Achei vocês, seus feiticeiros safados.
Entre os milhares de inimigos, alguns feiticeiros se escondiam e conjuvaram maldições nos jogadores defendendo o vilarejo. Ragnar marcou cada um que encontrou, usou o comando exclusivo de comandante e enviou os alvos para cada jogador aliado.
Quem dera pudesse fazer isso também para os soldados. Do alto da torre, ouviu alguns jogadores verbalizar coisas do tipo:
— Então esses são os desgraçados…
— Agora vocês se fuderam.
— Vou acabar com a tua raça, maguinho de merda.
Eles não eram magos, mas feiticeiros, eram os mestres da manipulação do arcano e possuíam um vasto arcabouço mágico com magias para todas as situações. Logo, eram o demônio em pessoa durante cercos, por isso Ragnar sorriu quando ouviu Malorn proferir:
— Hora de provarem do seu próprio remédio. — Ele juntou as duas mãos, concentrou o brilho dourado no dedo indicador, mirou-o contra um feiticeiro se escondendo atrás de um gigante, e o lançou quando seu alvo deu as caras.
Enquanto os jogadores caçavam e eliminavam os feiticeiros inimigos, os soldados da guarda continuavam alvejando os post-mortem atacando o portão.
O druida permaneceu no alto da torre, em forma de aranha, pois ali poderia coordenar melhor a defesa graças a segurança em estar oculto e à visão elevada e privilegiada do entorno. Só precisava tomar cuidado com as porretadas dos gigantes.
Por dezesseis minutos conseguiu conduzir as forças defensivas até surgir a próxima crise. Uma das torres laterais foi tomada, e não havia como socorrê-la porque cada vez mais zumbis e esqueletos conseguiram escalar a muralha graças a falta de munição e a gradual perda de soldados.
Ragnar desceu da torre, voltou à forma humana e se integrou à tropa principal auxiliando-os com seus raios.
Entre conjurações, duas mensagens e uma janela apareceram:
A habilidade Raio evoluiu para o nível 10
A habilidade Raio recebeu uma melhoria
Raio (Nível: 10) |
Conjura uma descarga elétrica que poderá interromper o alvo. Melhoria Nível 5: Seus raios deixam uma marca de Choque no alvo por 20 segundos. Se você acertar essa habilidade em alguém com três marcas de Choque, o dano causado será 50% maior. Melhoria Nível 10: O impacto do raio se espalha por um raio de 2 metros causando 50% de dano aos alvos secundários. Esse dano aumenta para 100% quando estourar a marca de choque. |
Antes que pudesse ler a evolução da habilidade, avistou uma aglomeração de mortos-vivos se formando na torre recém-perdida. Uma parte deles rumou para o oeste enquanto a outra veio em direção ao portão sul.
— Artic, Havoc, precisamos defender o flanco direito.
Os dois amigos concordaram e, juntos, foram até o lado da muralha por onde vinham os mortos-vivos.
— A gente não vai dar conta de tudo isso — disse Artic. — Deve ter uns duzentos deles vindo pra cá.
— Eu sei. Por isso que estou chamando reforço. — Ragnar respondeu.
E levantou a voz para dizer:
— Guarda Trovejante, venha até mim!
Todos os ursos nas proximidades ouviram o chamado. Eles rugiram em resposta, aniquilaram os inimigos ao seu redor e se reuniram em torno de Ragnar.
— De jeito nenhum esses desgraçados devem passar daqui.
Hardgart emitiu um rugido poderoso, forte ao ponto de reavivar o espírito combatente em cada soldado.
Os doze ursos taparam a passagem pela muralha se organizando em duas fileiras. Eles eram grandes, massivos e poderosos, Ragnar torcia para que conseguissem segurar a horda de mortos-vivos se aproximando.
Em compensação por essa manobra, o resto da fortificação não contaria mais com a força dos ursos para rechaçar os invasores.
— Artic, Havoc, o dever de vocês é proteger nossa retaguarda, não deixem que esses mortos-vivos alpinistas nos ataquem por trás.
Logo que terminou de falar, uma bola de fogo explodiu atrás deles, por sorte ninguém se feriu. O ataque fez Ragnar perceber como estavam vulneráveis às magias inimigas.
Consultou a lista de jogadores participando do evento, um privilégio do comandante de defesa, e constatou que muitos feiticeiros, sacerdotes e outros membros das classes mágicas haviam morrido. Logo, havia poucas barreiras mágicas e feitiços defensivos para os proteger. Esse era um problema incontornável, precisava fazer o possível para ganhar mais tempo.
Julie lhe enviou uma mensagem de áudio:
— A evacuação começou. Só precisamos aguentar mais um pouco até o último grupo partir em segurança. Estou correndo pra aí!
As palavras dela conseguiram afastar um pouco as preocupações atormentando sua mente.
Com o espírito revigorado, Ragnar auxiliou seus amigos na luta contra inimigos subindo à muralha até escutar alguns baques seguidos por rugidos ferozes, gritos e gemidos fúnebres.
