Volume 1

Capítulo 3.2: Um coração satisfeito com mentiras

Lucas olhou para mim com desconfiança.

— Você tem alguma ideia?

— Essa ideia que Anna teve é diabólica... Se eu tenho uma ideia? Diga a verdade.

— Mas ela ficara magoada — disse Lucy com determinação.

— Eu prefiro levar um não na primeira vez — eu falei com mais determinação.

— Mas eu não posso simplesmente rejeitá-la — disse Lucas.

— Você prefere levar um não na primeira vez? Ou ter um namoro de mentiras onde vão brincar com seus sentimentos e depois jogá-los fora? Isso a magoaria mais do que qualquer outra coisa.

— Mas deve ter um jeito de fazer isso sem magoá-la. — Anna falou receosa.

— Magoar as pessoas é inevitável, então já que isso é um fato, é melhor ir pelo caminho mais curto e dizer não para ela. — Enquanto eu falava Anna ficava angustiada com minha maneira de agir diante da situação, até que em um momento ela estourou.

— Olhe para nós enquanto estiver falando Arthur! — ela disse em um tom de voz forte e com raiva.

Eu me calei diante do silencio que surgiu.

Droga...

Eu apertei os meus olhos fechados com desgosto de mim mesmo. Eu estava concentrado em meu celular.

— Desculpa... eu esqueci — falei virando o meu rosto para olhá-la. Nossos olhos se encontraram, então ela suspirou.

— ... Ele não pode fazer isso Arthur.

— Mas também não pode fazer um namoro de mentira.

— Mas se Lucas fizer isso agora, é só ele se distanciar aos poucos depois! — Por algum motivo nossas vozes estavam acima do normal.

— Ugr... Você só está falando para ele fazer o que você fez comigo no sétimo ano! — Eu prendi os mus dentes com raiva e gritei.

— Se você mesmo diz que é inevitável magoar as pessoas, então por que é que você mesmo não intende isso?!!

Lucas e Lucy se olharam em silencio.

Já não estávamos falando mas sobre o assunto, na verdade, eu e Anna tínhamos fugido do assunto a muito tempo, levamos a pauta para nossos corações, estávamos agindo por impulso emocional.

— Você... você... — sussurrei baixinho com raiva, enquanto Anna estava com sua cabeça baixa. Eu não podia ver seu rosto, sua franja cobria seus olhos caramelo, mas ela parecia chateada ou muito irritada.

Droga...

— Eu estou saído. — Me levantei da minha cadeira, fiquei parado por um momento então comecei a caminhar rapidamente para a porta.

— Droga, você nem é um especialista em emoções... — Anna resmungou algo quando passei perto dela, mas não escutei.

Anjo levantou sua cabeça preocupada, quando eu agarrei a maçaneta da porta, seus lábios iriam dizer algo, mas eu a interrompi.

— Ah... é mesmo, Anjo disse que queria conversar conosco, sobre ela deixar de ser a responsável pela arrecadação para a viagem, já que ela não quer participar, não tem sentido deixá-la tomar conta disso... Se vocês puderem ajudá-la, eu ficaria grato. — Após terminar minhas palavras, saí pela porta.

— “Anjo”....— Lucas e Lucy falaram juntos enquanto olhavam para a garota de óculos e moletom.

Merda, eu me deixei levar e acabei me envolvendo demais no assunto.

Um problema que não é meu, não deve ser resolvido por mim, é assim que eu penso, é isso que eu digo para mim mesmo. Se eu vivesse pensando no que os outros devem ou não fazer, eu não viveria minha própria vida droga!

— Droga, participamos do conselho estudantil, não somos um clube de alto ajuda... — Eu pensei alto enquanto caminhava pelos corredores, murmurando essas palavras sozinho.

O silencio é confortante para aqueles como eu que sabem aprecia-lo ao máximo. Assim posso organizar meus pensamentos.

— Eu não fiz nada de errado... — O problema e que ainda não perdoei Anna de verdade. Eu tenho sentimentos mistos sobre ela.

