Volume 2: Correntes invisíveis.
Capítulo 3: Espionagem
A casa de Serafina era surpreendentemente aconchegante.
"Eu esperava algo menos maduro, esse estilo parece de alguém que já vive aqui há décadas." — pensava Harkin.
A bagunça que acontecera do lado de fora não atrapalhou a harmonia da sala, estantes abrigavam livros de medicina e teoria mágica de cura. Um detalhe que não passou despercebido por Harkin.
O aroma de café estava preenchendo o ambiente. Se misturando ao cheiro de madeira da mobília antiga.
No sofá o presecutor de parte dos problemas estava largado como quem fingia conforto, a sua ansiedade o contrariava, a perna balançando desenfreadamente e os olhos escaneando o ambiente sem parar.
Pietro rompeu o pequeno caos de seu tio:
— Isso vai nos custar caro, custa pensar antes de agir? Cadê seu bom senso?
— Um pouco de café antes do senhor da razão entrar em ação seria justo não acha? — respondeu Harkin.
— Tem um conselho imperial sendo reunido agora, e você é o foco das pautas, tem certeza que sou eu o injusto?
Pietro falou jogando as mãos para o alto e dando de costas, a sua revolta era quase palpável.
— Mas claro, por que não? Aproveite o maldito café.— Continuou.
Okini bufou baixo, sentada no braço do sofá ao lado, os olhos seguindo Serafina na cozinha com mais atenção do que ela admitiria.
— Essa é a forma dela de tentar manter o controle. — Falou se voltando a Harkin
— Ela é minha única amiga... Eu ainda não tenho noção da extensão do que você esconde.
Os olhos dela mudaram de uma garota frustada com a situação para o de uma predadora encarando a presa.
— Mas se você machucar ela, esse seu braço fodido vai ser o menor dos seus problemas.
Harkin a olhou surpreso com a reação e a sinceridade dela.
"Não tô valendo o que o gato enterra" — Pensou ele.
Uma vibração interrompeu qualquer resposta que iria iniciar outro debate entre os dois.
Em seu bolso o Magiphone dele brilhava e quando ele o pegou a tela acessa empalideceu seu rosto.
— Agora deu ruim... — ele sussurrou.
— Quem é? — perguntou Serafina que entrava na sala com uma bandeja com café e biscoitos.
Ele respondeu engolindo seco:
— Minha mãe.
— Sua mãe? — perguntou Pietro surpreso e se movendo para olhar a tela de perto.
Okini Se jogou no sofá e com a mão nos olhos bufou:
— Esse dia tá cada vez melhor.
— Porque vocês estão surpresos? porque você tá palido Harkin? — Sera olhava a todos perdida.
— Porque ela nunca me liga... O que quer dizer que algo tá errado.
A vibração cessou, mas o Magiphone ainda pulsava com aquela presença familiar e incômoda. O ícone da chamada aguardando na tela parecia uma sentença. A foto de Morgana — fria, altiva e elegante — fitava Harkin como se já soubesse tudo que ele ia dizer.
Ele deslizou o dedo na tela, e a ligação foi atendida.
— Mãe?
— E quem mais seria?
A voz dela era precisa, como sempre. Nem calorosa, nem cortante — apenas... definitiva.
— Faz sentido. Só não esperava você me ligando.
— Se esqueceu que você tá do outro lado do oceano?. Se pudesse iria simplesmente aparecer.
— Às vezes esqueço que vocês podem se teleportar.
— Acho que isso tá virando um hábito seu.
— O que? — Ele respondeu confuso.
— Ah nada demais, é só esse seu hábito de esquecer das coisas, sabe? Igual quando você disse que só iria estudar e não causar problemas, se lembra? parece que você esqueceu de me falar que ia causar um caos.
Harkin respirou fundo, como quem se preparava para uma discussão longa. Do sofá, Pietro o observava com os braços cruzados. Okini agora prestava atenção em silêncio, enquanto Serafina colocava a bandeja na mesinha de centro com cuidado, tentando não interromper.
