Volume 3
Capítulo 11 : Dois casos e um Final
Era um escritório extremamente arrumado quando abriu os olhos. O carpete vermelho escuro cobria o chão por completo e lâmpadas com pedras mágicas em formatos de velas iluminavam o ambiente.
“ A vida podia ter ignorado minhas palavras. ”
Sentado na cadeira preta estufada estava claramente o mesmo Valete atual, mas na frente dele a sua versão era definitivamente diferente. Estava maior e com um cabelo azul mais longo sendo pintado com tinta preta, não entendia a situação, mas vendo ambos com sobrancelhas franzidas se preparava para uma péssima notícia.
“ Isso é daqui uns 5 anos? ”
— Eu ainda não acredito nesse prejuízo todo Valete.
— E eu com esse papel na mão estou acreditando? A cidade inteira acabou sendo revirada por duas traições.
" A cidade inteira? Mais que merda aconteceu aqui? Foi traição internacional? Drama entre duas nações inimigas tipo novelas? "
— Você não sabia desses casos com sua rede?
— Eu sabia, mas eu estava pensando em usar delas para chantagear o povo, eu lá tinha como saber que eles falhariam em esconder um caso de 10 anos?
" 10 anos? Isso e quase o meu pai e minha mãe. "
— 10 anos? Quando você me fez te acompanha na assinatura do contrato lá na época da escola, você já sabia? Desde aquele dia?
" Como é eu?"
— Sim eu sabia, eu talvez devesse ter revelado ou começado a chantagem logo naquela época, nunca haveria esse estrago todo... olha essa merda! Fecharam realmente tudo que tinha no mercado negro nas minhas mãos! Minha cabeça... eu nem cheguei a pagar os investimentos nisso tudo...
Lagrimas surgiam nos olhos do homem.
— Eu estou indo publicamente lidar com uma parte da bagunça em Flauer Valete, tente recuperar a compostura.
— Te autorizo a fazer o que achar necessário sem aumentar dividas...
Pegando um copo, o suspiro do homem quase não saia da garganta.
— Já pedi suporte para o meu irmão Safim.
— Eu considero isso bom ou ruim? Sua família ainda é meio incomoda, sabia?
Seus olhos encaravam sem ânimo para a suposta salvação.
— Não me pergunte vou tentar regular ele, mas afinal os traidores morreram?
Vendo o homem jogando pro lado a folha e procurando um papel, Mirai calmamente retira as próprias roupas e as troca para um terno preto masculino.
" MAS O QUE?! "
— Aqui as duas famílias novas formadas pelos traidores e por favor mais uma vez, vai se trocar em outro lugar, não fica pelada na minha frente caralho, eu pareço um pedófilo na sua cabeça? Ou a merda dum viado?
" FAÇA ISSO EU! "
— Existe um lugar mais difícil de roubar qualquer informação do que em seu escritório pessoal? Se houver eu aceito como meu closet.
— Não, mas seja minimamente consciente do seu corpo, uma criança eu facilmente posso ignorar, mas quando o corpo vai para uma mulher completa é muito complicado não ter nenhuma reação.
— Falou quem já quase me viu morrer, me trouxe de volta a vida várias vezes e já recolocou membros do meu corpo.
Finalmente encontrando os documentos desejados, entregou 4 folhas para ela.
— Hum... em resumo nomes, começo de relacionamento, pares... nossa. Por essa não esperava, ambos eram inúteis na época segundo isso aqui...
— Paixão normalmente cega as pessoas, seu pai enganou sua mãe muito bem por anos assim, só para morrer para uma criança depois por medo puro da mulher estar presente no local.
— Então os nomes dos traidores são Fernado Atis com Lin Fei e Sofia Etius com Johan Chim... da onde vieram esses nomes? Praticamente temos 4 pessoas dos extremos do mundo só nisso? A família Atis e Etius caíram por conta disso?
— Nossa, quem diria, não sou o único sem acreditar na situação ridícula — pegando o papel no chão lido a pouco tempo, entrega para ela. — Tó, está um pouco suja, mas né detalhes da trama.
— Não preciso saber dos casos amorosos, mas o motivo disso tudo...
— O elo fraco e sensível querendo se sentir no poder e acabou sendo usado no final, precisa dum resumo melhor?
— Mas quem pagou a conta foram todos e ainda sobrou para nós...
O tempo parou naquele momento.