A maré de mortos-vivos vindos da torre se lançou contra a Guarda Trovejante. Aquele canto da muralha brilhou em laranja e vermelho. As patas de ferro incandescente desceram contra a vanguarda inimiga, incendiando-os e pulverizando-os com uma facilidade capaz de surpreender até mesmo Ragnar.
— Incrível — disse a si mesmo.
Hardgart liderava a Guarda de Elite com uma expressão feroz, seus pontos de vida caíam devagar demais considerando o tanto de golpes e magias castigando seu corpo. Entretanto, não iria deixá-los lutando sozinho quando poderia ajudar.
Conjurou uma Brisa Curativa em Hardgart, depois lançou uma sequência de raios contra o cavaleiro zumbi lutando com um urso negro. O primeiro raio o atingiu direto na testa, fazendo-o cambalear; o segundo e terceiro o acertaram direto no peito.
Mas na hora que lançou o quarto, as quatro marcas de Choque foram consumidas, um relâmpago desceu dos céus, fritou o cavaleiro zumbi, se alastrou em um raio de dois metros e eletrocutou todos nessa área independente de ser morto-vivo ou não.
Para a sorte de Ragnar, Hardgart lançou o cavaleiro zumbi para longe com uma patada, fazendo com que o alastramento do relâmpago atingisse outros cinco zumbis, mas nenhum urso de ferro.
Ragnar admirou o efeito da melhoria do Raio com brilho nos olhos. Ele repetiu essa tática outras duas vezes e só parou porque sua mana caiu demais e outros seis zumbis e esqueletos conseguiram escalar a muralha e se posicionar atrás deles.
— Não posso continuar segurando eles — disse Artic, recuando, seus pontos de vida brilhavam em vermelho.
— Deixe comido — falou Ragnar.
Apesar da mana baixa, conjurou uma Brisa Curativa no cavaleiro, transformou-se em urso de ferro e se lançou contra os mortos-vivos tentando atacar sua retaguarda.
O primeiro levou uma patada atordoante no rosto, o próximo foi ao chão com o mero avanço da fera, enquanto o terceiro teve a cabeça arrancada com uma abocanhada.
Era a primeira vez que Ragnar arrancava a cabeça de alguém em sua forma de urso, jamais teria imaginado o quão gratificante seria.
Os outros três mortos-vivos foram fatiados por Havoc.
Com a situação sob controle outra vez, Ragnar descobriu com tristeza que a terceira torre ao leste foi tomada pelos inimigos. Para piorar, cada vez mais soldados e jogadores morriam em combate, aumentando a presença de corpos sem vida pela muralha.
Ragnar acreditava já ter perdido mais da metade das tropas ao longo do cerco. Olhando para além da muralha, o que viu foi um exército inimigo reduzido, mas ainda numeroso o suficiente para tomar o vilarejo.
Com uma rápida checada nas mensagens, Niki havia o informado que a defesa do portão oeste estava para ser sobrepujada pelo número massivo de inimigos vindo pela muralha sul, provável que através da torre perdida.
No oeste, a situação também era grave, porém não tão crítica, Skiff relatou que, apesar da dificuldade, estavam conseguindo manter os mortos-vivos fora da muralha.
Voltando a sua realidade, Ragnar ouviu um estrondo poderosíssimo, acompanhado dos gritos de desespero dos soldados sobreviventes e os urros jubilosos dos mortos-vivos. A atenção de todos se voltou para o local de origem do estrondo.
Uma pilha de gigantes mortos havia se formado em frente ao portão, todos repletos de flechas e marcados pelas magias desferidas em cada um deles.
Em frente a essa pilha estava o portão sul, caído no chão e partido em centenas de pedaços pelo Post-Mortem tocando sua corneta de guerra em comemoração.
Todos os mortos-vivos em frente à muralha se afunilaram em frente à entrada do vilarejo para entrar e causar a destruição do vilarejo.
No meio dessa aglomeração estava o Feiticeiro Profano, protegido por uma guarda de elite de cavaleiros mortos-vivos e guerreiros do Caminho da Aurora.
Amon encarava a queda do vilarejo com uma felicidade ímpar. O ritual do retorno do Rei Necromante poderia enfim ter início assim que entrassem no vilarejo.
— Após tanto sofrimento, meus dias de glória finalmente estão chegando.
Sua atenção então foi cativada por um relâmpago caindo no alto da muralha. Ficou surpreso em ver que ainda tinha gente defendendo o lugar após a derrubada do portão.
— Fujam, corram por suas vidas — disse, contendo uma risadinha de satisfação.
O autor daquele feitiço apareceu na muralha, era um druida. Ele estava acompanhado de um cavaleiro, uma espadachim, alguns soldados e um amontoado de ursos grandes e estranhos.
Aquele jogador se apoiou no parapeito da muralha. Amon podia jurar que ele estava lhe encarando.
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