Masmorra do Desejo Brasileira

Autor(a): Alonso Allen & Zunnichi


Volume Único

Capítulo 21: Oásis no Deserto

Os aventureiros olharam pela janela o cenário nevado do continente de Frostborn desaparecendo conforme a locomotiva avançava. As florestas geladas foram sumindo, dando lugar, ao fim da viagem, por dunas de areia do tamanho de montanhas. O calor infernal fez “o último pingo no i” ser colocado: estavam agora no continente de Marspersa.

A viagem durou três dias e duas noites. Contudo, não foi somente a paisagem que mudou ao longo desse tempo. Na primeira noite, de um instante para o outro, Arthur Guerra desapareceu de seu assento. Nenhum vestígio foi deixado para trás.

O grupo ficou incomodado com isso, pensando que Barbara poderia ter feito algo com ele, mas descartaram essa possibilidade após discutirem muito. A resposta partiu de Lohan.

— O mesmo poder que trouxe ele para nosso mundo deve ter devolvido-o para seu mundo de origem… É a única explicação que tenho — falou na ocasião.

Sem o jovem de outro mundo, o grupo continuou sua viagem até chegar no grande deserto.

Eles desceram na estação principal de Ravenna, um grande hall que levava diretamente para o centro por meio de um túnel subterrâneo. Eles subiram as escadarias e se depararam com a vastidão do lugar, seja na forma de cultura com as roupas esbeltas das pessoas e suas habilidades artesanais ou com a riqueza em forma de pedras preciosas e ouro sendo usados como artigos comuns entre todos.

Os cidadãos vestiam roupas claras e com várias camadas, se cobrindo da cabeça aos pés em tecido. As ruas eram largas, mas ainda sim a multidão preenchia cada canto.

— Que calor… Me lembra aquele dia que quase fomos assados pelos minotauros, Lohan.

— Sim, está bem quente… mas a oeste é ainda mais quente devido aos vulcões ativos e as correntes de ar. — Lohan coçou a barba que não tinha mais. — E quem nos colocou naquela situação foi você, Minerva!

Alice olhou para a dupla dinâmica brigando e perguntou: — Correntes de ar? 

Feliz como sempre fica ao mostrar que sabe mais que os outros, Lohan começou a contar sobre o ambiente. Ele explicou que a altitude do continente de Frostborn contribui para que tudo fique frio. O continente ao lado, pelo contrário, é um deserto bem mais quente devido a corrente de ar que traz o calor da região vulcânica de Avernos. 

Quando a direção dos ventos muda, e o ar frio vindo de Frostborn se encontra com o ar quente vindo de Avernos, gigantescas tempestades ocorrem. Gigantescas tempestades de areia são as consequências de uma mera mudança na direção dos ventos, tornando o que constantemente expelem lava e outros dejetos vulcânicos.

Terminada a explicação didática do professor Lohan, o grupo pensou em fazer o mesmo de sempre: buscar um lugar onde se hospedariam temporariamente. Dessa vez, no entanto, o grupo foi arrastado por Minerva para a taverna, pois ele convenceu-os que um pouco de diversão não faria mal depois de estarem nessa aventura interminável dias a fio sem descanso. 

Era hora de parar um pouco e encher a cara, aproveitando que dificilmente teriam que lidar com o grupo de Flávio Kurtus outra vez.

O ladino juntou seus colegas numa mesa redonda e todos começaram a relaxar, aproveitando o raro período de calmaria entre as lutas e investigações.

Nada demais estava acontecendo, até que o artefato no pulso do aventureiro brilhou e janelas apareceram diante dele.

 

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Luiz Gê lhe enviou uma mensagem

Nada tema, Minerva. Eu estou aqui por ti. 

Ass: Luiz Gê

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Em seguida, um baú caiu, derrubando tudo que estava ali, na mesa diante do grupo.

