Negociar para Não Morrer Brasileira

Autor(a): Lágrima Negra


Volume 2

Capítulo 26 : Falsa Realeza Irritante

Refeitório, o grupo Karen, Yutyssia, Akira e Shou-sho conversavam tranquilamente após a refeição.

— Uau, então tinha todo esse problema com seu tio, digo o professor?

— E por esse motivo nós brigamos sempre Karen.

— O pessoal de cima deveria saber desses problemas familiares antes da formação das turmas.

— Não temos o mesmo sobrenome, então talvez nem tenham percebido Yutyssia, do contrário duvido muito estar na mesma sala dele.

— Eles não deveriam saber algo disso apenas pelo cheiro dos dois?

— Shou-sho, não sei como sua tribo reconhece os familiares, mas os humanos não se reconhecem com o cheiro como cachorros. Aliás, a tribo dos gatos se reconhece com o cheiro para começo de conversa?

— Somos todos da mesma família, então não temos problemas assim, mas quando envolve outras tribos a história é outra.

— Certo, pense então eu e meu tio como tribos diferentes de gatos vermelhos.

— Certo, como a paz não parece uma opção em sua tribo, quando começa a batalha por escravidão?

— Shou-sho esqueça minhas palavras, posso ter usado as palavras erradas para descrever minha relação com ele, escravidão é crime aqui.

— Escravidão é crime aqui?

— Sim.

Todos na mesa concordavam numa só voz. Yutyssia tomava água durante a conversa e olhava para a pequena mulher gata.

“ É realmente curioso como ela não faz nada errado mesmo vivendo numa floresta e sendo de outra raça, em comparação aquela idiota não parava com o jeito irritante dela... bom queimar o cabelo dela pode ter sido bem ruim. ”

— Shou-sho, não tem nenhum medo ou receio da Ana retaliar?

— A inútil loirinha? Eu lá preciso ter medo duma fraca? Se seu elemento fosse outro eu poderia ter medo da sua força, mas não é o caso.

— Shou-sho, ela no primeiro dia ameaçou as pessoas da sala a seguirem e obedecerem a vontade da família Topázio e expulsarem plebeus e não humanos da escola.

— Acrescentando mais um ponto a minha irmã, viemos duma família onde literalmente nossa mãe nos ensinou como aproveitar das brechas das leis da sociedade ao máximo e nos deu um livro com as regras da cidade.

— Em outras palavras, os dois esperam ela atacar a nossa amiga gatinha vermelha e estão pedindo para tomar mais cuidado com uma possível idiota cometendo um crime nacional ou coisa do tipo?

— Volto meu ponto anterior, eu lá preciso ter medo dos fracos?

— Guerreiros realmente pensam muito diferente, para não dizer idiota...

— Ela sem dúvidas tem potencial como melhor amiga da nossa irmã.

— Sua irmã é assim?

— Não, não é.

— Tem medo dela usurpar a posição da Iris ou a sua?

— Eu sou a irmã da Mirai, a Iris talvez tenha motivos para se preocupar eu não tenho nenhum motivo — dando de ombros para piada balançou as mãos como se fosse nada. — Irmão, pensou em fazer alguma atividade durante a tarde?

— Sem suas amigas sobrou me seguir? Bom, sendo esse o caso, vou com História Rúnica e História Perdida das Raças.

— Ok, me recuso a segui-lo em assuntos potencialmente extremamente teóricos e focados em livros grossos e complexos com idiomas desconhecidos. Akira e Shou-sho na ordem por favor.

— Eu vou com as mesmas do Karen, temos inesperadamente um ponto em comum bem peculiar, então vamos passar o tempo todo juntos provavelmente.

— Vou em tudo que dá para lutar, estarei todos os dias ocupada a tarde.

— Ok, pelo visto ficarei sozinha durante todas as tardes... vou indo embora, quem sabe ainda encontro a Iris antes das aulas dela, tchau a todos.

— Não a atrase e vai lá.

— Ok, até amanhã.

— Até e marque com a Mirai uma luta comigo.

— Não vou incomoda-la.

Saindo para sua procura, a garota fechou os olhos e criou uma fina onda de sombras no chão quase invisível.

“ Vamos ver... hum... não achei ela. Provavelmente ela já está na sala ou fora do meu alcance... vou realmente passar todas as tardes sozinhas? Eu deveria pegar alguma das aulas focadas em manipulação ou dominação? Talvez seja melhor ir para o caminho mais teórico com meu irmão? Peço um conselho ao Safim? ”

O campus estava cheio com uma mistura entre pessoas sentadas apreciando o local e pessoas andando dum lado para o outro. Uma suave brisa batia no seu rosto da garota e agitava levemente seu cabelo. Olhando seus arredores, alguns garotos viravam os olhos imediatamente quando passava por eles.

