Nisoiro Brasileira

Autor(a): Pedro Caetano


Volume III – Arco 8

Capítulo 59: Jogo da Corte

Apoiado sobre a bancada, um homem sentia a caneca encher nas suas mãos, tombando para trás no banco para repetir o mesmo movimento de sempre. Quando terminou, bateu o copo de volta no balcão, deixando o líquido quente e amargo descer sob sua garganta, quando dois finos braços se entrelaçam no seu peito.

— Sempre tão sozinho, Ryutaro — dizia a mulher que o agarrava, chegando perto do seu ouvido para cochichar — que tal minha companhia?

— É.. eu não…

Com os braços fracos tentou contê-la, até que outra chegava acariciando seus cabelos e costas, descendo suas mãos lisas sob as vestes de Ryutaro:

— Essa vai ser por conta da casa. Vou ficar tão tristinha se você recusar.

As duas riam carinhosamente com os olhares afiados, até que elas pegaram em suas mãos e o levaram para fora do cassino. Dando a volta na casa de apostas até os seus fundos, distante dos olhares de qualquer pessoa.

— Para onde estão me levando? — cambaleava tentando buscar alguma fonte de luz com sua visão turva.

— A gente só queria te levar para onde você pertence, seu bêbado nojento! — respondeu a moça, o empurrando para o chão. 

— Espera, o que eu fiz?

Quando esticou os braços para alcançá-las, as mulheres recuaram, permitindo que Suzaki surgisse das sombras, se colocando na frente delas.

— Fique bem onde está — alertou, enquanto sacava sua foice apontando para Ryutaro.

— Essas vadias duas caras! — percebia as garotas correndo — o que você quer, também? Te devo dinheiro? — jogou as mãos para o alto, em protesto. 

— Asami — respondeu Suzaki — Esse nome te lembra de alguém?

O nome atravessou os ouvidos de Ryutaro que levou as mãos à cabeça.

— Isso é uma pegadinha? Eu já disse que não quero mais saber disso! Procurei e procurei. Será que eu já não paguei tudo perdendo o amor da minha vida?

— Escute bem — o pegou pelo colarinho com as duas mãos — Isso não é um teatro, estou atrás de respostas. O que sabe sobre o desaparecimento dela?

— Que ela me traiu — respondeu erguendo a face, mostrando as lágrimas escorrendo — a gente manda presentes, cartas, paga tudo mais caro todos os dias só para ela fugir com outro.

— Com quem ela fugiu? — chacoalhou Ryutaro.

— Ela começou a se recusar para mim, mas eu não pude aceitar, ela era tão doce — soluçava entre as gargalhadas — larguei de ser Heishi e perdi pouco do dinheiro que me restava.

— Responda a pergunta! — gritou Suzaki.

— Me disseram que poder neste lugar conquista qualquer coisa, até o amor — cerrou os punhos, rangendo os dentes — Mas o Tadashi nunca amou ela de verdade. Não como ela merecia! Algumas visitas e pronto, apareceu com um barrigão! Eu não podia aceitar isso!

— Tadashi — Suzaki se deixou levar por suas memórias um instante — o que você fez quando soube da gravidez?

— Eu não sabia o que fazer, isso sim! Estava tão desesperado que ficava só vendo as mulheres. Não queria nada se não fosse com a Asami. Foi então que a baronesa me ofereceu um jeito de resolver isso.

— Dohana? Então foi ela quem deu a poção — soltou o homem — Mas se o filho se foi, por que ela fugiu com o Tadashi?

— Se eu soubesse disso — cuspiu no chão — Já tinha metido o pé daqui. Ela deve tá feliz agora, nem precisou criar pirralho nenhum.

— Asami está morta, Ryutaro — dizia Suzaki.

— Mentira, mentira! Ela tá por aí, que eu sei. Eu não sou burro, eu sei quando me traem. Que nem ela, que nem você e aquelas vagabundas de antes! Agora, me deixe sair daqui, por favor! Eu disse tudo que sei e nunca te fiz nada!