 

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Luiz Gê lhe enviou uma cesta básica de aventureiro

1x Anel de atributo, +1 força;

1× Colar da Vitalidade;

1x Luvas de Couro;

1x Casaco;

1x Lente Mágica – Amuleto;

1x Porção de Comida (×2);

1x Tocha (x5);

1x Hidromel;

1x Cantil de Metal;

1x Giz (x10);

1x Trevo de Quatro Folhas; e

1x Baralho

1x Frasco de água

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A alegria de Minerva não poderia ser maior. Finalmente a sorte sorriu para ele e uma bendita divindade, Luiz Gê, o melhor de todos, ofereceu ao mundo a sua alma. Se pudesse, daria um beijo na boca da entidade e faria qualquer coisa para recompensá-lo.

O tempo ficou repentinamente abafado. Lohan estranhou, a sequidão era comum em Marspersa, nem mesmo o inverno ou fortes alterações climáticas tiravam esse mérito. Ele olhou para a janela, céu fechado, nuvens cinzas e… chuva.

A garotinha pulou de sua cadeira de criança e largou o suco para trás, tudo para ficar na ponta do pé e abrir a janela para fora. O queixo caído diante de uma mudança tão repentina era mais que palpável se levasse em conta os anos de estudo e aprendizado de Lohan, pois era sua primeira vez em séculos vendo chuva naquele deserto.

As pessoas correram para fora de suas casas no mesmo instante, com jarros no topo das cabeças, alguns empurrando uns aos outros para coletar a milagrosa água. O restante do grupo não deu atenção ao fato, afinal ver chuva era uma coisa normal para eles, mas mudaram de percepção quando viram a maguinha indo para fora investigar o acontecido.

— In… incrível… — disse, com a mão no queixo, tocando sua barba inexistente. — Algo… não, alguém fez isso! Nunca em séculos haveria chuva nesta época do ano, e mais, nesse clima seco e assim no mais absoluto nada!

As poças d’água formando nas dobras da areia, era uma quantia de água tão grande que nem a densa areia absorvia a torrente despencando do céu. A elfinha largou um sorriso, analisando o evento e tomando suas notas como apreciadora ávida de eventos climáticos repentinos. 

Por outro lado, a má sorte parecia ainda perseguir Lohan, pois um novo problema surgiu para estragar sua felicidade e surpresa pelo acontecimento. Um tremor passou pela areia da cidade, e numa distante duna emergiu um inseto gigante. A crosta dura e negra se destacou na fina névoa que se formou no ambiente, algo nunca presenciado por ninguém do deserto.

— Ora… agora?! — gritou Lohan, mais raivoso que nunca por terem cortado seu barato. — Vamos nos livrar dessa coisa, eu preciso de concentração para estudar!

Era algo irônico de se falar levando em conta o tamanho do inseto e os tentáculos sugestivos no corpo dele se remexendo. Talvez a luta contra o wyvern fez a cabeça de Lohan bater forte demais e por isso ele estava esquisito.

De qualquer forma, o grupo foi ao embate do inseto, que pretendia atacar diretamente a cidade por se irritar com a chuva, aparentemente. 

Antes de atacarem o monstro de fato, olharam ao redor. Nem sinal de guardas da cidade, um exército ou qualquer coisa semelhante.

Normalmente Lohan ficaria explicando a política, base da economia e cultura do local no primeiro dia; contudo desta vez não seria possível perder tempo com curiosidades.

— Essa coisa é bem estranha… que tipo de bicho é esse? — perguntou Alexsander.

— É um Besouro-de-Areia — respondeu a elfinha. — Eles costumam cavar buracos e ficarem parados no fundo para pegarem suas presas. Deve bem ter saído por causa da chuva, que afetou os sentidos dele!

A criatura de certa forma lembrava um besouro. Tinha uma carapaça amarelada, como se estivesse revestida de arenito, um par de longos ferrões escuros e tentáculos, muitos tentáculos. Lohan disse que eles serviam para pegar a presa e não soltar, pois costumavam comer somente outras criaturas grandes. 

