Masmorra do Desejo Brasileira

Autor(a): Alonso Allen & Zunnichi


Volume Único

Capítulo 15 - O Mago Misterioso, o Escudo Lendário e a Adaga Amaldiçoada

— O-o que é aquilo?! 

— Acho que um combate entre outros aventureiros e monstros — disse Alexsander, analisando a fumaça subir. — Fogo não surgiria de maneira natural nesse ambiente. Vamos lá investigar, eles podem estar com problemas.

Assim, os três correram em direção à cortina cinza. Minerva sentia um frio na nuca por algum motivo, era como se estivesse se aproximando de algum tipo de perigo. Quando chegaram lá, avistaram uma pessoa com um casaco grosso ao redor do corpo.

Além do casaco, usava uma bengala para se apoiar. Sua aparência jovem entregava que ainda estava na adolescência. O cabelo castanho ondulado tremulava com o vento gerado pelo calor proveniente do fogo e seus olhos pareciam emitir uma luz avermelhada.

O grupo encarou o rapaz, que poderia parecer perfeitamente normal, se não fosse um mero detalhe: atrás dele tinham três cadáveres de monstros. Um temor se abateu nos aventureiros.

Isso não ocorreria dependendo das criaturas que foram derrotadas, mas o grupo ficou assustado porque não eram inimigos simples. Os cadáveres eram idênticos àquilo que acabaram de enfrentar. 

Minerva estava de queixo caído. — Tá de sacanagem… Esse cara aí derrotou três Wendigos sozinho?! 

Alexsander olhou ao redor, não havia mais ninguém, sejam vivos ou mortos. Partes da floresta estavam ardendo em chamas e os monstros tinham ferimentos de queimadura por todo o corpo. 

Alexsander deu alguns passos adiante e falou com calma: — Foi você quem matou esses Wendigos?

O rapaz ergueu uma sobrancelha e respondeu com calma. — O nome dessas coisas é esse então… 

O trio achou a resposta estranha. Havia apenas uma leve curiosidade na voz.

— Como você cuidou desses caras sem saber quem eram? — perguntou Alexsander. 

— Considerando a aparência e o lugar, imaginei que possivelmente se adaptaram para viver nesse ambiente gélido. — O rapaz moveu uma das mãos, e as chamas que consumiam os galhos de algumas árvores se apagaram. — Eles eram fracos contra fogo.

Alice observou aquilo e perguntou: — Você… é um mago?

Com um olhar vago para o céu, o jovem respondeu: — Algo assim. — Olhou ao redor, analisando também as pessoas diante dele. — Por sinal, que lugar é esse?

Cada vez a situação estava mais estranha, mas Alice gentilmente respondeu ao jovem. 

— Entendo… parece que eu fui transportado para o mundo de vocês... Será que algum portal surgiu enquanto eu dormia?

O silêncio pairou no ar por um tempo.

O guerreiro encarou o recém-chegado. — O que você pretende fazer agora? 

— Não conheço esse mundo e não tenho interesse em me envolver com os problemas daqui. — Seu olhar se afiou. —  Mas preciso voltar para casa, não importa como. 

— Nós iremos dar mais uma olhada por aqui, mas depois vamos voltar para a cidade mais próxima. — Minerva se intrometeu. — Se quiser, pode vir com a gente.

Apesar do receio, aceitou. Alexsander também não pareceu se incomodar em ter um aliado a mais — principalmente se considerar a força dele. Em silêncio, assentiu para o outro.

— Ótimo! — O ladino se aproximou de forma amigável. — Eu sou o Minerva, aquela gatinha ali é a Alice e o grandão é o Alexsander. 

O jovem comprimentou com a cabeça e se apresentou também. — Podem me chamar de Arthur.

Os quatro seguiram pela estrada de neve. Após algum tempo de caminhada, sem monstros pelo caminho, encontraram uma estrutura que se destacava no meio da paisagem. Uma espécie de portão metálico estava na encosta de uma montanha.