— Ah! Arthur! — Beatriz saiu de uma sala a esquerda e acabou me vendo caminhando sem rumo pelos corredores.

Ela se aproximou de mim enquanto eu estava inerte em meus pensamentos, de imediato ela livrou suas mãos de um lamentável fardo e passou esse fardo para meus braços, ela me entregou livros pesados de física.

— Entregue esses livros na sala de matérias.

Os livros estavam diante de mim, eu olhe para ela, Beatriz levantou as sobrancelhas me questionando. Eu estava pensando em começar uma discussão com ela. Como por que diabos você está com livros de física, sendo que Beatriz-sensei não dá aulas de física.

Mas eu apenas fiquei olhando para ela, todo o seu cabelo estava jogado e enrolado apenas para um lado dos ombros, seu rosto estava cansado, mas ela ainda estava bonita.

Droga... por que meu primeiro amor tinha que ser logo uma bonitona.

Balancei minha cabeça como se estivesse afastando os pensamentos de começar a falar, então comecei a caminhar para meu destino a Sala de Matérias.

Beatriz ficou me olhando da porta sem entender muito.

— ...Droga Anna! Eu não entendo? É claro que eu entendo, a garota ficaria magoada com uma rejeição, mas é inevitável quando a outra parte não sente a mesma emoção. perder seu tempo construindo uma verdade com bases falsas é pior que uma mentira mal contada. Da mesma forma que você fez comigo, construiu uma verdade com bases falsas para depois destrui-la!

Enquanto eu pensava alto, acabei chegando na sala de matérias mais rápido do que pensei. Na verdade, eu estava com meus pés dentro da sala. Havia uma garota de costas para mim arrumando alguns livros em cima de uma mesa. Eu iria começar a caminhar quando ela se virou na minha direção.

— Hã! — Ela se espantou um pouco por eu estar ali.

— He? — Eu levantei minhas sobrancelhas surpreso com a reação dela.

— Desculpa, acho que eu esqueci de bater na porta.

Comecei a colocar os livros em uma mesa próxima a mim enquanto a garota me olhava. Ela tinha a mesma altura que eu — 1,70 —, mas seu corpo era mais desenvolvido que o meu, será uma aluna do segundo ano? Seu cabelo era preto longo até sua cintura, seus olhos eram azuis como o mar e suas pernas escondidas em uma escura calça jeans chamavam atenção, com isso quero dizer que elas eram longas.

— ...Você é aquele garoto que mandou aquela certa garota se foder, não é?! — ela perguntou com energia.

— Eh!... Achei que todos tivessem esquecido disso, Ha-ha... — Ela me pegou desprevenido. O que ela disse veio como um golpe no meu estômago. Tive que dar uma pequena gargalhada no final para disfarçar o incômodo.

Quando mandei aquela garota do passado para aquele lugar. Merda... no sétimo ano eu costumava ser zoado com garotas dizendo que queriam namorar comigo, elas riam da minha reação quando eu travava. Na época eu era tímido de mais para enfrentá-las. As garotas mandavam terceiros passarei esse tipo de mensagem amorosa para mim, eu quase nunca via a garota que supostamente queria namorar.

Quando entrei no oitavo, mesmo tendo me transferido de escola, as piadas continuaram e uma única vez foi o suficiente para que eu estourasse e despejasse tudo o que eu estava sentindo e guardando naquela garota, eu a mandei para aquele lugar.

Na verdade, ironicamente naquele dia mudamos de lado, ao em vez de eu receber uma mensagem ela que receberia uma. A mensagem seria enviada para ela por meio de um terceiro, sim, agarota que me entregou a mensagem de namoro era só um Peão como sempre.

Mas a diferença foi que dessa vês... eu vi quem avia pedido para entregar a mensagem para mim. Eu não tenho palavras para descrever a sensação de ter tudo sobre controle nas mãos e em poucos segundos perder tudo.

— Hm, todos podem ter esquecido, mas eu não — disse ela.

