Volume 9
Capítulo 490: A Identidade do Homem de Cabelos Prateados
No meio dessa vasta planície, havia uma ruína em decomposição.
Um prédio que ficou manchado e descolorido por anos de exposição. Paralelepípedos cobertos de musgo e grama. Do céu acima, podemos ver uma praça circular cercada por prédios em intervalos iguais, que não tenho certeza da finalidade para a qual foram construídos.
— É esse o pedestal de que o Mestre estava falando?
Não, quero dizer, sim, mas não é o mesmo......
— O que você quer dizer com isso?
O pedestal não está mais aqui.
É isso mesmo. Quando acordei, o pedestal que me abrigava havia desaparecido.
Fran apontou para toda a ruína e perguntou se era um pedestal. Mas, por alguma razão, a coisa que chamo de pedestal, que deveria estar em seu centro, não estava lá.
O único vestígio disso é um espaço quadrado no centro da praça onde quase não há grama. Era óbvio que algo havia sido colocado ali há algum tempo e que havia sido removido.
Alguns meses se passaram desde que o pedestal desapareceu e a grama começou a invadir um pouco a área, mas, vista de cima, a diferença em relação ao resto do local era óbvia.
Vamos até lá.
— Nn.
— Au!
Fui até o terreno baldio onde o pedestal deveria estar antes. Fran bateu nos paralelepípedos e Urushi cheirou o chão, mas não havia nada de anormal.
Ele realmente desapareceu, hein......
— Tem certeza?
Claro. Nunca vou me esquecer desse lugar.
Enquanto trocávamos palavras, meu ambiente ficou branco em um instante.
Mas não estou mais surpreso. É aquele espaço.
Você está aqui, não é?
Sim, estou aqui.
É apenas uma voz, mas tenho certeza disso. É aquele cara.
Não consigo encontrar o pedestal. O que está acontecendo?
Também é um objeto sagrado. Ele fez seu trabalho e depois desapareceu. Bem, agora precisamos dele. Diga à Fran para se afastar um pouco, e eu farei o pedestal aparecer.
E-entendido.
Um objeto sagrado? Como esperado, não era apenas um pedestal, hein.
Quando eu voltei do espaço branco, eu disse a Fran e Urushi para se afastarem do terreno baldio.
— Nn.
— Au!
Imediatamente depois que Fran e Urushi deram alguns passos, a forma de um pedestal apareceu no local como um holograma. Então, o pedestal parecido com um fantasma ganhou substância e apareceu no local.
Não se tratava de um teletransporte, mas de um misterioso fluxo de magia que parecia ter surgido da terra. Mas a coisa que apareceu foi definitivamente um pedestal familiar.
Oooh… Não há como errar. É o pedestal. Meu pedestal!
Foi há apenas alguns meses, mas parecia estranhamente nostálgico.
— Esta é a casa do mestre?
Bem, não. Mas não se parece com uma casa......
— Então, o que devemos fazer?
— Essa espada… Coloque o Mestre no pedestal. Senhorita Fran.
— Quem está aí?
Fran se virou e viu um ser translúcido, parecido com um fantasma, parado na frente dela.
— Eu o revelarei em breve. Mas primeiro, coloque o Mestre no pedestal.
— ......
Um homem com cabelo prateado, todo para trás, e um vestido parecido com um quimono. A Fran nunca o havia visto antes, mas ele me era familiar.
Fran olhou desconfiada para o homem misterioso que havia chamado seu nome. Bem, ele parece realmente suspeito.
— Você não me conhece, senhorita, mas eu a conheço bem, certo? Afinal de contas, eu a observo desde quando se conheceram no fundo do Mestre.
— Dentro do Mestre?
Sim, é verdade.
Eu não usei o princípio da falsidade, mas entendi que ele não estava mentindo. Não no nível de confiabilidade ou algo assim, mas posso ver que ele não está mentindo. Não senti a necessidade de duvidar da autenticidade das palavras do homem, assim como não precisei me preocupar se minhas palavras eram falsas ou verdadeiras.
O que será que é isso? Estou ciente de uma estranha conexão entre mim e o homem. Não é algo vago como um vínculo ou uma conexão, mas uma conexão mais direta. Ou devo dizer que estou conectado?
Não sei se eu chamaria isso de uma conexão mágica direta, mas foi perto o suficiente.
Fran, está tudo bem. Coloque-me no pedestal, por favor.
