Volume Único
Capítulo 17: Coração Partido
O fedor de urina enchia os becos de Dromris e a escuridão rastejava por ali mesmo debaixo de um céu estrelado bonito. Sombras se esgueiravam entre as janelas fechadas e esquinas, concentrando-se num único ponto, uma porta metálica entreaberta e separada na parte mais profunda das vielas.
Lá dentro era apenas um depósito velho, cheio de caixas de madeira que subiam ao teto e pequenos sacos de tecido grosso completamente secos, porém, para quem olhasse com atenção, seria possível ver uma pequena luz abaixo de uma das caixas.
Era lá que ocorria folia, bebedeira e muito barraco. Era o covil de mercenários, ladrões, contrabandista e muitas outras pessoas, assim como a porta de entrada para o mercado negro e a maior rede de informações que pudesse existir. Era também onde Minerva estava tarde da noite.
Ele chegou sem muitos dos seus equipamentos, só uma adaga escondida dentro da bota era o bastante. O motivo? Ladrões conheciam ladrões, o menor vacilo e todos os seus itens mais preciosos iam embora. Era senso comum nunca levar seus pertences valiosos, por mais poderosos que fossem, a um formigueiro de pessoas com a mão leve.
Ele sentou numa das cadeiras do balcão, de costas, e observou as diversas pessoas, pensando sobre quem seria o melhor para abordar. Havia gente de todo tipo, anões — inclusive os sem barba, que eram considerados escórias da sociedade anã —, meio-elfos, humanos, e todos desempenhavam suas funções no mundo do crime. Da última vez, eu não encontrei nenhum informante… tem uns rostos novos por aí, e eles sempre tem uma marca ou usam uma roupa espalhafatosa.
De fato, tinha algumas pessoas que se encaixavam nessa característica, mas Minerva não conversava com eles porque seu sentido de ladino ficava quieto. Após passar tanto tempo nas ruas e cometendo delitos aqui e ali, inevitavelmente sua cabeça desenvolveu um tipo de instinto que o alertava sobre certas pessoas. Era um baita super poder, pena que só funcionava em situações como aquela.
Seus olhos atravessaram várias vezes o salão, até pararem numa pessoa no canto da taverna. Pelo que podia ver debaixo de seu capuz, era uma mulher de pele morena, com um cabelo preto de mechas douradas e com um colar de pedras preciosas no pescoço. Essa não tem medo, pensou enquanto sua intuição o fez andar na direção dela. Só os informantes têm essa falta de noção e medo, já que só eles conseguiriam te achar se sumisse.
Pegou uma cadeira na mesa e a encarou, atraindo o par de íris verdes em sua direção. Aquela mulher era do tipo que Minerva gostava, cheia de misticismo e charmosa no seu próprio mistério, como um baú escondido nas profundezas de uma masmorra só esperando para ser encontrado.
— Vi que estava sozinha, quis fazer companhia — disse, pondo uma moeda no centro da mesa. — Que bebida você gostaria de tomar?
Sua fala também podia ser traduzida para: Vim atrás de informações, quero pagar pelos seus serviços. Qual o preço?
— Que gentil da sua parte. — Ela soltou um sorrisinho que qualquer homem podia se encantar. — Eu gosto de vinho.
Já a dela, seria algo como: O que você deseja? Meu preço é alto.
— Entendo, porém o vinho está um pouco caro hoje. Não aceitaria um hidromel agora e deixar o restante ao final?
Não tenho muito sobrando, então só posso pagar com itens, você aceita?
— Hmmm… eu desejaria muito um vinho. Um ótimo licor seria aceitável, se fosse para beber agora mesmo, mas o que podemos fazer se você quer colocar o melhor para o final?
Somente se forem preciosos o bastante, mas só darei o que você quer após o pagamento.
— Confie em mim, o vinho ganha mais sabor quando fica por último.
Tenho isso, é uma das coisas mais valiosas. Ele passou por baixo da mesa a adaga da caveira, ao mesmo tempo que se culpava internamente por cometer tal pecado de vender o item de uma entidade.
