Volume 3

Capítulo 8 : Vai começar um Amistoso

Na manhã seguinte, os participantes se juntavam uniformizados na sala de espera para o amistoso. Um sorridente garoto com cabelo e olhos verdes se divertia observando um monitor enquanto afagava um cão dourado com olhos vermelhos. O rabo do animal extremamente agitado batia a cauda no seu verdadeiro dono, o rapaz com um cabelo escuro levemente alaranjado respirava profundamente e expirava profundamente.

“ No final ele acabou tento Ar como elemento secundário... vai cachorro bate nele com tudo! ”

Aumentando seu ritmo a cauda do animal acelera para acompanhar o mesmo ritmo. As batidas começam a aumentar aos poucos o som, a perna recebendo as pancadas começava a tremer, sua fúria quase explodia.

— Aaa... acabou a partida chegou a minha vez.

— Você realmente fez de propósito pro Brasa me bater.

— Decreto o Brasa e eu inocentes meritíssimo.

— Negado.

Ignorando a raiva do amigo, com as mãos atrás da cabeça caminha tranquilamente para o palco sem preocupações.

— Não vai torcer para o seu amigo?

— Por que eu faria isso?

— Mesquinho.

Chegando no palco após subir sozinho observava sua oponente chegando na arena, uma garota da tribo dos gatos vermelhos subia ao palco, seu familiar parecendo um tigre vermelho a acompanhava por traz. Verificando os dois participantes o juiz começa a falar.

— E AGORA VAI—

— EU ME RENDO PARA ELA! EU NÃO QUERO MORRER QUEIMADO! ELA É FORTE DEMAIS PARA MIM!

Sem nem mesmo permitir o juiz formalmente começar a luta o rapaz se ajoelhava com os braços para cima. A garota olhava para o sujeito com as sobrancelhas franzidas.

— O que deveria ser isso?

— Grandiosa Shou-sho, não sou um guerreiro, mas sim um sábio. Em minha frente está uma grandiosa guerreira, como eu que em meu maior esforço físico mal levanto a caneta poderia te derrotar? Ainda mais quando vossa senhoria tem vantagem nos elementos.

— Bom, posso ver como é dotado de sabedoria — sem nenhuma raiva restante seu rosto sorria positivamente junto do seu familiar. — Está certo, não tem como um sábio vencer um guerreiro, mas onde estar a sua raposa?

— Ela está machucada, não conseguira lutar.

“ E se ela lutasse ficaria claro como seria impossível tanta magia ser utilizada, mesmo com a proximidade dos elementos. ”

— Compreendo, muito bem eu vou indo embora sábio, na próxima espero poder ver seu potencial como guerreiro até porque ser fraco não é bom nunca.

Observando a garota sair satisfeita, desvia seu olhar para as pessoas da plateia vaiando a partida.

“Metade da plateia? Só metade tem a capacidade de notar como essa batalha era ridícula desde o começo? Seja como for preciso ainda me trocar antes da luta com ele. ”

Sol tampava o rosto com a mão, já previa o resultado desde o começo.

— Tudo isso para ficar todo preguiçoso o dia todo e sem machucados?

— Nossa, nossa, nossa é um profeta em minha frente?

— Se iria desistir, não precisava ter vindo.

— Eu precisava pelo menos ser educado com ela.

" E tentar confirmar seu elemento secundário. "

— Você deveria ter tentando, mesmo perdendo no fim.

— Por?

— Por mera exibição, as pessoas respeitam no fim os fortes ou temem eles, mesmo com a clara vantagem elemental mostrar coragem traria respeito.

— Curioso, mas prefiro não lutar, principalmente numa luta perdida. Boa sorte contra a Mirai, ela pode vencer.

— Não pretendo deixar.

— Ok.

Sem nenhuma pressa caminhava para fora da sala para alterar suas roupas o quanto antes.

“ Hum... tanta confiança, eu deveria me preocupar um pouco mais? Que tal tentar criar uma daquelas armas brancas das visões? Ele ficou me encarando ontem durante o almoço então para ele eu devo ser alguém do tipo físico, depender da magia não seria bom... ”

Uma vez isolado no corredor, uma mulher coberta por escamas surge do chão como se saísse da água sem se molhar. Suas roupas estavam manchadas, mas era impossível dizer a causa exata.

— Conseguiram acordar a garota, mas ela não pode usar magia.

