Masmorra do Desejo Brasileira

Autor(a): Alonso Allen & Zunnichi


Volume Único

Capítulo 13: O Imperador do Sexo

Lohan observou o céu noturno pela janela mais uma vez, sentado numa cadeira de madeira e apoiado no seu cajado de fogo. Havia um vazio no seu peito, a vingança contra o prefeito corrupto não satisfez seu desejo pelo poder. A realização de libertar uma alma amaldiçoada também não criou sequer um traço de alívio, muito pelo contrário, serviu apenas de combustível para alimentar um sussurro demoníaco, algo que vinha de dentro dele. 

Seu ódio cresceu, aquele corpo de garotinha era tão inútil quanto o seu velho, fraco e sempre dependendo da ajuda dos outros para sair das enrascadas que se colocava. Lembrou de todas as vezes que Minerva e Alexsander agiram como seus guardas, pondo-o detrás de uma barreira de carne que facilmente seria incinerada por uma torrente de chamas.

Arremessou seu cajado na parede, o som do baque foi quase nulo, fruto de uma força minúscula. Que raiva, que raiva! Artes arcanas não servem de nada se você não pode se sustentar nos próprios pés! Anos de estudo são inúteis se eu não consigo sequer me esquivar de uma flecha! Paulo Horse, Alexsander e até Minerva conseguiram ser muito mais proativos que eu a longo prazo, eu fui apenas bucha de canhão o tempo todo!

Seus dentes rangeram e as mãos apertaram ao ponto de ficarem brancas, até uma pequena tela flutuante tirar seus sentidos da ira e movê-los para a mensagem escrita

 

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O Deus das Aventuras e Tesouros responde ao seu pedido.


Enfim fez teu chamado atrás de uma aventura, elfa gananciosa. Tu lutas pelos teus companheiros? Sobrevives numa imortal maldição pelo conhecimento infindável? 

Quer o poder verdadeiro, magias poderosas, proteção de seus companheiros; a salvação. Muito bem, chamou-me e te responderei. 

 

Desafio-te:

Largue o arcano cajado e encontre a aura de guerreiro. Se a racionalidade não te foi suficiente, então que a selvageria te receba. 

Treine seus nervos, seus músculos, sua velocidade, sua força até a exaustão e encontre a energia do corpo e da batalha, e não mais da natureza.

Quando alcançar a aprovação do líder desse grupo, então terá alcançado algo muito mais poderoso que sua atual magia e darei o seu devido tesouro mágico.

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A aprovação do líder do grupo… Pensando bem, ele é um guerreiro experiente, por mais que não tenha a esgrima sofisticada dos alto-elfos. As engrenagens giraram pelo cérebro de Lohan, acendendo uma faísca de iluminação dada pela entidade. Meu corpo não se desenvolve na mesma velocidade de humano, e esse corpo de garotinha não me levará muito no jeito que está. Não tenho outra escolha.

Saltou da cadeira, correndo pelos corredores da pousada até o quarto de Alice. Se bem lembro, ela possuía algo que ajudaria muito nesse objetivo. Bateu na porta, e poucos instantes depois a fresta se abriu, dando para ver o cabelo dourado da meia-elfa solto.

— Lohan? — Ela terminou de abrir a porta. — O que faz aqui nessa hora? 

— Eu vim pegar algo guardado na sua mochila. Preciso disso, é urgente. 

Ela acenou com a cabeça e deu passagem para entrar. Lohan adentrou o quarto e apanhou a mochila que estava em cima de uma cômoda, tirando de dentro uma espada velha, a antiga arma de Alexsander. Puxou-a pelo cabo, revelando o fio desgastado e a lâmina suavemente enferrujada. 

Prendeu nas costas, pois era tão baixinha que se levasse na cintura ela ia se arrastar pelo chão. 

— Obrigado, Alice, eu prometo devolver logo.

— Não há de que. Toma cuidado andando com isso, tá bom? — Ela se abaixou e segurou as bochechas de Lohan, beijando-o na testa. — E por favor, não faça nada que possa se arrepender.

A elfinha corou, caminhando para trás o mais rápido possível antes que a vergonha pudesse dominar seu corpo. Sumiu dali num piscar de olhos, deixando Alice sozinha e indo rumo a um espaço aberto do lado de fora da pousada.