— Ohhhhh, você tem razão. Que tal começarmos a beber um pouco?
Hehehe, é realmente valioso pelo que posso ver. Tateou as mãos sobre o fio, a energia daquela coisa não era daquele mundo, e ela podia sentir que tinha algo de anormal naquela coisa. Eu aceitarei, o que você deseja saber?
Dali em diante foi uma longa conversa sobre os mais diversos tópicos, tudo criptografado por aquela língua estranha que só os que viviam no crime entendiam. Minerva não queria admitir, mas adquiriu certo gosto pela mulher, especialmente por ela ser uma das melhores informantes que já conhecera.
Sentia-se culpado por trocar sua adaga predileta, mas seu bolso vazio o colocou numa posição sem escapatória. Ambos passaram um longo tempo falando, e o ladino se contentou em anotações mentais do que precisava saber, ao mesmo tempo que esteve em parte intimidado por aquelas coisas.
Ao final, quando reparou que não havia nada a mais para ser dito e só era enrolado na conversa, suspirou.
— Foi muito bom beber com você, devíamos repetir qualquer dia. Agradeço a ajuda, já sei de tudo o que preciso. Ele arrastou a cadeira para trás e levantou.
— Sim, não poderíamos fazer isso de novo em breve? — Ela passou a mão pelo busto. — Talvez uma bebida diferente
Eu gostaria de oferecer outros serviços fora esses.
— Poderíamos, mas só se for de bebida pura, eu sou daqueles que bebe bastante. Até mais.
Não tenho interesse em seu corpo, desculpe.
Conforme Minerva se afastava, ignorou momentaneamente as informações que a mulher forneceu. Seu pensamento agora estava focado na própria mulher.
Como um bom apostador, seguia à risca a filosofia de se manter longe de duas coisas: cavalos lentos e mulheres ligeiras.
Mais um pouco e os serviços dela ficariam caros demais…
O ladino saiu do local secreto e entrou por um dos vários becos estreitos que a cidade oferecia. Com olhadas para trás, se certificou que não havia ninguém o seguindo e rumou em direção à estalagem que estavam hospedados temporariamente.
Passou pela pequena recepção e abriu a porta do quarto que dividiam.
— Ôoh de casa, cheguei! Trago informações quentes para aquecer essa noite fria.
— Conseguiu algo relevante dessa vez? — perguntou Lohan.
— Pode apostar. Mas foi caro… Beeem caro!
Alexsander se aproximou e questionou o companheiro: — Caro quanto?
— Custou a minha adaga de caveira. No mercado negro deve valer umas quare… não, umas cinquenta moedas.
— O-o quê?! — Alice, que estava sentada na cama, quase caiu de susto. — Você entregou a arma que a entidade te deu!?
— Entregou a arma mais forte que tinha?! Perdeu o juízo de vez! — gritou Lohan.
Arthur estava no canto do quarto, apenas observando a discussão.
Alexsander coçou a cabeça e respirou fundo. — Informações são importantes, mas não poderia ter pago com ouro? Nós ainda temos um pouco.
— Vocês me conhecem. Eu sou um apostador, e isso foi uma aposta!
— Por favor, nos conte.
— Primeiramente: a arma valia por volta de cinquenta moedas de ouro, porém isso não significa que eu conseguiria a mesma informação se tivesse usado ouro para comprar.
— Eu não entendi. — Alice disse. — Se vale cinquenta moedas, não seria melhor pagar com cinquenta moedas?
— Uma pessoa poderia acumular uma fortuna com o tempo, mas somente aqueles que se destacam conseguem um equipamento daquele calibre de uma entidade. Vender uma arma que eu poderia usar também passa a impressão de que eu tenho algo melhor ainda.
— Você fez uma aposta arriscada, Minerva. — Lohan conhecia bem o comportamento do amigo, afinal coisas assim já aconteceram antes, mas isso não tornava mais fácil aceitar esse tipo de situação.