— Devo responder com que bom ou como suspeitava?

— Por que suspeitaria?

— Bom, dependendo da definição para vida, ela morreu por um momento, sabia? O momento do coração parado ou sendo mais preciso: removido dela. Quando interpretamos mana como uma manifestação da vontade da vida dos seres e da natureza, algo definido por um momento como morto por um momento, ou atualmente agindo contra a própria natureza, não poderia usar mana.

— Quanta filosofia para explicar algo, mas não é tão errado sua hipótese. O núcleo de mana dela foi destruído durante o momento da “morte”, se fosse possível manter ele inteiro, ela teria revivido como alguém normal. Em outras palavras se for morto duma forma diferente, pode ser possível.

— Ainda acreditarei na impossibilidade.

— Veremos quando eles acharem alguém para isso e repetirem o teste.

— Não serve qualquer um?

— Não sei muito sobre essa área, mas aparentemente não pode ser simplesmente qualquer pessoa.

— Bom, você pode agir como uma professora para me ajudar numa coisa?

— Seria?

— Testemunhar a criação duma arma feita por mim.

— Não pode fazer isso durante o combate?

— Pretendo usar toda a minha mana para isso e depois beber uma poção para me recuperar, então pode ir buscar uma enquanto eu cuido da troca aqui e da arma?

— Certo... quando eu virei a pessoa dos recados?

“ É melhor só ignorar isso e me preocupar em como eu posso replicar alguma daquelas armas. ”

 

 

Dentro da sala VIP o silencio e o desanimo reinavam. O novo vidro separando a sala da plateia já havia sido colocado. A confusão na enfermaria reduziu naquele dia o número dos participantes e como não havia ninguém para animar a multidão, não restou nada além do tédio. Somente duas pessoas fugiam dessa regra, a dupla do garoto e do homem sorridentes conversando ativamente sem parar ou prestar atenção em qualquer partida do dia.

— Jovem Safim, é realmente impressionante seu conhecimento, um irmão tão preocupado com a família é realmente admirável, sabia? Muitas famílias acabam tendo irmãos mais velhos violentos, principalmente quando o mais novo é mais talentoso na magia como no seu caso.

— A está falando da família Ametista? De fato, a herdeira acabou batendo violentamente nos irmãos segundo as notícias, os ramos secundários precisaram até mesmo intervir e segundo as más línguas, houve uma pessoa aqui e ali morta, mas eles decidiram apenas falar “houveram pessoas em estado grave e nenhuma fatalidade ”, o poder realmente é perigoso em mãos ruins professor.

— De fato, né? Ter poder demais, mexer onde não deve e com quem não deve são motivos para a queda das pessoas, uma verdadeira pessoa poderosa sabe quando correr atrás do poder e quanto deixa-lo. Aproposito, está tudo bem vir aqui e não passar seu tempo dando atenção a sua namorada?

— Por favor, estávamos agora mesmo terminando as negociações por conta dos problemas da minha irmãzinha. Infelizmente era um assunto oficial, mesmo fazendo dessa forma tão casual, não havia como evitar. Felizmente, minha linda namorada não é só um rostinho lindo, ela é esperta.

Olhando com um sorriso ao lado, percebe sua namorada conversando com outra garota alegremente. A dupla era composta por uma garota com um curto cabelo preto e olhos verdes, Leo, e uma adolescente com corpo levemente desenvolvido, cabelo loiro amarrado em rabo de cavalo e olhos doces como chocolate, sua pele branca estava levemente queimada pelo Sol por descuido.

— Ela nem deve ter notado o tempo passar, né?

— Aparentemente, sim — observando rapidamente a arena, um rapaz sobe para o combate uniformizado com seu familiar dourado ao lado — Hum? Já é hora da sua irmã lutar? Sol está subindo na—

— Aquilo é uma arma? Ela podia vir com uma arma?

A garota subia do outro lado da arena com um uniforme semelhante do rapaz, mas com uma simples lança branca pura apoiada no ombro. Seus passos deixavam no caminho da lança uma breve névoa azulada como pós imagem.

— Se ela a fabricou, sim... a entendo. Ela deve ter feito um pedido direto para já entrar armada dado o confronto 2 contra 1. Sua irmã é boa com lanças?

Valete coçava o queixo e seus olhos brilhavam para observar o movimento dos lábios da garota antes da batalha começar enquanto interpretava as ações da garota.

