O Demônio Barista Brasileira

Autor(a): Helena Shirayuki


Volume 2

Capítulo 22: Importunando vizinhos

Quase três semanas. Essa é a contagem exata de quanto tempo faz desde que minha vida mudou de repente.

Estranho, né? Se for contar o número de dias que isso dá, é relativamente pouco. Passou mais rápido do que eu estava acostumada na minha vida monótona de antes. Foram tantas coisas estranhas que aconteceram que é doido pensar que ainda moro de baixo do mesmo teto que o Liel. Tudo anda bem entre eu e ele, mas há algo que vem me deixando encucada recentemente…

Tirando o fato dele ser um demônio, quem é o Liel?

Pensei que toda aquela balela que Trizz tinha me dito não fosse ficar na minha cabeça, mas desde que eu e o garoto saímos naquela tarde, não parei de pensar nisso. “O que ele é além de um garoto de 1,60 mimado pra cacete?”, é um dos tipos de perguntas que fiz pra mim mesma. Por mais que a loira tivesse me sugerido saber mais sobre ele, não tenho ideia de como fazer isso.

Nunca fui de me interessar muito pela vida dos outros, por mais fofoqueira que eu seja. Isso só mudou um pouco quando conheci o moleque, pois uma coisa ou outra sobre sua origem me causava certa curiosidade, mas nada além disso. E agora, parece que vou matar e morrer pra curiar a vida dele.

Se bem que seria errado sair bisbilhotando as coisas dele pra descobrir algo. Nossa relação voltaria à estaca zero. É melhor deixar tudo se desenrolar normalmente.

Meow!

— Tu comeu agora pouco, Cappuccino! 

É, de volta à rotina.

Já se passou um bom tempo e o maior triplex que arranjei foi esse gato. Desde de os ensaios no domingo, Liel não passou muito tempo em casa devido aos trabalhos da faculdades. Geralmente só nos encontrávamos no almoço e durante a noite. Nem nossos turnos na cafeteria estavam batendo.

Como meu tempo livre está sendo maior, fiquei cuidando do Cappuccino. A cada dia que passa, penso que esse bicho tem a mesma personalidade do demônio; ou quase isso. Ele se joga pelo sofá e deita da maneira mais preguiçosa possível e sempre parece me olhar com deboche. Pelo menos ele ama carinho e é um tanto quanto dócil. Não tive muitos problemas com mordidas ou… seja lá qual é a forma desses bichos de demonstrar que quem manda na casa são eles.

Enfim. Tinha acabado de chegar da faculdade. Aproveitei o horário e fiz uma leve faxina no apartamento, coloquei ração no pote do gato, tomei um banho e fiquei na sala tentando escrever mais uma parte da letra. Não tive muito progresso, pois vez ou outra vinha o miado da porta do quarto que arruinava minha concentração.

De primeira, só ignorei, mas depois ficou insuportável.

Fui lá no quarto ver o que o gato tava aprontando. Quando cheguei, só encontrei a porta do meu armário aberta e algumas coisas jogadas no chão.

De alguma maneira, o gato entrou dentro do guarda-ropupa e tava lá parado olhando pra mim. Como ele fez isso? É algo que nunca vou saber. Uma coisa que aprendi é que esses bichos têm a habilidade de aparecer nos lugares mais inusitados. Qualquer dia, é capaz de eu encontrar ele escalando a parede igual o Liel.

— Aqui. Venha com a Marcy. É feio bagunçar as coisas, sabia?

Tentei me aproximar com calma para tirá-lo do guarda-roupa. Ele não resistiu e deixou que pegasse na mão. Não entendi qual foi o ponto de toda essa bagunça, mas tinha pra mim que ele queria atenção, então decidi testar.

Dito e feito; na hora que o coloquei no chão e toquei em sua cabeça, ele se deitou e ficou rodopiando pra lá e pra cá. Não me arrisquei tocar na barriguinha dele, pois sabe lá o que pode acontecer, ainda mais se tratando de um gato. Fiquei alguns minutos brincando com o bichano, mas chegou um momento que não aguentei mais ver aquelas roupas jogadas pelo quarto.