O ladino se sentou em uma cadeira encostada na parede e cruzou as pernas. Um sorriso malandro estampado no rosto. — Os informantes sempre se esforçam quando um cliente parece: rico, importante ou extremamente forte. Pagar com um item forjado em outra dimensão é algo muito fora dos padrões.
— Mesmo assim… — Alexsander entendeu o raciocínio, mas não concordava com ele. — Vai desafiar a masmorra com menos atributos do que poderia.
— Informações são importantes. Com elas podemos evitar muitos problemas. — A experiência na masmorra das planícies estava bem fresca na mente de todos. — Além disso, sou um apostador. Sinto o cheiro de um item melhor ainda dentro daquela masmorra!
— Já entendi. Conte-nos sobre o que descobriu.
Minerva ficou sério e começou a compartilhar o que descobriu.
Falou sobre a conexão entre a masmorra e a cidade que ficava próxima a ela. Antigamente, não vivia quase ninguém, porém, tudo mudou quando descobriram que era possível extrair energia e calor do interior da masmorra.
Foram os anões, a informante disse, que construíram um grande sistema de tubulações por onde passava mana e vapor de água que aquecia a cidade e fornecia energia para as diversas máquinas utilizadas pelos moradores.
Contudo, em algum momento o fornecimento de energia foi interrompido. Os anões nunca conseguiram reparar os sistemas e a população praticamente abandonou a cidade. Hoje, algumas pessoas ainda vivem lá, mas faz décadas desde a última vez que algum aventureiro entrou na masmorra.
Os registros apontam que derrotar o chefe da masmorra é fácil, devido a interferência dos anões no local. Porém, essa masmorra tem outro detalhe.
O ponto mais importante ao entrar na Masmorra da Montanha é o tesouro dos anões. Ao falar desses tesouros antigos, Minerva parecia tão animado quanto uma criança falando de doces.
É de conhecimento comum que os anões gostam de quatro coisas mais do que tudo: barbas grandes e volumosas; construir artefatos complexos e incríveis; beber álcool sempre que possível; e, por último, mas não menos importante, acumular ouro e pedras preciosas!
Devido a isso, falam sobre uma montanha de dinheiro esquecida num cofre dentro da masmorra. Quem conseguir restabelecer o fornecimento de energia terá acesso a uma enorme fortuna que não tem mais dono.
— Realmente… essas informações fazem toda a diferença.
— Sou um profissional. Pode me agradecer separando sessenta moedas da recompensa para cobrir os custos do meu investimento.
— Mas não eram cinquenta?! — Lohan bufou.
— Não me recordo de ter dito isso.
Alexsander novamente suspirou. O ladino era bom no que fazia, mas também era difícil de lidar.
— Outra coisa que descobri: existe mais um grupo prestes a entrar na masmorra. Precisamos ir pra lá antes deles roubarem todos os tesouros!
☆ ☆ ★ ☆ ☆
No dia seguinte, os seis partiram em direção à cidade de Frostholm. Demoraria um dia e meio de caminhada a partir de onde eles estavam.
Seus suprimentos eram bons, ainda havia comida e água o suficiente para vários dias dentro da bolsa sem fundo. Contudo, não seria inteligente diminuir o ritmo por causa disso. Afinal, existia um outro grupo, com o mesmo objetivo em mente, competindo com eles.
Era uma corrida contra o ambiente, contra a masmorra e contra o tempo.
Após algumas horas caminhando, fizeram uma pausa para comer. Uma fogueira aquecia comida e água, ao redor dela os seis aventureiros buscavam fugir do frio.
— Odeio frio — reclamou Minerva. — A única sensação fria que eu gosto é o toque das moedas de ouro nos meus dedos.
De repente, uma voz veio de trás das árvores. — O frio tem suas vantagens, colega.
Alexsander sequer olhou na direção de onde vinha o som. Já sabia exatamente quem era.
— Você de novo — falou enquanto colocava outro pedaço de lenha na fogueira. — Não tem nada melhor a fazer do que nos seguir por aí?
