Ladrão de Poderes Brasileira

Autor(a): Crowley


Volume 2

Capítulo 97: A Escolha de Lado

No meio da arena, sob os olhares de uma multidão de gente, o primeiro a levantar foi San, seus ossos resistentes e cair em cima de Francis o ajudaram a amortecer a queda. Ao verem seu rosto coberto, pessoas gritaram e abriram passagem para fugir. No entanto, uma boa parte permaneceu no lugar, petrificados, a curiosidade vencendo.

Seu adversário demorou segundos, já de pé, seus soldados corriam para entrar na arena, mas em um aceno de mão, os parou. Erguendo o rosto, gritou:

— Meu público! Esse é o diabo que ri, das lendas nas ruas, o assassino de mutantes. E hoje, em nome das suas vítimas, vou o matar!

Gritos o acompanharam, e a plateia foi à loucura. San nem tentava sacar a espada, nas vezes anteriores, Francis o impedia o atacando, e uma parte de si temia o inimigo pegar a arma e usar contra.

Erguendo os punhos, ignorou os insultos a ele e se preparou. Seu oponente usou os poderes de eletricidade e surgiu à sua frente, mirando no rosto.

Prevendo ser esse o alvo, San levantou o braço e defendeu, revidando, esmagando seu nariz. Desorientando o inimigo, disparou um tiro de energia na barriga, um forte.

Empurrando até o limite da arena, Francis, irritado da humilhação pública, juntou as duas mãos, e a energia ao redor diminuiu, as lâmpadas enfraqueceram e piscaram.

Da palma das suas mãos, eletricidade saia, descargas enormes e poderosas. Sabendo o que viria a seguir, San estendeu a mão e concentrou boa parte da essência.

Dispararam juntos, os dois poderes voando e rápidos. Colidindo, explodiram, formando uma esfera e formando um vento forte, empurrando a multidão, e os dois na arena arremessados.

Uma nuvem de poeira tampo a visão, impedindo de ver, felizmente ou infelizmente, sumiu em segundos, dando espaço a um Francis no outro lado, pálido, fraco e sangrando bastante, contudo, já de pé, e de punho erguido.

Forçando ao máximo o seu corpo a ficar de pé, San tentava de tudo. Sua armadura boa parte destruída, a parte de cima sobrando somente a roupa escura, os braços, feridos e expostos.

Quase de pé, Francis cambaleou levemente e em um passo, a eletricidade saiu do seu corpo, avançando novamente.

Incapaz de desviar, San usou os braços de escudo, caindo no chão. Aproveitando o breve momento de recuperação do seu oponente, ficou de pé.

A força do seu inimigo diminuiu, os ferimentos e essência baixa dificultando, só sobrando o mano a mano. Para San, ainda sobrava essência, o problema era desconhecer a quantidade do oponente, e tendo descoberto uma coisa nesse embate, era que esse cara é um enganador, podia muito bem ser só fingimento.

Soltando um suspiro pesado, avistou a multidão gritando, o insultando e amaldiçoando. “Lá se vai a ideia de ficar em segredo.” De mãos erguidas, ambos avançaram.

Ainda que esteja sem os poderes, Francis é rápido nos seus golpes, o corpo de mutante superando em muito o de um humano, e o de San.

Os dois lados se batiam de frente, um aproveitando a velocidade e o outro as técnicas. Mesmo assim, San via a dificuldade, perto de perder repetidas vezes.

Ocasionalmente Francis usava o seu poder, atingindo San, o forçando a revidar. Sob uma barragem de socos, viu o ataque elétrico do seu inimigo, e sem hesitar, moveu um poder do cérebro ao coração.

Reunindo o som da plateia ao redor, abriu a boca e soltou um grito, forçando todos a tamparem os ouvidos, aproveitando a oportunidade, se jogou nele, socando desesperado.