— Calma lá. Deixa eu arrumar isso aqui.

Comecei a pegar tudo que tava no chão e a colocar de volta no armário. Aproveitei também pra dobrar algumas peças que estavam fora das gavetas e que ainda não tinha guardado desde que voltei da lavanderia.

Enquanto fazia tudo isso, notei algo estranho na outra porta. Ela estava entreaberta, como se tivesse algo do lado de dentro que não a deixasse fechar. Não tinha percebido antes por estar longe, mas olhando de perto, dava até uma agonia de ver.

Decidi abrir, mesmo sabendo que era onde Liel guardava suas coisas no guarda-roupa. Quando puxei a porta, a única coisa que vi foi uma caixa de papelão gigante caindo na minha cabeça. Se alguém dissesse “ah, isso não parece pesado”, eu ia mandar essa pessoa se foder. O que o demônio tinha na cabeça pra colocar algo assim aqui dentro? E pior, o que é isso?

Como isso e mais um amontoado de coisas caiu no chão, acabei vendo o que tinha dentro. Era uma daquelas molduras gigantes, onde a pessoa poderia colocar um quadro na vertical para fazer pinturas e desenhos. Só pelo tamanho, com certeza devia ter custado uma nota.

Não que ache estranho essa compra vinda do Liel, mas desde quando ele ficou tão interessado nisso? Ele sempre pareceu desenhar por obrigação. Na verdade, vai que isso mudou e ele pegou o gosto pela coisa. Nunca se sabe.

Independente do motivo dele ter comprado isso, guardei a caixa de volta de uma maneira que coubesse dentro do armário. Enquanto erguia o papelão, escutei a batida da porta da frente. Levando em conta o horário, com certeza o demônio tinha voltado da faculdade.

Fui lá cumprimentar ele, quando cheguei na sala…

— Cê só pode tá de brincadeira…

Tava tudo voando. Cocei os olhos pra ter certeza, me dei três tapas na cara e… é, tudo ainda continuava levitando. O cômodo tava uma zona completa. A televisão, a mesa, os copos que tava na cozinha e em cima do balcão, tudo tava no ar como se tivesse sem gravidade no ambiente. Tipo uma daquelas cenas de filme de gente que foi pro espaço.

E no sofá, estava o moleque com a cara enfiada na almofada e abraçando os próprios joelhos. Estranhei a batida forte na porta, mas era até que óbvio que ele chegou irritado. Não sei porque, mas tive a sensação de que se eu tentasse me aproximar, sairia voando sem mais nem menos; então, por precaução, fui na cozinha e peguei um chocolate na geladeira..

— Liel.

Chamei seu nome pra ver se pelo menos ele reagia, mas a única resposta que veio foi um grunhido abafado.

— Ei,. Vamos, fale comigo. — Me sentei ao seu lado. — Quê que tá pegando? É a primeira vez que cê chega assim em casa.

Agora que estava mais perto, dava pra ter uma ideia do seu nível de irritação. Tava meio quente e parecia ter uma aura vermelha em sua volta, como se fervesse de ódio.

— Aqui — Coloquei o chocolate perto dele, — fique calmo. Sei que é o seu favorito. Se você fizer todas essas coisas pararem de voar, deixo você comer.

Finalmente ele olhou pra mim, mas sua cara não era a de alguém que acreditava no que estava falando.

Sigh… Pelo amor de deus, colabora comigo! O chocolate não é de mentira. Me obedeça e ele é seu.

Depois de muita luta, ele fez o que pedi. Aos pouquinhos, os móveis e os objetos que estavam flutuando começaram a ir pros seus devidos lugares, devagar. Quando tudo ficou organizado de novo, o garoto tirou a cara da almofada e começou a abrir a embalagem do doce.