“ Ainda é meio estranho ter atenção das pessoas... talvez eu realmente estou crescendo como alguém bonita? ”

Olhando para baixo suas roupas eram simples, usava um simples jeans e uma camisa ambos pretos. Seu cabelo estava simplesmente solto sem nenhum acessório ou trança. Andava com uma sandália preta barata.

“ Não tem nada demais em mim? Por acaso, tem alguma fofoca sobre mim? Ou seria alguma superstição com preto? Talvez estejam me encarando por conta da onde acabei de sair? Bom, a Shou-sho fez um pequeno show na sala hoje ao quase queimar uma pessoa. ”

Seu rosto começou a ficar vermelho e seus passos aceleravam para onde não havia ninguém para olhar.

“ E se for realmente eu? Eu fiz algo errado? Estou esquisita? Eu devia me preocupar um pouco mais com moda? Fui muito distante da turma? Pareço assustadora? M-mas eu só fiz cara feia para a Ana... ”

 

 

Enquanto Yutyssia se isolava das pessoas, dois adultos estavam cansados e cercados por uma doce fumaça cinzenta.

— Sério, é apenas o segundo dia e eu já precisei capturar alguém na escola? — o homem fumava em um cachimbo de prata pura adornada. — A monstrinha ali nem fez nada perigoso ainda, aquela idiota da Ana Topázio precisava mesmo mandar duas pessoas para mexerem com ela?

Seu pé chutava um dos dois adultos caídos no chão nocauteados sem nenhum ferimento ou resistência. Os olhos da dupla se movimentava sem parar para todos os lados.

— Já disse, aquela criança idiota mandou mexer com todo o grupo, a Yutyssia foi apenas a primeira a ficar sozinha — a mulher com escamas negras e quimono respondia. — Verdade seja dita, ambos os lados exageraram...

Correntes negras amarravam os corpos e o levantaram. A roupa preta dos homens tinha a mesma cor das correntes, mas aos poucos se tornava vermelha onde as correntes apertavam.

— Sério? Imagina só mandar seguranças invadirem a escola e “ mexerem com algumas pessoas logo no segundo dia para mexerem com a pessoa que tentei irritar e não consegui ”. Elas podem ser crianças, mas cadê a aquela estupidez da infância? Quase cometer um crime não conta como estupidez para mim.

— O ex-prisioneiro, qual sua definição para crianças?

Durante a pergunta, começou a criar mais correntes para amarrar os corpos nas costas do parceiro com a força necessária para o transporte.

— Simples e ignorante, mas acima de tudo fraco.

— Bom olhando os fatos ela foi simples e ignorante digo “estou irritada, batam neles agora! ” Bem simples e ignorante, não é?

— Pondo dessa forma realmente fica...

— Triste, né? — dando dois tapas no ombro do homem a mulher dragão apenas virou as costas e segui a criança. — Faz a entrega especial para o Valete, eu cuido dum imprevisto acontecer com a filhote de dragão negro ali, ou deveria chamar de dragão roxo meio rosa?

— Pode para com a brincadeira? Por que não para com essa piada da “ criança X é um filhote do dragão Y ”? Isso faz mal para o meu coração.

— Bom, a alguns anos muitos ninhos foram invadidos, então me desculpa Sr. Fumante com Problemas Cardíacos da Silva, mas a minha piada são duvidas legítimas.

— Vou precisar dum remédio para estomago nesse ritmo...

— Vai precisar é preparar um relatório para a Mirai e se aquela criança realmente for tão instável mentalmente com a família dela e as pessoas próximas, como o Valete e a 9 disse, vamos precisar nos preparar para alguma coisa bem chamativa acontecendo ainda hoje à noite se bobear...

— Nem me diga, espero ter sido tudo piada sem graça dos dois.

— Mais uma coisa, se não for muito incomodo... — parando por um momento para encarar o cachimbo prateado — essa aí parece ser boa...

— Eu preparo um para quando acabar com sua parte aí.

— Obrigado.

 

 

No final da tarde daquele dia, no 7° andar do prédio noturno estava um sorridente homem com seu bloco de notas escrevendo animadamente. Seu sorriso era simples e cruel, seus iam e vinham entre as palavras escritas e seu terno estava sujo por sangue.

