Negociar para Não Morrer Brasileira

Autor(a): Lágrima Negra


Volume 3

Capítulo 13 : A Cantora

Caminhando tranquilamente pelas ruas, a dupla com um terno amarelado conversava sem preocupações. Zazai, a raposa, estava completamente negra os acompanhando afastada, seu pelo finalmente estava recuperado.

— Ainda acho incrível o pelo dela poder mudar a cor entre preto e branco garota, particularmente gostei dela puramente preta, a versão dela com duas cores era meio estranha no final.

— Ela com duas cores tinha seu charme e fofura e é a minha favorita, quanto a ela branca ou preta, eu diria que é bom para uma camuflagem verdadeira, mas parece faltar alguma coisa original sabe?

Olhando para traz, a dupla observa a raposa com um sorriso. Os olhos calmamente voltavam para eles esperando alguma coisa.

— Hum... os olhos dela são meio dourados, isso não conta?

— Hum... ela ter mais caudas seria muito mais chamativo.

— Eu te proibiria de sair tão livremente assim com ela a partir da 3ª.

Com um leve tapa na cabeça da garota o homem respondia.

— Você não é muito preocupado com a minha raposa?

— Um, raposas são conhecidas por servirem os Deuses junto com os lobos. Dois, com 3 caudas ela tem aproximadamente o mesmo valor da tua cidade natal.

— Como assim mesmo valor?

Com um suspiro decepcionado, seu chefe calmamente explicava já sem surpresa da pergunta sendo feita. Virando para frente seu olhar respondeu o mais simples possível.

— Garota, você aguentaria viver seriamente numa tempestade ininterrupta por 1 mês todo ano na mesma época? Aquele reino foi feito por questões muito simples, recursos valiosos, sendo mais especifico, pedras e minérios mágicos. Uma raposa, ou lobo, com 3 caudas é claramente um servo divino e sua existência começaria guerras sem dúvidas, duas caudas pode passar como uma raça ou em provação.

— Zazai, nunca aceite Deuses estranhos, ok? Você é minha Deusa. A Brian é um Rei demônio, não preciso dum Deus vagabundo que não trabalha e manda servos resolverem tudo.

Balançando alegremente a cauda, Zazai acenava positivamente. No alto do céu o corvo sorria com o título recebido. Parando no ar Brian olhava para baixo onde seria o lugar da visão e onde Mirai queria ver.

— Sabe, sua família pode ser ateísta, mas eles te ensinaram a xingar todos os Deuses por acaso?

— Particularmente sou contra todos eles, nunca os vi me ajudando quando precisei. Eu já te vi me ajudando, logo, sua posição é definitivamente maior comparado com qualquer uma dessas divindades e sinceramente... as religiões apenas procuram justificar a preguiça e a fraqueza do seu todo poderoso favorito, mas pelo menos reconheço uma coisa, é bom para os fracos ficarem satisfeitos com a própria vida.

— Entendo, agora vamos virar ali... embora eu não goste da ideia de passar por essa rua logo após uma refeição.

Ao apontar para direita, uma rua animada podia ser ouvida, o som dos bêbados cantando nos bares ou vomitando na beira da calçada era visível. O incômodo cheiro da bebida e do jantar das pessoas disfarçava qualquer cheiro, enquanto o canto e a farra abafam todas as vozes. Era o local perfeito para despistar qualquer pessoa, mas não era o mais agradável para passar.

“ A rua parece a mesma, ela ainda não subiu então é melhor não apressar muito o passo, mas... isso vai ser uma boa faca com dois gumes e sem garantia. ”

— Ok eu irei na frente, caro homem me observe atentamente e me siga.

— Por favor não corra e caia no chão miseravelmente...

Seus passos acelerados na frente eram distraídos e calmos com giros misturados, mas o homem encarava estranho suas ações. A raposa havia desaparecido sem nenhum rasto e ele via claramente ela apertando as luvas negras como garantia delas estarem firmes e o olhar fazia um breve reconhecimento do espaço. Tudo fez uma imitação perfeita duma criança inocente em passeio, embora não fosse.  

“ Hum... aporta abriu e ela começou a subir as escadas, perfeito nesse ritmo eu ficarei bem onde queria onde posso vela, o Valete não e ela não o verá... isso está certo? Digo ela está com olhos fechados. ”

Parando seus giros em direção a escada um sorriso puro surgia no rosto e com olhos arregalados, uma voz animada e inocentemente estava preparada. Na sua frente a mulher com cabelo liso negro e um vestido azul escuro subia com olhos fechados.

