O Anjo da Porta ao Lado Me Mima Demais Japonesa

S.S. Vol 10

Short Story 1: Uma Fraqueza Mútua no Amor

[Kura: Já começo levando uma pedrada dessa… QUE CAPA meus amigos!]

“Isto é do seu gosto, mocinha?”

   Como prometido, no momento em que Mahiru recebeu a foto de Amane em seu uniforme de meio período (tirada por Miyamoto), ela imediatamente tocou na notificação e a imagem apareceu na tela do celular.

   Ninguém podia negar que o uniforme de garçom tinha um visual elegante, mas não era como se usá-lo fosse fazer Amane se destacar tanto assim. Mesmo assim, ele sabia que sempre era o melhor aos olhos de Mahiru, então não ficou muito surpreso que ela quisesse vê-lo bem-vestido.

   Ele havia enviado a foto pensando que, se isso pudesse deixar Mahiru um pouco feliz, então valeria a pena. De fato, Mahiru estava completamente absorta, e seus olhos estavam fixos na imagem que preenchia sua tela.

“Mahiru?”

“Eu acho que parece sensacional.”

“Sério?”

   Quando ele a chamou, Mahiru abraçou o celular com força e respondeu com um sorriso radiante que era a própria definição da palavra contentamento. Amane ficou aliviado por ter correspondido às suas expectativas. Sua expressão na foto pode ter sido um pouco rígida, graças à provocação de Miyamoto durante a sessão de fotos, mas Mahiru não pareceu se importar nem um pouco.

[Kura: Aquele bom é velho amigo kkkk.]

“Ei, você está sorrindo muito.”

“É por causa de como você está bonito, Amane-kun.”

“Acho que é em parte por causa do traje e de suas lentes cor-de-rosa.” 

“Não é bom ser tão autodepreciativo,” respondeu Mahiru.

“Quer dizer, eu não sou exatamente alguém que sai por aí se dizendo bonito, sabe?”

   Amane não achava que ele estava com uma aparência horrível. Ele havia herdado bons genes dos pais, então imaginava que estava pelo menos um pouco apresentável. Mas não se achava excepcionalmente bonito, nem acreditava que fosse algo para se gabar. Só de se imaginar declarando: “Olha só para mim, eu sou bonito!” ele teve vontade de se fechar de vergonha e se encolher ali mesmo.

“Não custa nada dizer, sabia?” disse Mahiru.

“De jeito nenhum... Admito que pareço bonito para você, mas é só isso que vou dizer.”

“Nossa.”

   Amane podia pelo menos reconhecer que era o mais bonito para Mahiru, e esperava que ela ficasse satisfeita com isso. Enquanto Mahiru murmurava: “Gostaria que você aprendesse a ser um pouco mais confiante,” Amane a observou com um sorriso irônico. Ele tocou o pulso dela de leve.

“...Espere, por que você está tentando casualmente definir isso como seu papel de parede?”

[Moon: 100% husband material, é por isso! Kakakakaka. | Kura: Por essa eu não esperava kakakakaka. | Del: Concordo com a Mon.]

   Ao achar suas bochechas inchadas adoráveis, ele de repente percebeu que ela estava prestes a mudar o papel de parede do celular para a foto. Ele a interrompeu sem pensar. Estava feliz por ter feito Mahiru feliz, mas aquela era uma questão completamente diferente.

“Até você me convidar, eu achava que olhar para isso me satisfaria por enquanto,” ela respondeu.

“Ah, você sabe que sou fraco quando diz coisas assim.”

“Exatamente... Não posso?”

   Mahiru olhou para ele. Sua expressão mudou do beicinho mal-humorado de antes para uma de pura inocência misturada a um toque de travessura brincalhona. Seu olhar deixou claro que ela não esperava que ele recusasse.

   Amane apertou os lábios por um momento antes de soltar um suspiro.

“...Então é isso que significa ser fraco com que você ama.”

   Mahiru deu uma risadinha. “Não se preocupe, não vou mostrar para mais ninguém.”

“Já consigo imaginar a Chitose dando uma olhada e fazendo um estardalhaço sobre isso.”

“...E-eu vou tomar cuidado.”

“Isso não é exatamente reconfortante...”

   Se Chitose tentasse dar uma espiada no papel de parede de Mahiru, não havia muito que Amane pudesse fazer. Mahiru rapidamente cedeu à pressão, o que só deixou Amane ainda mais preocupado.

   Para tentar aumentar um pouco a cautela dela, Amane apoio-se no encosto do sofá onde Mahiru estava sentada, apoiando parte do seu peso sobre ele enquanto aproximava o rosto do dela. Ele podia sentir o corpo dela se mover levemente enquanto suas respirações se misturavam no estreito espaço entre eles. Fixando o olhar nos olhos cor de caramelo dela, ele deixou um sorriso suave curvar seus lábios.

“Não deixe ninguém ver... okay?”

“S-Sim...”

   Amane sussurrou suavemente para ela, sua respiração roçando sua pele.

   Mahiru se encolheu ligeiramente e assentiu repetidamente, concordando claramente.

   Amane sabia muito bem que Mahiru era vulnerável ao seu rosto e voz. Usar isso a seu favor poderia ter sido um ato ilícito, mas Mahiru já havia usado a mesma tática antes. Era justo. Ele sorriu para ela enquanto ela tremia, com o rosto vermelho. Mahiru soltou um pequeno e frustrado “Uuuuh,” um som entre a demonstração de constrangimento e reclamação.

“…Parece que você também é fraca com quem você ama, hein, Mahiru? Agora estamos quites, não é?”

   Mahiru franziu os lábios e deu uma leve pancada no peito dele. Amane, sentindo uma onda de alegria brotar dentro de si, não conseguiu evitar um leve tremor ao absorver o impacto suave, quase imperceptível, mas repleto de afeto.

[Moon: Quem tá vermelha agora sou eu e são 9:10 da manhã… môu! | Del: A Mon fica vermelha.]