Volume Único
Capítulo 26: Antiga Inimiga
Os aventureiros subiram as escadarias, alguns com mais dificuldade que outros, em especial Barbara e Alice que constantemente pisavam nos próprios vestidos. Algumas vezes, Minerva usava essa chance para dar umas espiadas safadas, mas Lohan o puxava pela orelha antes que tivesse a chance de cometer alguma besteira.
— Olhe para frente, um monstro pode aparecer a qualquer momento! — disse, dando um tapinha na bochecha dele. — Você precisa tomar atenção, uma de suas habilidades é muito importante pro grupo!
— Tá, tá, entendi. — Ele limpou a cera do ouvido e assoprou, ficando com o rosto contorcido de indignação. — Agora que penso, como é a primeira vez que essa masmorra é vista, quer dizer que ninguém já chegou aqui?
— Teoricamente, sim. — A elfinha encarou os pilares caídos ao longo da escadaria suspensa no ar. — Houve um herói muito tempo atrás que foi o primeiro a tomar um desejo, mas nessa época não eram as masmorras que ofereciam essa oportunidade. Dizem que os deuses deram ao herói a missão de matar os maiores monstros que assolavam os mortais, quando ele terminou o pedido teve seu desejo realizado e as masmorras apareceram.
— Que filho da puta de sorte… Mas aí, qual foi o desejo dele?
— Ninguém sabe. Talvez tenha desejado o aparecimento das masmorras para que outros recebessem mais desejos, só que não faz sentido, porque só nós alcançamos a última em milhares de anos. Eu não acredito na conversa de deuses, então sinto que é somente um conto de fadas para crianças…sem ofensa, Alice.
— O se-senhor Lohan é um ho-homem da ciência, a maioria deles não gos-gosta da religião da deusa e do-do panteão mesmo. — Ela abaixou o rosto, sem saber como continuar a conversa, mas respeitando o ponto do mago; deuses eram realmente muito misteriosos.
Barbara soltou um suspiro alto o bastante para atrair a atenção dos demais. Sua expressão desconcertada e o jeito como puxava o vestido para cima refletia uma clara irritação com aquele caminho sem fim. Talvez invocar esqueletos e pedir para que eles a carregassem seria mais fácil do que subir por conta própria.
— Deuses são bem mentirosos mesmo — comentou por cima, não se dando ao luxo de olhar para os demais. — Assim como os demônios e outros seres do além, os contratos deles são traiçoeiros e é muito fácil uma pessoa se prender nas amarras daqueles malditos. Depois de encontrar o grimório, descobri isso numa questão de instantes.
— Obviamente porque você caiu na tentação que acredita nisso — retrucou a sacerdotisa, em um tom raivoso por tamanha ofensa. — Se não tivesse fugido do templo e buscado esse poder obscuro, teria sido uma ótima sacerdotisa, os bispos da catedral estariam orgulhosos.
— Sua ingenuidade às vezes me faz pensar que manipularam seu cérebro para acreditar nisso como um cordeirinho iludido, Alice. — Ela largou um sorrisinho, aumentando a tensão entre as duas. — Eles fizeram mesmo um bom trabalho…
Minerva ficava entristecido por isso, não porque as duas tinham ódio uma pela outra, mas pelo mero fato que jamais viria as duas brigando casualmente porque com certeza Alexsander ou Lohan separariam antes das coisas ficarem feias. Ele suspirou, enfim reparando que chegaram ao topo.
A escadaria terminava na entrada de um hall de teto alto, com um único longo corredor em linha reta moldado por quartzo. Aros redondos davam uma forma semicircular ao caminho, enquanto os ornamentos dourados e jóias preciosas por toda parte. Os olhos do ladino brilharam igual diamantes, sua vontade de roubar tudo e largar dentro da bolsa dimensional era gigante.
Lohan sabia o que ele pretendia fazer, no entanto não fez nada, e quando seu amigo tocou uma das jóias na parede, foi eletrocutado e seu cabelo se estufou numa bola de pelos. Uma risada infantil ecoou pelo corredor, aquela elfinha adivinhou que exatamente isso aconteceria.
