Arco 1
Capítulo 16
<Eu>¹ pausei enquanto examinava a <minha> janela de habilidades e virei.
Ouvi um barulho peculiar não muito longe dali.
— Algum problema? — perguntou Olim, que estava me dando cobertura, quando <eu> falhei em usar uma habilidade. Ela também virou a cabeça, curiosa para saber o que havia chamado <minha> atenção.
— Tem alguma outra party aqui hoje além da nossa?
— Hã? Duvido muito?
— Ei! Seo Dawon! O que está fazendo viajando no mundo da lua!? — <Eu> fui distraído pelo grito rouco de Woo Ragi justo quando <eu> tentava escutar o som com mais atenção. Mas que cara mal-humorado.
Virei-<me> de volta para frente, com a testa franzida. A primeira coisa que <eu> vi foi Ragi explodindo o Cavaleiro da Morte, derrotando o último boss guardião da sala. Lâminas brancas e transparentes, conectadas por algo semelhante a uma linha, voavam ao redor enquanto ele brandia suas espadas ressoantes.
<Eu> não achava que minha atenção havia oscilado tanto a ponto de provocar tamanho protesto dos meus colegas. No entanto, tinha que concordar que o tempo de execução dos feitiços era delicado. Perder aquela janela de oportunidade seria frustrante.
— [Gravidade].
<Meu> cajado brilhou em verde enquanto um círculo mágico se formava ao redor dos pés do boss, [Lorde Lich], e de seus Cavaleiros da Morte invocados. Assim que os membros da guilda avistaram o círculo, cada um deles lançou um ataque final nos monstros que enfrentavam e rapidamente recuaram da área.
Logo em seguida, o feitiço de gravidade fez efeito. Os Cavaleiros da Morte esqueléticos caíram no chão como se tivessem sido pregados por um martelo invisível. O [Lorde Lich] identificou com exatidão que <eu> era a fonte da magia e lançou uma maldição em <minha> direção. No entanto, o ataque foi interrompido bem antes de <me> atingir, pois Kim Olim bloqueou a sua trajetória com seu escudo.
Então, um dos Kirins² invocados por Jo Chanyeong mordeu o ombro do boss, aquele que estava conectado ao braço que segurava o cajado. Com o peso do Kirin, o lich foi derrubado, inclinando-se de forma precária e sugerindo uma vitória com seus movimentos.
— Ha… que chato. Muito chato.
Mesmo nessa situação, ninguém podia relaxar.
Em particular, Kim Olim estava ao <meu> lado, inconscientemente soltando uma série de reclamações em voz baixa. Todos podiam se identificar com seus suspiros. <Eu> também estava igualmente exausto.
Não importava quantas vezes reduzíssemos o HP do [Lorde Lich] a zero, ele revivia e drenava nossa stamina. Agora pouco, a habilidade mais poderosa de Eunji, a Balista Letal, o [Obliterador Scud], havia despedaçado seu crânio. O [Lorde Lich] simplesmente caiu por um instante antes que seu corpo sem cabeça regenerasse o crânio com um feitiço irritante.
Eunji estava prestes a se aproximar novamente, mas <eu> sinalizei para que ela recuasse. Ela mordeu o lábio mas obedeceu. <Nós> já havíamos confirmado que o <nosso> poder de fogo havia sido desperdiçado, como despejar água em um poço sem fundo. <Eu> não queria mais desperdiçar stamina em ataques inúteis.
No entanto, o problema persistia, e parecia não haver uma solução adequada. Embora <nós> reivindicássemos a vitória a cada vez que ele revivia, <nós> estávamos alcançando nossos limites físicos.
De acordo com o “Cenário”, o [Lorde Lich] era um feiticeiro ressuscitado, um típico morto-vivo que segurava um cajado adornado com um crânio humano.
Quando ele morreu e ressuscitou pela primeira vez, <eu> fiquei um pouco irritado, mas não pensei mais a fundo. Esse tipo de padrão era comum para um morto-vivo. Dada a reputação infame da dungeon e sua dificuldade, o artifício de ressurreição não era de se surpreender.
Mas quando o [Lord Lich] ressuscitou mais de 3 vezes, algo parecia estar fora do lugar.
<Nós> derrubamos o [Lord Lich] várias vezes utilizando toda a força que tínhamos em <nossos> corpos. O primeiro golpe letal foi desferido por um invocado de atributo sagrado — altamente eficaz contra mortos-vivos. Jo Chanyeong, um invocador especial, havia acabado com as almas dos mortos-vivos na fase anterior com seu Kirin e Fênix, usando [Santuário Sagrado] para fortalecer seus invocados.
Entretanto, um minuto após a poeira baixar, surgiu a mensagem: "O Lorde Lich ressuscitou." Desta vez, <eu> prontamente ataquei com um feitiço de alto nível, [Chamas do Pesadelo]. (<Eu> havia aprimorado o feitiço adicionando o atributo sagrado antes da batalha contra o boss.)
Mesmo assim, ele ressuscitou, e ainda mais rapidamente do que na primeira vez…
Então, na linha de frente da equipe, Woo Ragi, o Espadachim, brandiu sua espada de elos. Ele apontou para um rico coração roxo entre as costelas do esqueleto do lich e sugeriu que aquele poderia ser o núcleo. Desta vez, Ragi arrancou os olhos do lich, e Eunji, a Balista Letal, mergulhou os braços em seu peito, esmagando o coração pulsante.