— Relaxa. — Morgana falou depois de um longo suspiro.
— Só tenta evitar uma guerra ok? Você sabe que eu não fugiria de uma briga, mas isso não seria bom nem para mim e nem para seu pai.
Deixando todos ouvindo surpresos ela continuou.
— Políticas à parte... Voce tá bem? — perguntou Morgana, como se já tivesse a resposta.
— Você vai ter que ser mais específica nessa aí.
— As notícias voam mesmo com a distância entre nós, e bem, começar uma briga com seus sobrinhos não é um bom início de relacionamento familiar.
— Para ser justo, eles começaram. Eu só terminei.
— Você Podia ter ignorado? Ia ser bem mais simples.
Pietro deu risada e olhou para seu parceiro.
— Eu disse para ele Tia, mas ele escuta alguém?
— Você sabe, eu sei... Todo mundo que conhece ele sabe querido. — Morgana respondeu.
— Eu prefiro ser Empalado por um Macaco Ariano do que ignorar aqueles merdas!
— E isso não tem nada haver com a garota?
Houve um silêncio breve dos dois lados. Okini observava tudo com um sorriso no rosto e uma xícara de café nas mãos, ela estava aproveitando o momento.
"De todo esse tempo que eu acompanho esse retardado, essa é a primeira vez que vejo ele tenso de verdade... Isso é maravilhoso." — Ela pensou enquanto aproveitava.
— Enfim... Quando soube do problema com Stein, comecei a te observar.
Harkin girou o pescoço, tentando relaxar. A tensão na nuca não ajudava.
— Ser voyeur virou seu novo Hobbie?
— Porque eu espero maturidade de você ainda?
— Realmemte onde você estava com a cabeça, mas eu também esperei demais não pensar que você confiaria em mim, então acredito que estamos quites.
— Confesso que sou culpada desse crime. — Sua voz suavizou por um instante. — Só tô preocupada, você pode culpar uma mãe por querer ver o filho mesmo de longe?
Harkin olhou para a xícara à sua frente, ainda intocada.
— Quantos dedos eu tenho atrás das costas agora?
— Nenhum. Você tá sentado. E a garota é linda, por sinal.
Serafina congelou com a xícara na mão. Pietro ergueu as sobrancelhas. Okini soltou um riso abafado.
— Desde quando você tá assistindo?
— Desde que você acordou. Minha idade não afetou minha visão eu enxergo muito bem de longe.
Harkin soltou um suspiro frustrado.
— Ótimo. Então basicamente você viu tudo.
— Tudo. É bom saber que Pietro ainda cuida de você, mesmo que seja um saco. Obrigado Pietro por sinal, vou fazer questão de te recompensar.
Pietro o encarava com aquele olhar que diz "tá vendo", sem desviar o olhar. Harkin em resposta fez uma careta de quem estava sendo torturado.
— Se fizer essa careta de novo, eu atravesso o oceano e te dou uma lição, mocinho — disse Morgana com um sarcasmo disfarçado de afeto.
Apesar da raiva inicial, o som da voz dela... de certa forma... confortava. Era irritante. Mas era casa.
— Já tá com saudades de casa? — ela perguntou.
— Não. Mas é bom ouvir sua voz.
— Que fofo. Uma pena que você não se manter assim depois de saber que eu enviei Jeff e mais algumas pessoas para cuidar de você.
— VOCÊ O QUÊ?
— Grita mais uma vez e eu te acerto daqui mesmo.
Harkin largou o Magiphone no sofá, passou a mão no rosto e deixou o corpo cair de volta contra a almofada.
— Eu sou um prisioneiro até fora da prisão.
Serafina, que já tinha se sentado, olhou para ele com uma sobrancelha arqueada.
— O que você quis dizer com isso?
— Pensei alto.
Mesmo com o drama. A voz de Morgana continuava estável, como se tudo fosse parte de uma agenda cuidadosamente planejada.
