Volume 3
Capítulo 24 : A Família e o Mundo
No fim de semana, durante uma manhã fria, Mirai aproveitava tranquilamente sua cama. Uma raposa com duas cores se deitava ao lado dos pés enrolada como uma rosquinha e bem onde deveria ser o buraco, estava uma ave negra dormindo. Um silêncio absoluto, agradável e gentil que nunca acordaria uma pessoa reinava.
Do outro lado da porta, sem entender a paz do local, Yutyssia caminhava tremendo levemente de frio. Chegando na porta, ela fechou os olhos e sentiu sua irmã dormindo do outro lado. Balançando a cabeça para os lados ela pega uma cópia da chave do quarto e o abre.
No primeiro estalo da porta, os três abriram os olhos e encararam a porta, apenas para fechar os olhos e voltar a dormir ao perceberem a mana da pessoa. A raposa mudou sua cor para um branco completo. A garota então abre os olhos uma segunda vez.
" Por que ela tem uma chave do meu quarto? "
Ao fechar uma segunda vez os olhos, a porta finalmente foi aberta e sua irmã andou até ela. Uma mão suave tocava seu ombro e uma voz gentil a chamava.
— Acorda desgraça. Nossa mãe tá aqui, precisamos falar com ela.
— ...
— Eu percebi você acordando agora a pouco.
— ... mas é fim de semana, eu estou cansada tá friozinho aí fora e aqui tá gostosinho pá dormir...
— Essa sua coberta é só um pouco mais grossa que um lençol duvido muito estar tão quente assim. Agora vai levante, precisamos resolver um problema com a mãe.
— Mas eu não quero sair daqui...
— Vamos log— Atchim!
— Saúde, ali fica uma mini cozinha é o suficiente para tomar alguma coisa quente tipo leite ou café.
Vendo a direção apontada, andou em direção a mini cozinha e sem pensar procurou leite na mini geladeira.
— Por que seu quarto tem isso? Não lembro dele ter isso antes.
— Provavelmente reformaram para conseguir algumas conexões... eu vou me trocar logo.
Levantando da cama com a cabeça abaixada, arrastou seu corpo com esforço até o armário, enquanto criava água numa mão e lavava o rosto com a outra.
— Tem roupa de frio extra?
— Pega, devolve depois.
Uma esfera levemente verde de vento envolvia uma roupa e a leva cuidadosamente para Yutyssia vestir. Acenando satisfeita, ela vestia enquanto esperava o leite para duas pessoas esquentar e procurava com mãos negras chocolate em pó ou algo similar no pequeno armário.
— Vai reagir como?
— Hum... falar bem deles para mamãe? E para o Safim também, digo eu não terei muito dinheiro no futuro... AAA! Verdade! Dia perfeito para ver a mamãe.
— Cometeu um crime e conseguiu muito dinheiro com isso?
" Muito preciso, mas tecnicamente eu não ganhei nada com aquele crime, então isso não é mentir. "
Virando o rosto para irmã, a viu calmamente preparar dois copos com capuccino em pó, esperando o leite terminar de aquecer.
— Eu fechei um acordo para vender magia de gelo para uma empresa, lembra o problema da dívida por quebrar o vidro defensivo? Tenho suficiente!
— ... eu acho que você acabou virando uma escrava ou destruindo nossa família, mas é realmente plausível as pessoas investirem nisso vendo o estrago do vidro reforçado... me mostre o contrato, vou confiar em você, mas não tome essas escolhas sozinha novamente.
— Ok.
Pegando da primeira gaveta da escrivaninha o contrato reformulado pelo Valete, alegremente sentou na mesa com a irmã e a observava calmamente colocando o leite nos copos e mexendo com uma colher das sombras.
— Aliás, não está sofrendo com nenhuma tarefa ainda?
— Hehe, nenhumazinha.
Tirando contrato das mãos, Yutyssia começa a ler calmamente, enquanto tomava o café da manhã. Os olhos corriam atentamente pelas linhas e Mirai com os olhos meio abertos observava toda a sua atenção.
— Hum...
Nenhuma palavra além do simples murmúrio. O cabelo rosa estava visível liso e solto, mas suas pontas eram levemente roxas.
“ Alguma mudança aconteceu na magia dela? Havia uma maldição na linhagem dela, talvez tenha enfraquecido e essa seja a cor original do cabelo? ”
Vendo o contrato sendo solto, voltou a atenção a suas palavras.
— Bom, são bons termos ao meu ver, não deve ser diferente para nossa mãe, isso aqui sem duvidas foi feito só para conseguirem algumas conexões. Mais uma coisa, aquela raposa branca, quando?
