Negociar para Não Morrer Brasileira

Autor(a): Lágrima Negra


Volume 1

Capítulo 16 : Quando Começará a Tempestade.

Dia 70 do mês 4 de 182 Rei Rubi, casa dos Safira, Reino de Janfor.

Faltava 3 dias para a época das tempestades começar. Durante o um mês haveria chuvas todos os dias, começando com leves chuvas, intensificando cada dia, até começar gradativamente a se acalmar. Durante tal época qualquer usuário de água ficaria com uma grande dificuldade com sua magia.

Mirai arrumava suas coisas para passar o mês na casa Rosário. Por conta das chuvas fortes e ininterruptas do final do ano, não compensava sair para ir, era necessário ter armazenado coisas para passar um mês. Enquanto isso, sua mãe e irmão estavam organizando as coisas para ir numa viagem até outro pais e voltariam apenas no final do mês.

— Mãe, você realmente só vai voltar no final do mês? — a garota tentava confirma mais uma vez a informação.

— Sim minha queridinha, só no fim do mês.

— Para de reclamar, ela volta antes do fim do mês.

— Certo, sem brigas. Aliás filha aquela mulher realmente estava fazendo seu trabalho direito?

— Sim, embora meu corpo tenha ficado muito dolorido...

— Bom, você deve estar mais forte, embora... isso não deve ajudar você muito com falta de mana filha.

Enquanto trocava um sorriso sem graça com sua mãe, uma garota com cabelo rosa se aproximava.

— Mirai, esqueceu algo? — Yuty sorria enquanto falava com a amiga.

— Não, eu já disse.

Mirai foi verificar mais uma vez suas coisas.

— ...eu esqueci um livro.

— Eu sabia.

— Ei, Yuty, por que você parece tão acostumada com isso?

— MIRAI!

— SIM, MAMÃE?

— Presta um pouco mais de atenção!

A menina estava quase removendo sua roupa intima da mala em público.

— Desculpa, mas por que eu tenho a necessidade de fazer a minha própria mala mesmo mamãe?

— Eu acho você recentemente muito mimada pelos trabalhadores, quando for sua vez na escola não vai ter nenhum servo. A e talvez eu volte mais para o meio do mês, recebemos a pouco tempo uma carta lá da Magnik, eles vão ajudar na volta.

— A... certo, ok mamãe.

Sara se aproxima da sua filha e fala mais baixo com ela.

— Mirai, quando você vai fazer as pazes com o seu pai?

“ ...eu queria... mas ... ”

— ...

— Mirai, nem eu ou seu pai somos videntes e respeitamos alguma distancia, mas um filho ficando tão afastado assim da própria família, não é algo bom. Tente perdoa-lo por seja lá o que for que aquela anta fez, ele ainda é seu pai ele te ama, só eu supero ele no meu amor por você querida.

— ...hum...

“ ...mãe... não é assim, ele... ele... eu não consigo me aproximar dele sem ver ele me matando ou ele tirando sua vida... ele não nos ama. ”

Sara deu leve abraço em sua filha e um beijo na sua testa.

— Vou entender o silencio com você pensando em como resolver o problema. Tchau, minha querida.

“ Eu realmente fiquei sem resposta no final mãe... se eu falasse das minhas visões e toda tentativa minha parecia sempre falhava, você acreditaria em mim? ”

Safim se aproxima da Mirai. Ela olha para ele, nisso, ele dá um leve tapa na cara dela, após um tapa ele bate nela do outro lado, bate novamente e novamente sem parar, até a Mirai dar um chute na barriga dele.

— Ai! Irmã, na próxima vez... se não saber o que fazer... lembra dessa sensação... só faz, não fica sem fazer nada... e eu não te bati com tanta força.

— Prefere levar vários chutes?

— Se forem fracos sim.

— Você mereceu — a mãe falava.

Mirai apenas olha seu irmão e dá um leve sorriso.

“ Idiota..., mas você falaria isso... ”

A garota se vira o rosto e terminar sua mala.

“ Se soubesse que vou tentar matar nosso pai?