Na verdade, pensei que todos que sabiam disso tinham saído do colégio ou tinham se mudado quando eu ingressei no primeiro ano...  Quem é essa garota? Uma sobrevivente? Uma fofoqueira ou uma mentirosa?

Não, ela não tem cara de ser... Eu entendi, ela é uma telespectadora invisível.

Em um lugar com muitas pessoas como no pátio do colégio, você não tem total controle de quem escuta as suas conversas. A única coisa que você pode fazer é minimizar o dano. Em um momento como esse à altura em que sua voz está é muito importante, ela vai determinado o dano que você vai causar ao seu arredor.

Mas minha voz estava baixa naquele dia, no pátio do colégio, e o Peão mensageiro do amor estava próximo de mim então como ela...

Talvez... A divisa do refeitório a parede que existe entre as mesas e o pátio. Sentada em uma das cadeiras que ficam encostadas na parede, essa garota de olho azuis estava lá.

Eu sendo o Rei, disse as palavras na frente do Peão mensageiro, me esquivando para trás na direita e foi nessa jogada de tabuleiro que a torre me pegou, essa garota é a torre, esperando para atacar.

A Rainha do campo inimigo se aproximou do seu Peão mensageiro, para ouvir o que ele tinha a dizer, nesse momento o rosto belo da Rainha mudou e lágrimas direcionadas ao Rei passavam pelo seu rosto.

— Qual foi a sensação...? — A torre do campo inimigo se aproximou do Rei.

— O que?...

— Qual foi a sensação, quando você viu o rosto dela?

Eu estava olhando diretamente para a Rainha e ela estava olhando para mim.

Eu sabia o que eu tinha dito, e mesmo sabendo, eu não conseguia acreditar.

— Ugr...

— Ah! — A garota olhou o meu rosto e se espantou.

— Por que você está chorando?

Xeque... mate.

— Aah... Foi uma das piores sensações que eu já tive na minha vida. — Nesse momento eu tinha levado um xeque-mate da torre, ela me pegou. A garota torre esticou um dos seus braços em direção ao meu rosto, foi quando eu segurei sua mão com gentileza.

— Eu não preciso que uma mulher... segue as minhas lágrimas — dito isso, eu afastei as minhas lágrimas com uma das minhas mãos, então me virei e sai pela porta.

— Quem é aquela mulher...? Droga! quem é aquela mulher? — Eu me perguntava sem parar enquanto descia as escadas em direção a quadra.

— Você quer namorar comigo?!

— Hm... Desculpa, eu não posso.

— Aah... Eu queria... Eu queria namorar com vc...

Quando passei pelo portão que separava o pátio das escadas, ouvi vozes vindo de longe. Ao avançar pelos bebedouros e banheiros dobrei a esquerda e vi o garoto que estava na sala do conselho estudantil, poucas horas atrás, agora ele estava aqui conversando com alguém que eu não conseguia ver, havia uma pilastra de sustentação impedindo a minha visão. Mas era uma voz feminina.

Acabei me escondendo, não queria que ele me visse desse jeito. Eu não estava mais chorando, mesmo assim meus olhos estavam inchados e minha postura era baixa. Não acho que algum deles tenha o direito de me ver nesse estado.

— Me desculpa.

— Eu queria fazer você feliz. Se você puder, pensar no assunto...

— Eu já pensei.

— Por favor... Se você me der uma chance... Lucas eu...

— Não.

— Ah?

— Eu já disse que não.

— Ugr... Ahh..

Segundos depois a garota passou correndo por mim, com as duas mãos na boca ela abafava o seu próprio choro. Eu voltei a caminhar com minha cabeça baixa. Lucas estava de cabeça baixa em silêncio, mas quando me aproximei, ele me notou.

Passei por Lucas como se nada tivesse acontecido, foi quando ele perguntou: — O quanto você ouviu da nossa conversa? — Sua voz estava séria.

— E isso realmente importa — eu disse enquanto estava de costas para ele.

Lucas pareceu pensar no que iria dizer.