Flávio se revelou, saindo da sombra das árvores. Logo atrás, mais quatro pessoas. O primeiro era alto e musculoso, com cabelo e barba ruiva; o segundo era baixinho, com cabelo loiros trançados e olhos verdes; o terceiro vestia um macacão sujo, com cabelo despenteados e óculos de proteção; e por último uma mulher vestida em roupas de monja, com uma expressão serena e um olhar atento.
— É apenas uma feliz coincidência que tenha encontrado vocês novamente. — O bardo encarou a sacerdotisa meio-elfo. — É sempre bom te ver, minha querida Alice.
As bochechas da menina, já coradas devido ao ambiente, ficaram ainda mais vermelhas. Havia um pequeno sorriso em seu rosto.
— Fique longe dele, Alice. — Lohan disse. — Esse tipo não presta!
— Meus sentimentos são puros e honestos, pequena elfa! É questão de educação ser gentil assim, ora!
A elfinha cerrou os dentes e até foi tentada a pegar sua espada para fatiá-lo. Pela expressão impassível de Alexsander, talvez isso desse algum tipo de ânimo a ele, além do mais, Flávio tinha sido um estorvo irritante desde que se encontraram pela primeira vez.
Por outro lado, tinha uma certa garota que deveria cuidar chamada Barbara. O trato de Minerva com ela de aprender magia ainda estava valendo, e mesmo que não quisesse ajudá-la, sabia que uma necromante com tanta mana disponível seria uma ótima adição ao time.
Chamou a garota de canto e decidiu se isolar dos demais. Porém, os demais continuaram ali, e Alice continuava com o olhar apaixonado que tinha desde a primeira vez que encontrou Flávio. Era incrível como o coração criava diversas ilusões para com os outros, e como precisava dele naquela situação, após tanta raiva e tristeza.
— Hum… Flávio, eu posso falar com você?
— Falar comigo? Mas é claro, querida Alice!
Ela pegou na mão dele e o puxou para que ambos caminhassem juntos, a felicidade exalada por meramente tocar suas mãos foi expressa num sorrisinho curto. Flávio fez um sinal para seus aliados esperarem por um tempo, e assim os dois se separaram do restante do grupo.
No entanto, uma das pessoas desobedeceu o chamado e quis conferir seu líder. No entanto, essa mesma pessoa chegou numa hora ruim, pois Flávio e Alice estavam de mãos dadas debaixo da lua, num momento romântico que poderia matar alguém de tanta doçura.
— Então, o que você queria, Alice?
— Eu… eu queria…
— Eu sei, queria me dizer algo. — Ele tocou no queixo da garota e o levantou suavemente. — E eu já adivinhei o que quer dizer, Alice… Além do mais, uma mulher tão linda esconde certos segredos, mas alguém que a aprecia sabe o que ela quer falar.
Foi nessa hora que a monja do grupo de Flávio se revelou no meio da escuridão, surpreendendo os dois. Sua expressão decepcionada e a tristeza no reflexo de seu olhar era o bastante para revelar alguma coisa.
— Você… disse exatamente as mesmas palavras para mim daquela vez.
— Li Mei, as coisas… são, bem…
Alice soltou a mão do bardo.
— Flávio… o que é isso?
— Não seja assim, minha linda. É apenas como as coisas são… não se incomode tanto.
— Como eu fui idiota!
Alice se afastou e saiu correndo para fora da trilha. Lágrimas escorriam pelo seu rosto.
Barbara riu da situação e começou a proferir ofensas, porém Minerva acertou um cascudo na menina e calou sua boca imediatamente.
— Alice! — chamou Alexsander, vendo que era completamente ignorado enquanto a mulher fugia para a densa floresta. — Lohan, cuide dos outros, eu irei atrás dela!
— É melhor que todos vão, estamos no meio do nada e está escuro. É perigoso não ter uma tocha nessa escuridão!
— Eu pareço me importar?! — O tom de voz subiu, junto com sua raiva, coisa que a elfinha nunca viu na vida. — Fique aqui!
