Volume Único
Capítulo 9: Paranóia e Ilusão
Minerva ficou mais do que assustado. Seus olhos se arregalaram e ele deu um salto para trás, vendo uma corrente de sangue escorrer. Em um ataque surpresa, seu peito e armadura foram cortados verticalmente pelo sabre de Alexsander.
Segurou o peito para estancar o ferimento, mas o estrago já estava feito. Uma corrente vermelha fluía por entre os dedos como um rio.
— O que você tá fazendo?! Tá com merda na cabeça?!?
Alexsander correu na direção de Minerva e gritou: — Facilite as coisas e morra em silêncio!
Ele imediatamente percebeu algo fora do lugar. Os olhos vermelhos, seu jeito estranho de andar e aquele repentino desejo não viria sem um bom motivo — deveria ser algum tipo de manipulação mental. Procurou saber quando aquilo aconteceu, mas nada vinha à mente.
Esquivou-se da lâmina que tentou atingir seu pescoço. Apanhou sua adaga, precisava sumir de vista e encontrar os outros para resolver aquele problema. Não poderia machucá-lo, era um membro da equipe.
— Vou ativar a Furtividade!
Os olhos do ladino giraram nas órbitas por um momento, algo estava errado.
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O Efeito Inabilidade Está Ativo
Uma entidade limitou seus poderes, bloqueando a ativação dessa habilidade. Sua mente e seu corpo não serão capazes de lembrar como ativar a habilidade.
Você será incapaz de usá-la por um tempo.
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— Agora?! Quer me foder, me beija, entidade desgraçada!
Desviou de outro golpe, seu corpo ainda estava leve e veloz o bastante para se mover. O problema era a ferida, mas quando olhou para baixo, reparou que o corte não era profundo e que deslizava menos sangue do que parecia antes.
Uma ilusão? As coisas pareciam piorar conforme se mexia de um lado ao outro. A skill Reflexos e sua destreza elevada facilitavam evitar os golpes, mas aquilo não era normal.
Alexsander parecia meio tronxo, com o corpo duro e mais bruto do que o comum. O guerreiro coberto por cicatrizes não era alguém que aprendeu uma esgrima refinada como os cavaleiros de um nobre, mas sua experiência de combate sempre era evidente em seus ataques — coisa que não estava acontecendo neste momento.
Logo atrás do guerreiro, Alice surgiu entre as sombras. Ela possuía aqueles mesmos olhos vermelhos, e em seguida Paulo Horse saiu de sua camuflagem.
— Ei, ei, pessoal, o que vocês estão tentando fazer? E cadê o Lohan?
— É culpa sua! — gritou a clériga, com o rosto distorcido em ódio. — Estamos presos aqui embaixo por sua culpa!
— Poxa, Alicezinha, assim você machuca meu coração falando desse jeito… — Minerva sorriu. — Mas acabou de provar que vocês não são reais. A Alice que eu conheço não falaria isso!
Agora era uma guerra de três contra um, só que dessa vez ele podia revidar. Uma de suas adagas voou na direção de Alice e atingiu seu peito, a imagem da garota tremulou, revelando ser nada mais que uma ilusão.
Após se esgueirar por baixo de um mata-leão de Paulo Horse, contra atacou com uma estocada no abdômen, aplicando uma dose de veneno. Duas das três ilusões já estavam num estado ruim, porém Minerva não conseguia manter o ritmo.
Mesmo que fossem ilusões, o corte em seu corpo era real. Os ataques, de alguma forma, podiam feri-lo, então precisava evitar todos!
A pressão de três lados distintos o levou ao limite. Tinha analisado o estilo de luta de seus amigos antes, e percebeu que as ilusões se comportavam completamente diferentes dos originais, mas isso não significava que a tarefa era fácil.
Ele começou a cansar e resolveu conservar energia para sobreviver pelo máximo de tempo possível. Só restava fugir, adiar o inevitável, mesmo que fosse impossível ir tão longe. Seguiu pelo corredor de pedra o mais longe que pôde.
