Apocalipse de Yohane Brasileira

Autor(a): Henrique Ferreira


A1 – Vol.2

Capítulo 44: Felicidade é um luxo que não lhe convém

O ambiente ao redor mudou, como se fosse água em um liquidificador. Uma voz familiar ressoou ao redor, como um eco.

— Maggie, eu tava conversando com a Shijie esses dias, e ela me fez ficar com vontade de comer comida chinesa! — Era a voz de Tera, em uma lembrança que tomava forma ao redor de Magda.

A raposinha estava jogada no sofá, de barriga pra cima. Reclamava sobre seu desejo alimentar para a colega de quarto, que fumava na janela do apartamento.

— Então vai comprar. Até onde sei, você tem uma forma humana para sair de casa — Uma Magda mais jovem respondeu, friamente.

— Mas eu sou sua raposinha de estimação, você tem que cuidar de mim! Você prometeu pra Kaguya!! — Continua a reclamar, rolando no sofá até cair no chão.

— É…, mas agora estou considerando te levar pra um canil, sua vira-lata.

— Que maldade! Já parou pra pensar em como meu pelo branquinho ficaria num lugar daqueles? Até minhas manchas vermelhas acabariam ficando pretas!

— Problema seu. E se continuar reclamando, eu ainda pago pra eles ficarem com você.

— Vamos, Maggie!! Hoje é sexta, temos que nos divertir de algum jeito. Você pode fumar lá fora, dar uma espairecida, comprar a comida e, quando voltar, a gente pode assistir um filme de romance bem meloso. Do jeito que você gosta.

As bochechas de Magda ficaram levemente coradas, e rangeu os dentes. Mas, antes que pudesse transformar a raposa num tapete, respirou fundo e deixou os ombros caírem.

— Você não vai me deixar em paz enquanto eu não concordar, né?

A raposinha balançou a cabeça, assentindo. Magda apertou a ponte do nariz e amassou seu cigarro no cinzeiro, indo até a arara próxima da porta para conferir a carteira em sua bolsa.

— E então, o que você quer?

— Hm… um pouco de frango gang bao e mapo tofu cairia bem... Ah, e alguns rolinhos primavera pra sobremesa! A Shijie disse que conhece um bom restaurante aqui perto, vou te mandar o endereço.

— Okay…, mas é a última refeição especial do mês. Nem adianta implorar no fim de semana que vem.

Wakatta! — A autodeclarada deusa do sol assentiu em japonês, enquanto limpava sua pata dianteira com a própria língua.

Magda riu de desdém.

— E pensar que você era a deusa mais poderosa do Japão, e agora tá aqui, implorando por comida no sofá do meu apartamento alugado. Que decadência.

— Vai logo comprar a comida, humana! — Tera pulou no braço do sofá e rosnou, envergonhada.

— Tá. Volto em uma hora. — Colocou a bolsa no ombro e saiu do apartamento. Quando tocou o chão, colocou seu capuz e não pensou duas vezes em acender outro cigarro.

— Eu lembro disso… — disse a Magda do presente. 

— Em que posso lhe ajudar, senhorita? — O ambiente mudou e a cena avançou, mostrando um restaurante com temática oriental. Uma garçonete chinesa vestindo um belo vestido temático, com olhos escuros e um longo cabelo liso preso em um coque chegou e, assim que viu o rosto por baixo do capuz de Magda, arregalou os olhos. — Ah! Você realmente existe! — disse a garçonete, subitamente, fazendo a alemã franzir a testa.

— Err… eu te conheço?

— Ainda não, imagino. Você é amiga da Jie, né? A descrição foi bem detalhada…

— Amiga da Jie… — Então ela se tocou, e quase conseguiu ouvir tanto Shijie como Tera pedindo desculpas com um sorriso travesso no rosto. — Aquelas desgraçadas... então armaram isso?

— Olha, eu também estou achando bem estranho toda essa situação, mas eu prometi a Jie que iria dar uma chance, só pra ela largar do meu pé, então… pode esperar só mais uns vinte minutinhos? Meu turno está quase acabando. — Suas pálpebras baixas faziam seu olhar parecer misterioso, mas era notável a gentileza em seu semblante.