— Obrigado — disse ele.

— Por que está me agradecendo? Você ainda magoou os sentimentos dela. Não tem porquê me agradecer. — Eu segui o meu caminho atravessando a porta do pátio e entrando na quadra de vôlei.

— Antes os sentimentos dela, do que os meus. — Lucas falou algo que eu não consegui ouvir.

Durante a conversa com a garota, Lucas parecia extremamente sério, quando ele disse não pela última vez, foi como uma ameaça para a garota, foi como se ele dissesse: “Desista, eu não quero você”.

Talvez a visita à sala do conselho tenha servido apenas como uma distração, ele já sabia o que iria fazer desde o início. Lucas só estava procurando opiniões diferentes da dele, só para não dizerem que ele não tentou pensar no assunto.

Mesmo que não aceita a garota tenha sido a intenção dele desde o princípio. Encontrar alguém com a mesma opinião que você ou quase, traz uma ótima alto-satisfação.

Mas eu não posso dizer que sei como ele pensa. Até porque eu não o conheço e esses são apenas os meus pensamentos.

—— 7 horas da noite, casa dos Williams sala de estar e cozinha ——

— Oh! Que cheiro é esse? O que você está cozinhando?

— Adivinha! — falei com animação e um pouco de sarcasmo.

— Eu acho que ééé...

— Não é o seu prato favorito! — disse com seriedade.

— Baa! Então eu não me importo.

Essa que está deitada no sofá de barriga para cima com o celular enfiado na cara é a minha irmã mais nova, ela está no sétimo ano do ensino fundamental. Seu nome é Anna Beatriz.

— Lista de receitas —

* Dois sacos de macarrão parafuso. ~ Bem enroladinhos.

* Linguiça calabresa a gosto. ~ Mas você não deve colocar, garotas do sétimo ano não gostam.

* Presunto a gosto. ~ Mas você não deve colocar, irmãs mais novas não gostam.

* Queijo a gosto. ~ Mas você não deve colocar, troque por uma salada.

— Salada...??!! Mas que merda é essa! Isso é uma receita ou um diário de uma garota vegetariana?

— E essa infame repetição de “a gosto”?

— Oh! Você encontrou aquela receita. — Anna Beatriz passou atrás de mim e foi em direção ao balcão da cozinha, ela estava pegando um pouco de chá.

— Isso não é uma receita, é simplesmente um código que eu não consigo decifrar.

— Você não gostou? — Anna Beatriz se aproximou de mim e perguntou, de uma maneira muito tranquila para o meu gosto.

— Tá legal. Pode começar a falar. — Eu lancei um olhar desconfiado para ela.

— Desculpa, eu molhei a sua receita. — Ela juntou suas duas mãos como se estivesse orando, mas estava pedindo desculpas.

— Então eu tentei rescrever ela de cabeça, mas eu não lembrava de tudo. Quando eu terminei, passei na impressora e colei por cima do papel molhado.

Cara... eu não pensei que você fosse tão idiota assim.

Eu levantei o papel contra a luz, e consegui ver a antiga receita atrás.

— Que cheiro é esse...? — Quando Beatriz passou novamente por trás de mim eu senti um aroma que estava fora do meu cotidiano.

Sendo o único homem da casa, particularmente, eu convivo com diversos aromas. Mas esse era diferente...

— Anna... Você trocou o seu shampoo? — eu perguntei como se fosse um interrogatório

— ...Sim! — respondeu levantando as sobrancelhas.

— Legal! — Eu fiz um sinal positivo com uma das minhas mãos para ela, e fechei um dos meus olhos junto de um sorriso simples.

— Legal não é! — Ela fez os mesmos gestos que eu, mas o sorriso de Anna era muito mais largo e brilhante que o meu.

Minha irmã é animada como uma garota de Shonen, já eu... diria que me pareço mais com um fantasma. O fantasma está lá, mas ninguém o vê, ele olha as pessoas, mas as pessoas não o olham de volta. Ele as olha esperando o momento certo para aparecer, mas ele não aparece porque tem medo de ser visto. Então ele apenas espera pacientemente, por anos e anos...