A voz de Ryutaro crescia, chamando atenção dos que passavam pela rua. Para fugir de atenção indesejada, Suzaki escalou os prédios e retornou ao bordel. Durante o caminho, ele já podia ver o céu clareando, mesmo debaixo de chuva.

Chegando lá, reparou nas janelas quebradas de seu quarto e na correria nas ruas, seguidas por gritos e Heishis entrando às pressas. Ele saltou para seu quarto, encontrando a porta escancarada e a cama revirada.

“Droga, Ryo”, pensou Suzaki, passando de quarto em quarto. “Você escutou eles chegando, tenho certeza”

Saindo de lá, Suzaki sentiu sua perna ser mordida por uma corda, sendo puxado até obrigá-lo a fincar uma de suas foices no parapeito, quando reparou num homem pendurado no candelabro no teto, com uma das mãos.

Ele segurava uma lança de ponta curva prateada na outra mão, jogou seus cabelos para trás com a cabeça, revelando olhos azuis, que encaravam o príncipe fixamente.

— Então essa é a besta que tanto falam? Me parece só mais um, não é mesmo Kaito? — perguntou o homem da lança com os cabelos loiros alisados.

A corda puxou o recém-chegado com mais força, derrubando-o no centro do salão. Antes que pudesse cortar o laço em seus pés, a corda foi trazida para de volta para seu dono. Era outro rapaz, de cabelo escuro, rente à cabeça, que segurava uma foice pontiaguda pelo cabo, ligada à corda que girava circularmente com a outra mão.

— Ela precisa ser enjaulada, então é melhor ficar bem parado aí — disse Kaito.

Ao redor de Suzaki, outros Heishis assumiram suas posturas, de espadas em punho, esperando pela primeira ação do príncipe.

“Só tenho uma chance”, pensou Suzaki, batendo suas foices uma na outra.

Ignorando todos ao redor, ele investiu contra Kaito, que amarrou o braço de Suzaki, que o puxou para perto. As duas foices colidiram no meio do movimento dos dois, porém o jovem empurrou seu corpo contra o adversário, até pressioná-lo contra uma das pilastras do salão. 

— Eu estou sem tempo — dizia Suzaki — Onde está a baronesa?

— Baronesa? — Kaito ria — Como se alguém precisasse de motivos para te pegar.

O cerco de Heishis se aproximava de Suzaki, embora todos estivessem hesitantes de atacar. Com pouco espaço, ele aproveitou suas foices e escalou a pilastra para o terceiro andar, onde foi interrompido por um ataque do sujeito loiro, que saltava do candelabro. 

Suzaki desviou saltando para o corredor do andar, seguido pelo seu novo adversário, O príncipe desviava da ofensiva, abrindo a brecha para descer com a sola de seu pé contra o cabo. O pisão quebrou a postura de seu oponente, permitindo que o príncipe o chutasse para dentro de um dos quartos.

Depois que tomou posse da lança, ele foi surpreendido por Kaito, que subiu com sua corda e o perfurou suas costas com a foice. Suzaki revidou com um chute, o arremessando para fora do andar, mas ele usou sua corda para pendurar-se no candelabro acima. 

Foi então que Suzaki atirou sua lança bem na corda, derrubando Kaito no salão abaixo aos gritos. Depois, ele saltou para a parte enlaçada com o lustre no teto e usou suas foices para partir o suporte do candelabro, que despencou contra os Heishis antes que pudessem reagir.

As velas e os restos do lustre iniciaram um pequeno incêndio no lugar, que logo foi extinguido pela água da chuva que penetrou pelas janelas quebradas como uma torrente, que varreu Suzaki e todos os Heishis antes de se espalhar por todo o salão. 

De repente, a água ondulava no ritmo de passos pesados vindos do segundo andar, antes de estremecer completamente quando o sujeito aterrissou diante de Suzaki.

— Seria coincidência você estar aqui, Tadashi? — questionou o príncipe, reconhecendo o homem.

