Luvas de Ifrit Brasileira

Autor(a): JK Glove


Volume 2

Capítulo 65: Brilho Corajoso

Kreik, perplexo com o que via, rapidamente cutucou Joabe com o cotovelo, chamando sua atenção. O amigo também olhou para frente e ficou boquiaberto. Um rubor forte emanva nos rostos da dupla, e imediatamente eles cobriram os olhos com as mãos.

Osken continuou sua explicação com muito orgulho de suas habilidades:

— Entendam o terror da minha habilidade. Enquanto vocês tropeçam e se desorientam, eu mantenho o contro... Ei, por que estão corados e tampando os olhos? O que está acontecendo? — perguntou o mago da luz, ficando irritado com a reação da dupla.

— Você ainda pergunta, seu tarado de merda? — disse Joabe, constrangido.

— Eu não curto essas coisas, tenta procurar outro que curta... Cara, você é muito nojento — murmurou Kreik, descontente.

— Do que vocês tão falando, seus idiotas? — esbravejou Osken, irritado.

— Por favor, alguém queime meus olhos e apague minha memória. Não posso mais deixar de ver o que vi! — falou Kreik, desesperado.

— Ei! Por que você está... nu, seu desgraçado? — perguntou Joabe, ainda tampando os olhos.

— O quê? Pelado? Do que vocês estão falando? — indagou Osken, surpreso e irritado.

— Isso é uma técnica para pervertidos! Cancela isso — gritou Kreik.

— Eu não vou lutar com ninguém enquanto eu vejo... aquilo balançando por aí! Ah, não vou mesmo, minha dignidade vale mais — complementou Joabe.

— O quê? Isso não faz sentido! Minha técnica não deveria... Ah, entendi. Minha técnica se aplica apenas em objetos inanimados, mas seres vivos eu não consigo alterar o brilho. Como as roupas são consideradas objetos inanimados, vocês não conseguem vê-las. Esperem, vou corrigir isso — Osken se manifestou, completamente confuso e depois envergonhado.

— Isso é ilógico. Se você ajusta o brilho, suas roupas deveriam ficar brancas, não transparentes — disse Kreik, tentando entender.

— Claro que faz sentido — gritou Osken, depois mantendo a postura séria. — Normalmente, os objetos que vemos são visíveis porque refletem a luz em várias direções. Eu apenas calculei errado meu poder e fiz com que a superfície do objeto reduzisse drasticamente a reflexão da luz, evitando difusão ou dispersão, permitindo que os raios de luz passem diretamente através dela — ele explicou, concentrando-se enquanto levantava os braços e pernas. — Pronto, minha técnica foi ajustada. Agora olhem e contemplem a real beleza do White Room.

Os garotos tiraram as mãos dos olhos e gritaram em uma só voz:

— PERVERTIDO!

— De novo, não. Eu ajustei minha técnica. Estão mentindo, eu não estou mais pelado na visão de vocês! — gritou Osken, bastante irritado.

— Agora você parece coberto de luz, igual a um manequim brilhante — disse Joabe, tampando novamente os olhos.

— É uma pena o Otto ter um pai que só elabora técnicas pervertidas — comentou Kreik, fechando os olhos novamente.

— Seus idiotas! Esta técnica não é de uma pessoa pervertida. Vou ajustar novamente — Osken se concentrou, e lentamente, suas roupas começaram a reaparecer, tornando-se visíveis novamente para Kreik e Joabe, mas mantendo o efeito geral da cegueira ao redor.

— Pronto. Corrigi o problema. Têm mais alguma reclamação?

— Tem certeza que não vai tentar nada pervertido novamente? — perguntou Kreik, ainda receoso de abrir os olhos.

— Cala a boca, seu moleque atrevido! Abra esses olhos e vamos lutar. — esbravejou Osken, irritado.

— Agora sim, muito melhor. Kreik, pode abrir os olhos. As roupas dele estão normais. Já podemos lutar de verdade — disse Joabe ao abrir os olhos, relaxando um pouco, mas ainda meio desconfortável.

