Volume 3
Capítulo 15 : A Cantora (3)
Nas ruas gritos as pessoas corriam para todos os lados, alguns eram bêbados, outros policiais e alguns meros espectadores. Os espectadores falavam sobre uma briga entre 3 pessoas escalando até uma enorme caixa negra surgir no topo dos prédios.
As autoridades tentavam destruir a caixa por fora sem conseguirem qualquer resultado, mas enquanto isso acontecia um dos prédios foi demolido. Todos se mantinham ou em alerta ou resgatando civis enquanto a enorme caixa virava.
Ao lado dos destroços do prédio, uma raposa com duas caudas encarava a caixa virando sem medo. Com olhos dourados e uma postura indiferente, a besta virou brevemente o olhar as autoridades.
Um impasse silencioso começou. Sentindo o olhar da criatura, as pessoas duvidavam da identidade do animal enquanto se seguravam de fazer quais quer movimentos bruscos. Sem nenhuma reação deles, ela virou o olhar para o prédio recém destruído. A enorme estrutura destruía o prédio ao lado na queda e erguia uma enorme nuvem dos escombros.
Quando a poeira abaixou, o animal estava no meio dos escombros e o trio das conversas estava visível. Uma enorme quantidade de sangue congelado apareceu no chão e uma mulher balançava uma enorme espada com seu único braço para a dupla na sua frente. Sangue saia sem fim da mulher e congelava ao tocar o chão.
— Isso já está me irritando.
Entre os escombros um homem segurava um bastão preto e tinha uma garota desarmada presa nas suas costas. Ele corria de costas olhando para a onda negra jogada do movimento da espada.
— Socorro, essa mulher está tentando matar a mim e minha filha!
— Salvem eu e o papai!
As autoridades viram nitidamente o homem criando uma parede dourada para desviar o golpe e a garota de cabelo preto usando vento para limpar os destroços do caminho. O líder rapidamente ordenava todo o grupo a agir.
— Falta uma pessoa usando gelo! Autorizo matar aquela mulher de sombras! Usem o falso Sol!
Uma pequena esfera foi atirada ao céu logo acima da mulher. Chegando poucos metros acima dos prédios, ela explodiu em uma esfera dourada iluminando toda a cidade como um segundo Sol intensamente.
— Droga... agora tudo cresceu demais para eu lidar...
Sendo cercada por todos os lados, finalmente estava preocupada com a luta. Sua arma teve seu formato bagunçado com a intensa luz e perturbação magica, mas pior era como tudo parecia sendo orquestrado perfeitamente. Os policias tinham uma arma magica especifica contra magos das sombras e já estavam presentes no local, apesar daquela região estar fora da patrulha especializada local.
“ Ei Valete, ela ficou muito mais fraca com o segundo Sol e conseguimos aliados, mas isso tudo é o suficiente para lidar com ela? Eu voto em ficar para matá-la se for possível apesar dos problemas. ”
“Sinceramente? Difícil dizer, mas deve ser poder suficiente... vamos primeiro observar um pouco mais, eu posso ter feito esse esquadrão de elite desviar sua rota para cá, mas acabar com ela é outra história, por acaso tem uma carta na manga? ”
Três tiros fracos voaram na mulher, uma bola de ferro, pedra e outra de fogo. A única mirando a mulher foi a primeira, as outras duas miravam cada uma para direção levemente ao lado caso corresse.
“ Posso tentar uma coisa, mas é só uma chance de sucesso. ”
“ Alta pelo menos? ”
A espada deformada não suportou a massa do ferro condensado. A esfera de terra achatou e se transformou numa pequena parede, enquanto do outro lado a ultima explodia queimando a mulher.
“ Do tipo moeda. ”
“ Que maravilha, você não sabe nada se consegue ou não então. ”
Chamas intensas derretiam o chão, um estranho vapor levemente vermelho surgia e a carne queimava sem fim. Junto da queima uma massa negra instável mal mantinha a recuperação do corpo no mesmo nível.
— Um mago das chamas?! Como pode ter uma equipe dessa elite nos bairros mais comuns da cidade?! Aqui era para ser uma região cheia de bêbados mal cuidada, por que estão aqui?!