Minerva encarou a criatura e usou sua habilidade de análise, conferindo os status do monstro. — Os status dessa coisa são… 5 de destreza, 20 de resistência, 1 de inteligência, 1 de sabedoria e 39 de força.

— Só 5 de destreza e 20 de resistência? — Lohan deu um grande sorriso e sacou sua recém-herdada espada golfinho da bainha. — Eu consigo matar isso com um único golpe! 

— Se-senhor Lohan, acho que deveria tomar cuidado… É um monstro bem grande, po-pode ser pe-perigoso.

— Relaxe, Alice. Eu já matei muitos monstros com minha magia, isso deve ser fácil.

— Ma-mas, senhor Lohan…!

— Deixe-o, Alice — falou Alexsander, pondo seu braço no caminho para que ela não passasse. — Ele diz que quer fazer isso, então não vejo problema. Lohan, vamos observar e só vamos interferir se as coisas ficarem sérias, tudo bem?

A elfinha acenou com a cabeça e seguiu em frente com um andar ousado, quase gritando para o besouro “ei, eu estou aqui, seu nojento!”. Querendo ou não, chamou atenção do inseto gigante, que logo soltou um som incômodo do fundo de sua garganta.

Os tentáculos voaram na direção de Lohan, porém ele desviou com facilidade. O monstro ia tratar a elfinha como algo pequenininho, e mesmo que ela fosse, ainda não era possível pegá-la. Era como uma mosca enfrentando um humano, uma coisinha pequena e irritante que não saia de perto. 

Saltou por cima de uma saraivada de tentáculos que vieram em sua direção, respirando fundo para acumular mana na espada-golfinho e aproveitando os frutos do treino com Alexsander para usar sua energia extra de forma útil.

A lâmina se incendiou, o golfinho desenhado ganhou um par de sobrancelhas grossas e furiosas. O fio da espada rasgou um dos membros do inseto, esguichando sangue verde com um gosto horroroso de chorume. 

Lohan revirou os olhos pelo cheiro horrível também, mas ainda se manteve atento aos movimentos do monstro, aparando e cortando qualquer coisa que viesse no caminho, em pouco tempo transformando o chão num oásis de piche nojento.

Alexsander e os demais observaram o desenrolar da luta, o líder em especial com certa apreensão aparente no rosto. Mesmo que Lohan estivesse se saindo bem, a tática usada pelo besouro-de-areia era bastante eficaz, tanto que era aplicada em cenários reais de batalha — no caso, manter a distância enquanto causava danos.

O elfo mago-guerreiro com certeza não percebeu tal estratégia, levando em conta que ainda lutava da mesma forma por minutos a fio, ele teria sua energia lentamente drenada enquanto o inseto se mantinha sem grandes danos. Era como enfrentar usar uma espada extremamente longa para derrotar alguém com um pedaço de ferro curto; obviamente o primeiro ia vencer causando danos contínuos e mantendo sua distância na medida correta.

Se aquilo continuasse por mais um tempo, a derrota de Lohan seria inevitável. Com um suspiro, deu um passo em frente, tirando sua espada da bainha e logo segurando uma investida de um tentáculo com seu escudo. Suas pernas se arrastaram pela areia para conter o impacto, para logo em seguida retalhar-lo no meio com o corte da espada.

— A-Alexsander?! — gritou Lohan, vendo-o se intrometer na briga. — Para! Eu quero derrotar ele sozinho!

— Não seja idiota, você vai cair antes mesmo de saber o que te atingiu lutando dessa forma. Dá pra ver que está se cansando, não demorará para um dos membros do monstro te atingir e arrancar sua cabeça fora.

Dito isso, de um em um o restante do grupo se uniu. Minerva com sua adaga especial e agilidade absurda, pulou em cima dos micro-braços do inseto e correu por cima deles, picotando cada pedaço no caminho.

