Volume 2

Capítulo 9 : Resultados de estar com o Valete (2)

— A e podemos conversar um pouco?

— Preciso voltar para casa antes da meia noite só isso.

Mirai conversava com Valete tranquilamente após assinar seu contrato.

— Sabe, esse é o contrato mais demorado da minha vida para assinar, 3 anos conversando, normalmente levo apenas uma semana ou outra.

— Devo ser incrivelmente importante para você.

— De certa forma sim, de certa forma não.

O homem ria da garota enquanto pegava uma agenda do bolso.

— Agenda preta bonita.

Agarota apoiava a cabeça com a mão e observava o homem procurar alguma pagina da agenda.

— Obrigado, isso aqui serve para eu considerar o quão útil alguém é para mim ou não. Funciona assim, quando um trabalho é feito eu logicamente terei lucros, esses lucros eu associo a pessoa e a partir daí eu julgo se ela vale meu tempo ou não.

— Hum? Mas nosso contrato é apenas até a morte? Isso não é inútil?

— Esse é o problema, normalmente eu não faço contratos até a morte, pois, seria necessário estar com a pessoa mesmo com ela se tornando inútil. Sabe nem sempre as pessoas fazem suas partes e resolvem as coisas, para ser sincero elas até mesmo chegam a criar prejuízos para mim.

— Está querendo me dizer algo do tipo: " quando eu começo a perder dinheiro, corto meus gastos" e os "gastos" são as pessoas com acordo?

— Adoro como pega rápido Mirai — ele acenava positivamente e finalmente encontrou a pagina desejada. — Essa aqui é a sua pagina.

A pagina era uma tabela com os nomes da sua família e estavam completamente em branco, apenas no seu nome existia um valor.

— $2,5 b. esse valor seria?

— Lembra seu incêndio?

— Seu lucro foi de quase 3 bilhões? Por um incêndio?

— Tecnicamente foi maior, ou melhor seria maior, mas precisei gastar para ajeitar as coisas. Sabe lucro para mim é a perda dos concorrentes mais o valor bruto meu recebido em algo.

— Pode ser mais preciso?

— Bom isso foi desde rearranjar pessoal, subornar, investimentos adversários falindo e entre outras coisas.

— Ok, mas a família rosário estava praticamente segurando uma crise mundial recentemente, sabia? Seus investimentos deveriam estar a salvo por conta deles.

— Mas desde quando a crise foi verdadeira e não forjada?

— Quem faria isso?

— O 7 Ouros estava entediado e quis brincar.

O homem dava de ombros após sua explicação.

— ... uma das maiores crises da humanidade foi forjada?

— Qual o sentido duma crise repentina nas pedras magicas garota? Atualmente, correção, desde aquela época já era obvio a drástica mudança da economia mundial com todo o estudo da magia recente e a descoberta dos 6 elementos em crias demoníacas, mas aí está o grande problema. Todas as empresas estavam preparadas para mudarem? A resposta é não.

— Então esse 7 Ouros fez tudo isso —

— Eu ajudei, obviamente tirei minha parte dos lucros e não me julgue, ok? Eu sou o dono e principal financiador da tecnologia atual e outra a crise foi legalizada.

— Como uma crise é legalizada para começo de conversa?

— Hum... erro meu. Ele criou a crise para o lucro legalizado dele, digo ele é um dos meus investidores e as indústrias na parte legal não estava afim das mudanças, mas ele olhou para todas essas pessoas e ignorou a vontade deles, forçando a mudança.

— Em outras palavras, a ascensão da família rosário foi obra dos dois?

— Na realidade, ele foi o fator imprevisto. Sabe, não somos onipotentes ou oniscientes. O plano original era até mesmo matar todos eles, mas com sua interferência os maiores problemas se foram e os fantoches sobreviveram razoavelmente bem. A e quanto ao assassino de lá, não era parte dos nossos planos, foi outro grupo.

— Informações deles?

— Atualmente, quase nenhuma, só alguns dos principais provavelmente. Como podem envolver sua família mandarei as informações no final. Agora o ponto realmente importante. Está vendo essa tabela em branco?

— Teoricamente, são os lucros e perdas gerados pela minha família... e a Iris ali no canto.

— Então, lembra da minha frase “Tecnicamente foi maior, ou melhor seria maior...” ?

— Sim.

— Essa agendinha é nova, bonitinha comprei ali no $1, sabe por que as tabelas estão brancas? Vou dar uma dica você disse o nome da causa.

— A Iris fez algo?

— SE ela fez? — o homem tinha as duas mãos tampando o rosto. — Quantos incêndios ela causou em 3 anos? Se lembra?

— ... foram 7.

— Tirando o incêndio quando ela foi atacada no meio da tentativa para matar o rei, ESSA GAROTA CAUSOU 6 INCENDIOS EM 3 ANOS! É 2 ICENDIOS POR ANO! QUAL O PROBLEMA DESSA SUA AMIGA?!

O homem estava com um olhar cansado e irritado, dessa vez ele quebrou a mesa quando golpeou ela.