Quando imaginou ter despistado as ilusões, jogou-se contra a parede. Seu coração estava a mil e ele tentou puxar o máximo de ar para os pulmões.
Merda, eu devia ter mais pontos em resistência pra aguentar esse trampo… Porra, cadê os outros? Essa droga de ferimento também não tá ajudando.
— Não gosto de brincar de gato e rato, Minerva.
A voz surgiu das penumbras do corredor e causou um calafrio no ladino, reconhecendo no mesmo instante quem era.
— Só podia ser você mesmo… sua vadia louca…
Enfim a silhueta apareceu, era Ashley, a tal mulher que os acompanhou até a entrada da masmorra. Ela sorria, contente ao ver o estado de Minerva, largado e ferido no chão.
— Eu sempre quis vê-lo assim. Me dá uma sensação de vitória.
— E tava sempre na cara que tu tinha algum problema mental. — Levantou-se, apoiando as costas na parede. — Eu te subestimei ao pensar que não teria algum pensamento merda e maluco rolando na tua cabeça. Sorte a minha ter percebido mais cedo, protegi o Lohan.
— Protegeu? Não, você nunca o protegeu. — Ela puxou uma espada pequena do manto. — Na verdade, você só atrapalhou meus planos. Tudo o que eu tentava fazer era frustrado pela sua maldita existência. Eu, que era a pessoa mais próxima e íntima dele, fui trocada por você, um vira-lata de rua que não merecia um pingo de atenção!
E lá começou um grande discurso de Ashley, onde toda sua raiva contra Minerva foi solta. Ela falou do quão frio e amargurada ficou após ter sido abandonada, o tanto que sofreu sozinha naquele lugar escuro, que só queria seu amigo Lohan de volta para salvá-la. Mas não, nada disso aconteceu, tudo por culpa de um maldito ladrão que roubou seu precioso amigo dela e o levou para longe.
— Eu passei anos procurando vocês desde que aquilo aconteceu. Apenas queria te eliminar, apagar sua existência… mas agora que todos estão almejando o desejo, eu pensei em algo maior, muito maior do que tudo!
— Com certeza é perturbado… — murmurou, tomando cada segundo a mais para recuperar as energias.
— Eu pedirei vida eterna, para assim ficar para sempre com ele!
Espera… isso é um segredo, não é?
☆ ☆ ★ ☆ ☆
Lohan encarava a parede de pedra que separava Alexsander do restante do grupo. Atrás dele, Paulo Horse, Alice e Minerva.
— Você estão bem?! — a voz de Alexsander veio fraca do outro lado da parede.
— Estamos todos inteiros — falou Lohan.
— E agora?! O que vamos fazer? — Alice perguntou preocupada.
O mago coçou o queixo, ainda não havia se acostumado à falta da barba, e começou a teorizar sobre o que poderiam fazer.
Enquanto Alice e Lohan discutiam, uma tela apareceu diante de Paulo.
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Você recebeu o livro de habilidade Impacto Triflecto de Deus das Aventuras e Tesouros, Esor,
Descrição: Anula e converte qualquer ataque físico que foi impedido pela sua mão para um acerto com o triplo do poder recebido. Sua alma pode conjurar este poder uma vez no dia.
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O monge pegou o livro e abriu sua capa sem pensar muito. Era uma habilidade muito poderosa e poderia virar o rumos de uma luta à favor dele.
— Apesar das adversidades, parece que ainda há sorte ao nosso lado!
O conhecimento preencheu sua mente. Não era uma habilidade convencional, era praticamente um milagre — uma interferência divina, que permitia exceder momentaneamente as limitações de um corpo mortal.
A felicidade do homem moreno, entretanto, durou pouco. Uma mensagem assombrou sua visão logo em seguida.
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A Entidade das Maldições, Nehtek lança sua influência sobre sua mente mortal. A loucura consome sua alma, mancha seu coração, cega sua visão e corrompe sua mente.
