Negociar para Não Morrer Brasileira

Autor(a): Lágrima Negra


Volume 1

Capítulo 14 : Procurando Soluções.

Um pouco mais tarde naquela manhã, a garota foi comer seu café da manhã acompanhada por seu irmão e uma empregada. Enquanto andava, Mirai olhava para frente completamente distraída em seus próprios pensamentos.

“ ...o que eu deveria fazer para evitar aquela última visão? ”

— Ei irmã está me ouvindo?

— Sim.

— Qual seu problema? — o irmão cutucava a bochecha dela.

— Nenhum eu já disse. — a garota deu um tapa no braço dele.

“ Embora eu realmente queria que fosse nenhum. ”

— Você notou que dessa vez desmaiou completamente sem nenhuma mana? E se for pior na próxima?

— Eu to falando, eu to bem o animal.

“ E nem adiantaria contar... ”

O garoto para, colocando uma mão na boca e criando uma enorme quantidade de lagrimas falsa com magia continua a falar.

— Eu preocupado com você e você me chama de animal. Você precisa me tratar com mais amor sabia?

— Então seja um irmão melhor e eu penso no seu caso.

“ ...apenas não mude... por favor. Nosso pai já é suficiente... ”

O garoto recomeçou a andar com as mãos atrás da cabeça.

— ...aliás, como vai está o pai hoje?

“ ...eu vou dividir a mesa com ele... ”

— A mãe sem dúvidas vai estar louca em cima—

Ele foi interrompido por sua irmã segurando suas roupas. Os olhos dela estavam abaixados, seu aperto não era muito forte com um leve esforço ele sairia da situação se quisesse.

— ...podemos comer no meu quarto?

Safim calmamente olha para ela. Os braços dela, seus ombros caídos, cabeça abaixada, olhos no chão e a voz fraca. Ele apenas desvia o olhar para a empregada, com o queixo aponta para direção da copa.

— Sim senhor.

O irmão devagar segura a mão da irmã com suas duas mãos. Ele mostrou um sorriso quando ela ergue a cabeça.

— Vamos voltar para seu quarto, Maria vai trazer a comida.

— Obrigado.

“ ...eu preciso fazer algo, mas..., mas o que? ”

Ao voltar a andar, Safim apenas segurou firme a mão da irmã e a trouxe para mais perto, enquanto andava.

— Ei Mirai, você que passa o tempo todo com a Yuty, ela parece ter um dom magico das artes para você?

— Mas do que você ta falando... isso faz sentido...

— Digo toda vez que ela faz algo a ver com arte sempre sai algo lindo maravilhoso de chamar atenção de todo mundo, não é?

— Sim realmente, mas eu já me acostumei tanto com ela.

— Bom dizem que quando se acostuma com algo começa a ficar tedioso as coisas, mas sinceramente, se ela seguir a carreira artística vai ser um grande futuro.

— Principalmente se for dança, como ela pode ser tão boa? Mas para isso ela precisa mudar um pouco...

“ Espera... ”

Olhando com um sorriso estranho para seu irmão.

— Ho ho, quem diria.

— Hum?

— Você ta afim da Yuty, não é?

— Não, ela é só minha propagando pública.

— EI! OLHA COMO VOCÊ TRATA A MINHA YUTY!

— Então é você que gosta dela quem diria?

— Hum? Ela é só minha amiga.

— E quanto ao: “minha Yuty”?

— Eu não vou deixar você brincar com o coração dela.

— Mas eu não vou, eu só queria ajuda dela para chamar atenção nos eventos sociais, e pode não parecer, mas eu negociei para conseguir as coisas.

— Negociar? Você ofereceu — 

— Segredo.

— ...você me vendeu? Pra quem?

— ...Karen.

— Como assim?

— Ele queria passar mais tempo com a irmã e você só sabe ficar com a irmã dele, por isso ajude ele ficando perto dele, está bem?

— Eu hein... cada um com seus problemas. Então eu vou passar um tempo com os dois juntos? Esse foi o acordo?

— Sim, não precisa fazer mais nada, o resto deve ser só jogo dele.

— Não seria melhor eu o ajudar a parar o complexo?

— Complexo? Há, há, vai fazer o que? Paquerar ele?

— É, essa vai ser uma guerra de alguma mulher, mas não eu.

O garoto dava uma risada sem graça.