— Então… Quer me contar o que aconteceu?

Liel deu uma mordida e mastigou por um tempo antes de falar:

— Eu… odeio todos eles. Filhas da puta!

— Quem você odeia? Explique.

— O pessoal do grupo. — Ele voltou a comer e agora falava de boca cheia e com raiva. — A gente foi fazer trabalho hoje e passaram a tarde inteira falando mal de mim pelas costas. Disseram que as peças que desenhei estavam boas… mas na hora que saímos da sala, escutei elas dizendo que tudo o que eu tinha feito tava uma merda.

Seus olhos começaram a lacrimejar. Seu ódio se misturou com tristeza.

— Eles só… falaram mal do meu desenho. Mesmo depois do tanto que me esforcei…

Essa foi a gota d’água para ele começar a chorar de vez. De repente, veio uma dor no peito que parecia que meu coração ia explodir. Não queria invadir seu espaço pessoal, mas não consegui ficar quieta depois disso.

— Ei, ei. Não chore. — Fui correndo de novo até a cozinha e peguei um lenço. — Seus desenhos estavam ótimos, Liel. Lembra que eu te disse isso?

— Sim, eu sei, mas eu não consigo acreditar. Só sinto que todo o trabalho que tive foi em vão.

— Que trabalho? Deixa eu ver.

Ele só virou a cara como quem tá com vergonha de alguma coisa. Mesmo que contra a sua vontade, peguei sua bolsa que tava do lado e abri o caderno e acabei me surpreendendo assim que vi a primeira página.

Todos aqueles desenhos tinham melhorado. Não foi só as roupas, mas também a anatomia do corpo e até mesmo os modelos. Tinha mulheres com tipos de corpos diferentes e agora tinha homens também. Até algumas semanas atrás, nem rosto ele desenhava. Mas agora, todos tinham olhos, boca, nariz e até cabelos diversos.

Por que que esse moleque está assim? Conheci ele sendo alguém que fazia o inferno na vida dos outros e não parecia ser facilmente provocado por um “seu estilo de desenho é feio”. Acho que se eu falasse algo assim naquela época, ele me mandaria tomar no cu e estaria pouco se fodendo pro meu comentário ou que outras pessoas fizessem. Todo mundo odiava ele pelo mesmo motivo que eu ou ele agia de maneira diferente com outros?

Sinceramente, não me importo. Quem quer que tenha feito isso, com certeza é uma das pessoas mais babacas que já conheci. Recomendei ele ficar longe desse tipo de gente, mas o problema é que, pelo o que parece, a sala inteira dele é cheia dessas pessoas. O jeito vai ser ensinar ele a ser um babaca de novo, ou pelo menos ficar mais vigilante sobre quem se aproxima.

— Liel, cê melhorou pra caramba. Não tem nada de ruim aqui.

Ele olhou pra mim com cara feia, como se eu tivesse mentindo.

Puta que me pariu… Escuta aqui, seu moleque. — Peguei na sua gola da camisa e o puxei. — Tá vendo isso aqui? Foi você que desenhou! São roupas bonitas. Com certeza até eu usaria mesmo que não façam o meu estilo. Nem eu que aprendo as coisas rápido conseguiria fazer o que você faz. Não me venha com cara de choro porque alguém se acha dona da razão e pode dizer que o que você faz é bom ou não.

Ele me encarou com uma feição de choro ainda maior. Acabei me exaltando com as palavras.

— Cê acha isso mesmo…? — Seu rosto ficou vermelho.

Não menti em nada que falei, mas sinto que deixei minha boca tagarelar mais do que devia.

— Moleque, você tá vermelhinho. Não me diga que foi por conta do meu elogio…

Nós dois ficamos em silêncio, isso até ele ficar putinho de novo.

— Então se o jeito que reagi te incomoda, porque você elogiou, inferno?!

— Quê?! Você chega triste do nada, eu tento te confortar e tu me agradece desse jeito? Se queria alguém pra babar o seu ovo, era só dizer, idiota!