O vento uivava, enquanto o frio glacial deslizava pela montanha abaixo e os flocos de neve caiam em cima dos pinheiros que cobriam parte da encosta e taparam uma parcela de uma aurora distante. O ar estava gelado o suficiente para que Lohan enxergasse o ar de sua respiração ganhando forma de névoa.

Arrancou a espada para fora da bainha, o peso era inigualável se comparado aos cajados que usou até então. Um movimento em falso e aquilo poderia cair contra sua própria cabeça. Mesmo assim, tentou fazer o que sempre viu os guerreiros fazerem em anos de sua vida, brandir a arma em um golpe vertical.

Um ataque o fez perder o equilíbrio e derrubar a arma no chão. Refez o movimento de novo, porém se viu diante de um resultado igual — seus braços eram fracos demais para manter a espada erguida. Chutou a terra úmida, a frustração subiu pela garganta novamente, criando uma sensação de ardência que parecia vir direto do estômago. 

— De novo, porra! Por que eu não consigo fazer algo tão simples!?

— É porque você não é tão forte ainda.

A voz ressoou pelos seus ouvidos. Virou-se na mesma direção, encontrando um homem alto coberto de cicatrizes e com olhos flamejantes, Alexsander. Ele estava com os braços cobertos para se proteger do frio e estava com seu conjunto de espadas na cintura, junto do escudo.

— O que você está fazendo, Lohan? — perguntou, também reparando na própria espada.

— Eu estou… pesquisando… coisas…

— E isso envolve treinar esgrima de maneira amadora?

— Não é da sua conta, só me deixe continuar em paz.

O guerreiro suspirou, a clara falta de noção de Lohan não ajudava, e também seu comportamento infantil tinha se acentuado bastante desde sua mudança de forma. Consciente disso, Alexsander pegou a espada caída e reproduziu o mesmo movimento, mas de uma forma tão limpa e graciosa que os olhos da elfinha brilharam por um momento. 

Ele fez a mesma coisa, praticamente do mesmo jeito. Contudo, comparar a forma do movimento de ambos era como comparar um músico novato a um veterano com décadas de experiência com seus instrumentos. Alexsander não era um esgrimista virtuoso como Ashley, mas ele ainda era um profissional quando se falava da arte das lâminas. 

— Está tudo na postura e nas pernas. Você deve separá-las de maneira que a força não provenha só dos seus braços, mas de todo o seu corpo, e assim… — Ele abaixou o cabo com toda força, fazendo o vento chiar com o corte. — Você consegue um corte limpo. Tente.

Lohan segurou a arma, reproduzindo o que fora dito e respirando fundo para carregar o peso em suas mãos. Assim que a espada partiu o ar, ele sentiu algo diferente, como se seu corpo lançasse toda sua energia num único ataque. Mas, pela falta de controle, tudo isso bateu contra o chão e só fez um pequeno buraco na terra.

A elfa soltou a arma, seus dedos doíam e queimavam por algum motivo. Ele olhou para suas palmas, estavam manchadas de vermelho e pequenas protuberâncias na pele começaram a aparecer, algo que nunca viu antes na sua vida.

— Sua força física é muito pequena para conseguir brandir uma espada direito. 

— E o que eu posso fazer? Vou levar anos para alcançar algum nível…

A intuição de Alexsander apitava que a pessoa diante dele andava se comportando de forma estranha recentemente. Não bastasse o que viu na mansão, seu aliado ainda desejava aprender esgrima, tendo investido anos em estudos mágicos e sem nunca ter encostado num tacape de madeira. 

— Por que você resolveu querer aprender a manejar uma arma agora?

Lohan ficou em silêncio por algum tempo. Poderia contar sobre a mensagem da entidade, mas não tinha certeza se seria a melhor opção neste momento. Por segurança, resolveu inventar uma desculpa.

— Depois que nos separamos na masmorra das planícies, eu reparei que precisava desenvolver outras habilidades. 

O grandalhão observou em silêncio. Teve a impressão que havia algo além do que foi dito, mas não se intrometeu. A expressão do mago o lembrava de Ana.

— Se quer tanto aprender, foque em treinar os músculos. Tente repetir o mesmo movimento cem vezes, sem derrubar a espada.