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— Não… — O homem sequer conseguiu terminar sua frase. Seus olhos embaçaram e sua cabeça começou a latejar. Ele caiu de joelhos no chão de pedra.
— AAAAAAAAAAAH! — gritou em desespero. Seus dedos cravaram em seus braços, carne contra carne, e o sangue pingou no chão.
— Se-senhor Horse! O que está acontecendo?
A clériga deu um passo na direção do homem perturbado, os olhos do monge estavam vermelhos e lágrimas fluíam junto ao sangue.
— Alice, se afaste! — O mago interveio, puxando a sacerdotisa pelo braço.
Um tremor chacoalhou no salão e sons não-humanos ecoaram pelas passagens adiante.
— Ma-mas ele está sofrendo — protestou Alice.
— Ele está sob algum tipo de controle mental! — Lohan sentiu uma intensa alteração no fluxo de mana em Horse.
Diante dos olhos do monge, tudo o que via era um grande deserto. Atrás dele, dezenas de Guerreiros Ragardas feridos se amontoavam em desespero, e à frente destes milhares de monstros enfurecidos e famintos.
Ele viu Escorpiões do Deserto carregando os homens derrotados nas costas; Devoradores de Pedras gigantescos com 30 metros de comprimento dividindo as dunas; Chacais de duas cabeças babando pelas presas e vários outros monstros.
O monge viu aquilo que frequentemente assombrava seus pensamentos Um medo que jamais o deixaria enquanto vivesse. A mancha que corrompia sua alma… ele via o passado.
— Morram!! — O homem pisou no chão com força, fazendo a sala tremer. — Sangue Ragarda não escorrerá mais pelas areias do deserto!!!
O guerreiro moreno virou a cabeça na direção da dupla da linha de trás. Com os olhos brilhando em vermelho, não era possível ver suas íris ou suas pupilas.
— Eu protegerei vocês dos monstros! — disse, saltando na direção da pequena elfa que puxava Alice para longe.
— Ele ficou louco, Alice. Precisamos nos proteger!
Lohan moveu seu Cajado de Fogo e conjurou uma de suas habilidades: Vinhas Selvagens.
Três videiras brotaram do chão e se agarraram aos tornozelos do homem musculoso. Seu ímpeto enlouquecido foi interrompido, mas sua fúria não foi apaziguada.
— Eu tenho o milagre Purificar, talvez ajude! — falou Alice.
O mago estava concentrado em manter o feitiço que prendia Horse, mas concordou: — Use!
A sacerdotisa elevou a Carta Cósmica da Sacerdotisa Superior e focou o olhar no monge. Uma luz brilhou nas mãos da menina.
Contudo, assim que o milagre começou a ser canalizado, o guerreiro Ragarda se soltou. Com uma destreza invejável, rapidamente alcançou Lohan. Para o monge, ele estava atacando um enorme devorador de pedras.
— Toma essa!
Lohan olhou para Minerva em busca de ajuda. Apenas para encontrá-lo parado em um canto da sala. Como se não tivesse algo a ver com tudo aquilo.
No último segundo, Lohan moveu o corpo para o lado, evitando ser completamente atingido. Contudo, a diferença entre os atributos físicos dos dois era enorme. Mesmo com um golpe de raspão em um dos braços, Lohan foi arremessado vários metros para trás.
Alice assistiu atônita a cena, virou para Minerva e gritou por ajuda. Mas o ladino apenas respondeu: — Não é problema meu.
Paulo Horse continuava enlouquecido, desferindo golpes no ar, atingindo o chão e machucando a si próprio em um surto psicótico.
— Co-como você pode tratar ele assim!? Você não são amigos?! — Alice estava quase chorando, até que uma fraca voz do outro lado da parede lhe trouxe alguma luz.
Alexsander gritava do outro lado da parede, mas sua voz era quase inaudivel devido ao barulho na sala e nos túneis. — …Se… estiver com vocês… não confiem… Não é o Minerva de verdade!
