O Anjo da Porta ao Lado Me Mima Demais Japonesa

S.S. Vol 8.5

Short Story 5: Um Pouco de Esquema e... Preocupação?

“Então, Sou-chan, qual é sua opinião sobre o Fujimiya-kun?” Ayaka perguntou de repente, casualmente entrando na casa de Souji no meio de um de seus exercícios. O próprio Souji estava acostumado com Ayaka invadindo seu quarto sem aviso prévio — na verdade, ele havia permitido, então não ligou. Ainda assim, Souji ficou um pouco perplexo com sua pergunta repentina. Só um pouco, pois ele havia se acostumado com a tendência de Ayaka de trazer tópicos abruptos.

“Não sei o que dizer, honestamente... Ele é um cara bem tranquilo de se estar por perto, eu acho.”

     Ela provavelmente quer dizer como seu colega de trabalho, Souji adivinhou.

   Amane era colega de classe e amigo de Ayaka, mas foi ela quem o convidou para o trabalho, então parecia que ela estava preocupada com como as coisas estavam progredindo nesse sentido.

   Souji não tinha más impressões de Amane, seu novo colega de trabalho e colega de escola. Embora Amane estivesse cercado por pessoas animadas, incluindo Ayaka, ele próprio tendia a ser bastante calmo e modesto. Ele era mais reservado do que extrovertido, e tinha um comportamento gentil. Souji o considerava sensato e não achava sua companhia desconfortável nem penosa, mesmo em silêncio.

   Com base nisso, Souji não tinha nenhum escrúpulo ou problema com Amane. No entanto, um sorriso estranho começou a surgir no rosto de Ayaka quando ela ouviu sua resposta.

“Entendo, entendo”, ela disse em um tom leve.

“O que há com esse sorriso?” Souji respondeu.

“Hmm? Sou-chan, você não percebeu que realmente gosta muito dele, percebeu?”

   Souji piscou várias vezes com o comentário dela, vendo o rosto de Ayaka se soltar em diversão cada vez mais. “...O Fujimiya não é irritante. Só isso”, ele respondeu.

“Afinal, você não gosta de pessoas irritantes, gosta?”

“Sim. Embora você também possa ser irritante às vezes, Ayaka.”

“Isso significa que você, na verdade, me odeia!?”

“Não. O que me incomoda são pessoas que não têm bom senso, consideração e um botão liga/desliga. Ayaka, você pode ser uma borboleta social por fora, mas, na verdade, é do tipo que fica silenciosamente absorta em seus próprios hobbies.”

“Exatamente, como eu estou absorta por você!”

“Certo, certo. Não tente casualmente apalpar meu abdômen.”

   Enquanto Ayaka brincava com as mãos sobre seu estômago enquanto ele fazia abdominais, Souji estreitou os olhos para ela. Ela murmurou: “Certamente não fará mal algum...” soando um pouco insatisfeita, mas ela graciosamente deu um passo para trás, sabendo que estava atrapalhando.

   Normalmente, Ayaka observava Souji malhar com um sorriso alegre, mas hoje, havia uma sensação de alívio em sua expressão, um sorriso de contentamento que parecia dizer que ela estava satisfeita.

“Mas, eu te peguei. Se for esse o caso, estou feliz. Valeu a pena apresentar vocês dois,” ela murmurou mais para se convencer do que para conversar com Souji, que então suspirou baixinho e se sentou.

“Ayaka, você pode ter ficado preocupada porque eu não tenho muitos amigos na escola, mas isso nunca me incomodou,” ele explicou.

   Souji tendia a se dar melhor com pessoas mais velhas do que com pessoas da sua idade. Ele não estava deslocado em sua classe nem intimamente associado a nenhum grupo em particular. Ele mantinha uma postura de não se envolver muito, e não achava essa situação incômoda. No entanto, parecia que Ayaka estava preocupada com esse aspecto das interações sociais de Souji.

“Eu tenho pessoas próximas, e também tenho você, Ayaka. Nenhuma reclamação minha,” Souji a tranquilizou.

   Ele queria transmitir que sua situação atual em sua classe era simplesmente uma questão de escolha pessoal, e não havia necessidade de ela se sentir preocupada. No entanto, Ayaka respondeu com um comentário sem sentido, dizendo, “Sou-chan, você não percebe que sua aparência pode assustar as pessoas até a morte. Talvez seja por isso que você se dá bem com o Fujimiya-kun.” Ouvindo isso, Souji só conseguiu inclinar a cabeça em perplexidade.