— Estou farto desta perseguição, moleque. Eu não vou pegar leve desta vez — puxou sua longa espada prateada.

— Eu te fiz uma pergunta! — insistiu, submergindo umas das mãos, irradiando uma corrente pela água.

Entretanto, Tadashi ficou imóvel, sem sofrer nenhum efeito da eletricidade. Suzaki correu para atacá-lo por trás, porém a água ao redor de Tadashi ganhou vida, absorvendo seus cortes com a foice.

— Você pode manipular os raios, mas não os controla com perfeição suficiente para isso. Pensei que tivesse lhe ensinado isso — disse Tadashi, girando sua espada através da água contra Suzaki.

— Eu vou repetir só mais uma vez — agachou do golpe, e usou sua foice para enganchar-se na lâmina — O que fez com Asami depois que Dohana matou o filho dela?

— Então é isso que faz aqui — comentou rindo — Asami era uma oportunista como muitas outras — Tadashi ergueu os punhos para se defender de um chute, deixando Suzaki se soltar da espada — não sei nada sobre filho nenhum.

— Dohana queria um lugar como baronesa e só conseguiria isso tirando a única pessoa mais cobiçada do que ela aqui — Suzaki usou da brecha para subir nas costas de Tadashi com suas foices — Ela sabia que se Asami estivesse grávida de um de vocês, teriam que aceitá-la, por isso matou a criança!

— Só tem um porém, moleque — Tadashi puxou Suzaki das suas costas e o jogou contra o chão com o antebraço — Asami era uma prostituta mentirosa, que poderia ter engravidado de qualquer um.

— Que conveniente — dizia Suzaki sufocado — Esqueceu de dizer isso para Daisuke quando escreveu o relatório? Ou para Ryutaro? Espera que eu acredite que veio de tão longe para cá, só para me trazer de volta pro Koji?

— E você acreditou naquele indigente do Ryutaro? Está precisando escutar pessoas de verdade!

Quando a visão de Suzaki estava prestes a enegrecer, ele apertava o carpete do chão com toda sua força. Utilizando seus dedos carregados de eletricidade, pequenas faíscas brotaram dos fios de tecido, saltitando até as velas do candelabro caído, cujas chamas estavam quase mortas pela água, para então despontar uma grande brasa que se alastrou pelo chão.

— Você pode ser imune aos raios — provocou Suzaki — Mas o resto deste lugar não.

As chamas rapidamente envolveram o Heishi, que saiu de cima de sua presa, manipulando da chuva do lado de fora, para vir ao seu encontro e salvá-lo do fogo. Durante esse tempo, o lugar ainda era tomado pelas chamas, ao passo que um homem arrombava as portas principais com seu cavalo.

— Temos que ir, Suzaki! Esse lugar vai ser cercado logo. Não sei se vai dar para chegar no cavalo se nos atrasarmos! — gritou Ryo, estendendo a mão ao rapaz.

— De onde você veio? — tomou a mão do Tsuki e subiu na montaria

— Pergunta depois, age primeiro — estalou as rédeas.

Após apagar o fogo de seu corpo, Tadashi uniu suas forças, trazendo toda a água das tempestades para dentro, e inundou cada centímetro do salão principal, extinguindo o incêndio crescente. 

Os móveis, mesas, pedaços de armadura e armas flutuavam pela água trazida por Tadashi, que batia nos joelhos do Heishi que junto de seus homens recebiam a volta da dona que chutava as águas, enquanto segurava seu vestido acima delas. 

— Inúteis! — gritava Dohana — Qual parte de esperar o Tadashi agir, não ficou claro? Olha esse lugar, violentado por primatas! 

— Baronesa, se me permite dizer, não tivemos culpa — um Heishi dizia, trazendo um loiro desacordado nos braços — eles atacaram primeiro. Pensamos que o plano tinha começado, mas quando Suzaki chegou o inimigo já estava alerta. 

— Chegou? Ele nunca nem deveria ter saído! — chutou água no Heishi.