— Tudo bem
A meu pedido, Fran se aproxima do pedestal.
Um pouco mais alto, ok?
— Okay
Sem nenhum incômodo, Fran me agarrou com as costas e me empurrou contra o pedestal com grande força. Naquele momento, algo quente… não, algo quente está envolvendo a lâmina da minha espada. Mas não senti nada de ruim com isso.
Estava quente, mas não era um calor agressivo que derreteria minha lâmina. Era mais como um banho de corpo inteiro em uma banheira levemente quente.
De alguma forma, a sensação foi semelhante à de quando Alistair estava me reformando.
— Mestre, o senhor está bem?
Sim, estou me sentindo muito bem.
— Estou vendo.
Acho que ela pode ouvir minha voz e decidiu que realmente não havia problema. Fran murmurou tranquilizadoramente. É um lugar familiar para mim, mas um lugar desconhecido para a Fran. Ela ainda estava preocupada.
— Bem, então, agora estamos todos prontos.
O homem disse isso e foi até o pedestal.
— Tudo pronto?
— Sim, prepare-se para reforçar o selo do Mestre.
Reforçando meu selo?
— Não tem problema. Explicarei tudo hoje. Bem, o máximo que eu puder. Agora que ele está nesse pedestal, a condição do Mestre está estável. Sua memória ficará bem.
— A Memória do Mestre?
— Sim. Se eu lhe contar o que está acontecendo, isso pode quebrar o selo das memórias do Mestre.
— Isso é ruim?
— Isso será péssimo para seu mestre. Bem, explicarei isso também. Enquanto ele estiver preso no pedestal, a porta de memória dele deve estar estável.
— Compreendido
Eu estou contando com você.
O homem estala levemente os dedos e o chão se levanta para criar uma cadeira. Pude perceber que não era a habilidade do homem, mas sim a minha magia da terra ativada com o meu próprio poder mágico. Ou talvez eu devesse dizer que não era minha, mas nossa.
É o meu poder e o do homem.
— Nenhuma fera mágica vai se aproximar deste lugar por um tempo, e demorará um pouco mais. Por que você não se senta?
— Nn.
Urushi, vá se sentar ao lado dela.
— Au!
Urushi está tão quieto quanto um gato emprestado. Aparentemente, ele entende que os homens à sua frente são superiores a ele. Ou isso, ou Urushi o considera como seu mestre também devido a sua conexão comigo.
— Bem, deixe-me começar me apresentando.
— Nn.
Até que enfim, hein.
— Meu nome é Fenrir. Sou uma antiga fera divina que enlouqueceu depois de comer um deus maligno. E eu sou um intruso cuja alma está selada dentro do corpo do mestre.
NOTA DO TRADUTOR:
Axel: Opa! Desculpa aí o sumiço de praticamente 2 meses, mas aqui estou eu de volta, espero poder continuar a trabalhar com a tradução da obra de maneira integral, ou seja, com uma perspectiva de sair dois capítulos por semana! ou talvez uma semana com capítulo saindo todo santo dia a cada duas semanas de intervalo, vocês que escolhem ok?
Explicando o contexto do meu sumiço: Estava na casa de meus pais durante o final de ano, com isso rolou muita coisa, principalmente que eu perdi quase o acesso total ao computador, mas como agora estou no meu cafofo (Apartamento em outra cidade fazendo mais um período da faculdade).
Espero poder varar a madrugada traduzindo essa obra, mesmo sabendo que o bicho vai pegar daqui a alguns capítulos kkkkkkk a vontade de dar spoiler tá muito grande kkkkk, espero que tenham tido boas festas neste começo de ano e de volta ao trabalho ou as aulas ( para alguns de vocês leitores kkk )!
Aliás… mim tem que deixar de ser baiano kkkkk
Extra: Como alguns viram e eu acho que provavelmente nem leram direito, meu aniversário foi dia 12 de Janeiro, e no dia eu deixei a entender que era na data que o leitor estava lendo o capítulo passado… Outra coisa, ultrapassamos a marca de 1.7 Milhões de visualizações! Nunca imaginei que subiria assim tão rápido kkkkk antes de começar a traduzir, se não me engano estava na casa dis 1.55 Milhões de visualizações, muito obrigado pelo apoio de vocês ( mesmo que de forma indireta kkk ). Deixarei um presente aqui para vocês, uma arte da Fran! ( Estará nos comentários do capítulo! )