Volume 1 – Arco 1
Capitulo 4: Perseguição! (Preliminar)
Luna estava pronta para ir para a escola; vestida com um colete preto, sobre a blusa branca, e uma saia bege, acompanhada de meias e tênis brancos.
A jovem trancou a porta de casa, que mais parecia o portão de um cofre.— Feito de ferro, com fechadura mecânica.
Com sua mochila preta nas costas, ela saltava e cantarolava, cheia de felicidade.
—O meu tio Ruivo é muito bonito, ele me salva do perigo, e gosta muito de mim!🎵
A sua canção foi interrompida quando viu mais de vinte viaturas da polícia, próximo a sua casa.
Mesmo que os guardas não permitisse sua presença no local, a lunariana usou um dos seus dons que lê permitia enxergar coisas a longo alcance.
vários corpos de criaturas bípedes, com rostos de baratas, e corpos de gorilas, estavam empilhados na calçada.
Os peritos estavam com máscaras de proteção respiratória e luvas de nitrilo, procurando descobrir a causa da morte desses monstros.
Luta, passou ontem duas vezes pelo lugar e esses corpos não estavam lá; significa que provavelmente todos foram mortos ontem a noite.
Então, aqueles barulhos de hiena, provavelmente eram desses monstros, e seu alvo não podia ser ninguém menos que ela, que andava sozinha pela rua.
— Eu preciso chegar na escola!
Ela apressou os passos, deixando tudo nas mãos dos policiais e Consegue chegar na escola, ao mesmo tempo que seus amigos.
— Bom dia, Luna! — cumprimentou Dante, muito feliz.
Ignorando o cumprimento do amigo, a lunariana sobe as escadas, e entra na escola. Chateado, Dante perguntou para Dingo.
— Eu sinto que a Luna está estranha!
— Estranha ela sempre foi!
— É, mas dessa vez ela me parecia muito assustada!
— Vai ver que viu o seu reflexo no espelho!
— Pelo menos ela alcança o espelho! — disse Dante na “lata” de Dingo —Dante caminha até as escadas, e subindo, entra na escola.
Dingo chocado com a grosseria do amigo, ficou sem palavras.
— Vai ficar aí ou vai escalar as escadas para entrar? — zoou Dante mais uma vez.
— Esse ruivo, infeliz, tá muito engraçadinho! Se ele não fosse o meu amigo eu quebrava a cara dele! — falou o marciano de braços cruzados.
Dingo subiu as escadas, e ao chegar na porta de entrada, o jovem ruivo estava de braços cruzados, perguntando:
— O que foi que tu disse?
— Eu disse que tu é o meu melhor amigo, que nunca me bateu! — falou o marciano soando intensamente.
Dante agarra a nuca de Dingo e os dois entram na escola, sem saber que no teto, o suposto marciano adulto, encapuzado, os observava.
— A vida é como um paradoxo sem fim! — falou o homem, de braços cruzados, com um sorriso forçado.
(...)
Na sala de aula, a professora estava muito contente porque todos os alunos chegaram cedo.
— Muito bem, é assim que deve ser! Peguem os livros e comessem a estudar!
Dante, com a mão na testa, se lembrou que saiu tão rápido de casa que se esqueceu de levar a mochila.
Logo o desespero de ter esquecido a mochila vai embora quando viu Luna sentada nas últimas carteiras, e percebeu que a jovem realmente estava com problemas.
— Luna, senta aqui com a gente!
— Não, Dante. Hoje eu quero ficar um pouco isolada!
— Minha nossa, A menina mais fofoqueira do colégio quer ficar isolada? O que foi que aconteceu? A professora Spartane te deu uns tapas na surdina?
— Olha, seu anão intrometido! Me deixa em paz! — falou a lunariana batendo as palmas na carteira.
A professora Spartane, acreditou que Luna queria focar mais em seus estudos e ficou muito contente.
— Isso mesmo, Luna! A aula não é lugar para fofocas! Todos estão aqui para estudar!
Dante não acreditou nessa história dela se isolar para prestar atenção na aula; Alguma coisa perigosa podia estar acontecendo com ela.
A professora ficou em pé, e caminhou até a porta.
— Quero apresentar a nova aluna!
Uma jovem de cabelos verdes curtinhos, olhos vermelhos entrou pela porta. Ela era muito baixinha, mas o seu corpo era completamente definido. Com sua fala fina ela se apresenta.
— Olá, colegas! Eu sou Jade Angelis, tenho 14 anos, e vou estudar com vocês a partir de hoje!
Dingo dá um soco no braço de Dante que ficou muito irritado.
— Qual é a tua? Anão verde! Quer ir pra “cidade do pé junto”?
— É a Jade Deusa!
— Jade Deusa? De onde você tirou esse nome?