— Cem vezes?! Você quer me matar!? 

Alexsander olhou seriamente, depois se virou para ir treinar um pouco mais afastado. Enquanto se distanciava, disse sem olhar para trás: — Se quiser treinar, pode continuar usando minha antiga espada. Mas se sua vontade é tão fraca, talvez seja melhor continuar só com a magia. 

O elfo, após viver centenas de anos, novamente se sentiu como uma criança. Vendo as costas largas do guerreiro se afastando, abaixou a cabeça enquanto culpava a própria fraqueza.

Voltar a ser um aprendiz, um novato, depois de tanto tempo… É como na época que comecei a aprender magia com ela.

 

☆ ☆ ★ ☆ ☆

 

A taverna balançava com as notas sensuais de um violão, tocadas por um galante homem de cabelo verde e de roupas tão exóticas que as moças ali ficavam sentiam o ambiente esquentar perante o garanhão. Ele tinha um movimento hipnotizante com o quadril, um gingado único e emanava uma energia diferente para quem estava perto.

Seus olhos vagavam de lá pra cá, cumprimentando as belas damas com piscadelas e desviando a cara para qualquer macho peludo. Porém, seu mundo congelou quando percebeu uma jovem metade elfa, com cachos loiros, isolada no canto do estabelecimento. Relembrava uma santa de um templo, em trajes brancos divinos, mas sua aura estava envolta em uma melancolia profunda.

Suas íris azuis pareciam tristes e o ar à sua volta era rodeado de desânimo, o que puxou involuntariamente o galã em sua direção. Com sua música lentamente alterando o tom para algo mais tristonho, de forma a combinar com o humor.

Este músico era igualmente experiente com seu instrumento e com as mulheres. Adaptar sua melodia, antes veloz e alegre, para acordes profundos em um ritmo lento era como caminhar na rua.

— Óóó ♪, minha cara, por que tanta tristeza? ♫

A jovem levantou o rosto, agraciada pela mudança nas notas do violão. O galã se sentou na mesa, mexendo os fios verdes para fora de seu rosto, tudo para vê-la em plenitude. 

— Se algo aconteceu a ti, permita-me aliviar suas mágoas, porque assim como todo bom homem, me recuso a ver uma dama tão linda chorar — falou, mas em momento algum deixou de dedilhar com maestria as cordas de seu violão.

Os acordes soaram pelo instrumento, enchendo a pequena mesa com uma canção que confortava o coração de quem ouvia. A melodia era doce como mel, mais que linda para erguer as orelhas caídas da elfa e fazer seu coração palpitar diante da música. 

Aquele galã não parou de tocar, lentamente descendo da mesa e tomando como lugar a cadeira ao lado da jovem. Suas últimas notas voaram para fora do violão, abaixando o tom até que não sobrasse mais nada. Ele apoiou o instrumento no chão e abriu um sorriso, vendo agora um rosto restaurado pela sua música.

— Está melhor agora, senhorita? 

— Estou sim… — Aquele rosto desabrochou em felicidade. — Que música foi essa que você tocou, moço?

— É uma melodia antiga da minha família. Nós cantamos sempre que nos sentimos pra baixo, mas eu te vi e quis colocar algum calor no seu corpo.

— Funcionou muito bem, muito mesmo! 

Argh, esse tipo de pureza! Ele se sentiu cego pelo tanto de luz, era uma santa de verdade, da cabeça aos pés! O rapaz perguntou: — Qual seu nome, querida?

— Alice, Alice Lux. E o seu?

— Oh, você não precisa saber. — Deu uma piscadela, lançando seu cabelo para cima. — Só saiba que eu sou um grande trovador, o melhor dessa região!

— É-é mesmo?! Que incrível! 

— Sim, sim, que tal vir comigo por um momentinho para que eu te mostre minhas poesias e cantos… Talvez possamos nos conhecer me…

Antes dele terminar a frase, um conjunto de passos pesados fez o chão temer. Só pelo som dava para reparar que não era uma pessoa qualquer, na verdade, mais se parecia com um gigantesco brutamonte — uma parede de músculos sem cérebro.