Alice, voando o mais alto que podia para evitar ser pega no fogo-cruzado, invocava diversos poderes divinos para fornecer um aumento de atributos em todos do grupo, exceto Barbara. Ela, em contrapartida, levantou um exército de esqueletos do chão, o que era muito mais fácil por estarem no meio do deserto ao invés de uma fortaleza de ferro.

Os mortos-vivos, mesmo que em parte destroçados pelos impactos dos membros do inseto, se levantaram de novo e de novo em números cada vez maiores, e para variar ainda havia outros monstros ancestrais de tempos que aquele deserto era um cenário completamente diferente. Uma delas, em especial, era um gigantesco monstro de dentes afiados e com um comprido rabo, sua altura quase batia na do inseto, e um embate lendário de monstros colossais deu início.

De certa forma, Barbara foi responsável por maior parte do dano, mas Lohan e Alexsander tomavam a frente contra o monstro, passando por uma barreira de tentáculos para matá-lo. A elfinha estava suando perto do calor da espada, seus olhos se fixaram na luta de titãs acima de sua cabeça e uma ideia apareceu em sua cabeça.

— Alexsander, me joga!

— O que? Que ideia louca você tem agora?

— Só me joga para cima quando eu dizer já, confia em mim!

Apoiado nos ombros do guerreiro, o mago continuou a observar atentamente aquela luta, até que houve o momento perfeito, o dinossauro cravou seus dentes na carapaça do besouro e o prendeu no lugar. Lohan deu o sinal e foi jogado para cima, sua espada brilhou de um laranja claro para azul-claro, a mana foi disparada de um canto a outro da lâmina.

O azul se esticou como um farol de fogo. A elfinha largou seu sorriso icônico e despencou a espada em vertical para baixo, partindo o besouro-de-areia em dois pedaços e criando uma fissura no céu com o calor estrondoso da espada. Parte da areia se transformou da areia, enquanto o corpo do monstro começou a pegar fogo no meio do deserto.

Lohan foi logo pego por uma Alice voadora, deixado no chão em segurança, além dos esqueletos voltarem para baixo da terra com as magias de Barbara.

Depois do combate inusitado, nojento, asqueroso, repulsivo e desagradável, o quinteto estava exausto e em silêncio. Pegajosos e úmidos devido ao inseto-polvo e a chuva, ninguém parecia ter vontade de fazer nada.

Os comerciantes da rua e outros transeuntes, que assistiram ao combate, agradeceram os aventureiros pela ajuda. Não só com palavras, mas também com algumas bugigangas, jóias e moedas de ouro. No geral, saíram no lucro. Sem ferimentos sérios e com mais grana no bolso.

O Sol ainda nem tinha chegado ao pico, o dia ainda seria longo, mas ninguém tinha vontade de arredar o pé de onde estava.

— Eu gostaria de um banho agora — comentou Alice. — Preciso limpar essa gosma das minhas roupas também…

Alexsander concordou com a cabeça e se levantou. — Precisamos encontrar uma hospedagem com serviço de lavanderia então. Melhor começar a procurar logo. 

— Eu tenho uma ideia melhor! 

Todos se voltaram para a pessoa que disse isso: Bárbara. 

— Não sei se quero ouvir alguma sugestão da maluca do grupo — provocou Minerva.

A necromante tomou algumas moedas da mão de Alice e caminhou até um dos comerciantes. Na volta, entregou um conjunto de vestimentas novas para cada um. 

— Minhas roupas são boas o suficiente, só preciso limpá-las — protestou Alice.

Quando em Lanowar, aja como os Elfos — citou um antigo provérbio, querendo dizer para agir como os habitantes dos lugares que visitar. — Agora cala a boquinha e me segue, fofa.

A sacerdotisa ficou vermelha de raiva, mas respirou fundo e se acalmou. A contragosto, seguiram ela. Se afastando da cidade, em direção às dunas de areia.