— E bem você não vai mais sentir tanta falta de casa com a delegação que eu enviei.
Harkin fechou os olhos.
— Quem mais?
— Gabriela.
— Porra...
— E Adrien.
O braço esquerdo de Harkin caiu sobre os olhos. Silêncio. Tensão. O ranger do sofá.
— Esse vai ser o jogo, então?
— Achei que você gostaria de ver sua irmã. E Adrien é um dos melhores sentinelas do reino. Deixa de ser ciumento, sua irmã precisa ter uma vida também.
Harkin não respondeu. Ele só deixou a cabeça tombar mais fundo no encosto.
— Mais alguma coisa ou eu já posso me enforcar?
Morgana soltou uma risadinha leve, quase felina.
— Não. Só que vou esperar sua visita. E espero que traga a moça com você.
Harkin olhou de lado para Serafina. Ela ficou vermelha na hora, os olhos arregalados.
— Com todo respeito, vossa alteza — disse ela, travando a voz —, ele me ajudou. E... bom... acho que não é exatamente o momento pra isso.
— Ah, relaxe. Só estou curiosa. Harkin nunca fez esse tipo de coisa por ninguém. Tirando Gabriela, claro. Você parece ser... uma exceção. E bem você não vai estar sozinha Okini e Pietro são sempre bem vindos, assim como qualquer outro amigo de vocês.
A voz da bruxa carmesim estava carregada de malícia maternal. Okini ergueu uma sobrancelha. Pietro bufou e saiu da sala.
Harkin passou a mão no rosto de novo.
— Ok mãe, já deu por hoje.
— Não seja sensível. Jovens são jovens. Eu também já fui da sua idade... acredita? Ou acha que nasci com sete séculos linda e maravilhosa?
Serafina soltou um riso nervoso. Harkin parecia prestes a morrer de vergonha.
— Mãe...
— Prometa que vai me ligar mais. E que vai cuidar da sua irmã. E de si mesmo.
— Eu, Harkin Abrasax von Empera, prometo. Tá bom?
— Lembre-se... palavras têm poder.
A chamada se encerrou.
Harkin guardou o Magiphone no bolso, recostou-se no sofá, cruzou as pernas e respirou fundo. Seus olhos encontraram os de Serafina.
— Desculpa. Isso foi... muita informação de uma vez, né?
Ela tentou sorrir, mas sua expressão permanecia carregada. Mordia o lábio, hesitante. A mão tremia levemente ao levar a xícara aos lábios, como se o calor do café pudesse ajudá-la a encontrar as palavras certas. O dedo indicador tamborilava sem parar sobre a porcelana.
— Acho melhor tomar a iniciativa. Sei que é cedo... mas minha cabeça tá cheia.
Harkin observava o ambiente à sua volta, buscando algum gancho que ajudasse a retomar a conversa. Viu, em uma das prateleiras próximas ao sofá, uma coleção de livros — títulos sobre medicina, magia de cura e filosofia. As capas desgastadas denunciavam o uso constante.
Ele colocou a xícara de volta à mesa e lançou a pergunta:
— Você quer abandonar a arte da culinária?
— Quê?
Ela seguiu o olhar dele e soltou um suspiro resignado.
— Ah... droga. Esqueci de esconder meus estudos. — Um rubor subiu pelas bochechas. — Mas quer saber? Já te beijei mesmo... falar sobre aspirações não é nada comparado a isso.
Ela ajeitou-se no sofá, renovando a firmeza na voz — mesmo que ainda um pouco trêmula.
— Eu não pretendo deixar a cozinha. Amo o que faço. Mas sempre sonhei em cuidar de pessoas, de verdade. Medicina e magia de cura me fascinam. Só que... é quase impossível.
— Por que seria?
Okini, sentada no braço do sofá ao lado, desviou o olhar para a amiga, atenta. Pietro, encostado à parede, permanecia em silêncio — braços cruzados, semblante atento.
