Volume 2
Capítulo 5 : A Besta e a Humana
Mirai, disfarçada como Luiza, olhava para Diax. A mulher estava vermelha, coberta por chamas e raios criados com sua magia.
“ Sua mana está em menos da metade, vou precisar estressa-la para ficar sem mana. Bom, segundo a professora ‘metade da luta é a sua mente’, então até onde ela aguenta ser provocada? ”
— Você nem sabe desde quando seu filho estava envenenado? Digo nem notou a traição dos seus seguranças?
— O QUE?!
— Um segurança o tempo todo ao lado do seu filho, esqueceu?
— QUEM MATOU ELE FOI VOCÊ!
— O velha —
— EU TE QUEIMO VIVA!
Os raios aumentavam em quantidade e intensidade como se respondendo a raiva. Os dentes cerrados como um animal preparado para caçar quando uma terceira onda foi jogada nas costas.
Lian joga a onda pela terceira vez, mas sem nem olhar para ele a mulher evaporou a água pela segunda vez. O vapor criava uma neblina densa o suficiente para ninguém conseguir se reconhecer. As luzes vindas da mulher era o único ponto reconhecível no local.
— NÃO INTERROMPA SEU INUTIL!
Ouvindo um som estranho, Diax percebeu algo na sua direção uma pessoa. Lançando um raio reflexivamente, uma parte da névoa foi limpa no processo. Seu mundo parecia extremamente lento naquele momento, era o corpo do seu filho destruído por sua própria magia. Agora seu filho era apenas pedaços irreconhecíveis, um amontoado feito com carne queimada espalhada para todos os lados do corredor.
Uma lamina gelada tentou corta-la no meio. Seu movimento foi instintivo para esquivar. Suas pernas foram cortadas fora, a garota estava do outro lado com uma armadura feito com gelo azul e o corpo da sua filha em uma das mãos.
— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!
— Droga, o calor foi muito mais forte do que esperava.
— Foi um ótimo golpe ainda, está tudo bem.
Lian conversava com a garota tranquilamente como se sempre fossem parceiros.
— Olha bem para ela — enquanto falava uma forte luz puxou as pernas para o seu lugar. — Se não for um golpe fatal, ela pode se curar como se fosse nada... é exatamente esse o problema do segundo lugar do reino, magia e controle para praticamente ser chamada como “ Imortal ”.
A luz dourada começou a cobrir todo o corpo da mulher, a perna não tinha nenhum corte, era como se nunca saísse do local, embora a roupa tenha saído. Seu corpo era uma mistura da luz do divino e da fúria bestial.
— BOA TENTATIVA COM VENENO!
— Olha só ela notou...
Os terroristas tentaram ataca-la, Lian preparava uma barreira para se defender dos golpes. A mulher criou suas lanças, suas formas eram distorcidas por sua fúria e cobertas por chamas e raios dourados.
— Eles vão morrer.
— Nunca contei com eles, só com você.
As lanças douradas atravessaram os terroristas, cada corpo em contato era atravessado sem dificuldade e um buraco negro era formado nos corpos quando tocavam. O vapor do ambiente apagava as chamas e aquecia cada vez mais.
— VERMES!
— Alguma ideia?
— Lutar.
Apenas os dois ainda estavam vivos para enfrenta-la. A água da barreira conseguia distorcer a direção da luz e a mandava para as paredes, mas não conseguiam durar muito tempo, o calor das chamas queimava a proteção e evaporava rapidamente. Algumas das lanças passaram próximos a seus rostos, quase não era possível mudar a trajetória dos golpes.
— SÓ FALTA VOCÊS DOIS!
— Compre tempo.
— Segundos.
Enquanto trocavam palavras, Diax se aproximou para lutar. Lian transformou a humidade do lugar em uma jaula ao redor da mulher, tentando matá-la criou armas em todos os lados e tentou esmaga-la, mas foi inútil. Sem se defender apenas a própria temperatura ao redor dela foi suficiente para acabar com tudo.
— SÉRIO?
— Foi suficiente.