Alexsander deu as costas e correu atrás dela. Seus olhos eram ameaçados pelas sombras tortuosas e pelo brilho da lua, que estava tão pálida quanto um fantasma. Pior que isso era enfrentar o silêncio absoluto em meio à floresta, que o fez se sentir minúsculo em comparação aos pinheiros.
O coração acelerou de uma hora para a outra, pela primeira vez o medo do escuro era real, e de repente a memória de um antigo acontecimento veio à mente. Quando ele chegou tarde demais… Não podia deixar acontecer de novo.
Atravessou a escuridão em direção da floresta e chegou a um amplo lago congelado. Ela estava logo à frente, ajoelhada na terra, mexendo a cabeça e soluçando.
— Alice…? — Estendeu a mão em direção a garota, recebendo um tapa para se afastar.
— Sa-saia! Não me toque! Vocês homens… sniff… são sempre assim, de coração duro como pedra e totalmente lastimáveis!
Um soco atirado ao acaso o fez dar um passo para trás.
— Eu-eu voltarei pra casa. Não devia estar aqui, eu não…!
— Alice! — As mãos dele seguraram os braços da garota, que continuava chorando e se debatendo. — O que você está dizendo?
— Pensei que nossos encontros fossem obra do destino. Ele era tão charmoso, era tão cavalheiro… eu acreditei cegamente que ele era bom, que era certo e que talvez fosse alguém que pudesse me amar, mas… mas…
Alexsander ficou em silêncio. Não sabia o que dizer. Nunca havia sido bom com palavras nessas horas.
Tentou pensar em algo para dizer, mas a única coisa que percebeu foi que não conhecia direito a mulher diante dele. Não sabia o motivo que a levou a desafiar as masmorras, não sabia sobre seu passado, não sabia nada. Não havia perguntado.
Pensou que estava dando espaço, mantendo o respeito. Contudo, agora imaginou que foi por outro motivo. Talvez nunca tenha tido interesse de verdade.
Nunca sentiu uma vontade genuína de conhecer melhor seus companheiros. E isso levou as coisas para a situação atual: não conhecia plenamente nenhum deles. Inconscientemente, não os via como amigos de verdade.
— Me desculpe, Alice.
A sacerdotisa limpou as lágrimas do rosto. — Não é culpa sua. Eu que fui burra! Pensei ter encontrado aquilo que mais queria, mas era só… Só burrice minha. Burra! Burra!
— Você não é burra. É boa, honesta, e espera o melhor das pessoas. — Alexsander soltou os braços da menina, que não se debatia mais, e tirou as mechas de cabelo de seus olhos. — Não tem culpa por ter sido enganada, mas eu tenho.
Alice tentou dizer algo, mas os soluços a impediram. O guerreiro fitou as estrelas no céu e voltou a falar.
— Eu vi quais eram as intenções dele, mas não impedi. Pensei que estaria respeitando seu espaço se deixasse as coisas fluírem assim. — Ele encarou os olhos de Alice, um azul tranquilo que refletia o fraco brilho vindo do céu. — Mas agora não acho mais isso.
— Eu… eu não estou entendendo.
Alexsander botou a mão sobre o ombro da garota e foi o mais honesto que conseguiu.
— Dentro da masmorra ou fora dela, suas lutas serão as minhas. Você poderá contar comigo.
Após um tempo em silêncio, Alice deu um sorriso sútil e agradeceu: — Obrigada, Alexsander. De verdade.
— Vamos nos ajudar mais daqui para frente. — O guerreiro levou a mão para as costas da clériga. — Vamos voltar antes que nossos amigos fiquem preocupados.
Em silêncio, voltaram. Era o mesmo caminho escuro, porém as pessoas que passaram não eram mais as mesmas. E não estavam mais tão perdidas.
☆ ☆ ★ ☆ ☆
Quer se tornar um patrocinador e interferir no rumo da obra?
Acesse o discord do projeto e apadrinhe seu personagem favorito.
Distribuímos moedas semanalmente, então você pode participar até sem gastar nada!