— Porque gente como eu não tem esse tipo de chance. — disse Serafina, apertando a xícara. — Eu sou só mais uma no meio da multidão.
— Gente como você? — Harkin franziu a testa. — Você é como qualquer um. Se quer isso, então só depende de você.
— Se fosse assim tão simples... por que acha que ainda não entrei na academia?
Antes que ele respondesse, Okini interveio:
— Ela não quer usar as conexões dela. — O tom dela era direto, quase ácido. — Não que sejam lá grandes coisas. Eu, por exemplo, nem sangue da família sou.
— Ni... — Serafina virou-se para a amiga, o olhar carregado de afeto e culpa. — Eu nunca quis usar você pra subir na vida.
— Você não estaria me usando. Mas, enfim... essa conversa fica pra outro dia.
— De fato. — Harkin assentiu. — Teremos tempo pra isso. Agora... acho que você tem muitas perguntas. E eu prometi respostas.
O Magiphone vibrou — mas não foi o dele.
Pietro checou o aparelho, leu a mensagem rapidamente e franziu o cenho.
— É do velho. — disse, relutante.
“Faça com que ele chegue no horário. Se ele quiser, pode trazer Serafina. Mas no horário.”
Harkin fez uma careta ao ouvir. Frustração nítida nos olhos.
— Velho filho da puta... eu ajudo ele e é assim que agradece? Tá bom, vai ter troco.
Okini cruzou as pernas, relaxada, mas com um brilho sarcástico no olhar.
— Se acalma. Vamos focar. Eu também tô curiosa.
Pietro lançou um olhar cúmplice para Harkin, como quem diz "concentra". Ele respirou fundo e se voltou novamente a Serafina.
— Como eu dizia... perguntas. Por onde quer começar?
Serafina hesitou. Levou a xícara aos lábios, bebeu um gole do café já frio e colocou a bebida de volta à mesa. Seus dedos tamborilaram na cerâmica como se buscassem coragem.
Pietro e Okini observavam em silêncio. O clima na sala havia mudado — mais denso, mais íntimo.
— Eu... pensei em várias coisas pra perguntar, mas... — ela respirou fundo — o que aconteceu com o seu braço?
Harkin piscou devagar, surpreso pela delicadeza da pergunta. Depois sorriu, sincero.
— Obrigado por ser gentil. Muita gente nem se importa se é um assunto delicado. — Ele soltou o ar pelos lábios. — Eu posso resumir... ou contar tudo. Mas se for tudo, vai levar um tempo. E não vai ser bonito de ouvir.
— Quero a versão completa. Não me poupe. — respondeu Serafina, com firmeza.
— Certo... — Ele ajeitou-se no sofá, endireitou as costas e respirou fundo. — Tenham em mente que isso aconteceu anos atrás. E... não me orgulho do que vou contar. Mas também não me arrependo.
O silêncio se instalou. Pietro abaixou o olhar, como se já soubesse o que viria. Okini franziu o cenho, e cruzou os braços. Serafina, por sua vez, manteve os olhos fixos em Harkin — firme, mesmo insegura. Ele começou devagar, descrevendo os dias felizes com seus pais adotivos e os irmãos. Memórias cheias de luz, que rapidamente se transformaram em lembranças sombrias. Quando começou a falar da máfia, sua expressão endureceu.
Conforme a narrativa avançava, Serafina se calava mais, absorvendo cada detalhe. Os olhos dela brilhavam — estavam ali, atentos. E doíam. Harkin travou. Sua respiração ficou pesada. Fechou os olhos por alguns segundos e os abriu devagar, encarando Serafina. Notou que ela também tremia.
Pietro, silencioso, se aproximou. Colocou uma mão sobre o ombro de Harkin. Era um gesto simples, mas carregado de apoio. Um lembrete de que ele não estava sozinho.
Okini desviou o olhar, respirou fundo, e murmurou:
— Nenhuma criança devia passar por isso...