— Vamos acabar com isso antes que ele resolva fazer mais algum truque pervertido — disse Kreik, montando guarda enquanto Joabe assnetia com a cabeça.

— Deixem de me chamar de pervertido, seus moleques irritantes! —Osken tossiu forçadamente para disfarçar a vergonha e falou firme, mas pausadamente: — Agora podemos lutar sem essas... distrações. Vejamos se vocês ainda vão chamar minhas Light Bombs de inúteis.

Kreik retirou um pedaço de espelho do bolso, colocando-o na mão. Mas era como se o espelho sumisse. Ele estava ali, mas Kreik não podia vê-lo. Ele jogou o espelho para o lado e comentou com Joabe:

— Se tudo está sumindo, sendo perceptível apenas como luz branca, sem distinção, isso significa que o clarão dele vai seguir a mesma lógica. Vou atacar diretamente, e você cuida da retaguarda.

Joabe assentiu com a cabeça e o mago ruivo, sentindo a adrenalina pulsar em suas veias, ativou suas luvas. Chamas potentes e ardentes jorraram de seus pés, impulsionando-o como um foguete em direção a Osken. Enquanto avançava, os olhos de Joabe seguiram seu movimento, mas ele percebeu algo estranho: “Cadê as chamas das luvas?”, pensou Joabe, perplexo. Naquela vastidão branca, o jato flamejante que impulsionava Kreik era invisível.

Kreik, concentrado em seu alvo, sentiu a potência do fogo aumentar em seu punho direito, pronto para desferir um soco flamejante no inimigo. Porém, no meio de sua trajetória, ele colidiu violentamente com algo invisível e caiu no chão, desorientado.

— Como eu bati em algo, se não há nada aqui... — murmurou Kreik, coçando a cabeça de dor.

Osken riu, sua voz ecoando pelo espaço branco:

— Tudo está onde sempre esteve. Vocês só conseguem ver a luz branca que eu criei. Os objetos, seus golpes, tudo está aqui, mas vocês só podem enxergar o completo vazio.

Joabe, determinado a não ser vencido pelo truque, soprou com força em suas lâminas, lançando um poderoso kamaitachi em direção a Osken. Este viu a lâmina de vento cortando o ar, mas apenas sorriu com os braços cruzados, demonstrando absoluta confiança. O golpe de vento acertou uma estátua invisível, despedaçando-a, mas não atingiu Osken.

Kreik, ainda se recompondo da queda, tentou mais uma vez avançar diretamente contra Osken. Ele lançou-se novamente, impulsionado pelas chamas invisíveis, mas mais uma vez, chocou-se contra um obstáculo oculto, sendo lançado para trás.

Por sua vez, o mago de Suna tentou se aproximar para um ataque corpo a corpo, mas antes que pudesse alcançar Osken, uma forte explosão de luz o jogou para longe.

— O que foi isso?! — gritou Kreik, preocupado com seu amigo.

O inimigo continuava a rir, sua voz carregada de triunfo.

— Vocês estão lutando não apenas contra os objetos do museu, mas também contra minhas Light Bombs. Elas flutuam por aí, invisíveis a vocês, prontas para explodir ao menor toque.

— Osken. Não vou deixar que Machu... — Antes de terminar a frase, Kreik foi explodido por uma bomba de luz invisível.

Kreik, determinado a encontrar uma maneira de atacar Osken, estendeu suas mãos e disparou uma série de Flaming Darts de seus dedos. As pequenas chamas cortavam o ar, mas Osken, caminhando calmamente, evitava os ataques com facilidade. Os dardos, sem encontrar seu alvo, acertavam apenas os objetos do museu. Uma estátua de mármore foi pulverizada, e uma armadura antiga foi reduzida a cinzas.

— Você tá desperdiçando seus esforços, Kreik — disse Osken com um sorriso. Ele então lançou quatro de suas Flashbangs, que explodiram em série ao redor dos pés de Kreik. O jovem foi jogado para trás pela força das explosões.