Em alguns segundos, Francis abriu os olhos irritados, disparando um  raio e arremessando San no ar. Caindo rapidamente, pegou outro poder, e a poucos centímetros do solo, plantas cresceram rapidamente amortecendo.

Rapidamente, viu o punho de Francis ficar coberto por eletricidade, a velocidade aumentando exageradamente e acertando o peito do seu inimigo, jogando longe.

Quase caindo, a mente de San pensava apressadamente, incapaz de saber o que fazer, reconhecendo estar perdendo, a sua desvantagem de velocidade e força aparente.

No meio de ideias malucas e socos recebidos, seus olhos percorreram a arena, dessa vez vendo de verdade. O chão coberto de sangue, espalhados aleatoriamente.

Francis tinha cortes no seu corpo inteiro, fazendo poças de sangue só de ficar parado por um tempo. Na hora, teve uma ideia arriscada, e abriu um sorriso grande, refletindo na sua máscara.

Estendendo a mão, concentrou sua essência do cérebro a movendo para o coração, ligando ao órgão e ativando a habilidade copiada.

Francis atacava igual um animal, a multidão comemorava, chorava na sua vitória, ganharia, venceria o assassino, e ninguém o desafiaria depois disso.

Ao ver a mão estendida do mascarado, imitou o gesto. As lâmpadas no teto perdendo a luz, ativando o poder de eletricidade. Pretendia terminar a luta no combate, mas reconheceu ser arriscado, e dessa vez usaria tudo de si.

A eletricidade cresceu na sua mão, formando uma lança de raios. O seu melhor ataque, o mais rápido e forte. E enquanto isso, nada apareceu na mão do seu oponente, continuava parado, o seu corpo tenso.

Sorrindo animado, inclinou o corpo pronto para atirar, os gritos cresciam, entrando em um ouvido e saindo no outro, imaginando ser para o incentivar, até de repente, perder o controle da sua essência e desfazer a lança.

Arregalando os olhos surpreso, se perguntava o que estava acontecendo, até sua consciência perceber uma ponta vermelha saindo do seu peito. Deveria ter escutado os gritos da plateia, o avisaram.

San caminhou calmamente até ele, vendo os seus olhos atônitos, ainda incapaz de acreditar no que via. De mão abaixada, ordenou o sangue espalhado na arena ir a sua mão, formando uma lâmina, e cortou seu pescoço, permitindo cair no chão.

Sorrindo aliviado, notou o povo mantendo silêncio, espantados. Virando o rosto a Francis, via a ponta vermelha sumir, voltando a ser sangue.

Havia usado a habilidade copiada de Liz, e realmente achou que seria seu fim, o controlar era mais difícil do que esperado.

As veias do corpo inteiro de Francis escureceram, os olhos esbranquiçaram e uma convulsão iniciou, espalhando sangue na arena inteira. A boca abriu, querendo gritar, e nenhum som saiu.

Demorou até seu fim, e aproveitando esse tempo, usou o restante do poder de controlar sangue para atrair o seu, derramado na luta, voltando ao dono original, seria arriscado deixar essas pista pra trás. San sentia o poder subir ao cérebro, fixando. Olhando ao redor, sabia estar encrencado, havia acabado de matar o chefe dos homens ali e o dono da festa. No entanto, teve uma ideia.

Usaria a fama de Francis, o fato dele ser um mutante forte e temido. Puxando ar, riu de leve, e aumentou a uma risada frenética, ecoando no lugar.

— Quem é o próximo? Tô doido pra matar uns mutantes! — Involuntariamente, se afastaram. — É você?

Apontou o dedo a um dos guardas, que tremeu e saiu correndo.

— Bem, e você?

Repetiu, estufando o peito. Em uníssono, deram um passo atrás

— Tá legal, então vou indo, ainda tenho presas pra essa noite.

Dirigindo a porta de saída na arena, caminhou entre os drogados, abrindo metros de espaço só de chegar perto. Numa hora, um guarda corajoso levou a mão à cintura.

San virou a cabeça em sua direção e os olhos brilharam.