— Nossa mais que linda mulher! — descendo as escadas em sua direção mantinha até o fim o ato — Qual seu nome senhorita?

Surpresa com o ânimo todo, a mulher para e inclina a cabeça em dúvidas.

— Eu? Há, há, há, eu sou apenas uma cantora.

Enquanto ouvia a resposta, Mirai começava a preparar o terreno magico. Com um leve atraso, o homem ouviu a voz e enfim percebia quem chegava, ele ainda não deveria ser visível para mulher.

— Sem dúvidas parece ser uma linda voz, pode cantar um pouco para mim?

A distância era apenas 3 degraus, as duas estavam com a mesma altura. Um sorriso puro respondia aquela pergunta e com as mãos atrás das costas começou a cantar uma música clássica de amor.

— Diga-me então, qual teu nome cavalheiro, o meu doce herói, sou apenas uma dama esperando é por ti.

Reconhecendo a canção, ambas começam a cantar o dueto não ensaiado e mesmo assim, perfeitamente afinado e organizado como orginalmente deveria ser feito.

— Pois lhe digo minha cara, nada sou além dum simples camponês, eu sem a fama ou poder e gloria muito, tenho só apenas o mais puro amor por ti.

Ainda longe do topo da escada o homem não sabia se avançava ou recuava.

— A, meu caro senhor, esse mundo nada vale sem amor, nele só vejo a dor, então seja como for, me leve como uma flor.

A alegria da mulher era palpável, um improviso sem igual acontecia na sua frente naquela noite.

— Eu não posso lhe jurar, uma vida só de paz, posso só te entregar a certeza de te amar, sem jamais lhe trair ou ao menos te deixar, pode assim ser, um eu e um você?

Com gestos, a pequena garota fingir tirar um anel, enquanto a outra fingia receber um bem precioso no dedo anelar.

— Aceito este contrato feito a luz da lua, eu juro ser toda e somente sua, estarei com ti até depois do fim, mas por favor não se vá antes de mim.

Sem nenhum aviso, todo o corpo virou uma pedra branca azulada após tocar o dedo da mulher.

— Ok —  uma brisa suave estilhaçava toda a escultura em pó. — Hum?

Da escultura uma mancha preta ficou inteira, todo o gelo desapareceu e somente aquela pequena esfera negra sobrava. Finalmente entendendo a situação o homem avança para puxar a menina, mas para ainda no topo da escada.

— Puta merda... você a irritou direitinho.

— Diria que nem tanto — da mesma esfera, a voz da mulher vinha — Foi sem dúvidas irritante, mas foi muito mais surpreendente, sabe? Em nenhum momento eu imaginava acabar assim para apenas uma garota... e durante uma canção ainda? Eu realmente estava gostando disso tudo sabia? Abaixei muito minha guarda.

Vendo a esfera começar a flutuar e absorver as sobras da escada, Mirai estava com os olhos abertos ao limite tentando compreender as coisas.

— Como? Seu corpo virou pó em um instante...

A pressão magica crescia a cada segundo, na rua as pessoas estavam desmaiando ou vomitando conforme aumentava.

— Como? Você só destruiu plenamente todo o meu corpo até a inexistência dele completa, mas isso não vale para meu núcleo mágico. Você não sabia de algo tão simples e básico? Núcleos mágicos não são exatamente algo físico, Mirai Safira.

Sendo puxada pela barriga, Mirai teve a ponta do nariz quase cortada. O homem mal conseguia tirá-la dali a tempo e espadas negras cresciam das sombras do chão para matá-los sem piedade.

— Se agarra nas minhas costas.

Jogando-a por cima do ombro, um impasse começava. Eles estavam no topo da escada, mas fugir não seria simples.

— Certo, como lidamos com isso?

Valete corria para os lados evitando as sombras sendo transformadas em lâminas do chão. Sem separar seus olhos da mulher sua voz séria e direta respondia.

— Não lidamos, pois, está de noite, mas se fosse possível uma ajudinha talvez aguentamos até o amanhecer e podemos sobreviver fugindo a noite inteira.

Da parede uma lâmina apontava o coração da garota.

— Chances? Ou melhor, quantas horas?

Ele criou um bastão de luz e parou o golpe, enquanto a mulher finalmente subia as escadas calmamente.

— Eu mesma respondo, quase 0 de vida e seriam 3 horas na fuga.

O corpo dela se mantinha uma camada congelada, uma batalha entre congelar o corpo e recuperar o corpo acontecia.

— Obrigado por não me congelar com o terreno, você realmente é incrível por dominar isso tão bem, mas faça o favor e se proteja se possível.

Com uma escada congelada surgindo ao lado, Valete correu pelo caminho em direção ao topo dos prédios.