Joabe, vendo seu amigo em dificuldades, assoprou em uma das lâminas de seu bracelete, utilizando sua técnica Executioner's Blade, criando uma lâmina de vento que vibrava com energia cortante. Determinado a cortar seu caminho até Osken, Joabe avançou, brandindo a lâmina de vento com força. Ele balançava a arma com a intenção de cortar qualquer coisa em seu caminho.

— Você acha que pode me atingir assim? — provocou Osken.

Quando Joabe se aproximou, Osken derrubou intencionalmente uma complexa escultura moderna feita de dezenas de pequenas bolas de vidro. Incapaz de vê-la, Joabe escorregou sobre as esferas invisíveis, perdendo o equilíbrio. Ele caiu no chão com um baque surdo e, antes que pudesse se levantar, foi atingido por uma Light Bomb flutuante que explodiu ao seu lado, lançando-o de volta ao chão com um gemido de dor.

— Esses objetos invisíveis estão me deixando louco! — gritou Kreik, frustrado. Ele rapidamente teve uma ideia. — Se não posso ver o que está no chão, vou atacar de cima. Duvido que lá tenha alguma coisa que impeça um ataque direto!

Kreik acionou suas luvas de fogo novamente, voando até o teto, onde sabia que não havia obstáculos. Ele então mergulhou em direção a Osken, preparando um ataque surpresa vindo do alto. No entanto, enquanto descia, uma Light Bomb explodiu bem em frente a ele. A força da explosão o desviou de sua trajetória, e ele caiu pesadamente no chão, rolando até parar.

Osken, vendo a oportunidade, correu na direção de Joabe, preparando seu golpe White Glow. Ele juntou a energia da luz em seu punho, que brilhava intensamente com uma aura ofuscante. Joabe, ainda deitado, levantou-se rapidamente e se preparou para contra-atacar com sua lâmina de vento, que estava um pouco menor.

Osken corria de frente e Joabe já preparava o ataque com sua lâmina de vento, mas instantes antes de atacar, o mago de luz pulou para o lado. Joabe percebeu que havia algo ali, invisível para ele. Pensando rapidamente, ele inclinou seu corpo para mudar a trajetória do seu ataque.

— Se você desviou, é porque tem um obstáculo ali. Acha que sou idiota? — esbravejou o mago ceifador, enquanto balançava sua lâmina de cima para baixo para atacar o inimigo.

Ao descer seu braço, a lâmina travou, e Osken pulou novamente para o lado em que estava, falando com desdém:

— Acho sim que é um idiota.

O mago de luz aproveitou a abertura e desferiu seu White Glow diretamente no peito de Joabe. A força do golpe empurrou o jovem para trás. Osken seguiu com um chute poderoso, arremessando Joabe pelo espaço branco até ele colidir duramente com o chão, próximo de Kreik.

— O caminho reto não tinha nenhum obstáculo, mas eu pulei para o lado para que você pensasse que houvesse algo e mudasse a trajetória do seu ataque. Com isso, quando tentou me atacar, pensando que não havia obstáculos, seu braço acertou apenas uma estátua de pedra, o que criou uma abertura perfeita para que eu pudesse te acertar. — Osken suspirou com um leve ar de tristeza. — Vocês parecem bons garotos... Mas preciso matá-los para reaver meu filho, espero que me perdoem. Não queria ter que fazer isso, mas preciso proteger meu filho a todo custo, eu devo isso a ele e também... devo a sua mãe — continuou o mago de luz a falar, seus olhos tristes e pesados.

Joabe e Kreik estavam sangrando, gravemente machucados, tentando desesperadamente encontrar uma estratégia para superar o poder esmagador de Osken e seu White Room.

— Precisamos pensar em algo! Se a luta continuar dessa forma, vamos terminar mortos! — exclamou Kreik, ofegante.

— Não vamos morrer. Tenho uma ideia — disse Joabe, sua mente trabalhando rapidamente. — Vamos usar a sua técnica White
Room contra ele.