E voltamos à estaca zero de novo. Nada muda nessa casa. Minha vontade foi de dar um soco na cara dele e na minha também, principalmente pelas asneiras que eu falei. A gente quase começou uma briga, mas por sorte, porque eu não ia sobreviver pra contar história, o gato decidiu aparecer.

Meow!

Ele pulou na mesa em frente ao sofá e ficou olhando pra nós dois. Ter aqueles olhinhos azuis me encarando tirou a minha atenção da briga por um momento, mas quem ficou distraído mesmo foi o outro abraçou o felino na mesma hora.

— Cappuccino!

Nem parecia que tinha ficado puto a alguns minutos atrás. Francamente. Esse garoto ainda me mata.

Enquanto ele ficava brincando com o bichano, fiquei observando tudo no meu canto. Era estranho, mas toda a alegria do menino com o nosso gato me trouxe uma sensação estranha. Antes, quando ele chegou, era como se tivesse sentindo a mesma raiva e tristeza por conta do que aconteceu. Só que agora, ver ele sorrir, me traz um conforto; uma calmaria.

É estranho pensar isso? Talvez seja, porque nada muda o fato de que quero esganar o moleque. Acho que aquele contrato estranho deve ter alguma influência nisso, mas não consigo elaborar.

— Ei, garoto. Cê jantou na faculdade?

— Ah, não. — Ainda continuava brincando com o gato. — Por que?

— Cê tá com fome? Tava pensando em fazer um lanche e assistir alguma coisa na televisão.

Ele olhou pra cima, pensativo.

— Se for alguma coisa doce…

— Moleque, larga doce de mão. Vai criar cárie nos dentes desse jeito. Vou fazer algo que preste pra você comer

Como é um inferno lidar com uma pessoa com paladar infantil. Pelo menos, ele continua o mesmo garoto mimado de sempre. Não vou reclamar.

Ele passou pro quarto. Enquanto fui pra cozinha lavar a louça que tinha deixado jogada lá e também preparar algo pra comermos, o moleque foi tomar um banho. Depois que terminei de fazer a comida e o Liel voltou pra sala, nos sentamos no sofá e fomos assistir algo na televisão. Não tinha ideia do que poderia ser interessante a essa hora da noite. Só tava passando noticias na maioria dos canais, então não sabia o que escolher. Fiquei apertando o botão do controle até cair em algum canal que fosse do interesse do demônio.

— Espera, para nesse.

Parou num daqueles programas cópias do “Quem quer ser um milionário”; pensei que só passasse nos fins de semana. Tinha um quadro com uma palavra escondida e os participantes tinham que adivinhar as letras. Fazer diferente e não copiar que é bom, nada, né? Não consegui não sentir tédio olhando pra toda aquela gente perto da mesa chutando letras avulsas. Bem, pensei que o garoto também fosse ficar entediado, mas ao invés disso…

— Caralho! Que mulher burra! Presta atenção!

Ele começou a ficar revoltado com a mulher que não tinha percebido a palavra no telão. Já tinha ficado óbvio? Pois assim como a idosa que tava participando, eu não fazia ideia do que era. Ficaria mais perdida que cega em tiroteio.

“Sinto muito, senhora. Não tem essa letra”, o apresentador anunciou. Dava pra ver a frustração em seus olhos com as palavras do homem. Imagino que ela tenha a esperança de ganhar pra fazer alguma coisa com esse dinheiro. Talvez ajudar os filhos ou melhorar de vida. Se for isso, nem a julgo. Não tem nada a ver comigo, mas espero que ela ganhe.

— Vai, titia! Fala a letra “O”! Foi a única vogal que ainda não falaram! — Liel tava mais exaltado que velho assistindo jogo no bar.

Eu ia ficar quieta, só que toda essa agitação começou a me contagiar, então taquei o foda-se:

— Vai, caralho! Fala a letra “L”!

