O Anjo da Porta ao Lado Me Mima Demais Japonesa

Tradução: DelValle

Revisão: Mon, Kurayami


S.S. Vol 10

Short Story 6: Outro Dia Ordinário

   Dormir na casa do outro era normalmente considerado um evento especial para a maioria dos casais, mas para Amane e Mahiru, não parecia mais tão especial. Bem, ainda era especial, mas como agora dormiam juntos na mesma casa pelo menos uma vez por mês, isso não fazia mais o coração de Amane disparar como no começo.

   Eles não pretendiam fazer o tipo de ato físico que as pessoas imaginam. Em vez disso, tratava-se de passar um tempo juntos, deitados lado a lado, sentindo o calor um do outro e adormecendo — um momento tranquilo e terno, repleto de uma felicidade reconfortante. É claro que Amane não podia negar que às vezes reagia ou que certos pensamentos ocasionalmente lhe passavam pela cabeça, mas sempre cumpria a promessa deles. Mesmo sem uma conexão física, a felicidade que compartilhavam era mais do que suficiente para ele.

[Kura: Entendo, entendo.]

   Amane passou a apreciar o conforto de deitar ao lado de alguém querida para ele enquanto conversavam sobre o dia, as coisas que os faziam felizes ou os planos para o dia seguinte, antes de adormecerem suavemente. Quando era mais novo, era com os pais. E agora, estava com a garota com quem ele queria passar o resto da vida.

“...Hehe.”

   Mahiru estava aninhada em seus braços quando, de repente, riu baixinho, fazendo Amane acordar da beira do sono.

“O que foi?” perguntou ele.

   Tendo terminado todos os preparativos para a noite e o dia seguinte, o calor que compartilhavam sob as cobertas os encheu de uma indescritível sensação de alegria. Amane, imerso naquele êxtase, fez a pergunta com a voz cansada, e Mahiru riu baixinho mais uma vez.

“Não, nada aconteceu, mas... Hum...”

“Hm?”

“...Eu me sinto tão feliz,” disse Mahiru. “Passar uma noite aconchegante e tranquila juntos assim, não é um luxo?”

   Enquanto suas pálpebras pesadas lutavam para se levantar sob a pressão do sono, Amane viu o sorriso suave e satisfeito de Mahiru, como se ela tivesse acabado de esfregar os olhos. O fato de ela sentir o mesmo o deixava mais feliz do que qualquer outra coisa.

   Sem nem perceber, um sorriso suave surgiu nos lábios de Amane. Querendo senti-la mais, ele gentilmente apertou o braço em volta das costas de Mahiru e puxou seu corpo pequeno e delicado para mais perto. Ele pensou que poderia sentir uma onda de calor, mas, em vez disso, o que o preencheu foi algo calmo e terno — um calor suave que acariciava seu coração como uma brisa cálida de verão.

   Como se fosse a coisa mais natural do mundo, como se esse calor ao seu lado fosse algo com que ele sempre pudesse contar, Amane compartilhou essa proximidade sem pensar duas vezes.

   Mahiru riu timidamente. “...Você é tão quentinho, Amane-kun.”

“Contanto que você esteja confortável, eu não poderia estar mais feliz... Seu calor é perfeito para mim também.”

“Você disse que minhas pernas eram frias antes.”

“Por favor, não me leve a mal... Significa que você se aqueceu com o calor do meu corpo, certo?”

   As pernas de Mahiru, que estavam frias quando se deitaram pela primeira vez, agora estavam quentes e delicadamente entrelaçadas às de Amane. As pontas dos dedos dos pés dela percorriam a panturrilha dele, fazendo-lhe cócegas de leve.

“Isso não te faz pular?”

“De jeito nenhum... Mas aposto que eu conseguiria te fazer pular se quisesse.”

   Antes que Mahiru pudesse perguntar: “Como assim?” Amane passou os dedos delicadamente pela lateral do corpo dela. Como esperado, ela soltou um adorável e agudo “Kyaa!

   Ainda tão sensível a cócegas como sempre, Amane riu baixinho para si mesmo. Em resposta, Mahiru pressionou o joelho contra a coxa dele, fazendo um beicinho suave com um “Eií...” como se isso fosse vingança suficiente. O fato de ela achar que poderia funcionar só a tornava mais adorável, embora ela própria provavelmente não tivesse consciência disso.

“Amane-kun, seu malvado. Da próxima vez, vou levar uma bolsa de gelo comigo.” 

“Por favor, me perdoe.”

“Onde está seu pedido de desculpas?”

“Eu sinto muito.”

“Bom garoto.”

   A expressão de Mahiru tornou-se presunçosa, claramente satisfeita com seu pedido de desculpas correto. Ao ver isso, Amane quase sorriu, mas mordeu o lábio para disfarçar. Ele afagou-lhe gentilmente as costas, sinalizando que era hora de parar de brincar e descansar um pouco. Aproveitando a deixa, Mahiru aninhou o rosto obedientemente em seu peito, soltando um suspiro suave e satisfeito.

   Nunca sendo de ficar acordada até tarde, Mahiru rapidamente adormeceu enquanto Amane acariciava suas costas suavemente. Era uma prova de como ela havia se sentido confortável perto dele, o quanto ela havia baixado a guarda e o quanto confiava nele.

   Ouvindo a respiração constante de Mahiru enquanto ela dormia, Amane sorriu suavemente novamente. Seguindo seu exemplo, ele fechou os olhos. Não era nada extraordinário, mas o calor e o conforto do momento tornavam impossível soltar. Enquanto Amane embalava a felicidade que desejava que durasse pela eternidade, ele deixou sua consciência vagar.

[Moon: Foi como eu disse pro Del, para revisar Otonari eu só preciso de algo salgado, porque o doce… AAAAAAA que fofos!! | Kura: Não tanco esse comentário kkkkkkk. Até a próxima.]

 

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