Volume 2
Capítulo 126: Dois Contara Um
Ficando de frente contra os dois robôs grandes, esperou, procurando a melhor forma para atacar, finalizando-os rapidamente.
Do contrário de San, os dois guardas começaram os seus movimentos, avançando apressados, erguendo as suas espadas de energia, derrubando contra o invasor.
Vendo os movimentos, San teve de forçar o corpo a acelerar, pois os ataques foram mais rápidos do que o esperado.
Pulando para trás, a lâmina azul passou por pouco na sua frente, e antes de sequer ter tempo de raciocinar, o segundo oponente veio, visando cortar a sua garganta.
Interceptando o ataque, colocou a cimitarra na frente, batendo de frente. No primeiro contato, uma força enorme impulsionou San.
Empurrado, derrapou para longe, precisando controlar seus movimentos para impedir de cair.
Parando a alguns metros, deu uma breve olhada na sua mão, tremendo, causada do impacto. Virando o rosto de leve, confirmou estar no limite da área, um passo, e os sensores seriam ativados, chamando a academia inteira.
Cerrando os punhos, olhou para frente, seus inimigos caminhando para si. Em um olhar sério, deu um passo em frente, decidido a acabar com isso.
De volta ao meio, uma espada vinha mirando no peito. San agiu imediatamente, passando por baixo, ouvindo o som de metal raspando, ficando de frente contra um deles.
Desferindo um ataque, acertou a sua barriga. Só ocorreu de provocar faíscas. Raciocinando o que fazer, teve uma ideia de segundos.
Um soco veio ao seu rosto, e dessa vez, devido à proximidade, canalizou essência no seu corpo, o energizando e aumentando a velocidade.
Abaixando por pouco, desviou, mas sempre mantendo uma proximidade, nunca ficando longe, ainda que o seu oponente tentasse recuar.
Ficando durante essa por um tempo, controlava para evitar atacar, sabendo que iria dar uma chance para revidarem de volta, tendo uma abertura.
Subitamente, o som de passos pesados veio nas suas costas, o segundo, apressado e violento.
A espada azul foi para o meio da sua cabeça, em uma velocidade e forças enormes, causando um arrepio de preocupação em San.
Tirando isso da cabeça, movimentou a essência e se concentrou na arma vindo. Ativando a sua telecinese, e posicionando o corpo para baixo, a moveu para cima.
Independente do controle forçado, San só moveu a direção do ataque, ainda mantendo o poder do golpe, e por isso, foi tão efetivo ao acertar a armadura preta do parceiro robô.
Um som enorme de metal sendo cortado ecoou, e em seguida, uma batida no chão. Querendo ver o resultado do seu plano, San virou de leve a cabeça, avistando o corpo inteiro do seu alvo.
Isso só podia significar duas coisas, ou o acertaram em um local crítico, esse sendo o peito, ou a força da espada de energia era realmente poderosa.
Infelizmente, nesses segundos em que perdeu analisando o derrotado, o segundo robô agiu, desferindo um soco com a mão livre.
Acertado diretamente na barriga, uma tontura dominou San, e o seu corpo, sem rumo, voou na sala, acertando bem na porta em que queria entrar.
De quatro, respirava pesadamente, um gosto de sangue na boca, e a vontade de vomitar sendo suprimida. Esse golpe foi pior do que mutantes com poderes de força, e tinha a defesa da sua armadura.
O som de passos veio, cada vez mais perto. Erguendo o rosto, o robô grande empunhava a lâmina brilhante, sua postura forte e estranhamente confiante.
“Eles tem mente própria?” Balançando a cabeça para tirar esse tipo de pensamento da cabeça, concentrou no seu objetivo.
Voltando a ficar de pé, limpou um rastro de sangue na boca, e apontou a cimitarra. “Só consegui derrotar um por causa do outro, e agora só sobrou um. Como o vencer?”
Martelava ideias na cabeça, planos elaborados, apressados, desesperados. Tantas opções, poucas chances, e a preocupação de gastar a sua essência.
Cerrando os dentes, avançou, ficando de frente contra a máquina, atacando com a sua cimitarra.
San desviou, tentou atacar e só ricocheteou contra o metal, e continuou tentando. O seu oponente, complicado, tendo uma força monstruosa, pecava na velocidade.
Aproveitando dessa vantagem, San prosseguiu desviando e revidando, procurando oportunidades de o derrotar.