— Ela pensou que eu sabia sobre o encontro marcado. — Um sorriso fraco surgiu na Magda que observava a lembrança.

Sem graça por ter sido abordada tão de repente, Magda apenas assentiu sem pensar. Não estava interessada em ter um encontro, mas pensou que a situação iria ser pior caso só fosse embora.

— Certo — disse a mulher com um sorriso aliviado. — E então, qual vai ser seu pedido?

Magda fez uma expressão confusa, até que lembrou do motivo de ter ido até ali. Tera queria comida chinesa, ou ao menos era isso que ela pensava.

— Eu devia levar algo que ela detesta pra compensar por isso. O problema é que aquela vira-lata come de tudo... — Até que um sorriso travesso se formou no rosto de Magda assim que ela se lembrou de uma das poucas coisas que a raposinha não gostava. — Olhou para garçonete e fez o pedido. — Pode me trazer dois frangos gang bao e dois mapo tofu, por favor? E com pimenta vermelha extra em um de cada. Pra viagem.

— Certo... — A garçonete anotou o pedido. — Algo mais?

— Ah, e dois rolinhos primavera.

— Anotado. Vai comer com alguém em casa, hoje? — A moça perguntou, tentando esconder sua ansiedade por trás do sorriso.

— Minha colega de quarto também é amiga da Jie. As duas que organizaram esse “encontro”. A pimenta é pra ela.

A moça soltou uma risada, que logo foi escondida com o bloco de notas que tinha em mãos.

— Entendi. Vou trazer seu pedido em breve.

— Espera, qual seu nome?

— É Mei — respondeu sorrindo e foi até a cozinha.

— Então foi assim que você a conheceu? — A voz da bruxa ressoou. — Que patético.

A Magda que observava toda aquela lembrança apenas ignorou a voz, prestando atenção em uma das poucas boas memórias que possuía. O ambiente se transformou novamente, havia sacolas nas mãos de Magda, e ela saia do restaurante junto de Mei, que tinha trocado de roupa e estava usando calça e moletom.

— Desculpa não estar muito arrumada, a Jie me infernizou a semana inteira e eu só resolvi aceitar hoje à tarde. Não tive tempo de me preparar.

— Não esquenta com isso, foi mal por vir fedendo a cigarro.

— Ah, menos mal. Achei que poderia te incomodar.

Mei tirou um cigarro da bolsa e acendeu, tragando um pouco antes de soltar a fumaça. Magda sorriu surpresa e fez o mesmo. As duas fumavam enquanto caminhavam até o parque próximo.

— Como conheceu a Jie? — Magda perguntou despretensiosamente, com as mãos nos bolsos da jaqueta. O capuz ainda cobria sua cabeça.

— Nós estudamos juntas a vida toda, desde o primário até o colegial. Mantivemos contato mesmo depois que eu deixei Pequim pra fazer faculdade. Até hoje não sei como somos amigas, considerando quem é o pai dela.

— Jie sempre detestou a formalidade com que as pessoas a tratavam, tudo que ela queria era ser “um membro comum da sociedade”, nas palavras dela.

— É verdade. Fico surpresa de o Sr. Hao ter deixado ela estudar em escola pública. Ser a filha do presidente da China não foi fácil, todo mundo sentia o peso do nome dela, mesmo que a Jie em si fosse uma das pessoas mais legais daquele lugar. Vamos sentar?

Chegando ao parque, as duas sentaram em um banco de praça, observando o céu claro daquela noite. Elas conversaram sobre tudo que podiam, tentando se conhecer melhor. Mesmo que Magda fosse introvertida e não lidasse bem com interações sociais, Mei era tão carismática que era difícil deixa o papo morrer. Após longos anos, a jovem alemã podia dizer que estava se divertindo de verdade. Claro, sempre tinha Tera para conversar, mas mesmo sendo sua melhor amiga, a raposa tendia a ser mais um estorvo do que uma companhia agradável.