Obviamente toda essa zoada ia dar o que falar, mas quem ligava? Só me deixei levar pelo momento. Cada grito de torcida tornava tudo mais divertido, ainda mais quando parecia que o que a gente gritava era escutado do outro lado da televisão. Em um momento, colocaram as letras que pedimos, agora era só questão de tempo até dizer a palavra completa.

Ficamos em silêncio, esperando. O outro senhorzinho errou, então se mais alguém errasse, finalmente seria a vez dela. Para a nossa alegria, essa outra pessoa também errou. Foi dado um cronômetro de dez segundos para dizer a palavra, mas quando chegou na vez da senhora e ela abriu a boca…

Perdão, eu não sei.

Foi frustrante. Nunca pensei que ficaria tão revoltada por conta de um joguinho idiota em TV aberta. Liel, por sua vez, ficou tão puto quanto, mas na hora que o outro participante chutou a palavra completa e ganhou o prêmio, o moleque faltou quebrar a televisão. Tive que segurar ele com toda a minha vida, se não ia doer no meu bolso. Felizmente, nenhum eletrônico foi quebrado, mas já podia esperar a reclamação de algum vizinho do lado de fora por conta da gritaria.

Dito e feito. Não deu dois minutos e alguém bateu na nossa porta. Foi o velho que mora no quarto ao lado.

Ei! Que zoada é essa?!

Ele não parava de bater na porta. Se o barulho tava tão ruim, era só ir na recepção. Depois a gente que é mal educado.

O homem ficou nisso por uma eternidade. Por segurança, eu e Liel nos calamos. Era melhor fingir que não tinha ninguém em casa e que foi o apartamento ao lado do nosso que fez toda a baderna. É igual se fingir de morto quando o urso te caça no mato… Digo, nunca fui caçada por um. É só uma comparação.

Mas foi engraçado. Escutar aquele coroa xingando a gente, mesmo que com razão, me deu vontade de rir. Por outro lado, o garoto já devia tá se segurando a meia hora. No momento que pararam de chutar a porta da frente e tudo ficou em silêncio, o moleque soltou a pérola:

Que velho broxa do caralho… 

Foi o suficiente pra eu rir igual uma hiena. Puta que pariu. De todas as coisas que já esperei nessa vida, a última delas foi o demônio chamando alguém de broxa. Se já não bastasse isso, ele ficou rindo da minha risada. Não fiquei incomodada; pelo contrário, gargalhei até a barriga ficar doendo. Quando fui conseguir recuperar meu fôlego já tava quase indo dessa pra melhor.

Nunca mais vou rir desse jeito na minha vida.

Depois de quase passar mal, voltamos a assistir televisão, dessa vez sem acordar o prédio inteiro. Nem vi o tempo passar, então quando comecei a sentir sono, já deveria ser umas duas da manhã, isso sendo bem otimista. A programação já tava exibindo aqueles filmes de ação da madrugada. Em alguns outros canais, havia conteúdos… inapropriados. Preferi passar longe deles pra não causar outro alvoroço.

Quando me levantei pra ir pro quarto, chamei o Liel pra vir junto, só que essa altura do campeonato, o outro já tinha dormido no sofá mesmo. Só consegui pensar na dor nas costas que ele ia sentir de manhã.

Como não tinha como carregá-lo pra beliche por conta da escada, achei melhor deixá-lo do jeito que tava. Fui até a sua cama e peguei seu travesseiro e lençol, depois voltei pra sala e o ajeitei para dormir com um pouco mais de conforto.

De novo isso. Nunca aprende.

Após isso, voltei pro quarto e me deitei. Na hora que abracei meu cobertor, meu corpo pesou igual uma bigorna. Senti uma brisa fria vindo pela janela e isso foi o suficiente pra eu me cobrir rapidinho. Era o conforto que eu precisava pra adormecer de vez. Quando me dei conta, já tava era vendo estrelinhas.

 

Notas:

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