— O que você quer dizer? — falou Kreik com um olhar confuso.

— Nós não podemos ver nossas técnicas, mas ele pode. Então, vamos criar uma cortina de fogo para esconder nossos movimentos. Kreik, quero que crie um campo de fogo ao redor de nós dois, depois eu lanço minhas kamaitachis.

— Só uma dúvida. Como eu faço isso? — perguntou Kreik.

— Sei lá... Primeiro se concentra, depois comprime todo o poder dentro do seu corpo e um só ponto e depois expele tudo de uma vez — respondeu Joabe.

Kreik assentiu, ainda incerto, mas decidido a tentar. Ele começou a concentrar suas energias, tentando criar um campo de fogo ao redor deles. Joabe posicionou-se estrategicamente atrás de Kreik, preparando-se para soprar suas kamaitachis através da cortina de fogo.

Entretanto, enquanto Kreik se concentrava intensamente, ele sentiu algo diferente dentro dele e soltou de uma vez, todavia, ao invés de sair um poderoso campo de fogo, ouviu-se um peido alto. Joabe, diretamente atrás dele, sentiu um aroma desagradável e, furioso, gritou, dando um cascudo no amigo:

— Que nojo, seu idiota, peidorreiro! No que tava pensando? Você jogou todo um jato fedorento na minha cara, na hora que eu estava soprando minhas lâminas. Mesmo de máscara isso ainda fede. Eu vou precisar lavar essa máscara, o fedor tá impregnado nela. Seu maldito!

— Desculpa, foi sem querer, eu apenas fiz da forma que pediu! — respondeu Kreik, visivelmente embaraçado.

Enquanto a dupla dicutia, outra explosão de Light Bomb os atingia. E Osken, vendo a situação de longe, apenas ria alto.

— Vocês dois são patéticos! — Osken começou a sentir um cheiro estranho e põe rapidamente as mãos no nariz. — Nossa, que fedor! Seu moleque fedorento, o que você anda comendo? Só pode ter um gambá morto no seu estômago.

— Melhor ter peido fedorento do que ser um pervertido — zombou Kreik.

— Eu já disse que aquela situação embaraçosa foi um erro de cálculo! — gritou Osken irritado, com todo o ar dos pulmões. — Ai, que fedor! Parece até que eu comi merda! — comentou o mago de luz, tampando o nariz e cuspindo no chão ao sentir o ar fétido entrar pela boca.

— Esquece isso, Joabe. Se quer um campo de fogo, vou fazer um, mas do meu jeito! — disse Kreik, decidido.

Ele ativou novamente suas luvas e começou a girar em alta velocidade ao redor de Joabe, criando um turbilhão de fogo que os cercava. As chamas giravam em um círculo ardente, tornando difícil para Osken ver seus movimentos com clareza.

Por sua vez, Joabe apenas via o amigo girar 360 graus, ficando boquiaberto com a estratégia estúpida, mas eficaz.

— Vai logo! Já tô começando a ficar tonto — esbravejou o ruivo.

Joabe, retomando a concentração, aproveitou o campo de fogo e soprou em suas lâminas com todo o ar que foi capaz de inalar.

— Vejamos como ele responde a isso. Dança das Kamaitachis!

Uma quantidade absurda de lâminas de vento, pequenas e velozes, envoltas em chamas, foram lançadas em todas as direções. Elas cortavam o ar como navalhas incandescentes, movendo-se imprevisivelmente pelo espaço branco.

Osken, percebendo o perigo iminente, tentou se defender, mas a cortina de fogo dificultava sua visão e as lâminas de fogo vinham de todas as direções, forçando-o a se contorcer e esquivar continuamente. Ele foi atingido repetidamente pelas kamaitachis flamejantes, suas defesas sendo gradualmente destruídas.

O impacto das pequenas lâminas de vento incendiárias da Dança das Kamaitachis de Joabe, combinada com o campo de fogo giratório de Kreik, deixou Osken em um estado lamentável. O brilho ofuscante do White Room começou a desvanecer, revelando gradualmente a verdadeira aparência do museu.

