Volume 2
Capítulo 12: Prólogo
Agora estou correndo, fugindo com toda a minha força das garras de uma besta. Escapei com todo o meu esforço e concentração, levando comigo um coração cheio de medo.
Subindo as escadas, saltando para o quintal, usando minha magia para chegar ao telhado, às vezes caindo...
— Onde está você?!
Aquela criatura faz um barulho estranho e me persegue, não importa para onde corro.
Estou muito confiante na minha força física. Afinal, tenho treinado com espada por dois ou três anos. Mas a confiança que tinha em mim mesmo foi quebrada.
Esse ser, como se zombasse dos meus esforços, continua me perseguindo sem perder o fôlego, com o cabelo vermelho sangue voando ao vento, como se não soubesse o significado de desistir. Não importa quão longe eu vá, no instante em que relaxo, ela fecha a distância entre nós.
— Haaa... Haaa… — Estou começando a ficar sem fôlego.
Não posso continuar correndo, então o jeito é escolher a última opção: me esconder. Já estou incapaz de escapar.
— Gulp...
Me escondo dela na sombra da escada, observando a partir de uma área que permite a visão das plantas, quando ouço a besta rugindo no centro da mansão.
— Eu nunca vou te perdoar!
E este rugido faz minhas pernas tremerem.
Eu sou Rudeus Greyrat, sete anos de idade. Tenho um brilhante cabelo cor de chá. Um robusto bishounen e um ex-NEET de trinta e quatro anos. Por não ter ido ao funeral dos meus pais, fui perseguido por minha família e morto por um caminhão. Porém, por causa de uma piada de mau gosto do destino, reencarnei como um bebê com todas as minhas memórias intactas.
Refleti sobre minha vida passada um pouco. Agi como um ser humano horrível, e nestes últimos anos, tenho trabalhado duro para viver intensamente. Aprendi a falar e escrever, magia, treinei esgrima, estabeleci boas relações com os meus pais e até mesmo encontrei uma linda amiga de infância chamada Sylphy. Para ser capaz de ir à escola com ela, fiz um pedido de trabalho, permitindo-me ganhar as taxas escolares pagas para duas pessoas, e então vim para a cidade de Roa. Se concluir o trabalho de educar uma jovem senhorita, o empregador pagará as taxas, ou coisa assim.
— Saia de onde quer que esteja! Eu vou esmagá-lo em pedaços!
Olhei para fora e me encolhi, trêmulo. Tremendo enquanto observo a encarnação da violência no corpo de uma menina.
Como as coisas chegaram a esse ponto? Eu teria que voltar cerca de uma hora atrás.