Volume 1
Capítulo 6 : O aniversário do Príncipe de Rubis.
Dia 43 do mês 3 de 182 Rei Rubi. Palácio de Rubi, Reino de Janfor.
Uma majestosa mansão vermelha era visitada por dezenas de pessoas, quase metade possuía um cabelo lembrando alguma pedra preciosa, era o primeiro dia da festa, o dia político da comemoração. Parlamentares, Ministros e Militares a maioria poderia ser definida em um desses empregos.
O dia da comemoração entre a família e amigos foi outro, naquele dia apenas pessoas importantes da “realeza” e um convidado por pessoa poderia vir. A família Safira usou seus convites extras para trazer a família Rosário junto que não conseguiu receber os convites por estarem fora do reino na época.
Naquela noite, Mirai vestia um vestido de babados extremamente elaborado, da cor azul com detalhes em verde. Seu irmão vestia terno azul claro com camisa azul escura por baixo idêntico a seu pai, mas o dele era uma camisa amarela por baixo. A mãe vestia um vestido simples vermelho com detalhes em azul e tinha um sobretudo azul do ombro a cintura.
Sara, a pessoa mais importante do grupo, fez duas vezes a maquiagem. Ela encheu sua filha de beijos na primeira vez e sua filha se atrasou por precisar lavar o rosto. No decorrer do caminho várias pessoas foram vistas, a maioria eram humanos, poucas pessoas eram não-humanos, uns tinham a cor da pele chegava próxima do azul ou verdes, e outros cobertos com algum pelo ou penas.
A família Rosário estava com simples roupas caras a penas a menina Yutyssia tinha o vestido especialmente caro e chamativo. Era um vestido roxo, com uma roseira rosa desenhada e com seu sobretudo rosa claro por cima. Sua aparência era mais uma pequena princesa do que uma filha rica.
Dentro do palácio uma grandiosa recepção foi preparada. Os candelabros eram feitos com ouro e rubi, a iluminação embora fosse por velas, não produzia uma única fumaça ou calor no ambiente inteiro e não havia sombra em nenhum lugar. Música tocava da orquestra extremamente afinada. Aos poucos os convidados ocupavam seus assentos e os pratos eram servidos na mesa de jantar.
Uma vez dado o horário do início da festa, a música é parada. Quando o Rei se levantou, calmamente se dirigindo ao palco da orquestra, os convidados observavam cada passo refinado do rei. A Rainha, Akas Rubi permaneceu sentada não muito longe do palco, na mesa mais extravagante da festa. Seu cabelo era alaranjado e não vermelho, junto dos filhos, o primeiro príncipe Rubens Rubi, o aniversariante, estava na cadeira mais chamativa da mesa. O segundo príncipe Rafa Rubi com seus 6 anos, estava na cadeira ao lado um pouco pálido. A última pessoa, a princesa Iris Rubi com seus 5 anos, estava na cadeira do lado da mãe.
O rei vestia um terno vermelho encrustado de rubis e uma camisa branca por baixo, seu cabelo vermelho idêntico ao Rubi, o olho vermelho como o sangue fresco, musculoso com uma barba longa brilhante e firme. Quando Rurius Rubi chegou no palco ele começou seu discurso, sua voz era firme e alta, mas acima de tudo era uma voz alegre.
— Caros convidados, é uma honra me apresentar a todos. Como todos sabem, nesta fatídica noite, meu primeiro filho completa 8 anos de idade, essa idade memorável e extremamente importante no passado.
Aplausos vinham da multidão, eram formalidades simples.
— É com muito prazer que estou aqui esta noite, comemorando esta festa junto da minha família. Como todos sabem, muito provavelmente todos os aqui presentes viverão o suficiente ainda para ver a mudança da era, será o fim da era de Rubi e começo da era de Safira e como todos sabem é dito que durante as mudanças das eras, grandes mudanças sempre ocorrem no mundo. Eu não tenho dúvidas, no fim da era Rubi, nosso reino será grandioso novamente o reino de Janfor terá mais uma era prospera para todos. Essa festa do meu filho é apenas uma dessas maravilhosas mudanças do mundo. Um viva para o futuro grandioso de Janfor e para meu filho.
— VIVA! — a multidão comemorava e aplaudia.