— Queima quieta — o líder sem emoção respondia. — Ainda me lembro do último relato dum verme das sombras quase imortal a 27 anos atrás, na sua cabeça as autoridades representam nada? “ Sempre se prepare para o pior, no final talvez você só tenha gastado tempo treinando, mas é melhor que morrer por negligência. ”
A equipe mantinha a distância. Todos se separaram em pares, um olhava os arredores atrás da maga faltando e o outro concentrado na pessoa visível. A formação do cerco preparava a próxima troca.
— Por um relatório a 27 anos atrás, você se preparou assim?
5 homens estavam prontos para a atacar e outros 5 terminavam de conferir os rastros do ambiente.
— Já disse para ficar quieta, principalmente quando funcionou contra você.
— Não existe magos restantes! Ela foi abandonada! A raposa é responsável pelo gelo todo!
— Mantenham distância! Cuidado com o fogo!
Duas brisas alimentaram as chamas intensamente, superando por pouco a recuperação. Desistindo da arma mal feita a mulher cobriu as chamas do corpo com uma densa camada de sombras as parando.
— Confirmo maldições na magia!
— Confirmo mana infinita, mas com saída baixa!
— Civil, como parou a cura dela?
— A arma foi feita pela raposa que é um servo de Deus.
— Foquem a subjugação, eu assumo o resto!
Impedindo outras questões, o líder comandava com os gestos das mãos a próxima onda, mas sem saber as ordens, a raposa negra saia dos escombros com o tamanho duma pessoa adulta com a ponta das garras e dos dentes congeladas.
— Animal estúpido — a raposa deu o primeiro passo e a mulher reclamava. — Não me atrapalhe na próxima vida.
Usando seu tronco para cobrir o braço caido, envolveu a parte com uma armadura negra mal feita com garras nos dedos.
“ Pirralha, dessa vez sua barra ficou limpa, mas muito limpa, né? ”
As garras falsas tentavam cortar o pescoço, mas não perfuravam o pelo negro.
“ Eu não sabia disso, a parte preta é imune as trevas? Sério? Por que ela não usou isso no dragão antes?”
As presas verdadeiras perfuravam o ombro branco.
“ Tal pet, tal dona... e respondendo a última dúvida, deve ter sido porque ela estava muito ferida ainda, não foi só recentemente que o pelo voltou ao normal? ”
Sendo empurrada pela força do golpe para longe, nenhuma gota do sangue saia do animal, enquanto a mulher tinha o braço arrancado.
— Deem suporte para a raposa divina!
— GLORIA A LUCAIAS!
— Não estamos numa igreja! Mantenha o ateísmo recruta!
Jogando o braço arrancado para cima e rapidamente o devorando aos poucos, a raposa encarava calmamente sua presa. Os policiais sem perder a deixa repetiam os mesmos movimentos iniciais.
— Isso vai doer — o ferro passou pelo corpo deixando um buraco e as chamas começaram novamente a queima-la após explodir, mas a equipe ficou com o rosto fechado — Isso me lembra a frase: “ Se é para cair, que seja atirando. ”
Saindo do corpo como um óleo negro, mana das sombras em estado líquido vazava do corpo da mulher a transformando em um borrão preto. Nenhuma chama mantinha sua forma ou criava resistência ao entra em contato. Ecos desconhecidos vinham daquilo e todos saltaram para as paredes, menos a raposa.
“ Ela destruiu uma parte do próprio núcleo magico, isso pode ser chamado como suicídio, mas ela deve ter uma carta na manga... a sua está pronta? ”
“ Não sei, isso não depende de mim e sim da Brian. ”
O chão era coberto por mana, todos sentiam o mundo ficando mais pesado, cada parte do corpo arrepiou e 2 policias mantiveram-se completamente indiferentes a situação. A dupla concentrava toda sua atenção em espalhar a mana local, reduzindo tanto quanto possível a presença.
“ Hum? Então isso poderia ser feito por ela Valete? ”
“ O que? Como dessa vez essa preção mágica não te afetou? Contra o dragão eu entendo, é uma questão da lei da natureza e da mana dela com a sua, mas aqui não é uma mana dum dragão é mana humana, então como? ”
“ Dragões não são praticamente formados por mana? Isso é muito mais uma preção dos dragões a uma humana pelo jeito. ”
A raposa não se preocupava em sair dali. Quando finalmente a alcançou, aquilo não se misturava ao seu pelo. Embora não congelasse, o animal estava despreocupado com o liquido. Sem nenhum sinal para acabar ou diminuir o ritmo, o chão estava cada vez mais preto e as vozes cada vez mais caóticas.