Colocando seus olhos na garota a mulher fica parada pela cena. Com um martelo de gelo na mão, a garota esmaga o corpo da filha na frente dela. A arma se contorceu e se movia dentro do corpo, até explodir por dentro jogando cada pedaço da sua filha para algum lado diferente.
Por um momento todas as chamas pararam. Seu peito perfurado, barriga, braços, pernas e mesmo o seu coração. Ela caiu no chão. O sangue saiu sem parar cobrindo o chão com vermelho.
— Mira na cabeça.
Uma luz intensa cobriu o corpo e cada ferimento fechava, seus órgãos foram regenerados, cada gota da água próxima foi evaporada e mesmo tendo perdido sangue suficiente para morrer mais de uma vez, estava se levantando aos poucos.
— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!
Vendo a regeneração acontecer, Mirai cria uma segunda névoa estranha entre as duas isolada levemente por uma camada de ar.
— Corre.
A mulher não agia mais como humana, correndo como um animal em quatro pernas se aproximou coberta por chamas. Uma parede de gelo curvada apareceu na frente da dupla. As chamas tocaram a névoa e tudo explodiu.
— Como?
— Gás pode ser explosivo — das chamas algo se movimentava levemente enquanto a garota respondia. — É, de novo não foi suficiente.
— Como isso não morre?
Não vestia roupas, tinha pele queimada se regenerando constantemente, era uma besta zumbi e não um ser humano. Diax estava viva mesmo após ser explodida e com pedaços faltando do corpo.
— Foca na defesa!
Lanças douradas foram arremessadas e desviadas pela água. Aquela criatura ainda podia pensar e atacar com magia a distância. Seus braços foram reconstruídos na frente dos dois após claramente serem destruídos.
— AAAAAAAA ?! —
A criatura tinha a boca aberta e tentava gritar, mas não havia nenhum som. Seu braço recém construído agarrava a própria garganta. Tentava com todas as forças puxar ar para dentro dos pulmões, mas não estava entrando.
— Sou tão boa que te deixei sem ar? Por que não vem aqui se quer tanto respirar?
“ EU VOU MATAR ELA!!! ”
A criatura estava se debatendo pela falta do ar. O brilho do seu corpo entrava na sua pele, mantendo vivo o corpo destruído. Na mão direita empunhava uma lança incendiaria e brilhante como Sol.
— É só vir aqui cadela velha.
A garota não tinha nenhuma dificuldade para olhar na sua direção, seus olhos tinham um brilho escuro, estava usando lentes para impedir a cegueira a noite inteira e agora se mostraram uteis, mas seu parceiro não conseguia olhar na direção direito.
A besta regenerada corre para cortar e perfurar. A garota e seu martelo tentavam bater na lança para desarma-la, mas o choque quebrou o martelo. A lança perfuraria a garganta da garota sem a ajuda do seu aliado.
“ CADE O AR?! ”
— Eu ainda te deixo sem ar? Nossa... eu devo ser muito linda.
— Você está criando o ar diretamente no meu pulmão?
Lian passa pela garota e dá um chute no estomago da besta, empurrando ela para longe com sua perna envolvida por magia. Água cobria seus olhos, sua perna com apenas um golpe teve queimaduras leves.
— Foque em envolver criar uma espada na minha mão com água cada gota me compra tempo e mana. Aliás, se fizer isso novamente vai se queimar vivo.
— É minha primeira vez fazendo isso...
A garota recriou a espada. O homem não conseguia manter seus olhos na direção da besta e após um mero toque vendo sua perna levemente queimada, escolheu obedecer.
— Mantenha a concentração e me de cobertura.
— Quantas coisas eu preciso fazer ao mesmo tempo?
— Estamos enfrentando o número 2 do reino mesmo ela já estando cansada e perdida de raiva.
Tendo recuado, juntou as mãos enquanto cumpria as ordens com precisão mesmo reclamando da dificuldade. Ambos estavam se perguntando mentalmente quanta mana ainda restava para a mulher. Não passou 3 minutos, mas definitivamente ela já deveria ter morrido várias vezes e sempre voltou dos mortos.
“ MALDITOS! ”
— A espada é muito grande.
— Nunca usei uma ou fiz uma para alguém.