— Parece que quem é de Marte é tu! Ela é a campeã, invicta, do torneio de artes marciais. E com catorze anos, ela já acumula quatro cinturões de campeã!
— Nossa, você sabe muita coisa dela!
— Claro, eu sou o fã número um!
— Deixa de ser lolicon! Nos temos dezesseis anos, ela é praticamente uma criança!
— Lolicon, criança? — Jade bate os punhos — Acho que encontrei o primeiro engraçadinho que quer morrer!
Dingo se desespera por ter irritado a sua ídolo conhecida por quebrar os dentes de muitos valentões. Dante faz pouco caso da ira da campeã.
— Deixa de birra, garota! Senta logo nessa cadeira! Continuar em pé não vai te fazer mais alta!
Todos pensaram que esse seria o momento que a Jade ia partir pra cima do Dante; mas a garota começa a rir, e com muita arrogância o responde.
— Em todo o lugar é assim! Sempre tem um João ninguém querendo chamar atenção das celebridades.
Todos olharam para Dante nessa hora; o jovem se levantou da carteira muito ofendido com as palavras da garota.
— Eu não me importo de chutar o traseiro de uma adolescente enjoada!
— E eu não me importo de autografar a cara de um João, ninguém com um soco.
— Tá legal, já chega! — interferiu Spartane. — Nada de chutar ou carimbar ninguém, na minha sala! Sentem-se imediatamente!
A professora colocou a carteira da novata ao lado do seu birô, e todos ficaram confusos com essa atitude, inclusive Jade.
— Spartane, por que colocou minha carteira próxima ao seu birô?
— Recomendação do seu papai! E não me chame pelo nome! Na sala de aula eu sou professora ou S.r Spartane!
Jade se sentou, e a professora deu início a sua aula.
O sinal tocou, e a aula havia terminado. Luna saiu de fininho, e seus amigos não perceberam, graças à chegada da ilustre, Jade Angelis.
A lunariana, com muito medo em seu semblante, caminhava em direção a sua casa com – passos largos — até ouvir uma risada diabólica.
— Kia, kia, kia, kia, kia, kia, kia.
Em pânico, a jovem começa a correr; até a mochila ela deixou cair no chão. Entrando em um beco escuro, ela pretendia se esconder da criatura, mas...
— Que sorte! Não é todo o dia que a caça vem correndo até o caçador!
A sombra de uma criatura, agarra a garota, que começou a se debater, na esperança de escapar da inevitável morte.
(...)
A limusine rosa da lutadora estaciona na frente da escola.
Dois seguranças saíram dela, formando um corredor de frente a última porta.
A garota, despreocupada, caminhava em direção ao automóvel, e Dante espumava de ódio, com muita vontade de arranjar uma briga.
A lutadora Mirim entrou na limusine e foi embora. Dingo, distraído, se desespera quando vê às horas no relógio.
— Meu Deus, eu precisava chegar mais cedo hoje, pois vou cuidar da minha irmãzinha! Dante eu preciso ir, adeus!
Dingo teletransporta, e Dante ficou com a mão direita estendida.
— Espera, eu também vou!
Dante saiu do colégio resmungando a atitude egoísta do amigo.
— Maciano cretino! Não custava nada me levar também! Na próxima vez que quiserem jogar ele em cima dos trilhos, eu ainda dou uma ajuda!
Dante caminhava em direção a estação, e avista uma mochila no chão.
— Parece a mochila da Luna! Será que ela precisou ir ao banheiro, e no desespero deixou a bolsa cair?
De repente, ele escutou os gemidos, desesperados, de alguém. No mesmo instante, ele se lembrou do comportamento da amiga, Luna, e vendo sua mochila jogada no chão, não tinha dúvidas que ela corria perigo.
Correndo pelas ruas, da cidade Central, o jovem procurava pela amiga, perseguindo os gemidos. E chegando em um beco escuro, ele avistou a amiga sendo estrangulada por um monstro medonho.
Ele tinha o rosto e as asas de barata, com braços e pernas de um ser humano. O seu corpo era coberto por uma couraça marrom que lhe servia de armadura.
— Larga a minha amiga, seu cara de barata! Se não eu vou te esmagar com os meus sapatos.
— Vocês humanos são todos egoístas! Nos matam por comer lixo, e se vangloriam por esmagar nossas cabeças. Mas o jogo virou! E se você não me deixar comer em paz, vou esmagar a sua cabeça!
Com muita dificuldade de falar, Luna súplica.
— foge...Dante!
— Por acaso você não me conhece, Luna? Em toda a minha vida eu nunca fugi de nenhum adversário, mesmo sendo mais forte que eu! E se essa barata é mais forte que eu, agora mesmo vou superar os meus limites.
Com muita velocidade, Dante avançou contra o monstro, lhe desferindo um soco com o punho direito, fazendo-o largar Luna, e o arremessando, violentamente, contra a parede avermelhada.