Quando voltei os meus olhos para a receita, senti uma mão fina e delicada levantando o cabelo da minha nuca e depois me cheirando.

Eu olhei para trás e era a minha mãe. Antes que a duvida surja de como minha mãe e irmã são, eu diria que é só me imaginar como uma mulher.

Eu sei que é uma ginástica mental muito poderosa, mas pensem assim: olhos verdes para a minha irmã e olhos negros para minha mãe, cabelos escuros e rosto fino, era basicamente isso.

— Você trocou o seu shampoo? — minha mãe perguntou.

Não tinha como eu responder nada além disso: — Sim.

— Legal. — Minha mãe fez um sinal positivo e me deu um leve sorriso carinhoso.

Eu retribuí com o mesmo sinal.

— O jantar vai demorar uns cinco minutos. — disse a ela, enquanto entregava uma xícara de chá em sua mão. Nós caminhamos até o sofá e sentamos nele.

— E então...?

— E então o que? — Minha irmã me lançou um olhar de raiva quando eu fiz uma pergunta em cima da pergunta dela.

— Você é burro?

— Não — respondi.

— Hm... Como está indo no colégio. Já se passou um mês, não é?

 — Sim. — Minha irmã parecia meio receosa enquanto perguntava, mas ela continuou mesmo assim.

— ...Fez algum amigo?

Eu paralisei por um momento e logo em seguida uma expressão sínica veio ao meu rosto.

— Como é que é? Para mim isso é grego. Você está falando alguma nova língua que eu não conheço?

— Já se passou um mês. Ocupar a sua cabeça com alguns amigos não iria te fazer mal...

Eu parei por um momento e pensei que talvez ela estivesse preocupada.

— Ah, o que foi? Você sabe que seu irmão não precisa dessas coisas... Eu estou bem.

— Então, você a superou? — Anna me fez essa pergunta com um olhar sério. Ela deve estar falando da minha ex-namorada, faziam 3 meses que estávamos separados.

Então você estava preocupada mesmo, sua idiota. Pare de tentar bancar a irmã mais velha, droga!

Se me perguntarem como foi o meu relacionamento, eu direi que foi uma droga, uma tão viciante como qualquer outra. A minha ex-namorada foi um veneno que eu virei em um gole só. Eu fui traído por ela e por uma pessoa que eu considerava muito. Resultado: depois de me usar e confundir minha mente, ela me largou em um estado que eu não queria que minha irmã me visse... Mas ela acabou vendo.

— Eu estou bem... Minha mente está ocupada com outras coisas agora.

— Você jura? — perguntou Anna.

Você acaba de perder a posição de irmã mais velha com esse seu rosto fofo sua idiota.

— Eu juro solenemente que não mentiria para você... — falei e Anna continuava emburrada.

— Pare de bancar a irmã mais velha Anna Beatriz — eu disse secamente.

— Tudo bom, eu acredito em você — ela falou e virou de costas para mim no sofá.

Minha mãe ainda estava interessada no meu cabelo, então eu decidi passar esse bastão adiante.

— Anna também está de shampoo novo — disse para minha mãe.

— É mesmo Anna?

— Ah sim, é sim... Espera! Nãoo!! — Depois que Anna percebeu o que tinha feito, atraindo o demônio grudento para cima dela, me levantei do sofá com um sorriso no rosto.

— NÃO! NÃO! SAI DE CIMA MÃE, SAI!

— HA-HA-HA...!

— HA-HA-HA...!

Esse é um Fan service que eu não posso ver. Eu levantei a minha caneca como se estivesse comemorando uma vitória, enquanto minha mãe cheirava e beijava Anna constante mente. Eu deixei a cozinha com uma expressão satisfeita. Minha mãe é uma pessoa carnal e, estando separada do meu pai, acabamos sendo o alvo preferido dela, para minha mãe “viver e estar em contato”, e isso gera um Fan service estranho entre elas.



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