A besta varria a lança da direta para esquerda. A garota redirecionou a arma para cima. Batendo a lança na parede, um pedaço da parede é destruído com a força e derretia rapidamente.
— Sabe minha família está viva e saudável, podemos ir mais rápido?
“ SUA PUTA! ”
O próximo golpe foi para baixo da esquerda para direita, mas a garota nem se movimentou. O golpe passou muito longe para precisa fazer alguma coisa na situação.
— Vai ser quando o enterro do presunto malpassado?
“ PRESUNTO?! ”
O chão ficou coberto por rachaduras e começou a derreter onde bateu a lança. Foi possível ver o andar inferior daquele lugar. A arma estava grudenta no piso derretido e não saiu rapidamente.
— Falando em presunto ainda não jantei... você cozinha tão bem como cozinhou seus filhos?
“MORRE! ”
A garota rodeava a besta. Em nenhum momento seus olhos deixaram de se cruzar. Ela estava rindo da mulher naquele momento com uma mão nos lábios em deboche puro. A besta puxou a lança para perto.
— Ei insensível, vai roubar o emprego do crematório mesmo?
“ INSENSÍVEL?! ”
As chamas mudavam para azul aos poucos. Dessa vez tentava perfurar o coração da garota. As laminas se chocaram, sendo empurrado levemente para direita, mas ainda acertaria o ombro. A forma da lança foi distorcida pela água e passou apenas próximo do ombro.
— A minha amiga Diana ficaria tão triste nesse momento...
“ AMIGA?! AMIGA?! VOCÊ MATOU ELA!!! ”
As chamas da lança cresciam, mas a garota criava gelo para conter as chamas. Névoa quente surgia cobrindo todo o corredor e diminuído toda a luz do lugar. A besta apenas repetia o movimento para perfurar sem parar.
— Você devia pelo menos ficar triste sabia? Cadê as palavras de lamento?
“ EU PARECO FELIZ PARA VOCÊ É?! ”
O gelo não estava conseguindo acompanhar o ritmo atual das chamas. A arma se tornava um azul intenso. Cada movimento estava deixando uma pós-imagem, mas sua precisão se tornava pior a cada segundo.
— Parece aliviada, não vai pagar a escola deles e já vai economizar na cremação.
“ ALIVIADA?! ALIVIADA?! ”
Queimaduras começavam a aparecer nas mãos da besta, as chamas estavam completamente azuladas e superavam sua cura. Enquanto se queimava com sua própria arma, a garota estava rindo com um olhar confiante enquanto a lança passava por ela.
— Você nem retruca, não é como dizem? Quem cala consente, a prova da sua felicidade com a morte dos dois é o seu silencio. Você nem parece considera-los seus filhos desde o começo...
“ MORRA LOGO!!! MORRA!!! MORRA!!! MORRA!!! ”
O azul nitidamente se tornava branco, queimavam a pele da besta até ficar preto em frações de segundos. Com uma estocada quebrou a espada de gelo sem resistência.
— Te livrei dos pesos?
“ MOR— ”
A garota se aproximou da besta virando o lado do corpo para não levar o golpe no coração. O braço esquerdo foi enfiando dentro dela entre o queixo e o pescoço. Atravessando tudo pela frente, sua mão esmagou diretamente o cérebro da besta.
Toda a magia da besta foi desfeita, como se nunca existisse. Arremessando o cadáver já preto no chão, congelou e quebrou aquilo com os pés antes que de alguma forma voltasse a vida.
A assassina estava com leves queimaduras, sua magia não conseguiu protege-la das chamas por completo mesmo tentando ao máximo conter as chamas. Ela olhava para a linha horizontal formada pouco abaixo do peito e o braço esquerdo com queimaduras de segundo grau.
— Bom trabalho, posso pedir um favor, Lian? Me ajuda a sair daqui, já cumpri todo o meu trabalho. Eu estou um pouco cansada e machucada.
Ela tirou faixas médicas brancas e envolvia seu braço e peito para tratar as queimaduras do seu corpo. Estava cansada, quase esgotada por completo da luta, mal tendo vencido aquele 2 contra 1 com vantagem.