Volume 3

Capítulo 4 : Chamas Irracionais

Dia 16 do mês 1 de 187, Reino de Magnik

Quatro pessoas caminhavam nos corredores da arena.

— Ei lagartixa preta, gostou da minha irmã ontem?

— Não me chama assim e sim, só é uma pena não ser ela no seu lugar.

— Nossa, isso não é muito cruel comigo?

— Estou sendo MINIMAMENTE educada, ainda.

Rindo da situação, o homem loiro puxa um relógio do bolso ainda lacrado. Leo ao seu lado, vestido com uma saia, observa o objeto com a cabeça inclinada.

— Não é mais prático um relógio mais atual?

— É impressionante como ambos os tipos de relógio saíram quase na mesma época, mas esse tipo ficou conhecido como antigo...

— Mesma época só se for o portátil.

— Realmente, mas não é para ver a hora isso aqui, é um enfeite engraçado.

— Se diz.

Mirai vira com as mãos na cabeça e começa a andar de costas.

— Alias Leo, como estava a Ana?

— Sinceramente, ela estava boa. A reação chegou um pouco atrasada por conta da raiva, mas ela ficou bem assustada quando começou a ligar alguns pontos. Se tenho direito para reclamações, é isso tudo ter se tornado em todo aquele plano maluco e irritante bolado por duas pessoas com muito tempo livre disponível e rancor.

— Agradeço o elogio.

— Era sem dúvidas só para mim os elogios.

— As duas criaturas irritantes podem parar? — Com a mão na testa a mulher reclamava. — Ainda estamos numa área tranquila, mas quando chegarmos na sala nós não poderemos mais conversar assim tão casualmente, principalmente do nosso ato.

— Mesmo assim, no final só vamos ficar com papo furado falando das lutas ao lado dos professores, representantes de turmas e pessoas VIPs, deixe os dois falando à vontade e nós podemos só sorrir e acenar ao lado.

— Muito bem, estamos chegando na sala, todos em seus papéis — Guardando o relógio no bolso, Valete abria a porta para todos. — Vamos aproveitar as batalhas daqui, querem fazer algum pedido?

O salão estava quase vazio. Um enorme vidro reforçado separava a arena do lugar e paredes reforçadas isolavam o lugar da plateia. No outro extremo da sala algumas pessoas chegavam para assistir as partidas, a maioria não era humana.

— Aceitaria água, mas já vai começar tudo, né?

— Sim, mas é só pedir para algum garçom Mirai.

— Essa área VIP da arena é realmente incrível... Senhorita Mirai, as coisas sempre são assim?

Agindo timidamente, Leo verificava cada pessoa. Seus olhos reconheciam cada uma das figuras, nacionalidades e suas personalidades. 

— Hum... normalmente não fica sendo resfriada da onde eu venho, mas tirando isso é mesmo padrão em todos os lugares Leo.

— Uau, gente realmente rica tem outros padrões... isolamento acústico, paredes reforçadas, garçons e até alguns guarda costas... esse lugar é meio —

— Vamos lá, não precisa agir assim Leo — dando um tapa nos ombros, Valete ria da atuação tímida. — Sabe, ficar aqui só assistindo seria chato.

— Vamos fazer uma aposta então em cada rodada para passar o tempo?

— Os dois poderiam não fazerem apostas envolvendo dinheiro? Principalmente quando um dos dois é uma criança.

— Vamos lá, qual o problema senhora dragão? É para passar o tempo e deixa as coisas mais divertidas para todos, não tem como dar errado ou ser ruim.

— Exatamente é só diversão.

 

 

Uma garotinha com cabelo preto e um homem gordo com cabelo branco estavam sentados lado a lado observando as lutas. Ambos bebiam tranquilamente chá e comiam bolachas. Na arena duas pessoas lutam, um usava fogo e o outro a terra para a luta.

— Esse garoto com elemento terra é bem impressionante, pensei numa luta mais equilibrada entre os dois, mas no final ele encurralou muito bem as chamas do oponente apesar dos métodos meio duvidosos.

Dentro da arena, um dos participantes estava preso dentro duma caixa.

— Usar uma cortina de pó extremamente fino no começo foi um pouco assustador por conta da explosão, mas ver nenhum dos dois saindo ferido no final foi ainda mais assustador no meu ponto de vista, professor Eiji.

— Senhorita Leo, não é muito simples usar tanto pó tão rápido, mas é sempre bom lembrar dessas possibilidades. Algumas pessoas realmente esquecem como a magia é semelhante a realidade e ter conhecimento permite uso melhor para própria magia, como a explosão de pó nesse caso.

Um ponto na caixa ficava vermelho e começava a derreter.