— Parece ter algo ali. — Alexsander empurrou o portão, mas ele não se moveu. — Não tem tranca nenhuma, mas parece que congelou. Duvido que vá se mover.

— Deixe eu tentar. — O jovem se aproximou e encostou a mão no portão. Uma camada de fogo se espalhou pelo metal e um som de gelo rachando surgiu. — Tente empurrar agora.

O guerreiro se aproximou novamente e chutou o portão, que abriu com um baque.

— Maravilha! — O ladino aplaudiu. — Tomara que tenha muito ouro aí dentro!

— Vamos apenas conferir, não seja tão ganancioso — advertiu Alexsander.

Com calma, adentraram no local misterioso.

Eles olharam para as estruturas enferrujadas que passavam pelo teto da caverna. Eram canos e barras que seguravam tudo o que estava acima, junto de estátuas que pareciam criaturas vivas de tão detalhadas que eram. 

Alexsander se atentou que quanto mais se aprofundavam na caverna, mais daquelas construções surgiam, chegando a um ponto que as paredes eram revestidas de metal e pequenos quadrados de vidro estavam presos no chão.

Conforme andavam, o ambiente se tornava cada vez mais escuro.

Seria uma boa hora para que Lohan estivesse conosco, pensou enquanto tentava acender uma tocha. De repente, uma chama começou a flutuar no meio do ar. O grandalhão encarou o jovem e agradeceu.

O guerreiro estava com o escudo numa mão e sua espada se encontrava à disposição a qualquer momento. Conforme andavam, reparou num certo símbolo se repetindo pelo chão.

Era um brasão extremamente semelhante ao do escudo, uma cruz com as pontas afiadas e envolto num círculo externo que englobava todas as quatro pontas. Podia-se dizer que era uma coincidência surpreendente, e pela experiência na primeira masmorra, aquilo não era capaz de ser somente uma coincidência.

— Ei, Minerva, Lohan já falou sobre algo dos anões ou coisa do tipo?

— Um pouco, tipo deles serem engenheiros geniais e conseguirem construir coisas próximas do impossível. — O ladino avaliou seus arredores, até curioso para saber por quanto poderia vender os blocos de vidro no chão. — Tá na cara que isso é obra deles, né? Queria saber porquê disso tá assim, todo abandonado.

— Os motivos podem ser vários — complementou Arthur, que estava mais para trás no grupo. — Condições climáticas, conflitos, diminuição da população, escassez de suprimentos. 

— Entendi, a primeira é a que mais imagino que venha a calhar. — O líder suspirou, então o grupo parou abaixo de uma placa com algo escrito. — Hm… eu não consigo ler. 

— Muito menos eu, grandalhão. — Minerva deu uma boa olhada, mas forçar o olho não fazia as pessoas magicamente aprenderem um idioma novo. — Não sou tão bom em desenho, duvido muito que eu consiga replicar isso. 

— Na volta tentamos, então.

A escuridão adiante era interminável. Parecia que o caminho não tinha fim… até que uma escadaria apareceu. Pequenos cataventos estavam montados ao lado da escadaria, partes de suas lâminas haviam sido tiradas pelo tempo e ficaram espalhadas por aí. 

Após chegarem ao nível mais baixo do túnel, encontraram o final. Lá havia a estátua de um anão com um grande escudo e um martelo, e na base tinha uma placa de aço com mais das escrituras. Um grande trecho estava destacado, o que aparentava ser o nome daquele guerreiro.

Alexsander sentiu uma pressão surreal da estátua. Seus demais aliados não sentiram nada daquilo, só ele. Era como um sentido aguçado para encontrar outro guerreiro, e a imagem do anão transmitia uma força surreal, maior do que todas que ele já encontrou. 

No entanto, o que seus olhos não puderam evitar era um espelho atrás da estátua, que direcionava parte da luz diretamente para o escudo. 

— Alice, pode usar seu milagre de criar luz aqui?

— Huh…? Para que, Alexsander?

— Vi que tem um espelho ali. Quero saber o que acontece quando é lançada uma luz sobre ele.