— ... ela não controla muito bem a própria magia...

A garota pega as duas metades e junta elas novamente com magia.

— Olha, aqui ainda é mais meu controle, mas se as coisas continuarem assim, em um deslize, ela me faz perde muito dinheiro mesmo. $2,5 b. é o valor já reduzido dos problemas dela, sua mãe nem fez algo digno de nota comparado com sua amiga.

— Já reduzido?

— Desde quando $2,5 b. move o mundo garota? Se já pegou uma nota de $100 pa comprar algo na padaria e ver quanta coisa da pa comprar?

— Bom... dependendo da padaria não dá pa comprar muita coisa.

— Agora me responda, quanto dinheiro uma família precisou mover para manter o mundo em ordem, repito mover dinheiro, já que eles nunca realmente conseguiam usar esse dinheiro.

— ... não sei.

— Meu lucro depois do incêndio subtraído do dinheiro para organizar as merdas, era aproximadamente $700 bilhões.

— Como a Iris transformou isso em tão pouco?

— Sua amiga literalmente incendiou um dos meus laboratórios subterrâneos, ok ele estava em construção e o equipamento realmente caro não estava lá ainda, MAS AINDA QUEIMO A PORRA DOS MEUS PREDIOS!

— Eu vou dar um jeito para controlar ela.

— Faça esse favor, tenho uma lista dos locais proibidos para ela por via das dúvidas, se ouvir ou souber dela indo para esses locais por favor, convença ela para não ir lá, eu realmente te peço isso.

— Mais alguma coisa?

— Serei franco, eu já teria matado metade das pessoas dessa tabela atualmente se houvesse a oportunidade.

O homem olhava calmamente para as laminas de gelo apontadas na sua direção.

— ... a Iris eu entendo seu motivo e a minha mãe eu também consigo chegar a uma explicação, mas e quanto aos meus irmãos?

— Seus irmãos são os únicos sem motivos, ainda pelo menos. Aliás, belo truque sua velocidade para conjuração é impressionante, isso é aquela zona defensiva sua? Sem dúvidas incrível, mas clausula 1: “ não podemos nos matar ”, então faça-me o favor e pare com ameaças impossíveis.

As laminas tremiam e se desfizeram subitamente.

— Certo... então num mundo hipotético onde não faríamos um acordo, atualmente as duas estariam mortas?

— Hum, isso é complexo... tanto para sim e para o não, mas entre um e outro sem dúvidas ainda teria feito nada.

— Nada virgula, estaria preparando para algo, não é?

— Isso sem dúvidas, mas Mirai, já pensou em como vai ser sua vida caso ou quando essas pessoas descobrirem?

— Isso não seria uma quebra no contrato?

O homem discordava com a cabeça com uma mão no rosto.

— Nosso contrato diz em suma para não revelarmos os detalhes e talz do contrato, mas descobrirem através de nós ou outras pessoas, obviamente sem nossa vontade ou pedido, isso não significa uma quebra do contrato, mas sim um acidente infeliz no trabalho.

— E já aconteceu algo assim antes?

— Sim, muitas vezes — sua voz era séria e seu olhar irritado. — Nunca é bom quando acontece, mas uma das cláusulas diz para eu não matar essas pessoas normalmente.

— Vem cá nós não estamos quebrando uma das cláusulas agora?

— A do não falar nada? Nos dois já sabemos tudo, nos em específico somos isentos, é tipo quando você ameaçou me matar, se realmente tivesse pensado em me matar, estaria morta naquele momento e bom, eu garantidamente mataria sua família por raiva com a sacanagem sua.

— Entendi.

— Voltando ao importante, se elas descobrirem como fica? Bom seriamente acredito na sua mãe não te matando por pouco e apenas te abandonando, o mesmo para seus irmãos, quanto a pivete piromaníaca, não tenho certeza.

— Abandonada pela minha família...?

“ ... eles... eles podem fazer isso. ”

 A imagem da sua Mãe olhando com desprezo aparecia em sua mente.

— Bom, consideraremos assim para sermos positivos. Seus irmãos são incógnitas para mim, mas sua mãe eu garanto. Ou ela te abandona ou te matar.

— ... seu ponto?

— Sua mãe é na verdade a caçula da sua família.

— Oi?

— Isso é lá da minha infância, eu lembro do caso. A família Safira tinha sido atacada e suas herdeiras sequestradas, sequestradas virgula uma delas fugiu por conta da mais velha chamada Sara tendo dado tempo para a mais nova.

— A minha mãe não era a caçula?

—Garota, em toda sua vida, nunca achou estranho jamais ter se encontrado com seus avós ou outros ramos da família Safira? Sua mãe odeia toda a família dela, justamente por como eles agiram no passado ao ponto do corte violento em suas relações ser admirável. Sua mãe expulsou os pais dela da casa quando assumiu a posição com apenas 20 anos, a idade normal da posse.

— Ok... por qual motivo exatamente eles foram expulsos?