— É você? — A voz soando assustadora e desumana

Tirando a mão, abaixou a cabeça. San saiu, irradiando medo por onde passava.

No vão da porta, virou na direção dos observantes paralisados, e disse:

— Agora, não é mais uma lenda urbana o meu nome, o próximo a usar crianças ou usar seus poderes de forma ruim, vou atrás!

Batendo a porta, tão alto quanto um relâmpago, foi embora, deixando o povo temendo ele voltar, e as câmeras o gravando desligando.

Subindo as escadas do seu apartamento, San deixava uma trilha de gotas de sangue, e preenchendo o corrimão em vermelho, despreocupado de atrair suspeitas dos vizinhos, na verdade isso nem sendo tão estranho.

Zonzo, destrancava a porta, errando repetidamente até dá. Entrando, precisava forçar a mente a ficar ligada, e soltando seu equipamento, a máscara já em forma de pulseira a tempos, e tirando as roupas, viu seus ferimentos.

Ignorando as várias cicatrizes, o peito tava uma boa parte roxa, as costas cortadas e feridas. Suspirando, pegou uma maleta branca e sacou curativos, o cobrindo e dando ponto.

Poderia ir correndo a ala médica do campus, contudo, seria suspeito aparecer machucado umas horas depois do diabo ter sumido, atraindo suspeitas.

“Só preciso aguentar uma dorzinha, em uns dias me curo.” Tapado de bandagens, pôs a camiseta e sentou na sua poltrona, fechando os olhos. No silêncio da noite, escutava a chuva lá fora, acalmando sua mente e agitação interna.

Em um período de tempo desconhecido, abriu novamente os olhos, revelando um sorriso. Só de lembrar da sua batalha, por algum motivo se sentia animado, repassando na sua cabeça os acontecimentos e o fim, a sua performance e habilidades, considerando o que deveria melhorar.

Nisso, repassou a parte da máscara querer o dominar escondia, apertando contra o crânio, o tentando a usar aquele poder ruim, o dominar. Conseguiu resistir por pouco, sua força de vontade quase incapaz de suportar a tentação.

Na verdade, isso tem se tornado pior. Nos menores sinais de raiva, a máscara queria o dominar, e começou depois de matar aquele demônio, ganhando uma consciência mais independente e inteligente.

Repetindo mentalmente, salientava a importância de negar esse poder, o risco. Passando para o restante da luta, reconheceu ter cometido alguns erros, tendo se arriscado demais e se revelando na frente de tanta gente, obviamente sendo gravado e o que era rumores na rua, viraria uma história espalhada entre todos nos bairros pobres e ricos.

Por um momento, considerou qual dos nomes era mais temido, o devorador de almas ou o diabo que ri. A resposta era clara, um lado sendo caçado por inúmeras cidades, grandes famílias e o governo, e o outro é só um novato, tendo ficado conhecido recentemente.

“Qual é, ficar famoso por matar gente é ruim, na verdade espero nunca ter uma fama dessas.” Sentado tranquilamente, escutou de repente uma batida na sua porta.

Sentindo ser um mutante, arqueou as sobrancelhas, tendo duas opções em mente: Floki, curioso ou já sabendo do desfecho, ou o seguiram, sendo bem improvável um seguidor bater educadamente na sua porta.

— Entra. — Deu um pequeno grito.

A maçaneta girou rapidamente, e passando correndo, Floki bateu a porta nas suas costas. O rosto era uma animação enorme, um sorriso radiante, os cabelos molhados e os olhos brilhando.

— Você conseguiu, Você conseguiu, Você conseguiu!!

O seu grito se espalhou no apartamento inteiro. Independente da chuva forte do lado de fora, Floki ainda vestia roupas estranhas e aleatórias.

Uma camiseta listrada, camisa aberta xadrez, meias de cores diferentes, sandálias e um óculos escuros na cabeça. Ignorando isso, já acostumado, escutava as palavras apressadas saindo da boca do companheiro.

