Volume 1
Capítulo 13 : Quando não é Possível Aceitar o Futuro (2).
Quando a garota voltou da visão, desmaiou.
— Hum? — Yuty abriu seus olhos e viu uma garota caindo. — MIRAI!
O corpo caiu, mas nunca chegou no chão.
— Se acalme, ela só ficou sem mana.
— Como assim?! COMO ELA ESTÁ BEM?
— Se ela não estivesse segura aqui do lado de seus dois professores, ela estaria segura aonde? Do seu lado? — uma voz feminina falou.
A mulher estava dormindo a pouco tempo atrás, ela tirou um dos olhos da máscara, era um olhar gelado, um azul quase preto, durante a noite, ninguém negaria ser preto seus olhos. Yutyssia tremia com olhar da mulher.
— Você não está nem perto de ser considerada algo que pode se cuidar. Se você deseja tanto se preocupar com alguém, seja pelo menos cuide da própria vida.
— Yuty, vá com a Maria e alguns servos até o quarto da Mirai, ok? Espere pacientemente ela acordar — a voz do professor tentou ajudar a garota.
— ...certo...
— E você, pare de assustar a criança, abaixa essa venda e volta a dormir. Se for para acordar e assustar crianças, continue dormindo
Como se esperasse tal ordem, a mulher não pensou duas vezes e voltou a dormir. Os servos se aproximaram, uma mulher pegava a garota e a carregava nos braços como uma princesa. Frederico esperou ser apenas ele e a mulher para sentar numa ponta da cadeira.
— As estranhas percas de mana dela...
— O pior é o estado mental dela. Era como ver algo que não tinha visto a tempos.
— Você estava vendada, como pode dizer tudo isso?
— A mana não mente.
— Então?
—Sabe, aquilo parece mais... como se pagasse o preço.
— Então, quem se aproveita da mana? Ela ganha algo? Ou é ela mesma usando?
— Fred, você me pediu pessoalmente para ver o caso dela, esqueceu?
— Então por que você não consegue um resultado?
— Pelo menos tem uma coisa boa sabia?
— Que é?
— Seja lá o que for, não é ruim.
— Continuo te achando uma charlatona.
— Pense à vontade, enquanto eu tiver meu emprego e uma vida boa, a opinião pública não me preocupa nada, a não ser em conseguir outro emprego.
— Então vocês podem dar mais detalhes para mim? Sobre desde quando esse tipo de coisa acontece com minha filha e vocês nunca reportaram para a patroa de vocês?
Ambos os professores sabiam da sua chegada, mas nenhum deles queria realmente olhar na cara da mulher. A chefe deles estava ali, sorrindo para eles, esperando uma resposta.
— Então... a quanto tempo vocês dois tratam a minha filha como um objeto para alguma pesquisa? Ou melhor, quando vão falar os resultados da pesquisa?
Yutyssia estava ao lado da cama olhando a amiga. Os servos a colocaram na cama e tinham falado alguma coisa, mas a garota não prestou nenhuma atenção. Sua mente não se preocupava com eles.
“ ...Mirai... por que isso acontece com você? Você... não faz nada errado, então por que? Por que você desmaia assim? Isso não é justo. Você não fez nada de mal, então, então por que você está assim de novo? Por que você desmaiou com aquele olhar de novo dessa vez? Aconteceu alguma coisa? ”
Segurava a mão da amiga, não ouvia nenhum gemido, sem ter nenhum aranhão, mas a garota parecia sofrer na sua cabeça.
“ ...Mirai... eu não quero ver você assim, eu gosto mais quando você está sorrindo... volte a sorrir, pare de ter problemas, apenas volte, volte logo, passe tempo comigo... como quando nos conhecemos... por favor... ”
A garota tinha lagrimas nos olhos, ela não notou uma pessoa batendo na porta.
— Posso entrar? — a mulher estava do lado dela.
— Hum? Tia Sara? ...a casa é sua.
— Yuty, não é de hoje que a mana da Mirai oscila e você sabe... Yuty, você é a melhor amiga da Mirai, sabia?