— Tá querendo nos matar e enterrar nossos corpos no deserto? — brincou Minerva. — Gosto da ousadia, mas faltou planejamento, nota dois. 

— Você já vai entender, punk tapado. 

— Sua… — Antes de devolver a farpa, chegaram no topo de uma das colinas de areia. A visão lá de cima deixou claro o que tinha acontecido com o ambiente.

Aquele local era um vão entre o pico de algumas dunas bem próximas. E agora, depois da forte chuva que atingiu o local, uma piscina natural havia se formado.

— Um oásis instantâneo! — clamou Lohan.

— Ninguém da cidade notou ainda, então ele é todo nosso. 

A necromante deixou suas vestimentas recém-compradas em um canto e começou a desamarrar as roupas escuras que vestia. Quando Bárbara estava prestes a tirar sua blusa, Alice protestou:

— Vo-você não tem vergonha na cara?! 

— Grande coisa, Alice. Até parece que você nunca tomou banho com alguém no templo.

Vencida, a clériga ficou em silêncio enquanto a necromante continuava a se despir. Olhou para seus companheiros e observou suas reações, Lohan não parecia se importar menos, os elfos não ligavam para isso afinal; Alexsander estava olhando em outra direção; já Minerva parecia estar gostando, um legítimo sem-vergonha.

Agora vestindo somente suas roupas de baixo, que também eram pretas, a gótica deu um salto na água translúcida. Um sorriso raro estampado no rosto. 

Vendo isso, Minerva rapidamente tirou suas roupas e pulou também. — Aaaah, a temperatura tá ótima! 

Em seguida, Lohan os acompanhou. O ladino ficou implicando com seu companheiro élfico, jogando água nele, enquanto a necromante flutuava pacificamente na água calma do oásis.

Alexsander analisou os arredores tempo, conferindo se algum inimigo poderia aparecer, mas rapidamente descartou a ideia. 

— Acho que não tem porque não… 

O guerreiro tirou suas pesadas roupas, que estavam repletas dos fluídos do inseto, e se jogou no oásis, respingando água para todas as direções. Mergulhou completamente, fazendo questão de limpar seu cabelo, e depois se encostou em um canto.

Os olhos fechados, a respiração tranquila. O guerreiro estava finalmente relaxado.

Diferente dele, por outro lado, estava a sacerdotisa. Seus olhos fixos nos músculos do líder, notou também as diversas cicatrizes e pensou em como esse homem deve ter sofrido ao longo dos anos. 

Era um misto de preocupação e admiração. Algo que ela não estava acostumada, seu coração palpitava ao olhar para ele.

Tirando a religiosa loira de sua distração, o ladino chamou: — Vem logo, Alice. Só falta você!

— Eu não… eu estou bem assim.

Depois de muita insistência do ladino, porém, aceitou entrar. Removeu sua Armadura de Adriele, exibindo outro dos equipamentos que havia ganho: a Calcinha de Ursinho da Sacerdotisa Superior.

Sem pensar duas vezes, Bárbara provocou: — Uma estampa de crianças combina bem com você, Alice!

— Eu nem reparei… — comentou Minerva. — Os atributos dela são mais atrativos que qualquer estampa, até eu usaria. Você vestiu aquela armadura por tanto tempo que eu esqueci que você tinha esse corpitcho, Alicezinha.

A sacerdotisa ficou vermelha de vergonha, e Lohan brigou com seu amigo sem-vergonha. Alexsander parecia não ligar por fora, mas concordava com o ladino. Alice era muito bonita, e seu corpo acompanhava a beleza do rosto.

O quinteto continuou falando besteira e se divertindo no oásis no meio daquele deserto. Ninguém cuidou do tempo passando, nem percebeu o arco-íris que terminava bem acima deles. O tesouro deste talvez fosse outra coisa ao invés de dinheiro.

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