— Ué, grandalhão, mas é óbvio que só vai refletir.

— Não custa tentar. Se algo chamou a atenção, vale a pena conferir — disse Arthur. — Podemos tentar para ver o que acontece.

A pequena clériga estranhou o pedido, mas mesmo assim o realizou. Uma explosão luminosa atingiu a superfície do espelho. De repente, a estátua começou a se mover para o lado, dando espaço para que a luz viesse na direção dos aventureiros. Alexsander levantou o escudo para se proteger do fulgor, mas não esperava o que aconteceria com seu escudo.

O brilho envolveu o objeto, sumindo com a ferrugem e os vários amassados. Os ornamentos metálicos foram realçados, pequenas pedras preciosas que antes não estavam ali de repente ganharam forma. Antes de todos ali perceberem, o escudo já possuía uma cara completamente diferente, melhorado por uma magia que ninguém fazia ideia do que era. 

 

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Escudo do Grandioso Herói Anão

Atributos: +20 de Resistência e +5 de mana

Descrição: Um item antigo de um herói que morreu há muitos séculos numa luta lendária contra demônios. Uma obra-prima entre os anões, seu criador o forjou com um martelo de luz em uma fornalha de fogo-vivo. Acreditavam que estava desaparecido… até agora.

Efeito: O usuário é imune a qualquer magia de controle mental e o item suprime qualquer fonte de magia demoníaca que atingir sua superfície.

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Alexsander se encantou com os ornamentos e detalhes do objeto. Sendo um camponês pobre em uma aldeia isolada, era algo que nunca havia visto em toda sua vida. 

— Uhuuul! Agora temos uma montanha de dinheiro! — falou Minerva, dando pulinhos junto com Alice. 

— Deixe de ser idiota — respondeu o líder, com uma expressão clara de ira. — Eu não venderei isso de forma alguma. Não reparou que é de um herói?

— Isso quer dizer que… — Minerva ficou sério. — O PREÇO É AINDA MAIOR!

— Hah… eu não consigo falar com você direito nem se quiser.

Depois do ocorrido, Minerva pediu para Alice usar sua magia e verificar se tinha mais coisas escondidas ali, mas acabaram não encontrando mais nada. O ladino teve que voltar a escadaria com uma enorme frustração, pois desceu todo aquele caminho e no final não ganhou nada. A clériga o seguiu, deixando para trás somente Arthur e Alexsander.

O guerreiro não era bom de conversar, então manteve-se quieto durante a subida, até chegarem na saída. 

— Você está se aventurando também, presumo — falou, olhando-o. — Está indo para algum lugar?

— Tem um lugar para onde gostaria de ir, mas ainda não sei como… E também não sei muito dessa região toda, digo, é minha primeira vez vendo neve.

— Se é assim, que tal ir conosco? Estamos nos preparando para ir a uma masmorra, seria uma boa ajuda ter mais mão na nossa aventura. Talvez assim você consiga encontrar o que procura.

— Hm… normalmente eu não aceitaria um convite assim. — Arthur encarou o teto escuro da caverna. — Mas parece a melhor opção no momento.

Ótimo, agora temos uma garantia de que podemos derrotar os monstros no caminho. E assim, os aventureiros retornaram à cidade, agora na companhia de mais um aliado.

 

☆ ☆ ★ ☆ ☆

 

A frustração de Lohan desaparecia conforme o fio da espada cortava o ar. Como mago, sempre pensou que podia sobrepor qualquer força bruta com conhecimento e poder mágico, porém existia um charme em usar o próprio corpo para lutar ao invés de se manter de longe.

Talvez a sociedade mágica da qual fez parte por tanto tempo sentiria vergonha de ter um integrante praticando esgrima, além do mais, ficar confinado por anos dentro de uma torre era o que a maioria costumava fazer, afundando-se em estudos e experimentos.

Possivelmente, a elfinha estava ficando mais insana que o normal ao imaginar que sua preferência havia mudado totalmente de lado. No entanto, se recebesse a devida recompensa da entidade, isso não importava; nada importava desde que pusesse as mãos no seu tão desejado poder.