— Ai, ai, Minerva, você realmente é sem salvação! — Com as mãos apoiadas no abdômen, a elfinha caiu no chão e bateu o punho várias vezes. — Huahuahahahaha! Eu sabia que isso ia acontecer! Você é tão previsível!
— Seu maldito! Por que não me avisou que isso era encantado com um feitiço desses?!
— Ora, porque eu queria ver você tomando um choque depois de fazer idiotice! Tava merecendo!
Os dois iniciaram uma discussão acalorada, mas que não levou a lugar nenhum porque Lohan só estava tirando onda com o ladino. Eles passaram o caminho do corredor inteiro falando em voz alta, nenhum inimigo apareceu até então.
O espaço era muito aberto, a serenidade voava pelo vento acima das nuvens, além de que a vista pelas janelas do corredor parecia sobrenatural. No horizonte havia uma linha escura que entregava a curvatura do mundo, seguido por um mar de bolinhas de algodão que davam a impressão de ser possível pular nelas.
Todos permaneceram tranquilos, aparentemente a masmorra seria direto ao ponto e diferente de todas as outras, no entanto Alexsander desacreditava disso. Isso só é a calmaria antes da tempestade.Tem algo de errado nesse lugar, dá uma impressão diferente das outras masmorras e eu tenho um mal pressentimento.
O motivo de seu silêncio até então era o tal pressentimento. Algo naquelas paredes e corredores quietos trazia uma impressão estranha, num campo de batalha você não esperaria que houvesse tanta calmaria. Era como se eles estivessem na direção de uma armadilha plantada nos fundos da fortaleza.
O grupo repentinamente parou. Ao final do corredor, havia uma sala destacada pela cor dourada e branca, contrastando com o restante do caminho que passaram até então, no entanto, o que fez eles pararem era uma figura parada na frente de uma ponte que dava em direção aos portões da fortaleza.
— E-eu não acredito nisso… — disse Lohan, apertando a espada com mais força e escondendo a boca com a mão. — Ela… a Ashley… não tinha morrido…?
A figura era uma mulher jovem de longo cabelo escuro, vestida com roupas aristocráticas de infinita qualidade e com uma rapieira embainhada na cintura. No entanto, isto era somente metade de seu corpo, a outra parte se definia com uma face cadavérica e vestes definhadas, os dedos magricelas ao ponto de quase demonstrarem os ossos por baixo da pele fina.
Ela se ergueu, o corpo se mexeu de maneira não-natural, como se não houvesse vitalidade em seus movimentos. O olho direito estava esbranquiçado e sem reflexo, sinal da falta de vida, enquanto o outro crepitava com uma chama arroxeada no centro.
— Interessante, ela de alguma forma se fundiu a um morto-vivo… — disse Barbara, analisando enquanto folheava o grimório. — Em circunstâncias normais, isso não seria possível. Seu corpo é como o de uma quimera agora.
— Uma quimera?!? — gritou o mago, com uma expressão cheia de repúdio. — Impossível, é um tabu do qual não é possível superar. Magia não deveria ser capaz de criar uma quimera!
— O mesmo não pode ser dito da magia negra, demoníaca e profana. Não duvidaria que ela mesma fez isso quando estava nos últimos momentos de sua vida… mas, para aparecer aqui, deve haver algo de errado.
O tom de Barbara continuava sem emoção, enquanto Lohan se incendiava em sentimentos conflitantes que cruzavam seu peito e cabeça. Não tinha como buscar lógica naquele momento, era uma tarefa grande demais para um antigo mago no corpo de uma criança poder superar.
O corpo de Ashley convulsionou, um de seus braços tirou lentamente a rapieira da bainha e a balançou contra o ar. Numa súbita explosão, ela reapareceu na frente de Lohan, com a espada esticada para frente na tentativa de estocar, o que provocou uma reação imediata por parte de Alexsander, que teve tempo de intervir com seu escudo.