 

 

Quando as malas da garota estavam arrumadas as famílias estavam para entrar em dois carros para a mansão mais um carro indo para o porto. Matheus liderava a saída.

— Bom, bom vamos indo então? Cada família com sua família.

— Ok, vamos lá filha — Recardo disse com um sorriso.

— Sim, pai.

Mirai estava de mãos dadas com Yuty, após um breve momento apertando a mão da amiga ela se separa e entra no mesmo carro do próprio pai.

— Mirai, por que — 

— Yuty, deixa os dois conversarem um pouco.

— Certo...

— Boa sorte, Mirai — Karen, irmão da Yutyssia deu dois tapinhas em suas costas antes de ir para o carro.

— Gente, eu sou o pai da menina, eu pareço sei lá um assassino?

“ Não parece, pai você é um. ”

Mirai não falou nada e entro no carro, após isso virou o rosto e não olho para seu pai. No meio da viagem.

— ...eu fiz algo errado? Mirai, pode me falar?

“ Como se eu pudesse falar a verdade... ”

— ...você está traindo a mamãe...

— SE ACHA QUE NÃO TENHO MEDO DA MORTE PORRA?

Quase tirando as mãos do volante para segurar os ombros da filha, Recardo consegue se manter focado no transito.

“ E eu achando que essa porcaria tinha descoberto algo... ”

“ Eu dei uma boa desculpa? Pera, ele realmente tentou? Se eu tivesse dito isso para mamãe, resolvia meu problema? A, mas agora é tarde... e eu acho que não... provavelmente ela só o deixaria meio morto? Ou... ”

— Ai, ai, filha da onde veio essa ideia louca...

— ...é verdade, não é?

— Filha, seu pai quer conhecer seus netos antes da morte, tá?

— Então por que não negou? Com quem foi?

— Filha.

— Ana?

— Filha.

— Eleonora?

— Filha.

— Agata?

— Filha...

— Aika?

— Você vai tentar todos os nomes das empregadas?

— ... foi com um homem? (Mirai)

Recardo parou o carro com calma na beira da rua.

— Eu tive dois filhos com a mesma mulher, qual seu ponto para achar que eu viraria gay nesse ponto da vida?

— Hum... quis conhecer novos caminhos?

— Minha bunda não quer conhecer novos caminhos.

— Justo, é um bom argumento.

Recardo voltou ao caminho.

— E você ta gostando do Karen?

— Eu não!

A garota olha para o pai pela primeira vez em muito tempo.

— Me sinto como uma prostituta endida para ele pelo meu irmão.

— COMO É OS PAPO?!

Recardo para o carro novamente, mas dessa vez foi no meio da rua.

— O TRANSITO PORRA!

— Explica bem isso.

Ele voltou a dirigir.

— Primeiro ele tem um complexo com a irmã gêmea dele, fui vendida pelo Safim para ajuda-los a ter mais tempo juntos.

— Eu vejo.

— A e, ele é meio stalker, parece é uma mania resumida em espiar a distância alguém.

— Filha, onde você aprendeu tantas coisas assim? Eu sei que vivemos num pais bem mais aberto, com muito mais pega-pega, com um caso razoavelmente controlado das crianças de 16 anos sendo mãe, mas... ONDE CARALHAS E COM QUEM CARALHAS TU TA APRENDENDO TUDO ESSAS PORRA?! VOCÊ TEM 6 ANOS, 6 ANOS, SABE O QUE É 6?! É S-E-I-S! 6! É LITERAL O NUMERO DEPOIS DO 5!

— Com a minha professora principalmente, a, mas meu professor já me tirou algumas dúvidas aqui e ali porque eu fiquei incomodando ele, mas depois eu descobri suas mentiras, a professora disse a verdade e o motivo dele fazer isso era para me manter inocente.

— O QUE PASSA NA MENTE DAQUELA MULHER?

— Mas por que você grita tanto?

— EXPERIMENTA TER UMA FILHA DE 6 ANOS SE SENTINDO UMA PROSTITUTA!

A viagem continuou sem mais problemas, quem sabe um dia ela entenda ele.