— Ela é fofinha, já faz um tempinho. Pode dar um nome.
— Quem cuida da o nome.
— Então vai de Branca mesma.
— Muito original...
— Agora uma pauta importante.
— Não temos isso, temos?
Um suspiro longo e um grande gole no copo. Olho no olho e sorriso no rosto.
— Claro que temos. Por que caralhos você está com uma cópia da minha chave?
— A mãe solicitou antecipadamente uma cópia e me deu, prevendo a necessidade. Assim, talvez, apenas talvez, se uma certa garota, com cabelos azuis, não fosse apenas uma lutadora pura e focasse mais em estudar e fazer as lições, ela não teria feito esse tipo de pedido.
— Ninguém confia em mim.
— Não quando o assunto é estudos.
Com rosto cansado esperava tudo acabar rapidamente.
Em uma sala privada de café, Safim batia seus pés no chão repetidamente e olhava pela janela. As ruas eram movimentadas por ser fim de semana, mas ninguém da sua família apareceu ainda.
— Vai da merda, vai da merda, vai dar muito merda, vai dar muita merda mesmo...
Abrindo lentamente a porta uma mulher com longos cabelos azuis cristalinos e olhos vermelhos intensos entrava sem bater. A camisa era uma jaqueta preta de couro extremamente cara e calças pretas justas, enfatizando suas curvas ou apenas para evitar ser agarrada. As pernas do garoto pararam de se mover ao vê-la se sentar na sua frente elegantemente.
— Cadê as duas idiotas.
— Hum? Não deveria ser uma pergunta? Isso parece uma afirmação?
O sorriso seco do garoto questionava a criatura na sua frente, idêntica a uma mulher parecida com sua mãe.
— Perdão filho, cadê as duas idiotas.
— De novo você não está fazendo uma pergunta, falta uma interrogação na frase.
Todo o corpo dele começava a tremer, suor frio escorria da sua testa.
— Só as mostre logo.
— Agora sim acertamos a intenção e a pronúncia da frase.
— É bom elas aparecerem logo.
— MAS EU NÃO TENHO ESSE PODER! A YUTYSSIA É QUEM FOI BUSCAR ELA!
Lagrimas começavam a cair dos olhos do garoto.
— Ela tem a chave do quarto da Mirai, deveria ser rápida.
— Por que ela tem a chave do quarto dela?
— Para momentos como esse.
— É extremamente convincente esse argumento neste momento mãe...
Com a testa apoiada na mão, a voz da mulher saia mais baixa.
— Eu ainda nem pude dormir, é bom não demorar muito...
— Quer tomar o café então antes para garantir ficar acordada?
— Pode ser.
Servindo o próprio copo de café para mãe com um sorriso, desejava apenas o fim daquele momento logo. Sua mente pensava no dia maravilhoso que poderia ter sido com sua namorada, mas graças aos problemas criados por sua família teve o dia roubado.
— Oi mãe, dor de cabeça? — entrando sem nenhuma preocupação, Karen conversa e alivia o ambiente — Devo buscar algum remédio?
— Quero duas idiotas e o dinheiro dos problemas delas na minha frente.
— Bom, as idiotas já devem estar chegando, como vão as coisas? Vem bebendo muito? Não faz bem para saúde.
— Como eu poderia beber, não me permitem beber e eu sou a dona da mansão, vê se pode isso.
— Você fez algum ruim enquanto bêbada? Tipo tentar suicídio pensando no marido morto?
— ... pode não ser tão assustador quanto seu irmão agindo seriamente? Por favor, os dois ainda são crianças.
— Ele já é quase maior de idade, aliás, ele contou da namorada dele?
— 8 vezes através das cartas.
— Uau, ele não tem outro assunto?
— OLHA AS DUAS ALI! VENHAM LOGO PORRA!
Com metade do corpo para fora da sacada, Safim gritava com as irmãs na rua. Ouvindo os gritos, Mirai cria uma belíssima escultura de gelo com apenas o dedo médio levantado na sua direção. Tampando a cara com a mão, Yutyssia cria duas paredes negras e esmaga a escultura. Antes da irmã falar alguma coisa, uma cotovelada no estomago a derruba no chão e uma mão agarra a gola da sua roupa a arrastando para dentro do prédio.
— Elas estão muito calmas.
— Definitivamente elas devem ter encontrado uma solução.
— Duvido.
— Aposta o que mãe?
— Safim e mãe parem.
— Eu aposto 1 milhão.
— Eu pago.
— Eu sou a única pessoa normal dessa casa?