O embate durou um tempo considerável, o fazendo suar, ofegar e considerar se tomou a decisão correta.
Vendo estar só piorando o seu estado, recuou. San pensava em métodos de o derrotar, uma forma de conseguir melhorar, até um simples corte já seria uma vitória.
Batendo a cabeça, parou, vendo o seu relógio. Sacro é uma inteligência artificial, capaz de obstruir o sinal dessa sala, impedindo de enviarem mensagens.
Uma ideia veio na sua mente, chegando os olhos a brilharem. O robô tava um pouco longe, se aproximando, teria de agir.
Fechando os olhos, focou somente nos seus poderes, mais precisamente, o único capaz de ajudar a resolver esse problema.
Ativando a sua eletricidade, não a fez envolver o corpo, melhorar sua força ou coisa parecida, só focou no seu sentido de eletricidade, sentindo tudo tecnológico perto.
Um amontoado de informações veio, nublando a sua mente. Sacro tava certo, o labirinto tava cheio de tecnologias perigosas, e qualquer um proibido de entrar seria avistado.
No entanto, para tanta coisa dessa, teria de ser uma fonte de alimentação potente. Prestando atenção dobrada nisso, avistou de onde vinha a energia para manter tudo ali.
San via a eletricidade voa no ar, passar por cabos através de paredes. Cada tecnologia nesse labirinto, foi energizado por um objeto, que estava atrás das portas enormes, e isso incluia o robô.
Procurando a fonte de energia dele, avistou um tipo de fio, invisível a qualquer um. Entrava no seu peito e voava até a porta, entrando.
Suprimindo um sorrido, descobriu uma forma de o vencer, só teria de pôr em prática.
Abrindo os olhos, o seu inimigo já estava na sua frente, a espada erguida a cima da sua cabeça, derrubando para eliminar o invasor.
Avançando, sem poder ou habilidade, San estendeu a sua mão, tocando no peito metálico.
Como uma tesoura, usou a sua mente para cortar o fio, e na hora em que fez isso, o corpo inteiro do robô parou. A espada perdendo força, as engrenagens dentro parando.
Dando um leve empurrão, o guarda caiu para o lado, e o vencedor foi decidido. No seu interior, descobriu uma nova forma de usar o seu poder, e sentia ter dado um passo além para o dominar.
Faltava aprender muitas coisas, mas era um começo.
Lembrando de repente de Floki, foi ver o seu estado, e talvez o ajudar.
Ao pôr os olhos no amigo, San parou, contemplando o parceiro, realmente admirado do seu jeito de luta.
Segurando duas adagas, o material desconhecido, pois conseguia cortar o metal dos dois com canhão, lutava simultaneamente.
Toda vez que um canhão era apontado contra Floki, até disparado, usava da sua habilidade e se teletransportava, e estranhamente, sempre ia para uma boa posição estratégica.
Desviando de um tiro, apareceu diretamente no teto caindo em alta velocidade. Girando o corpo em pleno ar, apontou as duas adagas para baixo.
Acertando em cheio o seu alvo, cravou na cabeça de um, soltando peças e faíscas. Sequer tendo tempo de arrumar sua posição, um tiro veio, e ao invés de ser só um, vários ao mesmo tempo.
Sumindo novamente, teleportava entre pontos, os desviando, aparecendo para evaporar no ar em seguida.
Em cada teleporte, chegava mais porto do seu alvo. Então, girando o corpo no ar, arremessou uma das suas facas, acertando no meio do canhão.
Finalmente na frente do alvo, quebrado, acertou a barriga dele, subindo até o peito finalizando o seu oponente.
De longe, San cuidava cada detalhe, aprendendo. Talvez um dia tivesse o poder de teletransporte, e poderia usar essa demonstração para se melhorar.
Ou, um dia, teria de enfrentar um inimigo com essa capacidade, e teria de saber do que era capaz, e o seu perigo.
“Para lutar contra ele, eu teria de dar um jeito de impedir de se aproximar. O relâmpago pode dar certo.” Tirando essas ideias da cabeça, lembrou do motivo de estarem ali.
Batendo palmas lentamente, San caminhou para o amigo, em um sorriso.
— Parabéns, demorou um pouco, mas derrotou o seu.
Ofegando um pouco, Floki retirou as suas adagas da sucata de metal.
— Da próxima vez, eu luto contra os de espada e tu os com canhão.
— Feito.