“ Destruição do coração do Karen completa confirmada, mas não era meu objetivo ela achar ele ter um complexo... boa sorte para ele, fiz a minha parte, embora eu devo ter piorado as chances dele. Bom eu deveria ter negado o complexo para começar... ”

— Vê se não trata ele mal, ta? E outra, você não está sendo fria de mais com ele? Ele fez algo mal para você?

— Hum... como eu explico... ele parece o vento?

“ Vento? Ela vê ele tão baixo? ”

— Tipo, ele não parece uma folha da cor rosa? É como se ele observasse as coisas, mas não estivesse realmente no meio delas, e ele passa muito tempo em silencio olhando as coisas lá longe, é meio estranho sabia? E até perturbador.

— Hum? Observando de longe?

— Bom quando eu estou treinando eu consigo perceber ele encarando.

— Desculpa, erro meu. Eu entendi a parte do observar, eu quis dizer quão longe em metros?

— hum... 100 metros?

— ...e como você garante sua informação?

— A, isso foi com a professora, é fácil sentir alguém com uma magia similar a sua te observar, principalmente quando não tem um lugar lotado. Sabe, o verde dos meus olhos é igual aos dele, perceber magias próximas dele acaba ficando fácil por conta dessa semelhança.

— Realmente aquela mulher é o monstro em percepção que tanto falam. Hum, minha irmã deixou de ser um homem e começou a virar um monstro.

— EI! ISSO É O QUE VOCÊ FALA PARA A SUA IRMÃ?!

— Ué dizer um fato é errado?

— ESCUTA AQUI SEU IDIOITA, EU NÃO SOU UM MONSTRO!

Com uma conversa agitada eles voltaram para o quarto e acabaram comendo um café da manhã leve. Durante seu café da manhã, foi decidido para garota tirar o dia para descansar.

 

 

O mundo tinha escurecido, Mirai estava em mais uma visão, era uma péssima hora para ela, pois não teve tempo para se recuperar da última. Ela estava se sentindo apavorada, medo e um forte desejo de correr estava dominando ela.

A imagem estava parada ela estava correndo na entrada duma mansão, no meio da chuva, mãos dadas para Yuty, havia fogo próximo como na última visão. A garota não queria sentir esse desespero por muito tempo então ela permitiu o tempo fluir.

— CONTINUA CORRENDO YUTY!

— EU TO CORRENDO!

Lagrimas caiam dos olhos das duas. Uma luz perfura a garganta da amiga.

— YUTY!

“ ...outra vez... ”

Um pedaço da entrada cai, Mirai acaba tendo abandonando o corpo da amiga, mas ainda foi pega pelos escombros.

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!

“ AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! ”

Sua perna estava esmagada e queimando. Saindo da parte caída da mansão estava Recardo como da última vez, com um olhar furioso.

— Monstro desprezível, como você descobriu o dia?

— EU NÃO SABIA DE NADA!

Uma estaca de luz é arremessada e prende a garota no chão.

— Se fazendo de burra, então por que você convenceu sua mãe a mudar a quantidade do tempo dela lá logo na última hora?

— EU NÃO SEI NADA! EU JÁ DISSE ISSO PAI!

— Quer saber? Foda-se, não preciso da informação do cadáver. Tenho que descobrir como concluir meu trabalho.

Antes do golpe mortal ser lançado a garota tenta sair da visão, mas o golpe ainda perfura seu coração no último segundo.

“ AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! ”

Ela estava sozinha no seu quarto com uma mão agarrando o próprio peito e a outra fechando a boca. A dor de ter o coração perfurado, permanecia, a sensação do sangue fervendo por um momento mais a sensação da morte. Sem tempo para acalmar, ela foi forçada a ver outro futuro.

 

 

Dessa vez dentro da mansão e o medo a dominava.

“ PARA PARA! ”

Mal se recuperando, escolheu ver tudo logo. Tinha seu pai e ela no quarto, tudo parecia arrumado caro, o estranho do lugar era um quadro com uma criatura com 6 caudas e ela estar amarrada com um pano na boca.

— Você gostou do papai?  

— Hmp...

Ele chutou a garota da cadeira, derrubando ela e quebrando a perna da cadeira ainda grudada nela.

— HMP!

“ AAAAAAAA! ”

— Não ouvi sua resposta achei que estava me ignorando... você não faria isso com o papai né? Hum? Olha só... alguém quebrou uma costela pelo jeito.

Se aproximando da garota do chão ele coloca a mão no pano.

— Se você gritar, esteja preparada para mais.