Assim que avistou Tadashi, recolhendo uma lança que ficou presa nas paredes, ela cresceu os olhos para cima dele, pegando-o pelos braços. 

— Onde ele está?! — cobrou Dohana.

— Fugiu — respondeu Tadashi, sem olhar para ela.

— Como assim fugiu? — subiu a voz, antes de recuar — Um general não conseguiu segurar um pirralho mimado? 

Os Heishis em volta se afastaram e as cortesãs procuravam esconderijos nos quartos assim que notaram um homem que cruzou a porta. Do que restou da sala, todos se curvaram perante ele.

— O ataque deveria ter sido coordenado — respondia desviando o olhar aquele que chegava — Esses homens atrapalharam o plano. 

— Para de jogar a culpa nos outros! — bateu no peito do general — você era o professor dele! O ensinou tudo para… 

— É exatamente por isso que meu filho não deve ser subestimado com planos de última hora — a voz vinha de trás dos dois.

Dohana reparava na mudança de postura dos outros ao seu redor e virou-se para encarar o homem de coroa com cristais azuis, revestida em ouro e um metal escuro. 

— Baronesa de Yoroniwa — continuou Koji — Por que não deixa a discussão de casal para um lugar mais reservado?

— Devia saber como é, alteza — curvava a cabeça junto do marido, com um sorriso sarcástico. 

Um encapuzado com olhos azuis, com o braço direito faltante, chegava por trás do imperador, olhando fixamente para a lança nas mãos de Tadashi.

— Lembrou que a outra criança existe? — descontraiu Dohana, levando as mãos para trás — É bom sair da sombra de vez em quando, não é, Satoru? 

— Pai, essa lança não está em nenhum arsenal do palácio nem de Heishi nenhum. São estrangeiras, acho que do norte — dizia o irmão mais velho de Suzaki. 

— Caçadores de recompensa do Aotaka? — concluiu Tadashi, olhando para Koji — Ele agiu rápido.

— Esse cara é uma piada — comentou Dohana, cruzando os braços — Por que envolveram ele para início de conversa?

Koji estendeu a mão, recebendo a lança das mãos de Tadashi.

— Meu pai, eu insisto que um ataque direto pode ser o mais efetivo — dizia Satoru — Eu posso organizar isso. O que mais quero é encontrar meu irmãozinho. 

— Cala sua boca! — arremessou a lança na parede — são por lixo como você que ele ainda está por aí! — virou-se para o casal — Tudo o que você tem nesse lugar, é porque eu concedo! Se da próxima vez que eu pisar nesse nojo de lugar, não for com meu filho, seu título, essa cidade maldita, seu casamento, posso tirar tudo de todos aqui! — gritou para todos do salão ouvirem.

Dohana engoliu seco, mas por trás das costas, suas unhas rasgaram a palma da mão.

— Se falhar, vou transformá-la na mesma meretriz de esquina de antes e veremos quanto tempo dura antes de te jogarem naquele buraco imundo, onde deveria ter te jogado há muito tempo.

Quando Koji e seu filho viraram de costas para a saída, ela levantou braço para revidar, porém Tadashi se colocou na frente.

— Se contenha — sussurrou Tadashi segurando os braços da baronesa — quer piorar as coisas?

— Vou ter que arcar com cada centavo da destruição que vocês causaram e ele ainda me ameaça na frente dos meus empregados?! — disse em voz baixa. 

— Agredir o imperador não adianta nada. 

— Eu não tô nem aí para o imperador. Sabe bem disso — recuou o braço. 

— Você não é a única — sussurrava Tadashi, fingindo abraçá-la como despedida  — Acredite, a fixação dele pelo moleque vai levá-lo à ruína. A nobreza não tolera estar refém de um adolescente sem noção! Por mais que ele seja o cabeça da corte, o resto do corpo não está respondendo mais — sussurrou próximo aos brincos dela.


Atravessando as estradas de barro, Ryo conduzia Suzaki para longe dali, até que aproveitou o silêncio para questionar:

— Por que saiu sem mim? 