Ele caminhou de volta à cidade, com o cabelo encharcado de suor e os olhos abaixados. Já fazia muitos dias que o método de treinamento de Alexsander havia sido implantado, porém seu corpo ainda não conseguia se acostumar por completo. 

A espada velha estava cega demais para ser usada num combate pelo tanto que foi forçado a bater contra um boneco de pano e segurar os ataques de Alexsander. Àquela altura servia só como um tacape de ferro.

No entanto, os resultados estavam ali, seu condicionamento físico era bem melhor que antes e sua energia também. Não era tão rápido quanto Minerva ou tão resistente quanto Alexsander, mas ainda era melhor que seu estado físico de antes.

Quando chegou perto da cidade, logo na avenida principal encontrou seus amigos. Minerva estava muito emburrado, Alice tinha uma carinha boba como sempre, Alexsander por algum motivo parecia irradiar alegria e havia um estranho no meio deles com um caminhar diferente.

— Quem é ele? — foi a primeira coisa que a elfinha perguntou.

— O nome dele é Arthur Guerra — respondeu o guerreiro. — Nos encontramos enquanto investigávamos os arredores… Também achamos ruínas anãs no caminho.

— Ruínas…? Que estranho. — Ela coçou o queixo, instinto adquirido de tanto coçar a barbixa ao longo de muitos anos. — Podemos passar lá quando sairmos daqui?

— Se fizermos tudo o que temos que fazer, sim.

Lohan acenou com a cabeça, então todos seguiram para a pousada. Todos pareciam contentes comendo e jogando conversa fora, exceto pelo estranho que não podia se enturmar tão bem com os outros. Enquanto se divertiam, Minerva levantou e deixou algumas poucas moedas em cima da mesa.

— Paga minha comida, eu vou sair um pouco pra caminhar. — Ele alongou os braços e soltou um bocejo. — Já volto, beleza?

Lohan ergueu a sobrancelha, desde quando ele era do tipo que gostava de caminhar no meio da noite? Antes de ser questionado, o ladino saiu com passos apressados, aumentando ainda mais a suspeita da elfinha. 

Não era do feitio de seu amigo realizar escapadas tão visivelmente, se ele precisasse fazer alguma coisa secretamente, faria sem aviso prévio. Seus olhos atentos se concentraram no ladino, tinha algo se escondendo atrás de seu sorrisinho bobo.

— Eu vou atrás dele — disse no momento que Minerva saiu do estabelecimento. — Tem algo muito estranho, posso sentir. Irei atrás dele antes que cause algum problema.

— Você também percebeu, né? — complementou Alexsander, fitando-o pelo canto do olho e degustando brevemente de uma bebida escura. — Eu tive a mesma impressão quando intervimos naquele ataque de mortos-vivos. Leve isso com você.

O guerreiro tirou sua espada peixe-espada do cinto e deu nas mãos de Lohan, a arma perfeita para aquela garotinha. Ela sabia que era um bem especial demais para ser só entregue daquela forma.

— Tem certeza disso?

— Você precisa mais do que eu. Por que não te entregaria se logo logo poderemos estar em outra emergência? É a melhor espada que temos para alguém que usa magia.

Lohan ficou quieto por um momento e acenou com a cabeça. Despediu-se, saindo dali com passinhos rápidos e se deparando com as ruas escuras da cidade. Seus olhos se acostumaram à escuridão, avistando um vulto passar entre os becos. 

Ele o seguiu e, entre as vielas estreitas e restos de lixo encostados nas paredes, viu Minerva de frente para uma garota de cabelo preto. Imaginou que era um dos "contatos obscuros" que o ladino possuía, pois havia conhecido alguns nas suas antigas viagens. No entanto, aquilo não parecia em nada com o que foi pensado.

 

beco masmorra do desejo capitulo 15

 

Minerva retirou um grimório de uma bolsa, Lohan sentiu um frio na espinha. As partículas mágicas naquele objeto eram sinistras e agitadas, emitindo uma aura sombria semelhante à energia de mortos-vivos. Ele… ele está com um grimório de necromante? Como diabos ele conseguiu isso?