" Então temos duas pessoas infiéis fudendo com tudo e nos dois sentidos aparentemente... as pessoas não podem aprender a não trazer problemas? É difícil manter fidelidade matrimonial? Ou pelo menos ser honesto num casamento? "
Chegando mais perto do documento, seus olhos focavam numa linha.
" Então... os dois idiotas usavam a aliança do amante, pois era idêntica à do casamento oficial? Ser um criminoso é tão fácil assim para esses trouxas? "
Sem acreditar nas palavras, respirou profundamente duas vezes.
" Como duas pessoas fazem uma merda dessas quando precisam esconder tudo, sendo criminosos profissionais na teoria e ainda por cima esperar as mil maravilhas? Ok, precisava ler o nome por dentro, mas isso não é algo impossível caso alguém queria fazer em algum momento. "
Lendo o resto do documento, uma análise simples do anel foi feita e revelou um segredo na sua fabricação.
" ... então o anel possuía uma função para transmitir as conversas. Ok, alguém precisava ser um verdadeiro criminoso minimamente competente no fim das contas. "
Verificando uma última vez os documentos, nenhuma outra informação parecia relevante para sua cabeça.
" Certo... é como se a visão atual me pedisse para revelar durante o contrato a infidelidade, mas qual seria o momento ideal? Não acho que o Valete aprovaria eu usar isso na hora... vou só esperar e revelar depois de assinarem? Parece o melhor plano..., mas ter recebido uma visão dessas quando não tenho tempo para nenhum preparativo complica muito. "
Olhando ao redor da sala, voltou o tempo para quando ele estava procurando os papéis e verificava cada documento.
" Vamos ver se existe mais alguma coisa útil aqui. "
No segundo e terceiro documento, um breve relatório sobre as duas famílias recém forjadas e o trabalho feito por eles.
" Vamos ver... Mutações controladas em corpos humanos para fortalecimento físico e mágico. Pessoas já mortas aproximadamente 1 a 2 milhões... essa família tentou se aproveitar do estudo da clonagem de espécies para modificar pessoas e eles lucravam com as vendas dos dados das pesquisas? Mas isso não foi estupido? Era mais fácil para acharem eles... preciso me afastar do Valete um pouco. Quanto a outra? "
No outro documento, uma simples linha resumia tudo.
" Drogas extremamente dependentes... parecem um grupo formado por vagabundos se denominando como grandes vilões do submundo fazendo um trabalho qualquer ilegal. Agora como eu lido com os dois problemas, dessas duas famílias e ainda na volta aquela mulher com as maldições? Seja como for, é melhor voltar e pensar na hora provavelmente. "
Na noite seguinte, chegando no May's, um dos maiores restaurantes do mundo, Valete acompanhado da Mirai caminhavam calmamente. Ambos vestidos com um simples terno amarelo. O cabelo da garota estava preto e em seus braços segurava Zazai, como um cachorro numa pequena bolsa. Uma sombra no céu pousava no prédio da frente observando a entrada.
— Eu diria que tudo isso é exagerado, mas não vejo como algo ruim no final, digo, eu não gastei um único centavo meu.
Na entrada um tapete vermelho estava estendido, o vidro espelhando impedia o lado externo de ver o interno e uma simples mesa com um livro fazia a recepção na entrada. Um homem calorosamente sorria para atender, mas nenhum dos dois sequer olhou em sua direção.
— Você deveria dizer: “ É exagerado, pois, já limpei antecipadamente o ambiente pivete. "
Ambos passavam pela entrada apenas levantando os bilhetes dourados da seção interna, o recepcionista apenas acenava positivamente sem atrapalhar a conversa.
— Seria em partes fácil a limpeza, só tem um problema.
Dentro do restaurante um gigantesco candelabro iluminava todo o espaço, enquanto um pianista tocava música clássica. Diversas mesas se espalhavam por todo o ambiente, casais e famílias se reuniam para aproveitar um jantar luxuoso com música.
— Qual?
Ao longe uma segunda mesa de recepção era visível e levava para os quartos isolados dos outros andares, o objetivo deles.
— Aqui é um ponto muito comum para jantares em famílias, ou seja, o povo comum e nos vamos para as seções reservadas do lugar.
Parando brevemente para entregar os bilhetes uma leve vistoria formal era feita.
— Alias, a música é melhor que o esperado, mas violinos não são considerados mais românticos para os jantares?
— Infelizmente nosso violinista do salão público está doente madame, sentimos muito por isso, mas apenas nossos violinistas das salas privadas estão saudáveis, devo mandar um acompanha-los até sua sala?