 

Na mansão da família Rosário, uma enorme roseira com rosas de cor rosa e laranja cercavam a enorme propriedade. Para todos os lados rosas dos mais diversos tamanhos poderiam ser vistos, algumas das flores tinha o tamanho das crianças recém-nascidas. 

— Por favor filha, me responda, não é um pouco estranha essa casa?

— ...um pouco com essa roseira.

— E se te perguntarem sua opinião da casa, você vai responder?

— “ Ela é linda. ”

— Aprendeu direito, boa.

— Mas pai.

— Diga.

— O que vai acontecer com as rosas durante as chuvas?

— Vai tudo morrer no primeiro dia e se não me engano, dado a espécie dessa roseira, com a morte das flores, a roseira ficara mais forte... e agressiva.

— Agressiva?

— Se você tentar se segurar nela, não é uma boa ideia porque né, espinhos alo? Bom voltando, você vai ver a roseira se enrolar na sua carne sugar seu sangue e magia, a partir daí dependendo suas características magicas, uma rosa com uma cor diferente vai crescer e então vai ficar calma, mas vai morrer por conta das chuvas de novo e vai repetir esse ciclo. A e por absorver sangue, pelo menos uma rosa vermelha cresce no seu corpo.

— Essa espécie não pode ser chamada como uma praga?

— Assim, sim, mas também não, só que sim, porém, não.

— Obrigado pai, eu entendi a resposta da minha pergunta...

— Você conseguiu uma resposta para uma dúvida minha e dos botânicos.

— E você não parece ter aprendido sobre sarcasmo.

 

Na mansão dos Rosário Yuty, Mirai e Karen estava passeando vendo toda a mansão externa.

 — Mirai, você está com medo das rosas?

— Sim.

— Elas não podem andar, é só ficar longe. — o menino dizia.

— Irmão, elas foram plantadas por motivos de segurança, mas eu também tenho muito medo delas.

— Já te falaram a pior parte da roseira?

— Tem mais? — as garotas perguntavam em sintonia.

— Irmã, você deve saber.

— Eu?

— Ela?

— As rosas não morrem na época de tempestades, nem para fogo normalmente.

— A é...

“ Mesmo assim, se for feito com magia... mas espera, eu nunca vi uma única rosa nas visões, nem mesmo nas... ”

— Qual chama seria preciso?

— Hum... nenhum fogo mesmo o magico normalmente.

— Que? Como assim Karen? Tem ou não tem?

— Só com magia, em um nível realmente alto, pois, se a magia for absorvida pela roseira ela vai tentar fazer rosas com essa magia e isso termina com a roseira criando rosas de chamas. Chamas queimam ela, ai novamente volta pro estado anterior.

“ O pai da Iris... o fogo na mansão. ”

— ...só com a magia duma única pessoa seria o suficiente para acabar com a roseira inteira?

— Impossível — disse os irmãos.

O garoto olhou para direção da Mirai, os olhos delas estavam um pouco arregalados, com suas palavras a expressão estranhamente ficou aliviada, mas rapidamente voltou a ser preocupada.

“ Isso é realmente importante para ela? Hum... ”

— ... poderia ser possível, se somente se, for alguém no nível do Rei atual.

“ Então até o rei vai ser envolvido, mas por que? ”

— Não diga essas coisas! Você vai assustar ela!

“ ...eu devia agradece-lo, mas agora eu sei que a Iris ficou sem o pai dela, em todas as visões.

— ...por que essa planta existe?

— Faço a mínima ideia.

Agarota olhou para a roseira, era como ver naquele momento a morte do homem. Uma pessoa perfurada, seu sangue roubado, um incêndio iniciado, no fim tudo se transformaria em cinzas.

“ Ironicamente ele vai matar a própria filha, mas não pelo mesmo motivo. ”

— Vamos para algo melhor nessa mansão?

— É melhor aproveitar o tempo bom, pelo resto do mês nós não vamos poder sair.

— Vamos para a cúpula então?

— É uma boa ideia irmã.

— Bom, meus guias por favor, mostrem-me o caminho.

— Certo.



Comentários