A elfinha continuou em silêncio, mantendo-se no esconderijo para ouvir o desenrolar da conversa.

— Tá aqui seu livro, garota… — Ele estendeu o grimório, fazendo com que os olhos dela brilhassem de novo, apenas para destruir esse brilho ao levantá-lo para o alto. — Mas antes, quero que você me dê o que te pedi.

— Humph… Certo, aqui… — Ela entregou uma adaga preta, que possuía a mesma assinatura de energia que o grimório. — Pode me devolver?

— Claro, claro. Deixa eu ver o que essa belezinha faz.

 

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Adaga Corrompida

Atributos: +8 destreza e +7 força 

Descrição: Uma adaga que foi forjada no fogo do inferno, tornando seu corte profundo como tártaro e doloroso como o grito dos mortos. 

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— Muito maneiro. — Girou a lâmina entre os dedos e pela mão, era tão leve quanto a adaga da caveira. — Pensei que eu conseguiria agradar alguma entidade e conseguir algumas coisas a mais, mas faltou uma arma forte o bastante. 

— Sua antiga adaga já não fazia isso? Nem precisava me roubar para ter uma arma de cavaleiro da morte, isso só foi ganância sua. 

— Não seja burra. A minha melhor adaga é ótima, sou praticamente tão rápido que ninguém pode me pegar por causa dela… mas não me dá nenhum ponto de força, então eu não consigo causar dano real em certos alvos. 

Isso é ganância ainda assim, idiota! Lohan estava fervendo por dentro, sua vontade era de aparecer e disparar tantas bolas de fogo que faria Minerva voar pelos ares. No entanto, uma parte dele entendia o que seu amigo queria dizer, mesmo que fosse uma medida muito extrema usar um item amaldiçoado para atingir seu objetivo. Ele fez isso para ser mais útil para a equipe, mas itens amaldiçoados são muito perigosos, sempre possuem algum custo para serem utilizados. Que custo será que aquele tem?

A elfinha queria se aproximar, mas tinha medo de que sua presença fosse revelada, então, ao invés disso, apenas permaneceu quieto. Os dois discutiram por mais um tempo, supostamente era uma oferta que Minerva fez para ajudar a garota necromante em seu objetivo. O nome de Alice estava envolvido no meio, porém ele não pôde ouvir direito sobre o que era. 

— Certo, voltando ao ponto principal — disse o de moicano, contente com seu novo brinquedo. — Você não sabe controlar seus mortos-vivos e precisa de uma pessoa para ajudar, né? Eu tenho um amigo que pode te ajudar… porém, você precisaria aguentar a sua vontade de atacar a Alice.

— O que?! — Seus olhos arregalaram e os dentes rangeram. — Assim que eu ver aquela vagabunda, vou matar ela!

— Ei, ei! Se você fizer isso, eu posso facilmente roubar seu grimório querido e tacar fogo nele! Nem pense em mexer com a Alicezinha!

— Uhhh… nojento. — A necromante transformou sua expressão e sentiu repugnância de uma pessoa tão protetora assim. — Tudo bem, verei até onde posso aguentar, mas será somente enquanto nós mantivermos esse trato. Fui clara? 

— Clara como cristal. — Minerva soltou um sorrisinho. — Agora, vou indo… Ah, e nada de invocar mortos-vivos no meio da noite!

A necromante acenou com a cabeça e o viu desaparecer no meio da escuridão. Lohan estava segurando até sua respiração para que seu disfarce não fosse arruinado, e enquanto analisava a adaga que rodava pelos dedos de Minerva, reparou num pequeno brilho no pomo da arma, vindo de uma pedra negra que era tão sombria quanto a situação.

A elfinha engoliu seco. Assim que seu amigo sumiu de vez, saiu do esconderijo que estava e foi embora, suor descia pelo seu pescoço e testa. Era uma situação ruim, muito ruim, a pior que poderia imaginar.

 

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