O toque entre a ponta da arma e o metal dourado causou um forte impacto que ressoou na sala, o líder não se moveu nem um centímetro, mas os demais se afastaram na mesma hora. Minerva aproveitou a distância e utilizou análise, no entanto, ambos os seus olhos começaram a arder profundamente.
— Merda! — Ele desligou a habilidade, não querendo ficar cego no processo. — Eu não consigo ler os atributos dela!
— Mantenham distância, ela ainda pode ter os poderes de controle mental! — gritou o guerreiro, bloqueando um segundo ataque que soltou um grande chiado. Eu não posso deixá-los enfrentar esse monstro diretamente, do contrário, eles podem acabar morrendo!
Sua cabeça teve um rápido processamento, seu sabre continuava embainhado e a pessoa mais próxima era Lohan. Ele adivinhou que seu companheiro não lutaria contra o cadáver de uma amiga querida, na verdade, seria assombroso para ele meramente tentar fazer alguma coisa.
Tendo algum tempo para respirar, Alexsander pegou Lohan pelo braço e o jogou com toda sua força para o outro lado da sala. Ashley assim que viu o movimento por cima tentou alcançá-lo no meio do ar, apenas para um chute do guerreiro frustrar sua tentativa e retornar a atenção para o verdadeiro problema do combate.
— Sua luta é comigo… não esqueça disso. — Ele respirou fundo, agora com o sabre na outra mão. — Alice, Minerva, Barbara, impeçam Lohan de ficar perto, se possível atravessem a ponte e cheguem ao outro lado! Eu segurarei ela enquanto posso, só não o deixem vir!
Minerva sabia bem que não conseguiria segurar aquela elfinha revoltada, que agora chorava enquanto via as costas largas de Alexsander ocuparem sua visão. O motivo disso era óbvio, e não hesitou quando viu a chance de levá-lo para longe. Mesmo não tendo força, Alice ofereceu um aumento em seus atributos, facilitando o trabalho de tirá-lo de perto da luta.
— Não, não! Me solta, me larga! Eu… eu preciso ajudar ela, tirar ela desse transe! — gritou o mago, mas sem receber resposta alguma de seu amigo.
Alice saiu em seguida, confiando cegamente em seu líder, mas com um receio claro na sua expressão. Agora sem os outros, o cérebro de Alexsander acelerou suas engrenagens para descobrir como lidar com esse monstro.
Ela estava mais rápida e muito mais forte do que a última vez, e ainda apresentava um corpo semi-imortal de um morto-vivo. Não sentiria dor, muito menos recuaria com um golpe fatal a um ser humano. Engolindo seco, Alexsander cobriu a guarda com o escudo, e Ashley ameaçou avançar mais uma vez, até uma onda de energia negativa retardar parcialmente seu movimento.
O guerreiro olhou brevemente para trás, sentindo de onde vinha a onda de poder. Era Barbara, com seu grimório aberto e recitando diversos cantos escritos nas páginas.
— Por que você ainda está aqui?
— Porque eu acho absurdo demais o líder deste grupo recusar a ajuda da única especialista de mortos-vivos que conhece — ela comentou, com um pequeno sarcasmo e um sorriso. — Além de que, eu também estou interessada nessa quimera morta-viva… ou melhor, nessa meia-banshee.
Alexsander largou um suspiro, com um grandíssimo receio dos objetivos de sua colega. Bom, já não era mais hora para isso. Um novo impacto atingiu seu escudo, agora sua atenção se redobrava ao combate mortal diante dos seus olhos.
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— Nó-nós precisamos voltar! — vociferou a elfinha, tentando empurrar Minerva para fora do caminho. — A Ashley… a Ashley está viva! Eu…!
— Aff, te manca, Lohan! — O ladino puxou ele pelo colarinho e o levantou. — Você não caiu na real ainda? Aquela maluca tentou matar a gente e ainda por cima voltou dos mortos pra tentar de novo! Acha que tem alguma redenção pra ela?! Mesmo que você tentasse defendê-la, duvido que o Alexsander, que quase morreu lutando contra ela, tivesse a mesma vontade!