Ele tirou o pano lentamente dela, lagrimas caiam daquele rosto pequeno, era como ver um pedaço de lixo na chuva.

— Nojento.

— P-p-por que isso? Ssghnn...

— Porque você é a fraqueza da mamãe e eu tenho como objetivo matar a mamãe desde antes de você nascer, ou melhor antes de você existir nos sonhos mais loucos dela.

— O que eu fiz?

— Para começar você começou a ficar muito mais grudenta em mim, mas como isso me ajudava, eu tolerei.

“ C-como assim? ”

— Ai tipo assim, eu só aproveitei de tudo e juntei com o outro plano e pum dois coelhos, num incêndio só.

“ Então... se me aproximar dele eu morro... se fizer nada eu também morro. ”

A garota tinha parado o tempo.

“ Eu... eu faço o que? Eu... ”

Continuando o tempo, não esperava muita coisa.

— Sabe, para algo que nem sequer é um humano, você tem uma boa capacidade de imitação.

— C-c-como assim? Ssghnn, como assim eu não sou, não sou humana?

“ Como assim? ”

— Primeiro porque sim, segundo porque algo assim nunca será um ser vivo pelo nosso ponto de vista, terceiro por que você se importa tanto em saber sobre vocês? Desde quando um morto precisa saber sua identidade? Ele vai comprar uma propriedade? Vai fazer uma família? Volte de uma vez a não ser mais um ser vivo.

Ele jogou uma pedra vermelha.

— Eu te dou uma mãozinha, fui um belo falso pai né?

A pedra explodiu em chamas.

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! 

“ AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!! ”

— HAHA, isso porque nem é carvão imagina se fosse. Bom obrigado por servir veneno para sua mãe sem saber, mesmo ela te salvvando, vai morrer antes da cura por uso da magia.

Sua visão chegou no limite enquanto ela era queimada viva, sua mente não pensava em nada além da dor das chamas e da carne queimada. Quando conseguiu se concentrar o suficiente para voltar a realidade, ela caiu no chão quando começou a rolar, mordendo os próprios lábios para forçar seu próprio silencio para não gritar. Sangue saia da sua boca. Ficou no chão chorando.

“ ...preciso pensar em algo... ”

Seu sangue escorrendo pela boca, uma mancha no chão e suas roupas sujas.

“ ...isso vai ser o mais fácil. ”

Ela congelou o sangue e lavou as manchas. Com o vento secou as roupas e fatiou o gelo em pedaços, foi até o banheiro do quarto dela e jogou os pedaços na descarga.

— Agora... e quanto ao meu pai? — perguntava para o espelho.

“ Eu vou... como vou enfrentar ele? Por que eu preciso enfrentar ele para começar?! ”

— ...onde eu não pareço com uma pessoa para começar?

Ela abriu a boca tentando, virou o rosto várias vezes, levantou o cabelo, tentou tirar a roupa e ver algo estranho no corpo.

“ Nada em nenhum lugar. Como era de esperar. ”

— Como eu saio dessa? Não sei, preciso de uma resposta.

“ DE NOVO NÃO! ”

Pela terceira vez, seu dom ativou naquele dia.

“ ... oi? ”

Não havia medo, nem dor.

“ Aquela é a minha professora? ”

Apenas a mulher e ela estavam na visão. Era seu quarto durante a noite. A mulher encarava sua versão dormindo.

— ...essa garota aprende realmente rápido, pena que vai morrer cedo.

— Pode não jogar praga na nossa aluna? — seu professor Frederico entra no quarto através da janela.

— Bom ou ela vai eventualmente morrer por ir nas linhas de frente ou ela vai tentar uma de heroína e morrer, essa é minha opinião dela.

— Ela não vai morrer facilmente. A família dela ama ela e é poderosa.

“ A se ele soubesse a verdade. ”

— Então você pretende ensinar ela seriamente para garantir? Ou o professor quer evitar ela ter muito poder?

— Não perca tempo me provocando, não vou voltar a trabalhar como um assassino, assim como você.

“ Oi? ”

— De toda forma essa garota só faltava aprender a usar armas.

— E você iria ensinar ela?

— Eu? Bom, não fiz muito com meu trabalho com ela então... é pode ser, é bom fazer o salário valer seu preço.

— Você é desprezível. Você dev—

A visão terminou ali.

“ ...eu vou pensar no que falaram mais tarde..., mas aprender armas? Espera, eu estava acordada o tempo todo? Por que eu estava acordada nessa visão? ”



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