— A não por favor, ignora a minha dama aqui, estamos num jantar em família.
— A, peço perdão novamente, desejo uma ótima noite.
Seguindo um pouco para frente duas escadas distantes eram visíveis, uma para cima e outra para baixo.
— Mais escadas, qual era nosso andar?
— O terceiro subterrâneo, os superiores são do povinho.
— Ok.
Calmamente descendo as escadas, Mirai reflexivamente olha para trás sentindo um olhar.
— Vamos esperar muito aqui?
— Não muito provavelmente e pode ignorar isso, um enxerido ou outro vivendo das fofocas não fará mal e é muito comum.
Acenando para resposta, começa a seguir sem mencionar nenhuma palavra. Os andares eram todos simples, um longo corredor sem detalhes, apenas portas, todas extremamente isoladas umas das outras.
“São uns 6 quartos por andar? O salão principal tem umas 20 mesas. ”
— Valete nós vamos esperar dois casais, certo? Vem cá, vossa senhoria vai ficar sem ninguém para sempre? Nunca teve sei lá um caso com alguém antes?
— Eu só não te devolvo essa dúvida por conta da sua idade pirralha...
Respirando fundo o homem se mantinha em silêncio. A garota abria lentamente os olhos, sua expectativa ficava palpável.
— ... como foi?
— Ai, ai... na próxima vou chegar mais em cima da hora.
Apesar da mão tampar seus olhos, podia ver nitidamente as expectativas.
— Vamos fala aí vai.
— ... era uma pessoa com um dom para descobrir os dons mágicos das pessoas.
Com a simples frase, toda a cor da menina desapareceu. Quase sem força conseguiu continuar a conversa.
— Eita... vocês fariam um verdadeiro estrago juntos.
— Foi graças a ela que descobri sobre meu dom e suas regras e eu adoraria apresentá-la, mas ela é a verdadeira chefe do seu pai.
" Não era a cantora? Mas a chefe? Pera... "
— Como é que é?
— Em outras palavras, até certo ponto podemos dizer que atualmente nós vivemos uma disputa entre ex-namorados.
— Em outras palavras, meu nascimento e minha vida foram uma mentira, pois, você não foi um bom namorado e terminaram?
Com uma mão no queixo, ele olhou profundamente em seus olhos por um momento enquanto refletia.
— Eu diria que eu e ela nem chegamos realmente a namorar para começar, mas veja e interprete como quiser eu fincando ou não com ela não acredito ter sido o culpado dessa merda não.
— Bom, para ser justa, o término ou não dos dois, não garante o relacionamento falso do meu pai com minha mãe... poderia ser só uma questão sobre quem seria o chefe dele no final...
— Minha vez da pergunta. Por que quis saber meus relacionamentos?
— Passar o tempo... opa chegou uma família na entrada.
Com uma leve concentração, observava o mundo através dos olhos do corvo na entrada. Três pessoas caminhavam juntas, sendo os dois da frente quase os mesmos rostos da sua visão.
" Um segurança e o casal Etius... nenhum sinal de outras pessoas seguindo ou à espera. Belas roupas verdes combinando, ambos com um penteado simples, os dois com cabelo preto, se não me engano ele era mago das chamas e ela uma da luz. "
— Valete o Sr. Gabriel Etius está chegando agora na entrada.
— Hum? Ele primeiro? Estava apostando na outra. Pega água para mim.
Seguindo suas ordens, mantinha seus olhos concentrados no par entrando. O grupo para na entrada por um momento e o segurança encara diretamente o corvo no alto do prédio.
" Hum... isso é um profissional verdadeiro, apesar da careca quase brilhante... ”
Sem muito interesse, o homem ignora a ave e acompanha a dupla.
" Não sei se eu conseguiria notar o olhar da Brian como ele..., mas isso não torna tudo mais estranho? O segurança era cumplice o tempo todo por acaso? O carecão aí sentiu um olhar dum passarinho em outro prédio e percebeu algo estranho, mas a mulher do seu patrão saindo com outra pessoa e bolando traição passou despercebido? "
Pacientemente esperando o primeiro par chegar. As orelhas da Zazai se voltam para a porta, o mesmo segurança abria a porta e acenava brevemente. Um casal entrava em contraste, a mulher sorria abraçando o braço do homem sério e levemente mal morado.
" Hum? Ele por acaso brigou ou acha algo estranho na esposa? Pelo visto o que manteve o relacionamento dele no futuro foi uma dependência. ”
A raposa mantinha seus olhos e orelhas para a porta.
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