Harkin prosseguiu. As palavras agora vinham como cortes. Ele descreveu os corpos, as escolhas que precisou fazer, o peso das mortes que carregava. O tom da voz não pedia piedade — apenas compreensão.
Quando terminou, abaixou a cabeça, exausto.
— Imagino... que você precise de um tempo pra digerir isso. — disse ele, sem conseguir encará-la.
Serafina quis falar, mas as palavras engasgaram. Os olhos marejados entregavam o que a boca não conseguia dizer.
Harkin começou a se levantar, mas a mão dela o impediu.
Com força surpreendente para alguém tão pequena, ela o puxou de volta e o abraçou. Forte. Firme. Sem hesitação. Enterrou o rosto no peito dele, e as lágrimas vieram — quentes, doloridas, verdadeiras.
— Você foi forçado a ser um monstro. Mas você também é isso aqui... — ela disse, entre soluços. — Esse cara que me contou tudo, mesmo com medo de ser odiado.
Harkin sentiu as lágrimas dela molharem sua roupa... e então, para sua própria surpresa, percebeu as suas escorrendo também.
— Tão bonito. — murmurou Okini com ironia contida. — Vocês mal se conhecem e já tão assim?
Serafina riu baixinho entre o choro.
— Tá com inveja? Deixa eu ser feliz, por favor. Ele é bonito e não é um completo idiota. Deixa a questão do tempo pra lá?
Harkin arqueou a sobrancelha.
— Como assim não é um completo idiota?
— Você é homem — retrucou Okini, sem hesitar. — Não importa como, sempre vai ser idiota. Nem que seja um pouco.
— É mais ou menos isso. — completou Serafina com um sorriso.
Harkin e Pietro se entreolharam por um instante e disseram em uníssono:
— É justo.
O riso que veio depois aliviou a tensão. Não apagou a dor — mas a tornou mais suportável.
Serafina então se aproximou de Harkin e tentou ajeitar sua gola, o olhar ainda cheio de afeto.
— Vai chegar lá parecendo que chorou porque foi expulso da escola.
— Técnicamente, já fui — respondeu ele, com um sorriso de canto.
Ela o puxou para mais perto e lhe deu um beijo na bochecha.
— Vai. Mas volta. Você ainda tem muito pra por em dia se você quiser algo comigo.
Ele assentiu — Com um incentivo desse como não voltar? — virou-se para Pietro.
— Pronto pra me escoltar, cavalheiro imperial?
— Sempre pronto pra te vigiar, ferrugem voador — disse Pietro, já caminhando para a porta com ele.
— Cuida dela? — Harkin perguntou a Okini.
— Ela vai estar bem. Mas você? Nem tanto — respondeu, sarcástica.
Ao sair para a rua, o céu exibia um tom dourado que escorria pelas bordas das nuvens. As pessoas voltavam à rotina, mas o peso de tudo que havia acontecido ainda pairava no ar. Harkin respirou fundo e se ergueu no ar, flutuando com leveza. Pietro impulsionou-se logo atrás, traçando uma trilha luminosa ao seu redor. Juntos, cruzaram o céu da capital.
Serafina e Okini os observavam subir até se tornarem apenas dois pontos no horizonte. Por um instante, tudo pareceu calmo.
E então veio o estrondo. Uma onda de choque expandiu-se acima das nuvens, espantando os pássaros, fazendo vibrar as placas das lojas próximas.
O vento soprou forte.
— Onde foi que eu fui amarrar meu burro... — murmurou Serafina, segurando o cabelo com as mãos.
Okini manteve os olhos no céu, séria.
— O vovô sempre tem algo planejado… seu príncipe aleijado vai voltar.
Serafina correu para lhe dar um tapa mas ela desviou de todos.
— Vamos se você tem tempo para me bater, vamos arrumar lá dentro.
Elas se viraram e voltaram para o Interior do Dragão Dourado, deixando a rua para trás — mas com a certeza de que algo importante estava apenas começando.
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