Com o termino do curto discurso do Rei, a música começa a soar. A magia dos diversos magos fez o som permanecer perfeito, nem alto e nem baixo, esteve sempre no melhor tom para as pessoas poderem ouvir e dançar agradavelmente cada música. Antes da dança realmente começar, Karen e Safin, tiveram uma breve conversa, um pouco mais ao lado na mesa do jantar.
— Seguinte, eu te ajudo a dança com minha irmã, você me passa a sua para dançar com ela, ok?
— ...
Karen não pronunciava uma única palavra, apenas olhou para o amigo com decepção e seriedade.
“ Minha irmã não é um objeto para eu negociar, ele sabe disso não sabe? ”
— A, eu só quero sua irmã porque ela é boa em chamar atenção quando dança, e a minha irmã é um desastre. Então como a dança é importante para esses eventos, prefiro uma pessoa não pisando no meu pé, sabe? Tipo, só dá uma pequena ajudinha para mim, e eu te ajudo com minha irmã, é um bom acordo.
— ... Safim...
— Então, posso só ir direto perguntar para sua irmã, boa sorte.
— Espera... ok.
Safim estava com um sorriso nada agradável no rosto como um golpista tendo sucesso.
Quando os pares foram feitos, Mirai bravamente suportou e conseguiu não cometer nenhum erro quando foi dançar. Não foi digna de elogios, mas não ter falhado foi fantástico, sua mãe ter agradecido para o céu ter dado tudo certo não foi vista por ninguém.
Enquanto isso, diferente da garota, Yutyssia tinha ficado sem dançar na primeira música, Safim e Karen tentavam ajuda-la a começar. Em pouco tempo quando tinha começado a dançar conseguiu deixa fora a timidez. Seus passos foram firmes, acompanhando seu parceiro e correspondendo seus passos ambos eram como profissionais no salão.
A multidão olhava para a dupla, rapidamente todos se esqueciam da festa do primeiro príncipe. A dança foi graciosa, fez os pares ao redor sentirem envergonhados com própria dançar. Os músicos se esforçavam ao máximo nos acordes como se fosse por causa deles o show. Para todos, aquela dança era como a Musa, uma Deusa da Beleza e da Dança encarnada mostrando os passos ao lado dum mortal.
Os magos iluminaram a dupla com a mais pura luz branca. Ninguém tinha a ousadia para desviar o olhar da dança da garota, era blasfêmia naquele momento e os sons dos músicos apagava qualquer outro som do salão.
Cada passo da Musa com o rapaz é arte. Para alguns, um passo era suficiente para um suspiro satisfeito. Para outros, apenas a vergonha dominava suas mentes, “ como me atrevi a dançar próximo a ela? ”. Não tinha nenhum par dançando mais no salão, todos olhavam a dupla a distância.
No termino da música, após roubar toda a atenção da festa do príncipe, a Musa enfim tirou os olhos do parceiro. Todo o salão a olhava, sua pele arrepiou inteira, aquilo não era o olhar de pessoas normais, a multidão simplesmente a desejava.
Tentou recuar, apenas para parar no peito do seu parceiro. Ele tentou segurar a garota, ela estava encolhida, sua respiração estava pesada, suava, a qualquer momento parecia ter um ataque cardíaco e a multidão ainda sorria para ela pedindo por mais. Ela começou a chorar e a multidão olhando aquelas lagrimas nem se importava, era preciso mais dança.
O mundo cercava ela com desejo, toda a luz parecia apenas impedir sua compreensão das pessoas. Tudo a observava intensamente, numa mistura do desejo e a alegria intensa.
Duas pessoas entraram na sua frente, uma garota e uma mulher, ambas do cabelo azul. Sem saber de onde, uma névoa cobria seus arredores, não era fria, mas era densa o suficiente para ser impossível ver o outro lado. A garota na sua frente virou as costas para a multidão, colocando o sobre tudo rosa da garota nela.
— ... Mirai — ela chorava baixinho enquanto se escondia com a roupa.
— É melhor não dançar mais em público — ela passava a mão na cabeça calmamente. — Me desculpe.
— Eu quem deveria pedir perdão para ela irmã.
Enquanto Safim mostrava um rosto assustado com os resultados, a mãe deles sem nenhuma pressa falou em alto e bom tom para os convidados da festa do rei.
— Virem a face, agora.