— Ah, foi incrível, uma luta violenta e repleta de revés. Por um momento achei que ia perder, mas aquele final, da poça de sangue nas costas dele, maravilhoso!

Erguendo a cabeça surpreso, franziu as sobrancelhas, surpreendente dos detalhes certos do Floki.

— Pera aí, como sabe de tudo isso, tava lá?

Bufando achando graça, respondeu:

— Sua luta tá na internet, meu amigo.

Abrindo a boca, sua mente funcionava a milhão, considerando as câmeras jogadas na sua direção, sabendo que havia sido gravado. Porém, a parte de estar na internet foi um pouco inesperado, considerando a velocidade.

Percebendo a surpresa do amigo, Floki adotou uma postura reta de professor, simulando uma voz de explicação:

— Uma das formas de arrumar dinheiro de Francis era as lutas clandestinas gravadas. Vendiam na parte escura da internet, pra essas pessoas que gostam disso, e quando caíram do teto, acontecia uma dessas, sendo transmitido.

Estalando a língua, amaldiçoava Francis até na morte. Entendendo ser ruim sua situação, deveria agir livre de ferimentos na frente de qualquer um pelos próximos dias.

Ainda irritado, falou a Floki:

— Obrigado por vir aqui pra me parabenizar, pode ir embora.

Floki o encarou por um tempo, a sua animação diminuindo. Pegando uma cadeira simples e ficando na frente de San, falou:

— Vim falar que já me decidi entre qual lado ficar, o seu ou o do Dean.

Tentando esconder o desconforto, engoliu em seco. Sua ideia era aguardar até seu estado voltar ao normal e ouvir a resposta. Até la sua condição seria o suficiente para os planos seguintes.

O primeiro passo era usar das habilidades de Floki, o seu teletransporte e contatos no mundo do crime para roubarem juntos a esfera de Dyson.

Se Floki escolhesse o seu lado, continuariam a trabalhar juntos realizando trabalhos diversos, auxiliando o parceiro de negócios. Caso fosse o de Dean, San o eliminaria.

Poderia ser um pouco extremo, arriscado e um prejudicial para o futuro, e uma das coisas mais importantes, teria de se alinhar às suas regras.

Floki encaixa um pouco: traficante de drogas, chantagista, talvez um assassino. O ruim é que esses assuntos são pequenos, nada ao ponto de chegar a matar o cara.

Esse foi um conflito que San teve passado ultimamente, e mesmo assim já decidiu.

Sendo encarado pelos olhos sérios, algo raro, manteve a calma, aguardando a resposta.

Hesitante, Floki pensou um pouco, organizando as palavras, abrindo e fechando a boca, desconhecendo por onde começar. Tomando coragem, falou:

— Nasci em uma das grandes famílias, os portum. São rígidos, igual a todas as outras, e eu, uma decepção. — Parou um pouco, lembrando as memórias. — Meu pai, um membro oficial, morreu em uma missão, a minha mãe, uma mulher simples, foi expulsa, me deixando pra trás.

“Cresci sendo tutorado pelo meu avô, um homem gentil e estranho, peguei suas manias também. Era lembrando constantemente que se eu despertasse as habilidades de teletransporte, seria morto por ter o sangue da minha mãe.

“Me conhecendo, sabe que adquiri esse poder, junto com um de criar poções especiais. Então, um grupo de jovens, me pegou e arrastou até um penhasco, me jogando de lá. Consegui sobreviver, minhas poções salvando prevenindo a morte.

“Lá embaixo, sozinho e no escuro, achei estar livre, nada de família ou inimigos, eu e o mundo. Um sonho bobo, me descobriram e caçaram. Tive de fugir por dias, usando tudo de mim, e sem surpresa, me encontraram.