O homem repleto de cicatrizes encarou o músico da cabeça aos pés. Em seguida perguntou para a dama ao lado dele: — Algum problema por aqui, Alice?

Oh, esse grandão deve ser o namorado dela… pensou o artista. 

— Não… não. Está tudo certo, Alexsander. Estávamos conversando.

Chamou pelo nome, nada de meu bem, ou meu amor… Parece que o jogo entre esses dois ainda não foi adiante. Compreendendo melhor a situação, falou: — Boa tarde, caro senhor. Gostaria de pedir alguma melodia em especial para este humilde bardo?

Os nervos de Alexsander lhe deram um aviso, um calafrio que atravessou seu pescoço. Olhando ao redor, reparou que alguns indivíduos no ambiente o observavam com certa animosidade. Seus rostos cobertos com capuzes não deixavam brecha para gravá-los na mente, mas todos seguravam os cabos de suas armas, prontos para saltar sobre alguém.

— Não conheço muito de música. — Ele repousou a mão sobre o cabo do sabre. — Sou apenas um humilde guerreiro. — Para os indivíduos misteriosos que observavam, a mensagem era clara.

Os dois se encararam em silêncio por algum tempo e Alice observou a situação sem entender o que acontecia.

Antes que alguém falasse ou fizesse algo, uma garotinha elfa se aproximou. Ela fazia barulho enquanto respirava e seus braços e pernas tremiam de forma visível, parecendo que havia corrido sem descanso por horas.

— Alex… Alexsander, eu não consigo ficar de pé… Arf… Eu não vou conseguir.

— Você foi até 57 repetições seguidas, não é um mau começo, considerando sua condição física. Em alguns dias deve conseguir.

Após a chegada dessa elfa, o jovem rapaz imediatamente a analisou por inteiro. Uma espada velha. Apesar da roupa reveladora, é baixa, magra, sem músculos ou gordura no corpo, desprovida de curvas ou atrativos que saltem aos olhos… realmente um corpo lamentável.

— Pfft… — O bardo deixou seu desprezo escapar pelos lábios. 

Lohan obviamente notou, e não deixou isso passar em branco. — O que você acabou de…

Interrompendo rapidamente, o bardo falou: — Peço perdão, eu apenas achei… tocante, uma criança tão fofa estar tentando imitar os adultos. 

Propositalmente, o músico enunciou algumas palavras de forma diferente. O deboche estava óbvio nelas.

A elfa estreou os olhos e partículas de mana estalaram como faíscas por baixo de suas íris esverdeadas. — Parece que está precisando de alguém para pôr respeito e educação dentro dessa sua cabeça vazia.

Assim que o mago terminou de falar, uma das pessoas encapuzadas se colocou entre o grupo e o instrumentista.

Alexsander firmou a pegada no sabre, mas o movimento que o sujeito desconhecido fez em seguida não foi esperado.

— Peço perdão pelo mal-entendido, companheiros. — A pessoa fez uma reverência da cavalaria, abaixando a cabeça diante deles. — Não foi a intenção faltar com o respeito, por favor, ignorem este acontecimento.

Lohan, Alexsander e Alice ficaram surpresos com essa sequência de ações. Se submeter diante de um desconhecido e engolir o orgulho em um pedido de desculpas por outra pessoa era algo que a maioria das pessoas não faria, mesmo que uma luta de vida ou morte estivesse prestes a estourar.

Tsc — Lohan reclamou. — Falando assim, eu não tenho como reclamar. Se eu continuar, vão achar que eu sou desproporcional nas minhas ações.

O homem encapuzado ergueu a cabeça, uma barba ruiva e um olhar afiado apareciam por baixo do capuz. Ele agradeceu novamente e se afastou, levando o bardo junto com ele.

— O-o que foi isso? — Alice perguntou. Ela estava somente conversando e, instantes depois, parecia que ia acontecer uma batalha.

— Essa taverna está cheia de aventureiros. Aqueles dois devem ser do mesmo grupo. — Lohan coçou a barba inexistente e ajeitou os óculos. — Pelas ações do cavaleiro encapuzado, aquele trovador deve causar confusão com frequência.

Alexsander assentiu com a cabeça, mas a meia-elfa cabeça de vento continuava sem entender.