Isso emudeceu o pobre mago, que cerrou seus punhos em frustração enquanto o homem de moicano verde o colocou de volta no chão. O rosto dos dois estavam péssimos, não havia uma boa saída dessa situação, até que Alice timidamente se aproximou com o rosto abaixado.
— Hum… eu-eu sei que é meio difícil para vocês ter-ter que enfrentar essa situação, mas acho que pos-posso ajudar no problema.
— Você está falando sério? — O mago pegou no braço da clériga, seus olhos brilhando em esperança.
— Be-bem, se o caso da senhorita Ashley for somente de possessão, é possível…
— Do que precisamos, Alice?
— Uma arma de pra-prata, água benta e um círculo anti pos-possessivo. Já temos dois dos ingredientes, só falta a arma.
Lohan puxou os dois contra a vontade para dentro dos muros da fortaleza. Ele precisava a todo custo encontrar tal artefato, mesmo que tivesse que explorar toda a região, no entanto, havia pressa. Se não encontrasse o item, não haveria outra escolha além de cometer justamente o ato desprezível que passava pela sua cabeça.
A fortaleza estava completamente vazia, nenhuma criatura sequer apareceu como empecilho aos aventureiros, facilitando o trabalho de revistar cada lugar em busca da tal arma de prata.
Alice, Lohan e Minerva entraram numa sala isolada do castelo. Aquele local era um arsenal de armas, tinha desde simples lanças e sofisticadas espadas e alabardas, mas nenhuma poderia substituir o conjunto de armas atuais. Dentre elas, o ladino avistou uma adaga deitada sob uma estante, com o símbolo de um trevo de quarto-folhas. Curioso, ele pegou aquela arma.
— Acharam alguma coisa? — perguntou Lohan, no outro lado remexendo os barris vazios.
— Eu só encontrei uma adaga estranha… Pera, ela não quer sair… — Minerva tentou puxar o cabo, mas a lâmina continuou estática ali dentro. — Que merda, o negócio tá emperrado.
— Pare de mexer em coisas desnecessárias e foque em achar o ingrediente faltando, idiota!
Minerva revirou os olhos, pensando até em desistir daquela adaga, até lembrar do seu trevo guardado dentro do bolso. A forma dos dois eram bem semelhantes, e quando tirou a plantinha, o símbolo ganhou um grande brilho que inundou a sala. O trevo sumiu das mãos dele, mas a adaga deslizou suavemente para fora do cabo, revelando sua ponta afiada.
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Sétima Ferroada
Atributos: +12 destreza, +3 força.
Descrição: Uma adaga construída por um artesão chamado Midas em seus anos dourados. É dito que ela possui uma sorte sobrenatural, entregando ao portador um toque de ouro. O sétimo ataque sempre causa dano crítico
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— Que foda! — Minerva a pegou e girou entre as mãos, sentindo uma leveza incomparável com outras adagas. — Olha o que eu acabei de conseguir!
— Isso é… impressionante? — Lohan inclinou a cabeça para o lado, sem entender se isso seria útil ou não naquele momento. — Ah, encontrei algo que acho ser de prata!
Ele pegou um tipo de machado escondido apoiado numa estante e levantou para o alto. A cor diferente no fio e na estrutura simbolizou algo diferente naquele material, seus olhos caíram para Alice, que acenou em resposta. Obtido o item, eles correram a todo vapor de volta a ponte rumo ao espaço em que encontraram Ashley.
Assim que chegaram, a rapieira da meia-banshee atravessou o ombro de Alexsander, expondo sua pele e revelando um terrível ferimento. Veias azuladas pulsavam sobre a pele, o corte intensificou ainda mais a pulsação e a fez se alastrar ao longo de sua mão inteira. Ele prontamente bateu seu escudo contra o rosto da garota e a empurrou, mas agora o sangramento caia aos montes do braço.