“Me espancaram, uma criança, até quase morrer. De repente, o ar esfriou, e uma sensação de ser observado veio. Dean, passando lá me viu e foi curioso saber o motivo. Queriam o matar, e sinceramente, foi a maior demonstração de força que já vi na minha vida. Eliminou quatro mutantes fortes em um estalar de dedos, e nisso, me salvou, prometendo ajuda e uma cidade segura, isolada.”

Ficando quieto da sua história, San o encarava, as mãos cruzadas, e uma pequena raiva querendo o dominar. Na sua cabeça, já era óbvio o escolhido, salvador da sua vida.

Nesses pensamentos, repassava a parte do poder do Dean, sendo capaz de matar mutantes tão facilmente, a força necessária disso, e ainda fez a grande família Portum baixar a cabeça e ignorar, afinal de contas, ele ainda tá vivo por aí, andando e continuando a matar.

Inconscientemente, fez uma comparação consigo, entendendo faltar muito pra sequer bater de frente contra um poder desses. Dean percorre cidades matando mutantes, livre de jurisdição ou responsabilidades, sendo capaz de aprender e dominar facilmente.

O lance era que esse poder ainda era incapaz de viver confortavelmente. Todos o perseguem, e não consegue se livrar deles, sendo obrigado a se esconder e fugir. Soltando uma pequena risada, pensou: “É, dentro dele deve ter vários poderes, mas o número de membros de uma família são enormes, e ele é sozinho.”

Dispersando esses pensamentos e deixando para depois, viu a expressão difícil no rosto de Floki. Soltando um suspiro, disse:

— Eu entendo a sua escolha, infelizmente, teremos só um a trabalho a mais.

Estendeu a mão, não querendo copiar o poder, sabendo já ter feito uma vez e era impossível repetir isso.

Floki evitou a mão, lambendo os lábios secos.

— Ainda tenho que falar.

Meio confuso, recuou e esperou ele terminar.

— Depois de ser salvo e envelhecer, implorei ao seu pai… ao Dean, que me ajudasse na minha vingança. Descobri que depois de ter sido considerado morto, mataram meu avô, e minha mãe, simularam um suicídio.

Cerrando firmemente os punhos, Floki irradiava raiva, seus olhos semelhantes a de um animal.

— Eles se acham acima de tudo, os melhores, são uns porcos. Seu pai recusou o meu pedido, falando que a vingança me corromperia, então comecei a seguir ele, acumulando feitos e sempre implorando ajuda, sendo negado.

Erguendo a cabeça, olho a olho em San.

— Me diga, Santiago, ajudaria na minha vingança? Exterminar uma família inteira dos grandes.

Mantendo o silêncio, pensava nisso, achando curioso do Dean recusar uma vingança, as palavras usadas. Ele estava em uma rota de vingança, abandonou sua esposa e filhos, e fala isso a outros.

“Seria um reconhecimento que fez errado na sua escolha?” Sinceramente, San pouco se importava no motivo do Dean negar, porque ganhou um aliado importante.

Inclinando o corpo à frente, sorriu de forma sádica, os olhos brilhando em vermelho.

— Desde que sejam culpados, mato qualquer um, e em troca, você me ajuda a eliminar qualquer obstáculo, obedecendo aos meus comandos, tá de acordo?

Estendeu a mão, aguardando a resposta do companheiro. Floki mal pensou, apertou firmemente.

— Só mandar.

Recostando no sofá, San sorria satisfeito, tendo ideias para o futuro. Sabia ser complicado esse feito, mas ele planejava ter força, uma tão grande que ninguém o desafiaria, e matar um dos grandes demonstraria isso.

Só precisava armazenar poderes e experiência, e isso ele teria chances de sobra, seja na academia, no exército ou matando os seus alvos.

Para Floki, tendo feito uma aposta no novo, sabia que demandaria tempo até o companheiro ter a força necessária, seria um investimento. Arriscado, considerando quantos perigos esse sujeito passava, e ainda assim, sua melhor oportunidade.

Ambos pretendiam se usar, gastando seus recursos e corpos, para no fim, ambos quererem vingança e poder.



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