— Eu realmente sou incrível, mas não é hora para elogios, corre e eu faço o pezinho, ok? Vai ser uma maratoninha suave, só 3 horas fugindo duma mulher tentando te transformar em queijo com uma linda jovem nas costas, perfeito não?

Com um passo a mulher desaparecia nas sombras.

— Ela é imune a maldições, tem alguma coisa tão forte quanto uma para enfrenta-la? Ou pretende me surpreender e congelar um núcleo magico do nada?

Conforme a dupla se afastava as espadas surgiam mais lentamente das paredes. O topo do prédio estava congelado e o caminho era quase perfeito, se não fosse completamente aberto e visível para ser usado como fuga.

— Eu realmente sou sua caixinha de surpresas, não é?

Ao som de um passo próximo, a mulher aparecia no prédio ao lado sem gelo.

— Quer dizer que agora, quando eu preciso, não existe surpresinha não, né?

Mirai procurava desesperadamente pensar em algum plano através dos olhos dos familiares, mas enquanto um estava no chão entrando por onde a mulher saiu, sua única esperança era o corvo parado assistido a briga no alto do céu.

— Triste vida Valete, agora corre mais enquanto eu penso em alguma coisa.

" Eu devo conseguir mais uma vez no máximo duas transforma-la naquela bola de gude negra... é bom aquela coisa fazer algo e não só encarar eu morrer! Zazai, eu queria sua proteção ou melhor, come aquela idiota da Brian! "

— Posso rezar?

Com desprezo total, Mirai suspirava.

— Bom, Deuses servem para isso, né?

Rindo da conversa com a mão nos lábios toda a pressão mágica sumiu sem vestígios apenas para perguntar.

— Devo parar para que rezem? Não tenho nada contra a religião, até assisto corais nas missas por aí as vezes.

Parando no meio do prédio congelado, o homem respondia.

— Sério? Obrigado, mas sou ateísta e a garota também e embora diga isso, nós dois sem dúvidas nos sentimos muito tocados para aprender a rezar uma missa inteira.

— Exatamente, principalmente se for um Deus com uma oração com umas 3 horas de duração, esse ai é nosso alvo para uma fé pura sem outras intenções nessa noite.

— Meus queridos também sou ateísta, só curto as músicas, os feriados e a comida dos eventos.

Respondendo casualmente, ela criou uma cópia dela com a escuridão. As duas sorriam casualmente, a pressão mágica voltou subitamente e uma delas avançou com uma lâmina negra na dupla.

" Ela mandou a cópia? Mas a preção ficou menor, ela não pode manter as duas coisas então? "

— Puta merda agora fudeu pirralha.

A lâmina negra tentou cortar a dupla ao meio, mas foi aparada por uma lâmina dourada simples.

— Eu pensei que você estava enferrujado na espada Valete.

" Não, ela parece ser do tipo brincar ou pelo menos ela parece querer levar essa luta suavemente até quase o Sol nascer para dar esperança. "

— Prefiro a caneta, a espada é vulgar.

“ Agora dúvida simples, são 3 horas para começar a luz do Sol ou em menos já temos alguma luz? ”

— Alias garotinha, eu até consigo entender os elogios do seu papai querido, foi muito amada por ele?

Com olhos sem vida e um tom extremamente animado, a resposta vinha sem pensar por um único segundo.

— Pelo menos eu consigo ver as coisas, né o cega?

Inclinando a cabeça para o lado, a resposta não teve pressa.

— Mas eu não sou cega, apenas não quero acabar com as coisas rapidamente.

Defendendo a si mesmo e a menina, o homem calmamente falava enquanto dividia ao meio o clone em 3 partes.

— Ela está falando a verdade, aliás uma ajudinha por favor?

As 3 massas negras se agitavam intensamente.

— Cala a boca Valete.

Crescendo e mudando sua forma, 3 clones estavam formados naquele momento.

— Eu sou seu chefe, quer ter o salário cortado?

— Eu disse cala a boca.

Rindo do show na sua frente a mulher falava apoiada na parede.

— Quanta autoridade a dele...

— ME AJUDA LOGO PIRRALHA MALDITA, TU NÃO É UMA CAPA PORRA! TA ME ATRAPALHANDO PA CARALHO AQUI!

Congelando as 3 sombras subitamente, falava com desprezo ao chefe.

— Feliz?

Quando as estatuas se tornaram pó sem se multiplicarem, toda a raiva ia junto ao vento embora sem vestígios.

— Sim, muito.

A mulher saiu do apoio erguendo metade de um olho.

 

 

 

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