— Kreik, pare de girar! — gritou Joabe, vendo que Kreik estava ficando tonto.

O mago da luz estava agora de joelhos, ofegante e coberto de feridas. As chamas e as lâminas cortantes haviam deixado marcas profundas em sua pele, e cada movimento parecia lhe causar uma dor excruciante. Ele olhou para o chão, observando as gotas de sangue que caíam de suas feridas e se misturavam ao pó e aos destroços das antiguidades destruídas.

O jovem portador do Ifrit, também estava exausto. Ele tinha desacelerado bruscamente de sua rotação, suas pernas vacilando enquanto tentava manter o equilíbrio. Suas mãos tremiam de cansaço, e ele cambaleou, quase caindo sobre os joelhos. Os olhos de Kreik estavam fixos em Osken, sua determinação ardente ainda brilhando, apesar de seu corpo frágil e dolorido.

O mago assassino de Suna, lutava para se levantar. As explosões das Light Bombs de Osken o haviam deixado atordoado, e seu corpo estava coberto de pequenas queimaduras. Ele trocou um olhar com Kreik, ambos reconhecendo a gravidade da situação e o quão perto estavam da derrota, mas também sabiam que Osken estava à beira do colapso.

O White Room de Osken se dissipou por completo, e os três lutadores puderam finalmente ver o estado devastado do museu. Estátuas derrubadas, artefatos históricos destruídos e poeira no ar compunham a paisagem ao redor. O som da respiração pesada e dos gemidos de dor preenchia o espaço silencioso.

— Acabou, Osken. Renda-se, nós vamos te ajudar a recuperar seu filho, confie em nós — falou Kreik, ofegante.

— Estão falando sério? Realmente vão me ajudar? — respondeu Osken em situação similar.

— Vamos sim. Vem, eu te ajudo a levantar — respondeu Kreik, avançando na direção do oponente e estendendo a sua mão em sinal de auxílio.

Joabe achou estranha a mudança repentina de postura de Osken e percebeu um brilho de determinação no olhar do mago inimigo, com um leve sorriso malicioso.

— Kreik, não se aproxime, é uma armadilha! — gritou Joabe.

A batalha ainda não ia terminar. Osken aproveitou a guarda aberta de ambos e usou um Radiant Flash, cegando temporariamente ambos. Apesar de suas feridas, o pai de Otto não estava disposto a se render. Com uma expressão de determinação feroz, olhou para Kreik e Joabe.

— Vocês são persistentes — disse Osken, sua voz rouca e fraca — mas eu ainda posso lutar.

Ele levantou-se com dificuldade, seus joelhos vacilando. Osken sabia que precisava de uma nova estratégia, algo que pudesse dar-lhe uma vantagem final contra seus oponentes. Seus olhos percorreram rapidamente o ambiente até que encontraram uma escada de acesso ao telhado, um lugar onde ele poderia usar o espaço aberto a seu favor.

Com um último olhar de desafio, Osken disparou em direção à escada de acesso ao telhado, movendo-se o mais rápido que seu corpo ferido permitia. Kreik e Joabe, percebendo a intenção do oponente, deram as mãos, e Kreik usou os jatos de fogo dos seus pés para voarem pelo teto, chegando ao telhado.

O mago corria pelas escadarias até finalmente alcançar o topo e emergir no telhado. Contudo, Kreik e Joabe já o esperavam. Sob o céu escuro, com nuvens densas, a luta deles ganharia um novo capítulo.

— Pensou que ia fugir? — comentou Joabe, confiante.

— Quem disse que eu pensava em fugir? Apenas precisava respirar um pouco de ar puro — murmurou Osken, sua voz carregada de determinação e cansaço. — Preparem-se, aqui é onde tudo termina.

Os três adversários se encararam sob a luz fraca das poucas estrelas que brilhavam no céu. Este seria o palco final de sua batalha, onde cada um deles colocaria tudo em jogo para decidir o destino de seus próprios caminhos.