— Sua tia cometeu suicídio. Sendo preciso, após finalmente ter sido salva, sua tia aos poucos foi enlouquecendo. Um dia ela não suportou mais, quebrou, cometeu suicídio na frente da sua mãe e forçaram ela trocar seu nome para não afetar a posição da família na época.

— ... se acontecer deles descobrirem, continue como estão as coisas.

— Olha só, nobre da sua parte.

— Valete, eu estou do seu lado por dois motivos. Eu não quero minha família morta e nem morrer, mantenha isso e eu vou dar um jeito para fazer a minha parte.

— Quanta confiança, mas quanto tempo ela dura?

— Valete...

— Medo do abandono, eu te vejo assim.

— Medo da solidão?

“ Ele não faz nem ideia do meu tempo sozinha nas visões. ”

— Exatamente, sem as pessoas que ama, sua mentalidade quebra, seu raciocínio se torna extremamente fechado e suas ações se tornam desleixadas. Olha bem, quando a Iris poderia ter te encontrado seus planos mudaram para manter a distância.

“ Ela pode dizer quando qualquer pessoa está mentindo ou não. ”

— Quando terrorista chegaram perto dela, seus pensamentos se tornaram: “matar todos os terroristas perto logo” e “eles vão pagar por quase envolve-la. ” No final, escolheu começar uma possível luta de 3 vias contra a 2ª mulher mais forte do reino, tudo para garantir a morte deles à força em uma luta. Literalmente a escolha mais perigosa, mas graças a sua excelente professora e a falta da capacidade do autocontrole daquela idiota, tudo pode dar certo.

— ... eu não tenho motivos para começar uma batalha perdida.

— E desde quando faz sentido qualquer luta sua contra ela? Foi seu primeiro confronto contra alguém numa luta real até a morte, qual era sua garantia para vitória? Seus treinos? Todos sabem duma coisa garota, dentro dos treinos ninguém luta a 100%. Repto minha questão, qual era sua garantia para vitória? Sua sorte foi eles aceitarem uma luta com 2 lados e não começarem uma com 3.

— ... estava tudo sob controle.

— Viu o futuro por acaso? Não existem garantias sobre as emoções humanas. Seu trabalho era matar e sair rapidamente, sei sobre seus treinos para se tornar um tanque de guerra ambulante, mas durante as missões, se ela é “mate e volte em silencio”, eu não quero um prédio inteiro derrubado para matar alguém atravessando a rua durante a noite.

— ... terei isso em mente.

— Seu desejo é não ficar sozinha, então entenda, não deixe sua família sozinha. Quem tem medo do abandono, não deve estar disposto a abandonar. O mesmo vale para tudo nesse mundo.

— ... serei mais atenta.

— Garota seja eficiente, quero pelo menos não me arrepender desse acordo, espero pelas vantagens disso ansiosamente.

— Certo... Valete e quanto as minhas vantagens do nosso acordo?

— As vantagens né... o, é mesmo.

O homem tirava do bolso um bloco com folhas pretas e uma caneta transparente com tinta branca presa junto.

— Cheques?

— Não um cheque qualquer garota, isso é um “Cheque em Preto”, é similar ao conceito do cheque em branco, sabe aquele do escreve qualquer valor e conseguiria comprar qualquer coisa.

— Nunca vi um desses, realmente serve para algo?

— Por conta dos problemas nas conversões monetárias um banco se especializou mundialmente por trabalhar com todas as moedas.

— Existe um banco assim?

— Se não presta atenção nas suas aulas?

— ... sim.

— ... o banco Mundial, conhecido por trabalhar na conversão das moedas para qualquer valor, possui um sistema Vip para pouquíssimos membros, algo entorno de 100 pessoas no mundo todo.

— O Cheque em Preto?

— Exatamente. Ele funciona assim: não existe taxa na troca da moeda.

— Como assim taxa na troca da moeda?

— ... todo pais, ou melhor, todo banco cobra um valor para trocar seu dinheiro para um dinheiro útil em determinada região. Os cheques em preto são isentos disso.

— Ok, mas não parece muita coisa?

— Se considerarmos algo como 5% da troca do valor fica com o banco, numa grande transação internacional, um banco pode lucrar em um pais milhões da sua moeda, tudo depende obviamente da valorização da moeda local em relação ao mercado mundial.

— Sinto que isso pode ser importante, mas não estou interessada em ouvir, pode apenas me dizer o por quê disso?

— É a coisa mais facilmente rastreável do mundo e não pode ser falsificado, é literalmente uma fonte com dinheiro ilimitado meu para você usar e que server em absolutamente todo e qualquer estabelecimento nesse mundo.

— Eu vou usar algo facilmente rastreável?

— Esse fácil para rastrear é apenas na questão eu achar você, tirando isso ele é justamente o oposto, uma fonte anônima para dinheiro.

— Entendo... está me dando isso?

— Quando precisarmos trabalhar juntos eu largo isso com você.

— Mais alguma coisa?

— Não, pode ir.

— Até uma próxima.

Saindo da sala, sua professora esperava na porta com braços cruzados e olhos fechados. Com um único aceno elas foram para mansão Safira.



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