— Eu esperava uma luta mais física, digo, não é tão comum ver as pessoas utilizando o pó e armas arremessáveis, normalmente vemos sempre as pessoas tentando criar ferro ou algo do tipo e partir numa luta mais corpo a corpo ou simplesmente balançando tudo na forma de um terremoto quando elas possuem elemento terra.

Saindo pelo buraco recém-formado, estacas de pedra subiam do chão e agarrava os pulsos e corpo do garoto em fuga.

— Sem dúvidas a compatibilidade terra e lutas mano a mano é provavelmente a maior dos seis elementos mágicos, mas ter um estilo fora da curva por si só é uma vantagem muito grande.

— Hum... em outras palavras o mais impressionante na luta, é o cara perdendo?

Acenando positivamente para aluna, o homem gordo enchia o peito para responder a aluna.

— Exatamente, apesar da derrota. Veja bem, ele conseguiu se adaptar rapidamente a um estilo quase nunca visto no cotidiano rapidamente, isso é sem dúvidas uma prova do quanto esse garoto pode crescer ainda.

— Isso me lembra da pessoa mais fora da curva segundo a história dos jornais... eles ainda estão apostando?

Com o sorriso congelado, os olhos velhos acompanharam o olhar jovem. Do outro lado duma barreira verde translucida, a maioria das pessoas estavam fazendo apostas sem fim para cada combate. Uma garota em pé em cima da mesa tinha uma mão na cintura e a outra para cima, provavelmente agradecendo alguém, enquanto várias pessoas estavam com a cabeça abaixada, batendo a mão na mesa.

— Pelo visto ela conseguiu mais uma vitória.

“ Ela manipulou as apostas das turmas e dividirá o dinheiro meio a meio por acaso? Como alguém acertaria tanto? ”

— Leo, por favor não a use como exemplo... abaixe a barreira por favor.

— Tem certeza?

Relutantemente, ele negou com o rosto.

— Eu realmente deveria ter chegado mais cedo para impedir essas coisas...

— Não é sua culpa.

Após consolar o professor, removeu sua barreira. Naquele momento a garota já não estava mais em cima da mesa. Ela cutucava com o ombro um professor com um caderno na mão anotando números.

— Anotou tudo direitinho?

— Pela enésima vez, sim.

— Senhorita Mirai, pedirei pela enésima vez, não suba nas mesas.

— Ok, ok, professor Eiji. E aí perdedores, qual a próxima dupla para apostas?

— Engraçadinha, sua arrogância morre quando perder uma, deixa eu ver a lista.

— Bom ser arrogante quando perde uma aposta na casa dos milhares é realmente bem complicado.

— Aqui, Iris turma da manhã contra Eishin da turma da tarde. Uma garota com elemento fogo e um artesão de itens mágicos, com todos os elementos a disposição.

Ouvindo os dados, as pessoas começaram suas apostas. Os professores e os VIPs foram lentamente fazendo suas apostas durante os reparos da arena. Todos lentamente faziam suas apostas hesitantes, apenas uma pessoa olhava para todos com um olhar apático achando tudo desnecessário.

— Mirai, seja um pouco menos direta.

— Eiji, a Iris vai vencer, todo meu dinheiro atual na garota.

— Quanta confiança na sua amiga, mas a sua cara parece estar fazendo algo ruim? Vocês brigaram?

— Você vai entender... alguém pode aumentar o áudio da humilhação aí?

Dentro da arena duas pessoas subiam para o palco. Um rapaz usava diversos anéis mágicos diferentes, um grande colar e um manto, todos gritavam ser equipamentos mágicos. A garota apenas olhava para todo o equipamento com a cabeça inclinada, pois só estava usando suas roupas casuais.

— Para que tudo isso se vai perder?

— Você não devia ser arrogante.

— Mas eu estou dizendo fatos, eu não sou arrogante seu grosso!

Área VIP inteira olhou para a garota com cabelos azuis. Com uma voz tediosa respondia às perguntas não faladas.

— Ela realmente não está sendo arrogante e realmente está só dizendo fatos.

Dentro da arena o garoto tinha uma veia pulsando na testa. Quando o apto da batalha tocou uma cúpula com água cristalina surgiu protegendo o rapaz.

— Então senhorita princesa, como pretende me atacar?

— Seu pior plano... — simplesmente balançado o braço, chamas saíram voaram na direção da bolha como uma onda sem controle — e acabou a partida, é vitória minha.

— Idiota isso é água como—

Fumaça negra surgiu no contato da barreira e das chamas. A superfície começou a queimar rapidamente. Como se fosse alimentado por combustível, as chamas engoliam toda a barreira e um cheiro forte perturbava o nariz das pessoas.

— COMO ISSO É POSSIVEL?! VOCÊ ESTÁ QUEIMANDO ÁGUA?! E NÃO EVAPORANDO A ÁGUA?!