Depois que o monstro largou o seu pescoço, Luna deu um suspiro, e seus olhos lacrimejavam, não conseguindo controlar a tosse.
Estando muito fraca, a lunariana desmaia, deixando sua vida nas mãos do seu amigo Dante, que se desesperou.
— Luna, acorda Luna! Você não pode morrer!
De repente, Dante sentia uma angústia assustadora que o faz vomitar sangue. Os seus braços e pernas estavam pesados como rocha, e a sua visão ficou turva.
— Kia, kia,kia, kia, kia, kia, kia...Isso é o melhor que pode fazer, humano?
O baratão não sofreu nenhum arranhão, com o ataque de Dante; e liberando sua aura roxa, ele feria o jovem sem o tocar.
— O mundo dá muitas voltas! Antes, vocês nos esmagavam por ser apenas um inseto, e agora você que serão esmagados.
(...)
Dingo estava dentro do metrô, mas ainda faltava muito para chegar na estação.
— Porcaria, minha mãe vai me bater de cinto se eu não chegar a tempo!
Usando seu teletrasporte, mais uma vez, ele surge na estação, e bem na frente dos malandros.
— Ora, quem vemos aqui! O marciano vacilão! E parece que o seu guardião não veio junto! O que vamos fazer?
— Vamos fazer uma festa! Vocês pagam tudo, e eu como! — falou Dingo.
De repente, meia dúzia de bandidos, de toca, com tatuagens de palhaço no braço, se aproximam do marciano, armados com canivetes, porretes e facões.
— Não, vamos realizar um velório!
Dando um passo para trás, Dingo diz:
— Mais falta o corpo!
— Não se preocupe, vamos arranjar um agora!
Vendo o vacilo que cometeu, o marciano levou a mão a cabeça.
— Puxa, eu devia ter trazido o Dante!
Dingo correu, desesperadamente, e os bandidos correram atrás dele, com facas e porretes nas mãos.
Enquanto isso, o marciano adulto, em cima do teto da estação, rangia os dentes, com muito ódio.
— Como se atreve a fugir de seres humanos, seu pivete! Vou ter que demonstrar a você como um marciano autêntico deve agir.
O marciano desapareceu, como se tivesse teletansportado.
Dingo entrou em um beco sem saída, e os bandidos caminhavam em sua direção, para o espancar.
De repente, O marciano adulto, que observava Dingo, cai em pé no meio deles, deixando todos assustados. Sem dizer uma palavra, o homem se aproximou dos bandidos, com o semblante fechado.
Um dos bandido, que estava armado com uma faca, se aproximou.
— Sai daqui tartaruga, esse não é teu programa!
— Fiquem longe dele! — gritou Dingo.
— Ah, então você conhece esse vacilão? Agora vai apanhar você e ele!
— Você não entendeu...
O marciano adulto esmaga a cabeça do bandido usando apenas a mão direita.
— Saiam daqui, logo! — gritou Dingo, desesperado.
Os bandidos que estavam paralisados, se viram para correr, mas, o marciano adulto estava diante deles.
— O mundo é para os fortes!
Um dos bandidos acerta o porrete no crânio do marciano, mas ele nem se arranhou.
— Muito fraco!
O marciano acerta um soco em seu peito, fazendo uma cratera em seu torso.
— Humanos são frágeis, que até me canso de matar!
Balançando o braço direito, o marciano decepa o crânio dos quatro restantes, lançando uma rajada de vento cortante.
Os malandros que importunaram a vida de Dingo, anteriormente, estavam de joelhos no chão, implorando pela vida.
— Por favor, poupe nossas vidas!
— O senhor não precisa matar eles! — falou Dingo, com o semblante serio.
Apontando a palma da sua mão esquerda, contra eles, o marciano sorri.
— Vocês queriam realizar um velório mais precisavam de um corpos, não é? Eis os corpos que vocês precisavam — apontou o marciano para os bandidos mortos.
Estufando os olhos, em direção deles, o marciano adverte:
— Mudem de vida, ou da próxima vez eu devorarei a alma de vocês!
Desesperados, eles correm do local, sem olhar para trás.
Caminhando em direção de Dingo, o marciano estava com o semblante fechado.
— O senhor não vai me matar, não é?
— Será mesmo!— Falou o marciano estufando os olhos para Dingo.
O marciano adulto deu as costas, e caminhou para frente.
— Para onde o senhor vai? Minha irmã chora todas as noites pela a sua ausência!
— É melhor que ela se acostume assim! Tome cuidado, Dingo! Na próxima vez eu posso aparecer pra te matar!
O marciano adulto se teletrasportou , e Dingo ficou sentado no chão olhando para os corpos dos humanos.
— Não somos diferentes dos humanos, majestade!