— Por que você não estava no quarto onde te deixei? — devolveu a pergunta.

— Sempre o mais desconfiado — balançou a cabeça — Para o seu azar, eu ouvi os primeiros invasores chegando. Ouvi eles falarem o seu nome, pouco antes de entrarem no bordel. Eu me escondi até que você retornasse, mas quando o Tadashi apareceu corri até nosso cavalo do lado de fora e aqui estamos. Sua vez.

— Eu queria confirmar uma suspeita. Não queria envolver você numa pista incerta.

— Tudo que fazemos é seguir pistas incertas. Encontrou alguma coisa pelo menos? 

— Nada de mais — desconversou Suzaki, olhando para o sol nascente.

Eles percorreram a estrada a maior parte do dia. Já era de tarde, quando cruzaram o vale, em direção a um acampamento recostado nas montanhas. O lugar era cercado por muros de pedras, com torres de vigia nas extremidades e um portão retrátil de madeiras. Entrando lá, os Tsuki observavam a entrada, com um dos líderes aproveitando a deixa.

— Estamos ficando sem tempo — dizia Yomi, apoiando o cotovelo no braço da poltrona de sua sala. 

— De tudo que vi nesses dias, nada está mais atrasado do que esse império — respondeu Suzaki entrando primeiro na casa, Ryo veio logo atrás — E ele permanece de pé. Preciso de mais tempo.

— Voltou por todo aquele caminho para me pedir mais tempo?! — inclinou-se para frente em seu assento.

— Suzaki, eu pensei que… — Ryo se preparava para perguntar, mas seu pai tomou a palavra.

— Quer esperar que o Koji bata na nossa porta, com aríetes e uma centena de Heishis? Porque a cada dia que passamos escondidos, a probabilidade disso aumenta. Você viu no Vale! Com o fulgur seremos destruídos.

— Eu posso diminuir esse risco. Ainda estão interessados no ferreiro? 

A sugestão do príncipe, fez com que Ryo e seu pai trocassem olhares entre si.

— Estou ouvindo — disse Yomi. 

— Tetsuhi é o único homem capaz de manipular fulgur com aço. Se o problema é enfraquecer o império, todo fulgur será inútil sem ele. 

— Desgraçado, você tinha isso em mente desde que saiu — concluiu Yomi, levando a mão no queixo — Do que precisa para tirar ele do Koji?

— Eu sei do que preciso depois que consegui-lo: mais tempo.

— Pois vá sozinho, Heishi Celestial — dizia Yomi, com um sorriso de canto — Mas se voltar de mãos vazias, isso se voltar, pode esquecer dessa busca.

Com a decisão tomada, Suzaki virou-se sem dar mais explicações, Ryo o seguia incomformado:

— Você tem noção onde está se colocando? Suzaki, o filho da Asami morreu! 

— Estou indo para capturar o ferreiro. O que isso tem a ver com a Asami? 

— Então para o que quer mais tempo? Ninguém importante pro Koji sai da capital depois de Nokyokai. Agora, quer me fazer acreditar que depois daquela confusão em Yoroniwa com o Tadashi pode ir e voltar da capital ileso e com uma das pessoas mais importante de toda essa guerra sem motivo algum?!

— Se sua preocupação é meu retorno, conheço atalhos, não pretendo demorar — subia em seu cavalo — Os Heishis do vale, os mercenários no bordel, eles estão atrás de mim não dos Tsuki

— Suzaki, abre o jogo — segurou a rédea do cavalo — O que está escondendo de mim?

— Ryo, somos apenas cúmplices para derrubar Koji — puxava as rédeas para si de novo — não me peça para confiar em você.

O portão se abria e Suzaki cavalgava em direção ao vale. De longe, Ryo apenas observava antes de perceber um feixe de luz vindo do céu, entre as nuvens, surgir entre os dois.


Ilustradora: Joy (Instagram).

Revisado por: Matheus Zache e Pedro Caetano.

   



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