Pacientemente esperando as duas chegarem, os três tomavam o café da manhã na mesa sem pressa. Quando passos chegaram na porta, um maço de papel foi jogado na cara da mãe sem nenhum medo.
— A Mirai conseguiu pagar todas as dívidas e ainda conseguiu lucrar vendendo gelo. Não temos mais dividas e aqui o cheque no valor de 7 bilhões, tome cuidado, ele vale um pouquinho e foi dado antecipadamente para não termos uma imagem suja.
— ... isso... — recebendo o cheque com as mãos tremendo, Sara alterna o olhar entre suas filhas e o papel — ... certificou tudo?
Com um leve aceno de cabeça, as duas confirmavam.
— Quero meu 1 milhão o quanto antes mãe.
— Cala a boca um pouco. Yuty minha filha linda, repete para mamãe porque a mamãe realmente não entendeu, ela deve estar dormindo ainda. A Mirai, a mesma Mirai minha filha, conseguiu dinheiro para pagar as dívidas? Todos os aproximadamente 7 bilhões? É isso? Vendendo gelo. Gelo.
— Sim, o contrato vai durar alguns anos e isso é dinheiro antecipado, o único problema é multa alta caso ela não cumpra o contrato, mas é só vender gelo e ainda pode ser negociado caso ela esteja ocupada no dia.
— ... MIRAI MAMÃE SEMPRE TE AMOU! SEMPRE CONFIOU! NUNCA DUVIDOU DA SUA COMPETÊNCIA!
— MAMÃE EU TAMBEM TE AMO!
As duas se abraçaram calorosamente. Enquanto isso os dois homens conversavam entre eles.
— Eu ainda não acredito no valor de 7 bilhões da multa.
— O vidro em si daquele local era praticamente a maior parte da dívida, digo, aquilo está em nível militar o preço pode oscilar entre 2,5 a 3 milhões sozinho, mas ela foi multada em 3 bilhões só por eles, o resto foi só umas pessoas alegando perigo e medo.
— E quebrou tão fácil? E por que tanto numa multa?
— Peguei o relatório gerado da quebra do vidro, o motivo da quebra foi unicamente uma inesperada reação ao gelo. Segundo o relatório, a frequência do gelo da Mirai e a do vidro ressoaram perfeitamente, permitindo o estilhaço e explosão.
— Pera, ela acertou a frequência do objeto? Algo tão detalhado e especifico?
— Sim, para ser mais preciso, deve ter sido aquele terceiro núcleo de gelo. Provavelmente chegaram na conclusão sendo a frequência do vidro comparado o estado dos estilhaços e como normalmente seriam quebrados.
— Caramba...
— A mas a nossa mãe tem bons advogados e recorreu uma nova instancia, provavelmente tudo vai acabar em uns 3,2 bilhões.
Virando o rosto para os dois filhos, Sara falava seriamente.
— Já acabou a conversa aí? Safim, você tem um único trabalho, pois, eu vivo ocupada, já sabe né?
— Falir todas as pessoas responsáveis pela nossa multa ter chegado a 7 bilhões?
— Eu realmente amo meus filhos.
— Ok.
O olhar sereno e fraterno da mãe se voltou as bolachas em cima da mesa, uma a uma era experimentado com o sorriso.
— Ainda bem que meu contrato é para vender gelo para outra empresa ou eu ia perder um prego tão fácil como esse por conta do meu irmão falindo as pessoas.
— Bom encontrar um emprego apenas para vender gelo pagando 7 bilhões antecipadamente é provavelmente impossível achar. Só me preocupo é com os planos deles para conseguirem conexões com nossa família...
— Quanto a isso, eu já estou a meio passo duma nova proposta deles.
— Mais gelo?
Pegando tranquilamente um pãozinho com manteiga, a garota respondia.
— É, mas dessa vez é algo mais difícil.
— Explique.
— A é que eu preciso vender uma porção do gelo incurável meu.
Congelando as ações da sala, todos tiveram uma única reação. Olhando no fundo dos olhos da garota, sua irmã fez a pergunta no lugar dos outros.
— Gelo incurável?
— Houve praticamente uma declaração de guerra entre humanos.
— Pera guerra? Mãe ela está falando sério?
— ... sim, Safim quão bom é o isolamento acústico desse local?
— Teoricamente é bom, Karen?
— Eu já tinha deixado a minha própria barreira por via das dúvidas, o limite é uma hora, conseguem resolver isso nesse tempo?
Com um aceno de cabeça, voltou os olhos sérios para a filha, apoiou o queixo com as mãos e falou com voz sem mudar o tom do começo ao fim.
— Filha, nesse momento sua existência vai acabar virando uma ameaça internacional e interracial. Você entende isso?
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