— Mas ele pareceu tão atencioso e compreensivo comigo. Não é semelhante ao tipo de pessoa que causa confusão. 

Ele olhou para Alice e pensou: Parece que ela não sabe o quão bonita é. Viver em um templo por tanto tempo, rodeado somente por mulheres… ela não faz ideia do que alguns homens são capazes de fazer.

Olhando para Lohan, o mago parecia pensar a mesma coisa. Alice era muito inocente.

Enquanto discorriam sobre o que acabou de acontecer, Minerva chegou. Por segurança, e para evitar que acontecesse algo como em Doverport, ele obteve algumas informações sobre o contexto geral de onde estavam.

 

☆ ☆ ★ ☆ ☆

 

Dentro de um quarto mal iluminado de uma pousada à beira do mar, o bardo encarava com olhos sérios o oceano no horizonte.

— Gostaria de me dizer o motivo de se intrometer daquela forma, Sir Cedric? Minha honra agora vale tão pouco a ponto de você se prostrar àqueles que me ameaçam? 

O homem ficou de joelhos e encostou a testa no chão. — Perdoe-me, Vossa Alteza, mas foi necessário. 

O músico deixou de encarar as ondas e o Sol poente, fitando o sujeito no chão. Sem o grande manto com capuz de antes, era possível ver uma armadura prateada, lotada de ornamentos nobres. Aquele era o equipamento pertencente a um guarda da realeza.

— Explique-se, ou serei obrigado a lhe considerar um idiota, assim como Baltmor. 

— Sim, Vossa Alteza. O motivo para este humilde vassalo agir desta forma é porque reconheceu quem eram aquelas pessoas.

As sobrancelhas do trovador se levantaram. Ele aguardou que o servo continuasse.

— Após nós completarmos a masmorra no continente de Lorun e nos dirigimos para cá, em Frostborn, eu obtive informações sobre um grupo que acessou a masmorra depois.

— Um grupo logo após… Entendo — O músico lambeu os lábios, pensando em alguma coisa indecente. — Agora eu sei de onde eu conheço aquela menina metade elfa. Aquele corpo… Sim, ele deve ser meu. Ele será meu.

O homem levantou a cabeça, mas continuou com os joelhos no chão.

— O regimento que guardava a entrada do labirinto foi completamente dizimado. Não obtive mais detalhes, pois a guilda internacional definiu que qualquer informação relacionada a esse evento era de nível ultrassecreto. 

— Completamente dizimados? Mas aqueles soldados…

— Exatamente isso que pensa, Vossa Alteza. Todos os soldados eram cavaleiros a serviço do Príncipe herdeiro do reino humano de Lorun. E, mesmo assim, tudo indica que eles assassinaram indiscriminadamente todos eles. Eles são pessoas que se tornaram inimigas da realeza daquele continente e, mesmo assim, estão aqui agora.

— Está me dizendo que eles possuem algum aliado poderoso o bastante para permitir que se tornem inimigos de um reino inteiro sem sofrer as consequências?

— Isso mesmo, vossa alteza. Se uma disputa se iniciasse, mesmo que vencêssemos a luta na taverna, viraríamos inimigos de alguém muito poderoso. 

— Isso faz muito sentido… — O bardo segurou os ombros do cavaleiro e o ajudou a se levantar. — Você fez bem, Sir Cedric. Novamente se provou meu servo mais fiel e competente. Como o sétimo príncipe do Reino Verde-Amarelo, eu prometo que irei te recompensar em um futuro não muito distante.

— Suas palavras me enchem de alegria, Vossa Alteza. Este humilde servo não merece tamanha generosidade.

— É apenas o adequado para aqueles que me ajudarem em minha missão sagrada.

O príncipe novamente encarou o oceano e o sol se pondo. Como se estivesse profetizando o futuro, anunciou: — Todos neste mundo escutarão meu nome. Do firmamento ao céu, todos saberão quem sou. Marcarei isso na história e no coração das pessoas. 

Ele começou a rir como um louco. As paredes reverberaram diante de seu discurso. 

— Todos conhecerão o imperador do sexo e o maior gênio dos cinco continentes. — Com um movimento dos braços, mais três sombras apareceram no quarto escuro. — Eu sou Flávio Curtus, aquele que terá todas as mulheres do mundo!

 

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