Osken esticou os braços, apontando-os ao chão, e em seguida os cruzou, verbalizando:

— Eu não queria ter que usar essa técnica. Mas não tenho escolha. Conheçam o meu trunfo. Brave Shine (Brilho Corajoso)!

O mago gritou com toda a sua força, descruzando os braços e esticando-os em diagonal. Ao fazer isso, feixes de clarão se irradiaram de seu corpo em todas as direções, cegando tudo e todos ao seu redor. Conjuntamente com os clarões, foram lançadas aleatoriamente diversas flashbangs, também em todas as direções. O telhado do museu foi banhado por luzes e explosões ofuscantes, tornando quase impossível para Kreik e Joabe verem ou se orientarem.

Joabe soprou em seus braceletes laminados e começou a lançar kamaitachis no intuito de bloquear os clarões e se proteger. Kreik, tentando ganhar tempo, disparou rajadas de fogo, tentando contrapor os feixes de luz. A luta parecia desesperada, com os dois heróis, com os olhos fechados, resistindo ao máximo.

Então, uma ideia surgiu na mente de Kreik. Ele gritou para Joabe:

— Joabe, aguente firme! Continue distraindo ele. Eu tenho um plano!

Kreik, ainda de olhos fechados, deu um soco no chão, caindo do telhado e retornando ao ambiente do início do confronto. Joabe ficou sozinho tentando conter a técnica de Osken. Embora ele conseguisse repelir muitos feixes de luz, ainda assim, pouco a pouco, ele era golpeado, principalmente porque o vento de suas lâminas já estava precisando de recarga.

— Merda! Os ataques deles são mais rápidos que minhas kamaitachis. Desse jeito, não vou aguentar... Não posso morrer aqui, ela ainda me espera. Eu irei salvá-la, Mãe! Desculpe, sei que odeia essa técnica, ela foi o motivo da desgraça da nossa família... Mas já que ninguém está olhando, vou ter que usá-la... Asura's Greed (Ganância de Asura)!

Algo mudou no corpo de Joabe, mas não era possível identificar devido aos clarões que ofuscavam tudo. Contudo, após essa mudança, a quantidade e potência dos kamaitachis aumentaram exponencialmente. El conseguia assoprar em suas lâminas e revidar cada um dos feixes de luz, assumindo uma força e velocidade impressionantes.

Kreik, na parte de baixo, esfregava os olhos incessantemente, esperando sua visão retornar. Enquanto isso, Joabe ficava sem energia e forças, mal conseguindo resistir, ao passo que Osken liberava todo o seu poder, levando seu corpo à exaustão.

A visão de Kreik retornou. Ele se posicionou abaixo de Osken, concentrou todo o seu poder mágico no punho direito, que ficou encoberto de uma aura poderosa de fogo, e olhou para cima.

Com um grito de determinação, Kreik, com jatos de fogo saindo dos seus pés, explodiu todo seu poder para cima, atravessando o telhado e desferindo um Uppercut Ígneo no queixo de Osken.

O impacto foi devastador. Osken foi lançado para trás, caindo no chão do telhado, derrotado e inconsciente. Joabe, vendo a derrota do inimigo, cancelou sua técnica automaticamente, retornando seu corpo ao estado original e mantendo seu poder em segredo.

O telhado do museu estava em silêncio, apenas com o som do vento e o brilho suave da lua. Kreik e Joabe, quase sem forças, se aproximaram de Osken, que estava deitado, sem forças para continuar.

A dupla respirou aliviada, ainda ofegantes da batalha intensa. Eles se encararam, com um misto de cansaço e satisfação, enquanto olhavam para o museu agora silencioso abaixo deles.

— Conseguimos... Dessa vez, acabamos com ele — disse Joabe, ainda sentindo o peso da luta e com a respiração profunda.

— Sim, agora temos que encontrar o Otto e entender o que realmente tá acontecendo — respondeu Kreik, já pensando no próximo passo, entretanto, os dois caíram no chão, cansados, sem forças para levantar.

 

 

 

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