Os olhos da sacerdotisa se arregalaram e ela virou-se para Lohan. Somente agora notou o estado que o mago no corpo de menininha estava. Um braço torcido em um ângulo estranho e completamente sujo por ter sido arrastado pelo chão no impacto.
Com o rosto contorcido em dor, Lohan gritou: — Alice, se afaste dos túneis! Tem inimigos vindo.
A sacerdotisa correu em direção ao mago e usou toda a força que tinha para colocar o braço deslocado no lugar.
— AAAAH — Lohan gritava e rangia os dentes.
Com o braço numa posição mais natural, Alice conjurou o milagre de cura. Sua carta brilhou e a luz atingiu o ferimento do mago. Junto com a recuperação, a dor desapareceu.
Depois de curar o ferido, Alice falou: — O Alexsander falou que o Minerva não era real.
O mago afiou o olhar, não precisava analisar o fluxo de mana para concordar.
— Fomos atacados de surpresa, passamos por armadilhas,fomos separados, enganados por ilusões e afetados por controle mental… — A voz da elfa transparecia o nervosismo. — A masmorra é mais perigosa do que eu esperava.
— O que… — Alice engoliu em seco. — O que faremos agora?
Lohan se levantou do chão, ainda imundo, e apontou para os três túneis do outro lado da sala.
— Tem monstros vindo pelos três caminhos.
Uma criatura verde, com quatro pernas, saltou para fora de uma das passagens. Ele parecia um fusão entre um ser humano e um cacto. Com uma velocidade tão grande quanto a do próprio Paulo Horse, a criatura-planta correu com os braços abertos.
O monge, enlouquecido, foi pego desprevenido em um agarrão. Os espinhos da criatura eram grandes o suficiente para atravessar o corpo todo de alguém.
Paulo Horse, completamente fora de controle, emitiu um rugido de fúria: — Pela Restauração do Império no deserto! Pelo povo Ragarda!!
Ele se libertou do abraço mortal em um movimento expansivo. A Pele Obsidiana de Horse, o ápice da proeza marcial, não tinha um único ferimento causado pelos espinhos.
— Engula isso!
Um direto atingiu o tronco do monstro, que foi arremessado contra a parede do salão. Seu corpo emitiu um tsssss e em seguida explodiu em diversos pedaços.
— Que merda foi essa!? — Lohan estava atônito.
Alice novamente se concentrou no monge e começou a conjurar o milagre Purificar. Lohan, porém, impediu ela de continuar.
Os monstros planta não paravam de saltar dos túneis. Mesmo que o monge estivesse em uma clara desvantagem de números, mantinha a vantagem de força, eliminando os monstros, um por um.
— Talvez nós devêssemos deixar assim por enquanto…
Alice não parecia feliz com a ideia.
— Ele pode acabar passando dos limites e se machucando seriamente.
— Se esse for o caso, você usa Curar e depois Purificar.
A horda de monstros não tinha fim, e “Minerva” continuava parado no canto do salão. Nenhuma criatura parecia enxergar o ladino. Lohan assistia tudo isso com um olhar sério.
— Conserve sua mana por enquanto. Nós precisaremos dos seus milagres mais tarde…
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Benção da fofoqueira
Efeito sorteado: Sensível
Você fica bastante sensível e paranoico, desconfiando de todos ao seu redor e se preocupando com cada palavra dita por eles. Recebe +10 em Destreza apenas para combate contra aliados.
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Minha nossa, isso é completamente inútil!
— De qualquer forma… Você vai morrer aqui, como a barata que é. E eu terei o Lohan só para mim!❣
Minerva respirou profundamente e segurou com firmeza sua Adaga da Caveira.
— Não vai pensando que vou facilitar as coisas, sua maluca do caralho!
Minerva avançou em um salto, cortando com a adaga em direção a Ashley. Sua lâmina atingiu em cheio a artéria carótida e o sangue espirrou de seu pescoço. A mulher cambaleou para trás e gritou de medo.
— Co-como!? — ela falou com dificuldade.