Mas tinha uma coisa que Mei estava curiosa desde que viu o rosto de Magda no restaurante. Evitou o assunto até então, mas naquele momento como as duas tinham se aproximado, resolveu perguntar.

— Posso perguntar sobre a cicatriz no seu rosto?

Os olhos de Magda se escureceram por completo e a ela, que já não estava olhando para Mei, virou o rosto por completo, envergonhada.

A garota chinesa colocou os dedos suavemente no maxilar e virou o rosto de Magda com delicadeza, fazendo-a finalmente olhar em seus olhos.

— O verde dos seus olhos é tão bonito… você não devia esconder eles.

— Quando eu era pequena, meu pai dizia que meus olhos brilhavam como a lua refletida no rio de uma floresta. — Suas pálpebras se fecharam, sentindo o toque suave no rosto. — Mas isso faz tanto tempo… hoje, a única pessoa com quem converso diz que eles são mais escuros que o céu nublado das noites de inverno.

— O que aconteceu pra eles perderem o brilho? — perguntou Mei, tirando lentamente o capuz da mulher ao seu lado?

— Foi meu tio que fez isso comigo. — Ela começou a desabafar por instinto. Era como se o peso em seu peito fosse tão grande, que ela só queria descarregar, independente de quem fosse receber aquilo. — Ele estava com raiva da minha mãe, e descontou em mim. Minha família se despedaçou naquele dia. Meus pais se separaram, meu pai foi pra América com meu irmãozinho, minha mãe fugiu… e eu fiquei sozinha.

Lagrimas começaram a escorrer. Ela não queria chorar, não gostava de parecer vulnerável pra ninguém, ainda mais pra uma desconhecida. Mas não conseguiu controlar, foi a primeira vez que pôde falar com alguém sobre aquilo, sobre a dor que sentiu nos últimos cinco anos.

— Me desculpa. — Ela se afastou, virando o rosto e limpando seu rosto, envergonhada. — Você não concordou com isso pra ficar ouvindo uma menina chorona. Eu tenho que ir.

A mulher fez menção pra se levantar e ir embora, mas Mei colocou a mão sobre sua coxa e a olhou com um sorriso gentil.

— Todo mundo tem cicatrizes, Magda, só ocorreu das suas serem visíveis. Mas ninguém tem o direito de te julgar por elas. E, honestamente, quando olho nos seus olhos a cicatriz desaparece, e eu até consigo entender as palavras do seu pai.

A alemã arregalou os olhos molhados, incrédula com aquelas palavras. Se isolou do mundo desde o ataque de Asmodeus, pois tinha medo. Medo de conhecer, medo de ser julgada. E ali estava, pela primeira vez em cinco anos, alguém que dizia palavras gentis pra ela.

— Você quer jantar lá em casa? — Imediatamente tapou a boca com as mãos, percebendo que falou alto demais.

Mei soltou uma risada e se levantou do banco, sorrindo para a companheira.

— Bom, eu estou morrendo de fome.

O coração de Magda estava mais leve, e um pouco mais caloroso. Mei não iria apagar o passado dela com palavras bonitas, mas, seu sorriso poderia, ao menos, deixar a vida um pouco mais fácil de se viver.

— E depois disso, vocês construíram um relacionamento muito sólido, não é? — A voz família da bruxa voltou a ressoar, tirando a Magda do presente de seu devaneio. — Uma pena que não durou muito.

O ambiente mudou. Estavam em um beco de Londres. Magda lembrou imediatamente daquele lugar. Sua versão mais jovem estava no chão, paralisada.

Aos seus pés, havia o corpo de uma jovem que lutava para sobreviver, enquanto tentava não engasgar com seu próprio sangue. Mei agonizava, com três adagas magicas atravessadas em seu peito e abdômen. As armas de cor rosada desapareceram em pó, mas as feridas continuaram ali.

— Magda… o que tá acontecendo? Magda, eu tô com medo, segura a minha mão — disse Mei, em agonia.

A alemã encarava aquilo com os olhos horrorizados, suas mãos trêmulas estavam congeladas, não conseguia movê-las.