— Então deixe-me garantir suas informações... — virando os olhos para o homem pendurado com barriga aberta e órgãos puxados para fora, continuo — a família Topázio deseja uma guerra com a “ não nobreza ”, mas coincidentemente eu consegui um espião da família Turquesa e ela deseja destruir a família Topázio, revelando seus crimes e intenções logo antes dum estopim, acertei no resumo?

— HUMP! HUMP! HUMP!

“ SIM! ISSO MESMO! ”

O corpo tremia, as correntes perfuravam cada vez mais seus órgãos expostos com os movimentos, sangue pingava lentamente e seu rosto balançava verticalmente com todas as forças para concordar.

— Hum... seu caso em especifico é muito complexo no momento, mas pelo menos seu amigo não tem nada para oferecer e isso é ótimo! Quanto a tu, parabéns! Será curado e mantido vivo e se conseguir me provar suas afirmações, lhe darei uma morte indolor, temos um acordo?

— HUMP! HUMP! HUMP! HUMP! HUMP! HUMP!

“ SIM! EU CONCORDO! EU VOU PROVAR! ”

— Minhas orelhas estão doendo, pensa mais baixo.

— HUMP! HUMP!

“OK, ME CURA!”

— Pessoas apressadas, nem cumpriram com sua parte primeiro...

Com gesto sem animo mandou alguém o curar e voltou para suas anotações. As páginas do bloco viravam rapidamente sem ele tocar, até pararem numa página em branco. Suas mãos começaram a escrever rapidamente suas ideias, uma escrevia um plano e a outra realizava cálculos.

— Valete e o outro homem? — Frederico perguntava após desfazer a telepatia dos dois — Não fará nada com ele?

— Eu? Mexer com a presa dos outros? Quero ver a sua aluna mexendo com ele, está afim duma aposta? Ela vai mata-lo antes da minha frase acabar.

— Não quero participar dessas apostas, mas foi por isso que o deixou intacto o processo inteiro apenas com uma venda na boca e monitoramento restrito?

— Sim, então está afim duma viagem com tudo pago com sua mulher e —

— Me recuso, encontra outra pessoa.

— Podia me deixa terminar a frase... e posso visitar sua mulher amanhã?

— Precisa?

— Seria bom?

— Por que está me perguntando se seria bom?

— Te irritar?

— Cada dia longe da sua existência, nunca me arrependerei.

— Malvado comigo como sempre, assim fico triste. Ei, fumante, trabalho.

— Invadir a família Turquesa e roubar as provas ou a Topázio? — segurando um cachimbo prateado com a boca, preparava as ervas dum cachimbo dourado tranquilamente. — Alias entregue isso para aquela dragão lá, ela queria provar.

— Faça nas duas casas e duplique as provas, dito isso saiam todos preciso pensar nos próximos passos... na verdade, vou comer algum lanche da tarde primeiro, mas vocês foquem no trabalho e leve essa coisa com você, entregue para ela antes de sair.

Parado sua escrita, escreveu um pedido para seu café da tarde numa tela azul.

— Valete, eu sinto por algum motivo a sua cabeça pensando em algo como estourar uma guerra civil dentro duma cidade, posso saber o motivo?

— Entre 17 e 19 bilhões em dinheiro vivo conta como motivo? Ou o monopólio dos minérios e das minas das famílias Topázio e Turquesa reduzindo meus custos para 0 nesses maravilhosos itens?

Após o pedido voltou a escrever com as duas mãos no bloco.

— Não houve desvalorização nesses mesmos minérios?

— Ainda é útil, fora isso, vai saber se eles possuem algo mais nas minas é um local bem complicado para invadir e roubar, então talvez exista alguns valiosos.

— Seus investimentos em itens mágicos ainda não devolveram seu dinheiro.

— Pode não ler meus documentos?

— Está falhando também na contratação daquele Eishin.

— Mas até os meus contratos? Sério? Quando?

— Mas eu tenho uma dúvida.

— É por que eu não tive nenhuma agora pouco ou será que tive?

— Seu interesse no garoto está nos itens ou na mana infinita?

— A pesquisa atual dele, se ele vier para o meu lado eu pretendo deixa-lo vivo, do contrário vou mata-lo.

— A pesquisa dele? A teoria da conversão mágica? Ela não estava incompleta?

— E está, mas incompleta não significa inútil.

— E realmente será útil?

— Bom, meu técnico em itens disse: “ esse garoto parece ser útil... pode pega-lo para ser meu assistente? Ou se livrar dele? ” e eu aceitei.

— Certo... bom eu vou embora, já fiz minha parte.

— Obrigado por só agora sair mesmo eu já tendo mandado sair.



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