Desta vez, o [Lorde Lich] pareceu realmente perturbado, soltando um grito estridente que fez várias cerâmicas na sala estourarem. <Nós> estávamos convencidos de que a expedição havia sido concluída. No entanto, o sistema não <nos> recompensou com os itens esperados, e, um minuto depois, a mensagem anunciando a ressurreição do lich surgiu novamente.
Desde então, <nós> atacamos inúmeras vezes, destruindo tudo o que <nós> podíamos: o coração, os olhos, a cabeça, etc… tudo que geralmente é considerado o ponto fraco do boss. A equipe chegou a destruir estruturas e itens proeminentes na sala, só para ter certeza.
Ainda sim, o lich continuou revivendo.
E ele começou a levar menos e menos tempo para ressuscitar. Após a quarta morte, o boss começou a levar menos de um minuto para voltar à vida, apesar do grande esforço da equipe.
Mesmo com todos os membros da guilda sendo ranqueados, éramos, acima de tudo, humanos. Estávamos chegando ao <nosso> limite. Jung Garam, o “caçador especial” da equipe, se ofereceu para revisar as salas anteriores em busca de alguma pista perdida. Não seria sensato deixá-lo ir sozinho, então Bae Jaemin, o curandeiro da equipe, decidiu acompanhá-lo.
Até o retorno de Garam e Jaemin, <nós> decidimos atacar em turnos. Assim, poderíamos economizar o máximo de energia física possível. Olim e <eu> optamos por não atacar e, em vez disso, examinamos cuidadosamente o Lorde Lich de perto.
Concordamos com esse plano na crença de que alguém do calibre de Garam conseguisse retornar em uma hora. No entanto, após dez ressurreições, os dois ainda não haviam voltado.
— Por que o Garam não está aceitando as mensagens da equipe? — perguntou Olim.
— Ele não está nem visualizando?
— É… Será que eles estão sendo atacados por alguma coisa? Eu também não consigo contatar o Jaemin…
— Nesse caso, temos que esperar.
Embora Kim Olim ainda parecesse preocupada, ela fechou a janela de mensagens e começou a ajeitar sua arma. Ragi arremessou uma lança contra um Cavaleiro da Morte que tentou atacá-lo de surpresa pela lateral.
Normalmente, Ragi não permitiria que um monstro se aproximasse tanto. No entanto, sem Garam, ele precisou assumir sozinho o papel principal de agente de impacto. Ele estava se movendo incessantemente, e era evidente que, entre todos os membros, foi quem mais usou stamina.
<Eu> olhei para Olim, <me> perguntando se deveria mandá-la para o Ragi. Magos são vulneráveis a ataques de curta distância, então geralmente <eu> preciso de um atacante corpo a corpo ao meu lado… mas a respiração ofegante de Ragi <me> preocupava.
— Devo ir? — Assim que <nossos> olhares se cruzaram, Olim percebeu imediatamente <minha> preocupação. Ao acenar, ela correu com passos firmes em direção a Ragi. Sem dizer uma palavra, Ragi se posicionou atrás do escudo "Aurora Sagrada" dela e respirou profundamente.
— Dawon-hyung! Restam apenas 4 minutos de operação no relógio do golem! — disse Kyungsik ao deslizar para o <meu> lado assim que Olim partiu.
Ao ouvir suas palavras, <eu> lhe lancei um olhar rápido. Ele estava controlando um golem gigantesco, desgastado por ataques de espada. As inúmeras marcas de cortes na sua estrutura de câmara de gás davam-lhe uma aparência bem maltratada.
O golem foi originalmente invocado para destruir todas as construções e formações da sala, mas era notório que o [Lorde Lich] e os Cavaleiros da Morte decidiram focar a maior parte de seus ataques nele. O golem já estava quebrado em vários lugares, e <eu> não acreditava que faria diferença mantê-lo operando por mais 4 minutos…
— Vamos detoná-lo.
— O quê?
— Você disse que restam 4 minutos. Eu pago pelo conserto.
— Ah, mas você, hein… Vai levar uma eternidade para reconstruir…” choramingou Kyungsik, mas a situação era crítica. Ele se recompôs e manobrou o golem pelo controle até deixá-lo a menos de um passo do lado do boss.
Ao receberem <meu> sinal, todos os membros da guilda se afastaram o máximo possível do golem. Assim que Kyungsik pressionou o botão de caveira no controle, a casca do golem se rachou e uma luz intensa escapou pelas fendas. O [Lorde Lich], provavelmente percebendo o perigo, tentou escapar, mas o golem desabou sobre ele, prendendo-o. Com um *boom* ensurdecedor, o golem explodiu, deixando tudo ao redor em ruínas.
Os Cavaleiros da Morte, que estavam se debatendo descontroladamente, pararam por um minuto, transformaram-se em cinzas e se dispersaram com o vento. Como o exército dependia da mana do lich, quando a fonte se extinguiu, os invocados também foram destruídos.
Todos <nós> prendemos a respiração e observamos a linha de frente da batalha.
Será que ele vai reviver de novo?
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Bae Jaemin: Dawon Hyung
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Naquele momento, a mensagem de Bae Jaemin apareceu no bate-papo do grupo.
Notas:
1 – É o POV do Seo Dawon (ps: como têm muita ênfase no “eu” e “nós”, vou adicionar para esse capítulo)
2 – Uma criatura mística no folclore Koreano, Japonês, Chinês e Vietnamita. Ela dá boa sorte.
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