“ Ela pretende dar tudo de si apenas fisicamente? Bom... se ele lutar em igualdade, ele vai ter que ter algum investidor desconhecido no final das contas.

— Não é sua melhor arma, mas é minha primeira vez vendo uma arma com aquela qualidade, posso realmente considerar como gelo?

— Gelo Puro, talvez? Não sei dizer, mas deve ter sido um grande esforço.

— Bom deixar um leve rastro dessa forma após passar é minha primeira vez vendo, mas isso é realmente ruim para o Sol, ele é um bom rapaz, mas não só ele como toda a plateia terá uma ideia errada da magia dela.

— Pessoas com dois elementos são poucas no mundo, constantemente famílias secundárias ficam ativamente em combate, não é tão estranho surgirem e sumirem antes dos seus nomes crescerem.

— Por favor querido professor, seu comentário soa como se as famílias principais tentassem matar seus familiares para se manterem no poder.

Ambos sorriam um para o outro alegremente, enquanto o resto da sala observava os dois aliados do dia anterior quase começando uma discussão no dia seguinte.

— Perdão, estava parecendo uma crítica a sua família?

“ Ele não quer deixar nenhuma crítica na família? Ser temperamental é ruim em situações políticas meu caro amigo irritante. ”

— Uma mais voltada ao mundo, se posso dizer.  Seja como for a batalha já vai começar, não é? Vamos focar nela, hoje somos apenas bons conhecidos desfrutando do espetáculo, amanhã podemos discutir mais isso como políticos se quiser.

Safim sorria com os lábios e estudava friamente com os olhos para revisar a situação da família.

“ Uma cobra está de olho na minha irmã e tentando puxá-la para seu lado, isso pode ser ruim se não lidar corretamente..., mas eu queria entender essa sensação estranha vindo dele? ”

Dentro da arena o rapaz se prepara com as palmas das mãos voltadas ao chão e seu cachorro se mantem próximo olhando fixamente para a garota. Sorrindo para o animal, ela se abaixa levemente com a lança para uma investida.

— Por favor me convide quando quiser, Mirai é uma ótima aluna e eu admiro seu futuro brilhante. Agora vamos ver, eu aposto no garoto criando uma parede de chamas, qual sua opinião?

Junto com suas palavras a arena foi dividida ao meio num único segundo e chamas intensas se levantaram abruptamente queimando o piso branco da arena.

— Bom definitivamente minha irmã... — contrariando sua própria postura, a lança foi arremessada com toda sua força no familiar — ... vai perder o controle e ficar realmente violenta no final da partida.

Cortando o toda a lateral do animal, metade do seu corpo foi arrancado e congelado logo em seguida. O traço azulado cortando a arena e a parede vermelha como se não existisse vinha da garota.

— Ainda estamos no amigável?

Todos os espectadores arregalaram seus olhos para a batalha, finalmente os Vips sentaram corretamente em suas cadeiras. Na batalha o rapaz encarava a lança que quase dividiu seu parceiro ao meio no primeiro segundo da luta.

— Se está vivo, foi amigável.

“ Aquela professora podia ter ensinado ela a moderar em público... ”

Dois homens surgiram por um segundo na arena e removeram o animal para salva-lo da morte. Ao se voltar para o adversário sua voz saia do fundo da garganta destruindo suas próprias cordas vocais.

— EU VOU MA—

Uma adaga azul cortava o ar na sua direção em direção ao meio dos olhos. Saltando para longe tentando abrir distancia da arma sem dono.

— Interessante, ela recuperou a arma principal.

Chegando em sua lança branca cravada no chão, removeu sem mover uma única pedra do piso. Enquanto ela corria, o chão da arena se tornava cada vez mais uma mera neblina malfeita e fina.

— Então no fim, ela escolheu enfrentar uma pessoa irritada.

Enquanto ele criava uma espada com suas chamas a neblina se aproximava lentamente.

— Sejamos justos, aquele familiar pode ser um cachorro, mas se o mestre dele passasse por aquilo...

Quando ambos se encontraram a nevoa se desfez em chamas imediatamente.

— Sem dúvidas precisaríamos parar a batalha.

No termino das chamas duas pessoas surgiram trocando golpes rapidamente.

— Mas por que você apostou na sua irmã ficando irritada?

Cortes se acumulavam no rapaz.

— Intuição.

 

 

 

 

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