— Por favor, Magda. Segura a minha mão, eu não quero morrer. Me ajuda… por favor…

Mas então os pedidos pararam. Os olhos de Mei ficaram acinzentados e Magda, quando se tocou daquilo, começou a gritar. Fúria, tristeza, solidão. Todos os sentimentos revirados em seu peito.

Á sua frente, uma mulher encapuzada apareceu, com adagas rosadas nas mãos. Sua voz era firme e rancorosa.

— Você está sentindo a dor, não é? Pois não chega nem perto do que você merece por seus pecados. Você não merece ser feliz, Magda Vernichter. E eu farei de tudo pra manter a felicidade longe de você.

—POR QUE FEZ ISSO?! QUEM É VOCÊ?!

— Eu sou sua cruz, sua sina. Sou a pessoa que vai garantir que você pague por seus pecados.

O ambiente mudou outra vez, se tornando escuro, frio e desolado. Várias memorias mostradas de uma só vez. Todas as pessoas que Magda falhou em salvar, a encaravam com olhos cinzas e sem brilho.

— Você lembra disso, não é? Eu disse que iria garantir que a felicidade ficasse longe de você. — A voz se materializou, se formando em uma mulher encapuzada: A bruxa que persegue Magda. — Tudo que você toca morre. Todas as pessoas que você já amou fugiram de você. Não entende? Uma pecadora como você não merece nada de bom que esse mundo possa oferecer. As únicas coisas que lhe aguardam no fim é desespero, solidão e morte.

Os joelhos de Magda tremeram, não suportando o peso do corpo nem do remorso. Caindo ajoelhada, com a cabeça baixa, ela falou:

— Então me mata.

— O que disse?

— Magda!

— Já que eu não posso ser feliz, me mata de uma vez. É isso que você quer, não é? — lagrimas frias escorreram em um rosto inexpressivo. — Eu estou há quinze anos suportando isso, essa dor, essa culpa. Eu tentei superar, de verdade. Todas as minhas tentativas de acabar com minha vida falharam, então eu menti pra mim mesma, pensando que era um sinal. Um sinal de que havia esperança. Mas você mesma disse, eu não tenho o direito de sentir esperança. — Magda encarou a bruxa com um sorriso desesperado. — Por favor, me mata…

— Magda!

— Finalmente entendeu, não é? Não se preocupe, te darei uma morte rápida. — Uma adaga de energia rosada surgiu na mão da bruxa. — Afinal, não importa o quanto eu te odeie, você ainda é minha...

— Magda! — Uma voz ecoou.

— O que?! — A bruxa se assustou com a voz, que chamava pelo nome de sua vítima.

Uma pequena chama apareceu na escuridão, fraca, mas que chamava a atenção e iluminava ao seu redor.

— Magda, eu sei que aconteceram muitas merdas com você, mas acha que pode simplesmente desistir? — disse a voz, com um tom firme. — Eu entendo, a dor é sufocante e te faz querer desaparecer, mas não ouse fugir sem lutar!

— Sem lutar? Sem lutar?! Eu estou lutando a quase duas décadas, mas essa é uma batalha que não posso vencer. Eu preciso pagar pelo que fiz!

— Se recompõe, mulher! Se quer mesmo pagar pelas pessoas que não conseguiu salvar, é melhor ficar viva e lembrar delas!

Magda arregalou os olhos, e um pequeno brilho surgiu em seus olhos.

— Elas podem ter morrido, mas enquanto você se lembrar delas e dos bons momentos que viveu com elas, nunca deixarão de existir! Então, por favor, engole o choro e pega a minha mão!

Magda rangeu os dentes, colocando a mão no rosto e movendo as pernas para se levantar.

— Como eu sou patética…

— Não, você não pode levantar. — A bruxa disse, em desespero. — Você tem que aceitar seus pecados.

— Ah, eu vou aceitar. Aprender a conviver com esse remorso já é punição suficiente.  — Magda se levantou.

— Desgraçada… Quem você pensa que é?! — A bruxa avançou em Magda, furiosa.