Alice conjurou uma cura sobre seu líder, o que o fez reparar que ambos haviam retornado. Ele tentou gritar para se afastarem, mas outra investida o silenciou, obrigando-o a retornar sua atenção a Ashley.
— Minerva, por favor, faça um círculo com uma cruz depressa! — pediu a sacerdotisa, erguendo uma das mãos na direção do guerreiro para também aumentar seus atributos.
O ladino tirou um giz do bolso, com um rápido movimento de mão o desenho apareceu, seguido por outra parte do plano que Alice havia avisado com antecedência, lançar a agua benta no centro do círculo.
Uma mão esquelética puxou o líder para evitar um golpe na cabeça, Barbara suava frio conforme a luta continuava. Pelo visto não ia adquirir aquela banshee para si, já que um certo alguém estava criando um círculo para se livrar da possessão. Se não é possível contê-la e tirar a força, será a única forma colaborar com ela para saírmos vivos.
— O que está fazendo, Barbara? — Alexsander recobrou o equilíbrio assim que caiu no chão, sua mão estava afrouxando o aperto da espada.
— Alice sabe de uma forma de derrotá-la, precisa apenas atraí-la para aquele círculo!
O líder respirou fundo, querendo evitar que seus pulmões explodissem. Assim que seus olhos encararam o símbolo, ele decidiu confiar cegamente nos seus amigos. Ignorando todos os seus pontos de inteligência, ele saiu em disparada para lá, perseguido por uma mulher louca que brandia sua rapieira com precisão e selvageria combinadas.
No entanto, a sorte sorriu. Tiveram tempo o bastante, assim que Alexsander saltou por cima do círculo, Ashley acabou sendo barrada por uma parede invisível e barrada dentro do círculo, agora precisavam somente do golpe final.
Lohan relutantemente ergueu o machado para o alto, seu corpo querendo recusar fazer isso. No entanto, ele não precisou, Minerva fez isso em seu lugar. Não tinha conseguido se livrar da maldita antes e agora era sua responsabilidade de resolver esse assunto de uma vez por todas.
Ergueu o machado para o alto, que desceu como uma guilhotina na parte pútrida do corpo de Ashley, o efeito da magia causou um poderoso brilho que iluminou aquela sala, seguido por uma forte onda de vento que derrubou os aventureiros no chão. No final, apenas havia o corpo da mulher deitado no chão, de rosto pálido e sem expressão.
— Que interessante, aventureiros — uma poderosa voz falou, vinda de trás de todos.
Eles se viraram abruptamente, uma silhueta humanóide feita de luz deu um passo em frente. Tal ser era maior que Alexsander em altura, mas esguio e representado por uma estranha aura divina, da qual até assustou Alice.
Tendo acabado de derrotarem um monstro fortíssimo, agora seriam colocados contra outro ainda pior? A tensão no ar aumentou, o líder levantou fracamente sua espada, seu braço não tinha muita força para se mexer e a cicatriz azulada pulsante ficou ainda mais destacada no seu ombro rasgado.
— Eu a coloquei no caminho porque pensei que seria um desafio difícil, mas me impressionaram. — Um sorriso apareceu no rosto da silhueta, enquanto ele batia palmas. — Certo, por que não terminamos logo nossos jogos? Eu esperarei por vocês na sala do trono… venham a mim quando se sentirem prontos, este será seu último desafio.
O ser se desintegrou antes que pudessem fazer qualquer coisa. Alice caiu de joelhos no chão, tremendo enquanto segurava a cabeça de dor. Não era possível uma existência de tal nível existir, e se existia, então que sua deusa a protegesse para o que viesse a seguir.
De um a um, os aventureiros desabaram no chão, respirando profundamente e sentindo um peso imensurável nos ombros. Lohan estava com os olhos arregalados, a quantia de energia mágica na mera manifestação daquela figura era algo que nem arquimagos seriam capazes de lidar, enquanto para Minerva e Alexsander, a sede de sangue e pressão exalada era grande o bastante para deixar um veterano tremendo.
Esse era o último desafio, aquilo que os esperava após a ponte, na sala do trono daquele castelo.
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