Nisōiro Brasileira

Volume V – Arco 14

Capítulo 142: Dança da Morte Pt.3

Uma dezena de cavalos era preparada, os homens que montaram neles era predominantemente de vestes vermelhas. Mais a frente, estavam prisioneiros com poucas vestes azuis. Com as mãos amarradas, a corda se estendia até os Senshis da retaguarda que as seguravam, apesar de estarem bem folgadas. 

O comandante da expedição, ressaltava o plano naquela madrugada fria, onde o grupo estava diante de uma floresta densa e completamente escura: 

— A corda está folgada de propósito, nossa intenção é levar os prisioneiros adiante para fazer o reconhecimento por nós. Os Kuro tem a noite como aliada, não podemos nos expor a esse risco, principalmente pelos tais “ecos” que foram relatados. Seguramos as cordas para que não fujam de longe, e observamos tudo com nossas lunetas. 

A missão de reconhecimento era posta em prática, os Senhis ficavam a metros de distância dos prisioneiros que andavam vagarosamente pela floresta fria. A cada passo, o clima torturava Uchida trêmulo, ao tempo que começou a notar flocos descendo do céu. 

“Keiko?”, parou por um momento, mas logo continuou a caminhada. “Não, na verdade é o território Shiro, está na temporada de inverno. 

Antes do frio se tornar insuportável, um ruído pode ser ouvido por todos que avançavam, até mesmo pela retaguarda. Alguns prisioneiros ameaçaram voltar, porém flechas flamejantes foram atiradas pelos Senshis, que mesmo distante permaneciam de olho com as lunetas. 

As flechas construíram a iluminação do local, deixando os prisioneiros mais seguros, já que olhando ao redor, não viam nada se aproximando. 

Os ruídos se intensificaram, batidas, gritos, e até mesmo choros, mas alguns metrôs e o Uchida olhava de um lado para o outro, sem saber em quem confiar, enganado pelos seus olhos, já que podia escutar como se fosse uma plateia de horror ao seu redor. 

O barulho era forte o bastante para fazer até mesmo os Senshis pararem por um momento, as próximas levas de flechas eram atiradas, iluminando os arredores. Foi então que o eco cessou de repente. 

Os Aka posicionaram as lunetas, os prisioneiros continuaram olhando de um lado para o outro, mas apenas Uchida achou o que procurava: 

— Keiko?

Delirou vendo uma silhueta da mesma estatura se aproximar por detrás de uma árvore. 

— Você veio nos salvar, garoto? — batia seus queixos, quase chorando de frio. 

Porém o que surgiu da sombra foram risadas, que logo se tornou uma imensa gargalhada, mas o som que saia ficou alto suficiente para fazer os prisioneiros berrarem de desespero, foi então que muito mais flechas foram atiradas. 

O fogo ao redor, revelou uma garota com cabelo preto, longo com uma franja. Seus olhos contavam com uma cor arroxeada em suas pupilas, contrastando com seus dentes brancos do seu sorriso aberto:

— Comandante, aquilo é… 

— Retirada, agora! — disse Takuma, todos ajustaram os cavalos para meia volta. 

— Isso, gritem mesmo — dizia Shunara se aproximando dos prisioneiros se esperneando — fica mais fácil pra mim! 

Os berros dos prisioneiros, estouraram seus ouvidos assim que Shunara fechou seus punhos, caindo um por um logo depois disso, ela aproveitou do resquício do som para estender seus braços na direção dos Senshis. 

Os cavalos se assustaram o bastante para saírem da formação, batendo um no outro causando um acidente entre as dezenas dos homens que ali estavam. Mesmo feridos se levantam, assim como Takuma que ordenava:

— Corram! Não há dúvidas, é uma Súdita do Caos! A luta não acabou! 

Pesquisa: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfgn0nbw5FrLSiNfDaPi0PSNK_yHfLGouR1fxeX1jJu88zF8Q/viewform

Ilustradora: Joy (Instagram).

Revisado por: Matheus Zache e Pedro Caetano.