— Te recomendo desistir, porque se você parar a barreira as chamas caem no seu corpo; se você manter a barreira elas vão até o anel alimentando a barreira eventualmente e te pegam; e se você tentar me atacar as chamas queimarão sua magia rapidamente antes de me alcançar. Aliás, sim, eu estou queimando a água, sou uma maga das chamas, não uma simples maga do fogo e quanto mais próximo minha magia está de mim, mais forte ela é.

Virando os olhos da arena novamente para a garota com cabelos azuis, os VIPs esperavam pela explicação.

— Querem passar o dinheiro já? Ela é um monstrinho fofo com chamas brutais.

— Mirai isso não faz sentido, essa garota não consegue usar nenhum dispositivo mágico, como ela pode ser uma maga das chamas?

— Realmente não faz professor Eiji, mas o Dom dela faz ela sempre usar chamas assim, capazes só de queimar qualquer coisa. Já testamos com água, terra, vento, luz, sombras e até gelo, inclusive, ela já queimou fogo.

— Como se queima fogo? Saiu fumaça preta do fogo contra fogo?

— É literalmente o Dom mágico dela.

A mulher dragão calmamente colocava as mãos no queixo e se sentava para frente. Seu tom era alto suficiente para todos ouvirem e sem nenhuma variação.

 — Se isso me acertasse eu morria queimada.

Uma caneta quebrou com fala.

— Oi? Um dragão morreria para as chamas dessa garotinha? Mesmo quando essa não é a sua fraqueza?!

— Dizendo duma forma mais relativa sim, eu estaria relativamente morta por não pode me mexer.

— ... Mirai, poderia falar todas as coisas favoritas da Iris, pelo bem da segurança pública da escola?

— ... joga uns doces, não faz nada ruim para ela e seus amigos e então vai estar tudo bem.

Dentro da arena, o garoto não conseguia fazer nada a não ser ficar parado. Água estava queimando na sua frente e alinha alimentando a barreira ligada ao seu anel estava aos poucos sendo devorada pelas chamas. Já não havia para onde correr, aquilo era uma criatura pequena, sem malicia, destruindo qualquer logica no mundo.

— Há... há, há... eu me rendo.

Ouvindo suas palavras todas as chamas saltaram e voavam na direção da garotinha. Tudo se transformou numa espécie de bola de gude e entrou em sua boca.

— Eu disse, eu não sou arrogante.

— Mas como? Era para eu ter a vantagem com mana infinita...

— Eu sou forte, só isso. Até o Karen que quase não tem magia, consegue me enfrentar direito sabia? Na verdade, ele em combate é assustador... seja como for, era só não ter medo de sair machucado como um covarde.

Virando as costas saia da arena sem nenhuma preocupação. O rapaz sem acreditar na situação se arrasta para fora sem falar nenhuma palavra. Eiji faz sua última pergunta para a situação.

— Por acaso, a Iris é incapaz de usar magia de reforço?

— Exatamente, mas eu não recomendo atacá-la com magia próximo. Ela pode não ter controle de mana nenhum praticamente, mas ela pode simplesmente soltar sua magia próximo e queimar tudo perto. No fim, ela é mais algo para se enfrentar na conversa e não na luta.

Acenando com a resposta, Valete entra na conversa.

— Certo, vamos para a última luta antes do intervalo da tarde? Yutyssia e Ana, as sombras contra a luz, façam suas apostas.

Quase toda a sala sem se perturbar dizia o nome Ana e o valor apostado de forma sarcástica como se fosse apenas uma piada e não uma pergunta. Apenas alguns professores se mantiveram em silencio com dúvidas, no final duas pessoas apostaram em Yutyssia.

— Senhor Eiji, acreditando na minha irmã e entrando nas apostas? Não era errado ficar apostando?

— Senhorita Mirai, pode não parecer, mas já vi as duas outro dia e como já fui a muitas caçadas posso dizer isso, se sua irmã lutar com as mãos a vitória é dela sem nenhuma dúvida.

— Concordo, mas... minha irmã é mais do tipo bater e esmagar a distância.

— Estou me arrependendo um pouco da minha aposta agora...

— Quanto deu o montante atual? Lembrando que estou apostando tudo novamente e na minha irmã.

— Vamos ver, aproximadamente 1 bilhão contra 350 milhões, não é exatamente uma coisa equilibrada — o homem loiro ria da situação após anotar os números no caderno. — A e eu também estou na aposta, vou cobrir 150 milhões para chegarmos em 1 bilhão contra meio bilhão, ok?

As duas garotas subiam na arena e a dupla Valete e Mirai pensava em uma única coisa ao ver a cena.

“ Vai ser divertido quando isso acabar. ”

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