— ...por quê?
— Não seria estranho as pessoas abandonarem ela naquele estado... não parecia nada como antes e as pessoas não aceitam a mudanças muitas vezes.
— ...tinha a Iris também...
— Então Mirai tem dois anjos da guarda, e você é um deles.
— Então, por quê? Por que a Mirai precisa passar por isso? Ela não te obedece? Ela é má? Por que ela não pode ficar livre dos problemas? É por que o único “anjo” que você tanto fica falando era na verdade a Iris? E eu não era nada além de alguém que esteve perto delas?! Eu estava aqui, e mesmo assim ela está sofrendo de novo! Olha bem o rosto dela! Ela parece bem?!
A garota apontava para a amiga desmaiada enquanto gritava com a mulher. Foi a primeira vez gritando, chorando alto e enfrentando alguém. A mulher apenas a encarava sem mudar a expressão calma para a garota.
— Se eu ou a Iris somos anjos, então por que ela ainda parece triste?! E outra, ela é quem é gentil, ela é quem boa, eu sou só... eu sou ninguém! Eu não sou como ela! Ela mesmo com medo aguenta, mesmo tremendo de medo fez o possível para voltar ao normal! Você acha que eu servi para algo? Sniff, ela quem chorava toda noite enquanto dormia! Ela tremia durante a noite quando eu passava a noite aqui! Ela não me viu nos olhos mesmo com eu sendo a mais gentil possível! Eu tentei e tentei, mas ela não estava bem e mesmo assim se forçou a olhar para mim, mas olhava para outro lugar sempre! Nunca diretamente para mim, mas outro lugar! Eu sou um anjo?! Ela resolveu tudo sozinha no final!
— E ela disse isso? Em algum momento?
— ...não...
— Então não crie mentiras. Não crie um novo motivo para sofrer, só a um inferno no mundo e você não está nele — a garota parou de chorar, ela fechou a boca enquanto a mulher continuava a falar limpava as lagrimas da garota. — Yuty, ninguém pode viver sozinho, por mais que a ela tente ser forte, ela vai quebrar uma hora, como se fosse um copo de vidro. Se o problema é ser fraca, procure algum professor e seja forte. Você não vai ser confiável do dia para a noite, mas antes de notar, ela vai confiar em você tudo e uma será um livro aberto para a outra. Por isso, não desista, se ela não gostasse de você por que ela tentou olhar para você mesmo com medo? Ela te ama e não quer te perder, por isso não se odeie, ela ficaria feliz em ver isso?
—... não... eu vou então...
— Muito bem, continue.
— Eu vou atrás de algum mestre.
— Muito bem, mas a Mirai parece que vai dormir por um tempo, você não quer ficar do lado dela? Ou no mínimo, falar para ela?
— ...não, eu vou começar a mudar agora.
— Só não mude nunca para pior.
— Certo... vou só ficar mais um pouco.
Após olhar mais um pouco para Mirai, Yutyssia sai. No outro lado da porta, Safim estava com as costas para a parede do quarto, ele não olhou no seu rosto com lagrimas.
— ...aquela professora do elemento água da Mirai, ela é uma antiga amiga da mãe... aparentemente ela caiu para o tráfico por algum motivo, por isso mamãe fez tudo para tirar ela de lá... ela tem um dom de troca de elementos, você viu os olhos dela?
— Eram quase pretos...
— Durante o dia ela é uma maga de água, mas a noite ela pode usar magia das sombras, bom, aparentemente não tem muita gente capaz numa luta com a mamãe e ela mesmo assim lutou em pé de igualdade, boa sorte com ela, parece sempre na TPM e deve muito para a família, use meu nome contra ela e o da minha mãe.
— Isso é meio grosseiro... você acha que a Mirai estava acordada?
— Agora pouco? Não, definitivamente ela dormiu a conversa toda.
— Certo..., mas eu não gostaria de falar com aquela mulher...
Yutyssia segue pelo corredor sem ter certeza se realmente deve ou não tentar falar com aquela mulher independente do conselho recebido. Enquanto observava a garota sair com os ombros abaixados, Safim observava atentamente cada detalhe da conversa agora pouco do outro lado da parede.