Os guardas do local finalmente acordavam do encanto da Musa. Eles balançaram a cabeça e tentavam controlar a hostilidade da Sara com a plateia. Algumas famílias pareciam insatisfeitas com aquilo, mas nunca tiverem a deixa para falar seus pensamentos. Com um rápido gesto do Rei, os guardas ameaçaram tirar as armas e o silencio foi forçado no salão.
Saindo do local o grupo vai para mesa comer e descansar. O resto da festa aconteceu relativamente normal, seguindo o cronograma original, embora para todos tenha sido uma noite estranha.
Quando já era o final da festa e a maioria das pessoas saiu, uma pessoa chega até Sara e conversa com ela, com um gesto de concordância após uma breve conversa, ela se levanta.
— Mirai e Yutyssia, venham comigo um pouco, por favor.
— Sim mãe.
— S-sim senhora.
Segurando a mão da amiga, ambas andam atrás da mãe até a mesa da família real, onde 3 assentos foram preparados para elas.
— Por favor sentem-se — dizia a rainha.
— Rainha, agradeço por estar aqui esta noite, junto da minha filha e a filha da minha amiga, eu, a matriarca da família Safira se apresenta, por favor chame-me de Sara.
Recusando-se a sentar sem antes se apresentar, Sara faz uma reverencia magnifica, então volta seu olhar brevemente para traz, mas antes mesmo de ter olhado para sua filha, uma reverencia impecável foi feita.
— Prazer em lhe conhecer, Rainhas Akas Rubi, sou a única filha da família Safira, me chamo Mirai.
— E-EU S-SOU — a última garota mordeu a língua.
Um olhar foi dado para ela das mulheres da casa Safira, era um simples olhar calmo. Vendo estes olhos em si, Yutyssia se acalmou respirando fundo uma vez.
— E-eu sou Yutyssia Rosário, m-muito prazer em conhecer a Rainha.
Mesmo não aprendendo direito uma apresentação, seus esforços foram recompensados. Após se apresentar, se encolheu e foi nas costas da Mirai.
— É um prazer conhecer as três, agora novamente, por favor sentem-se, eu não mordo ninguém.
Elas se sentaram com Yutyssia no meio, como barreiras para impedir outras pessoas da mesa chegarem na garota.
— Sara, eu sei que você e eu tipo, não nos demos muito bem, mas ainda é meio triste eu o Rei e o membro da família Rubi, não ter recibo nenhuma reverencia, mas minha mulher recebeu.
— A, Rei Rurius Rubi, o serviçal tinha dito sobre a rainha querer falar comigo, você estava aí? Mil perdoes não te vi, nem tinha me preocupado em notar alguém como você.
Os dois mais influentes da mesa sorriam com seus lábios, enquanto pareciam educados.
— Fiquei sabendo que seu filho, Safim, nem é ainda príncipe e sai dizendo sobre como é todo importante por aí o tempo todo, isso é irônico, não é?
— O idiota do meu filho não vem ao caso ele ainda é uma criança, não verdade? Rei dos piores discursos dessa era e das piores ideias?
Se duas pessoas que brigam muito na verdade se amam, este deveria ter sido um caso de amor a primeira a vista digno dos registros históricos.
— As duas crianças acima de 30 anos, podem parar?
— Desculpe — a dupla estava em plena sincronia.
— Frente ao Rurius, até seu marido é mais esperto Sara. Por favor, deixem o passado no passado, pelo menos por hoje é uma festa, a bebida está perdendo o sabor e olhe as crianças como estão assustadas — com um dedo a rainha apontava para o ambiente.
Mirai estava sem nenhuma mudança na expressão enquanto cuidava da amiga cheia de medo agarrada a ela, os dois filhos da rainha estavam se abraçando, sendo o maior com olhos marrons e o menor vermelhos, e uma princesinha dos olhos vermelhos estava em pânico sem saber onde achar socorro. Uma mão da Mirai a alcança, acariciando sua cabeça com um olhar amoroso, seu rosto falava “ eu tenho esse lado livre ”. Naquele momento a princesinha literalmente pula da cadeira e se agarra na garota esperando um abraço para protege-la.
— Sua filha é algum guardião?
— Ela é nos meus olhos um anjinho mesmo, meu filho é um anjinho também, mas é mais idiota.
— Queria saber, quem ela puxou? Você não é tão parecida com ela nesse ponto até onde me lembro... e seu marido definitivamente não.
Os olhos marrons da rainha estavam curiosos olhando para a mulher.