Em resposta, a alemã puxou a franja para trás, revelando suas pupilas verdes brilhantes. Assim que a bruxa se aproximou o suficiente, a caçadora saltou girando e acertou seu rosto com um chute.

— Eu sou Magda Hoffman Vernichter! Filha de Marko e de Uriel! E eu não deixarei que uma maldita bruxa dite o meu destino!

Magda saltou e alcançou a chama, a segurando forte em suas mãos. Após isso, uma luz forte surgiu e todo o local se iluminou, revelando Yohane, que segurava a mão da alemã. O labirinto por completo começou a queimar, desaparecendo em chamas.

— Apareceu na hora certa, garota — falou Magda, agradecendo do seu jeito orgulhoso.

— Eu falei pra confiar em mim — Yohane respondeu, com um sorriso travesso no rosto.

— Inclusive, você conseguiu domar a Fênix bem rápido. Ela já tá pousando no seu ombro como se fosse o papagaio de um pirata. — Magda olhou para a ave com a testa franzida.

— Eu ainda posso te queimar viva, sabia disso? — disse a ave, abrindo as asas agressivamente.

— Olha que bonitinha, ela abrindo as asas tentando parecer brava. — A ruiva acariciou o peito de sua nova companheira, que reclamou.

— Nunca fui tão humilhada na minha vida…

A bruxa se levantava do chão, com sangue escorrendo de sua boca. — Você só precisava morrer, Magda. POR QUE NÃO CONSEGUE FAZER NEM ISSO?!

— Como a garota disse, eu devo isso àqueles que se foram. Ficar viva é minha punição, e você não vai conseguir tirar isso de mim. Não mais.

— Não. Não vou permitir isso… não vou perder a oportunidade que ela me deu... VOCÊ MORRE HOJE, MAGDA!

— E lá vamos nós.

Magda e Yohane disseram ao mesmo tempo, e então toda a estrutura colapsou em cinzas, permitindo que a bruxa se concentrasse inteiramente na batalha. Ao mesmo tempo, Nikeia voltou para o copo da ruiva. Quando o cenário natural daquela planície de Faroe se revelou, as três adversárias se encararam, em silêncio. Apenas o som do vento gélido podia ser ouvido.

A bruxa, conjurando uma espada de magia, arrancou a gargantilha do pescoço, e os olhos escondidos pelo capuz, brilharam em um rosa forte. Porém, Magda e Yohane não se deixaram abalar, se preparando para a batalha final que estava prestes a ter início.

Vernichter, erguendo as mãos, fez suas correntes esmeralda surgirem.

Pride, ao mesmo tempo, cerrou os punhos e os infundiu por chamas que subiam até seus cotovelos. Após um segundo, respirou fundo e abriu os olhos, que naquele momento brilharam avermelhados.

— Yohane… — disse Magda, relutante. — Eu tenho que fazer umas perguntas pra essa bruxa, então, só hoje… vamos fazer do seu jeito.

A ruiva franziu a testa, mas então entendeu o que a parceira queria dizer, com um sorriso enorme no rosto.

— Sem matar?

Magda apenas acenou. Ainda estava hesitante, pois sempre tinha matado seus inimigos antes mesmo deles terem a chance de se defender. Mas, naquele momento, ela precisava da bruxa viva.

— Bora lá! Porrada nela! — Yohane comemorou e partiu em direção a inimiga, seus olhos brilhavam escarlate, mas diferente de outras ocasiões, não estava irritada. Finalmente tinha alcançado um certo equilíbrio com a poderosa entidade que estava dentro do seu corpo.

Apoie a Novel Mania

Chega de anúncios irritantes, agora a Novel Mania será mantida exclusivamente pelos leitores, ou seja, sem anúncios ou assinaturas pagas. Para continuarmos online e sem interrupções, precisamos do seu apoio! Sua contribuição nos ajuda a manter a qualidade e incentivar a equipe a continuar trazendos mais conteúdos.

Novas traduções

Novels originais

Experiência sem anúncios

Doar agora