O chão se inclinou e dois tornados puxavam o liquido para longe. Duas pessoas sacaram correntes com ganchos nas pontas. 6 pessoas se concentravam em amenizar aquela atmosfera. O primeiro braço perdido para a Mirai havia se curado, mas a ferida no peito permanecia aberta.
— Civil, você consegue lutar com isso?
— Eu não toco nessa porra preta não.
Um dos ganchos cortava o ar na direção do pescoço, mas apenas com as costas das mãos da mão parou sem muito esforço.
— Você jogou duas?
Envolta do peito um gancho da mesma direção estava firmemente preso e tentando puxa-la fechando o buraco incurável a força. O gancho falso parado facilmente, se desfez em luz pouco tempo após tocar na mancha negra.
— Isso... quantas pessoas morreram para criar isso?
O segundo gancho foi atirado nas correntes do primeiro. Os dois policiais começaram a puxar os ganchos para tira-la do chão. Pilares saíram das paredes dos prédios próximos criando espaços para as pessoas avançarem.
— 12 policiais, 2 pessoas “civis” e mais 2 animais, pelas minhas contas isso aqui é 16 contra 1, me sinto até honrada com esses números.
— Mas eu só vejo 10 policiais?
— Filha, eles são profissionais, eles devem andar 2 para cada elemento nas suas equipes para patrulhar provavelmente.
Correndo entre os pilares a equipe sacava suas armas e com apenas a troca dos olhares e gestos simples, cada um se posicionava perfeitamente para matar. A baixo da prisioneira a raposa estava em posição.
— Vamos ver... costas.
Como falado, um lanceiro saltava por traz com uma fina lança reforçada cinza apontada na base da coluna. Uma mão poderia acabar com os planos, mas uma flecha disparada no pulso prendeu o braço no peito momentaneamente.
— Não parem! Só a raposa pode matar!
Cravando a lança na base da coluna, a ponta se solta deixando o corpo sem movimento nas pernas. Já do outro lado o homem olhou indiferente para o corpo após passar tranquilamente.
— Is—
Novos ganchos surgiram. Um juntando as pernas e outro segurando o pescoço. Ambos eram puxados, mas todos ficaram irritados ao verem o sorriso no rosto dela. A mana liquida se levantou do chão, a decapitou e a desmembrou onde as correntes seguravam, derrubando o corpo aos pedaços e aumentando muito mais a quantidade mana líquida saindo.
— ELA VAI SE CURAR! ELA VOLTOU DE ALGO ASSIM ANTES!
As palavras iam contra a logica, mas a realidade as provou. A raposa escolheu saltar para os pilares. A inclinação do piso desaparecia aos poucos. Agindo como ser vivo, a escuridão juntava os pedaços refazendo a mulher.
— O coração está inteiro agora.
Alguém disse a frase e todos estalaram a língua em desanimo com a verdade. A pressão recém enfraquecida ficou muito mais forte. A massa coberta por preto sorria e chutava para longe a ponta cinza da lança anteriormente na sua coluna.
— Muito bem, agora que meu coração finalmente voltou a bater corretamente e cumprir sua função inicial e vital... vamos começar o verdadeiro round?
— Homens! Preparem-se!
“ Mirai, quanto tempo mais precisamos comprar? ”
“ Não sei, mas isso precisa acabar logo, eu não tenho um bom sentimento. ”
— Isso será o fim e um recomeço... ♪
Saindo do chão lentamente, uma espada grande deformada tomava forma. Seu formato instável não parava de vazar mais daquela mistura.
— Vai ser o momento das coisas serem certas... ♪
Segurando de lado a arma, uma cachoeira tomava forma abaixo da lâmina.
— Só não esperava ser morto por bestas... ♪
Um arco era puxado nas suas costas.
— Hoje, a ti, eu só lhe agradeço... ♪
Uma flecha presa na sua garganta queimava intensamente.
— Por não morrer sozinho. ♪
A voz saia nitidamente.
— Ela ainda pode falar?
Um giro da lâmina para cima e uma onda se formava.
O falso Sol era consumido pela escuridão e apagado.
A noite voltou para seu estado normal.
A última fraqueza desaparecia.
As luzes quebravam uma a uma pela cidade.
Todos foram sufocados pela mana das trevas.
Sem nenhuma luz apenas uma voz existia.
— Agora, quem deseja morrer?
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