“ ...a Mirai... o que ela tem? É como se fosse adorada pela Yutyssia, não consigo ver isso como amizade... ”
— Sr. Safim, você pretende entrar ou não?
Uma empregada estava com um olhar um pouco irritado ao ver Safim na porta com seu olhar sério para a menina. A mulher era velha seu cabelo era marrom, seu olho era azul, um simples e suave azul, suas algumas rugas eram prova da sua idade e bem escondidas, mas ela deveria ter apenas alguns anos amais da sua patroa Sara.
O uniforme é superior aos das outras empregadas e seu nome também não só mais no meio de tantos do mundo. Conhecida por seu dom magico, aquela mulher podia criar quase toda bebida ou liquido no mundo, mas era principalmente conhecida no lugar como Maria a chefe das empregadas.
— Eu vou entrar, mas por que você não gosta de mim? Eu te fiz algo?
— ...é como se você duvidasse da sua própria irmã as vezes, como se você se perguntasse se ela é sua irmã ou apenas alguma coisa fora dessa linha.
— ...Maria, por favor sirva um chá Rafrist e traga alguns acompanhamentos.
— Sim, senhor.
— ...e por favor não me julgue tanto... eu realmente acredito estar numa posição delicada nessa família, como se eu pudesse acabar morto sem ninguém se preocupar em investigar minha morte.
— ...isso é impossível, seria noticia dos jornais, principalmente se for dentro dessa mansão.
Maria obedecendo as ordens saiu do lugar.
A garota só foi acordar na madrugada do dia seguinte. Ela encarava o teto, o quarto ainda estava escuro. Ouvindo alguma respiração ao seu lado, ela inclina a cabeça e encontra seu irmão dormindo a cabeça apoiada na parede. Ele dormia pacificamente, com uma coberta por cima. Do outro lado uma outra respiração, era uma empregada velha. Um sorriso calmo, uma voz devagar vinha daquela mulher.
— Bom dia, senhorita Mirai.
— ...bom dia.
Velha senhora abraça a criança sem fazer nenhuma pergunta. A garota chorava sem fazer nenhum barulho. Ela recebia uma doce mão passando em suas costas e o silêncio.
— ...onde está mamãe?
— Neste momento não tem ninguém além dos servos acordado, são umas 4 horas da manhã.
— ...por que o meu irmão não está na cama dele?
— Ele dormiu escrevendo e fazendo anotações, mas acordava periodicamente para voltar a escrever, até eu dar um chá com um leve calmante natural e colocado ele para dormir de vez, mas isso foi só agora a pouco.
— ...as vezes você é assustadora.
— Ele se esforçou até o fim para se manter acordado e te receber com um bom dia. Realmente, ele é desajeitado, mas ele te ama. Ele é um magnifico irmão.
— ...você é filha única?
A velha olha para criança com um sorriso sem graça.
— Sou órfã, viúva e minha filha nunca nasceu, morreu naturalmente.
— ...você não era para ter a idade da mamãe praticamente?
— Fujindo do assunto? Bom... foi um resultado inesperado da magia. Sabe, eu comecei a servir a sua mãe depois dela me salvar. Eu tive mais medo dela na hora do que os meus sequestradores e olha, ser sequestrada não é nada divertido.
— Como assim ela te deu mais medo?
— Garotinha, você nunca viu sua mãe irritada.
— O quão assustador ela é brava?
— Hum... o suficiente para questionar a humanidade dela?
— ... isso não é exagero?
— Quando ela me salvou o esconderijo era vermelho, pilhas e mais pilhas de carne estavam para todos os lados, tinha locais com entranhas e vísceras de alguém, mas você ainda precisa de mais algum detalhe?
— Não valeu, vou só esperar esse idiota acordar... pode me ajudar a colocar ele na cama? Acho que as costas dele vão estar doendo amanhã se continuar assim.
— É claro, mas eu te garanto, ele não vai reclamaria abertamente.