Tendo acabado isso, pararam na frente da porta enorme de metal, pensando no que fazer.
— Empurrar? — sugeriu Floki.
Batendo com o nó do dedo, San escutou. Indo até o chão, procurou por fissuras.
Nada, semelhante a uma parede.
— A força para empurrar essas portas, teria de ter dez de nós.
Floki deu de ombros, e começou a procurar qualquer abertura para usar.
Demorando um pouco, San batia o pé, sempre olhando por cima do ombro, do lugar de onde vieram.
— Alguém pode vir. — falou alto.
Pensando um pouco, Floki considerou, quieto.
— Me dá um tempo, sei de uma forma de nós entrarmos.
Deixando maluco a trabalhar, desviou o olhar ao o ver tirar ferramentas da sua mochila.
Analisando de perto os corpos dos robôs, abriu a parte do peito do que derrotou, sendo bem complicado.
Repleto de fios e peças formava o segurança, entrando e saindo de lugares, sendo praticamente impossível acompanhar.
Na parte central, um quadrado tecnológico, contendo cada fio, os conectando, e ainda que tivesse desligado o recebimento de energia, pulsava em um brilho.
— Por que tá assim? — perguntou a Sacro.
Apontando o relógio a frente, esperou ver e analisar as partes.
— Esse quadrado é um tipo de antena, recebendo sinais e a energia. Você a desativou, impedindo de suportar o tanto de componente dessa maquina. Contudo, ainda sobrou uma energia, incapaz de ativar os movimentos.
Compreendendo, tirou umas peças a mais, testando o material das armaduras, interessado na resistência.
Infelizmente, mesmo se conseguisse pegar uma grande parcela ou comprar depois, seira inútil.
O motivo de conseguirem aguentar tantos golpes, e nem espadas conseguindo a quebrar, era devido ao interior ser completamente de metal, nada de carne.
Caso um humano usasse esse tipo de armadura, além do grande peso, no primeiro golpe, ressoaria no seu interior, podendo até causar ferimentos internos.
Indo para longe, checou os seus equipamentos, e San sentiu uma dor no coração.
Sua espada, a cimitarra tendo durado tanto tempo, tinha uma rachadura.
Pequena, do tamanho de um dedo, na metade da lâmina. Entretanto, só seria necessário alguns golpes de um lutador experiente, e quebraria a sua arma.
“Vou ter de trocar a espada, e dessa vez vou comprar duas. Uma para o diabo, e a outra para mim.” Sem nada para fazer enquanto Floki pegou uma das suas ferramentas e começou a abrir um buraco na porta, San caminhou.
Em frente ao corpo morto do homem, San observava ele, caído, uma expressão de medo no seu rosto.
Agachando na sua frente, San fechou seus olhos, falando:
— Me desculpe.
Quase indo embora, sentiu um pulso de energia vindo do seu bolso. Se sentindo um pouco mal por roubar dos mortos, vasculhou o seu bolso.
Descobriu um item interessante, e um pouco do homem. Uma coisa era ele não ser um dito lutador, e mais para um engenheiro, prevendo isso das ferramentas carregadas.
“Ele ia consertar o quê?” Um item interessante no seu bolso, irradiando energia, era um tipo de cartão.
Voltando para Floki e ver o que era, ao dar o primeiro passo, a porta grande fez um barulho alto.
Os dois pararam na hora, petrificados. Erguendo a cabeça, um tipo de esfera preta apareceu, pisando em vermelho.
Em um segundo, ela focou em San, mais precisamente no cartão na sua mão. Em instantes, ela analisou, e brilhou em verde.
— Acesso permitido.
Depois dessa fala, as portas começaram a se mexer, tremer, abrindo lentamente.
— Qual é, gastei meu tempo pra nada? — Floki reclamou indo ao lado do parceiro. — Quebrei duas ferramentas tentando abrir um buraco.
Quando a porta se abriu, puderam ver o interior, sendo enorme, podendo caber tanques de guerra, ou mais.
Nesse interior, um exército, maquinas iguais as da frente da porta, parados, um número impossível de contar.
Estavam em fila, em posição de sentido, dando espaço no meio, em um longo caminho, para lá no fim, flutuando em cima de uma plataforma, uma esfera do tamanho de um punho.
De longe, San sentia a energia, poderosa. Independente da distância, se quisesse, poderia ativar a habilidade de eletricidade de sugar energia.