Minerva cerrou o olhar e saltou para o lado, recebendo um corte superficial na lateral de sua coxa esquerda.
A Ashley que chorava e sangrava desapareceu como fumaça. Tudo ficou escuro e uma voz ecoou pelo túnel, sua fonte era impossível de localizar.
— Quase… — ela disse. — Parece que você é um pouco menos idiota do que antigamente.
O ladino não conseguia enxergar o próprio corpo, mas ainda sentia a dor dos ferimentos. Seus sentidos apitavam a todo instante, o perigo era imediato. Ashley poderia estar atrás dele. Acima dele. Diante dele!
Com um ataque frontal, moveu sua adaga
Ashley puxou uma bolsinha de couro de dentro das vestes e retirou dez pequenos anéis metálicos com uma gema diferente em cada.
— Eu me preparei muito tempo para isso, seu cachorro de cabelo verde.
A aristocrata equipou um anel em cada dedo, faíscas coloridas saltavam das gemas e criavam uma aura instável ao redor de suas mãos.
— Você vai sofrer. Assim como eu sofri, Minerva!
Um dos anéis, no dedo indicador, brilhou em vermelho e uma corrente de energia atingiu o corpo do ladino.
— Uaarh! — Seu corpo inteiro ardia como se estivesse pegando fogo, seus músculos enrijeceram e a fadiga aumentou imediatamente. — Que merda é essa?!!
— Apenas um presentinho que recebi do meu principal Patrocinador. Perfeito para torturar vagabundos igual você.
A dor preencheu o corpo inteiro do ladino, porém sua visão voltou ao normal. Ashley estava parada a menos de dez passos dele.
Um sorriso amarelo apareceu no semblante de Minerva.
— Parece que acabou a sua mana. Não vai mais poder conjurar suas ilusões.
A nobre sequer se deu ao trabalho de mudar a expressão em seu rosto. O homem diante dela não valia uma resposta. Ela puxou o anel com gema vermelha de seu dedo delgado e o artefato se transformou em pó.
Para tudo há uma solução, ela pensou.
Apontando o indicador da outra mão, um anel com pedra azul brilhou. Um feixe claro fluiu na direção do ladino, que rolou para fora antes de ser atingido.
Ashley, no entanto, tinha um sorriso no rosto. Ela sabia que ele faria isso. Ela queria que ele fizesse isso.
O chão ao redor do ladino congelou rapidamente, subindo até as paredes do estreito túnel em que se encontrava.
— Gelo? — Ele tentou dar um salto para frente, buscava atingir a garganta da mulher, mas logo notou que não seria possível.
Seus pés deslizaram pela superfície congelada. Sua velocidade foi severamente comprometida. Sua principal arma foi tomada dele. Suor frio escorreu pelo rosto do ladino, enquanto até mesmo se manter de pé parecia um desafio.
— É o seu fim. — Ashley estendeu outro dedo, um anel com gema dourada brilhou. — Depois que você morrer, Lohan será somente meu.
Dezenas de flechas feitas de mana flutuaram ao redor da conjuradora. Quando a mulher moveu a mão, todas voaram em direção ao ladino.
Não havia como desviar de todas elas em cima do gelo. Era o fim da linha.
Com a morte inevitável e o efeito da habilidade aumentando a instabilidade emocional, o arrependimento preencheu o coração de Minerva.
O punk fechou os olhos, esperando o ataque. Eu tentei, irmãos, irmãs… mas parece que, no final das contas, pessoas como nós nunca terão direito a nada. Dinheiro, família, sonhos, amor… nada nos pertence.
Porém, a dor não veio, e o barulho da carne sendo atingida estava diferente. Ao abrir os olhos, algo que não esperava.
As costas de Alexsander diante dele. Uma chuva de flechas de pura energia atingindo seu escudo e sendo desviadas em todas as direções.
Sem olhar para trás, o guerreiro abaixou seu escudo.
— Parece que eu cheguei na hora certa.
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